scholarly journals Pai Poe e teorizações dos contos no continente americano: considerações traçadas a partir das resenhas de Jorge Luis Borges sobre Edgar Allan Poe

2020 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 195-217
Author(s):  
Maryllu De Oliveira Caixeta

Algumas resenhas de Jorge Luis Borges dedicadas a Edgar Allan Poe consideram este último o pai de uma curiosa genealogia das poesias modernas e das vanguardistas. Críticos e contistas também consagraram Poe à posição de pai dos contos modernos e da teorização desses contos no continente americano. Comparando-o aos demais escritores da literatura onírica estadunidense, Borges assinala o pendor dos contos argentinos a um realismo intranscendente. Borges aponta tendências diferentes nos contos dessas literaturas, a partir de considerações sobre críticas feitas por Poe às alegorias metafísicas de Nathaniel Hawthorne. Confirmando essa crítica, Borges chega a perguntar pela possibilidade de uma estratégia retórica heteróclita, como a alegoria, nomear aquilo que Hawthorne se impõe: a inteireza una da fábula. Este artigo propõe um comentário de resenhas de Borges a respeito de Poe e chama a atenção para a prevalência de um realismo intranscendente semelhante, na história da literatura brasileira.

Author(s):  
Gretchen J. Woertendyke

This chapter traces Charles Brockden Brown’s theories of romance, history, and the novel, from his earliest fictional-historical essays, “The Rhapsodist” (1789), “Walstein’s School of History” (1799), and “The Difference between History and Romance” (1800); to Wieland; or, The Transformation (1798) and Edgar Huntly; or, Memoirs of a Sleep-Walker (1799); to An Address to the Government of the United States (1803) and “Annals of Europe and America” (1807–1810). For Brown, romance is a form of conjectural history, true because of its imaginative range beyond the limitations of the novel’s verisimilitude. The future-oriented romance is especially suited to the local and regional conditions of the United States and uniquely connected to the geography of the nation. Brown’s influence can be found in later writers of romance, such as Washington Irving, Nathaniel Hawthorne, Edgar Allan Poe, and Herman Melville.


2012 ◽  
pp. 211-221
Author(s):  
Lucilene Conceição Silveira Silva

O presente trabalho tem como objetivo estudar a inovação estética de Jorge Luis Borges como contista sugerida pelo escritor sul-africano J. M. Coetzee em texto a respeito do argentino. A partir de um pequeno estudo da história desse gênero literário, com foco em Edgar Allan Poe, Tchekhov e Franz Kafka,  chegaremos à análise de um dos contos mais emblemáticos de Borges “Tlön, Uqbar, Orbis Tertius” a fim de verificarmos a relação entre a tradição e a inovação nos contos borgianos.


2019 ◽  
Vol 18 ◽  
pp. 35-44
Author(s):  
Dário Borim Jr.

Enfocando contos e romances de Luis Fernando Verissimo, este ensaio discute a robusta semelhança de aspectos estilísticos e temáticos entre o autor gaúcho e três mestres da narrativa oriundos de diferentes tradições literárias: o estadunidense Edgar Allan Poe, o argentino Jorge Luis Borges, e o brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis. Exploram-se as facetas que dão coesão e dinamismo crítico ao tipo de escrita estranha e desconcertante praticada por Verissimo. Sua narrativa, como tal, emprega narradores extremamente criativos. Eles não apenas questionam a própria linguagem humana e negociam conexões simbólicas e coincidências entrecortadas entre vida e arte. Mesclam-se, também, fatos e ficções, mitos clássicos e afazeres banais, que, muito amiúde, se fundem em meio ao bizarro e ao imponderável nos eventos do dia-a-dia.


Author(s):  
Carl Ostrowski

This essay traces lines of influence between Edgar Allan Poe and five of his American contemporaries: George Lippard, Robert Montgomery Bird, William Gilmore Simms, Nathaniel Hawthorne, and Washington Irving. Various categories of influence are identified, including suggestive parallels (allegedly present in many works by Poe and Hawthorne), negative influence (Poe avoided in The Narrative of Arthur Gordon Pym a technique he had previously criticized in reviewing Bird’s Sheppard Lee), avowed inspiration (Poe worked from a published hint by Irving in developing the story “William Wilson”), and plagiarism (Poe plagiarized from Irving’s Astoria in his own fictionalized adventure narrative covering similar geographical/temporal terrain, “The Journal of Julius Rodman”). The current impasse in influence studies is addressed. The essay concludes by noting that Poe’s body of work betrays numerous affinities with Thomas Gray’s pamphlet The Confessions of Nat Turner, published in Baltimore in 1831, though direct influence cannot be definitively established.


Nova Tellus ◽  
1970 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
Author(s):  
Francisco García Jurado

Se analiza en este trabajo la importancia específica que el uso de ciertas citas de la literatura grecolatina tuvo en la configuración de los modernos relatos de terror desde sus inicios, en la segunda mitad del siglo xviii, hasta finales del siglo xx. Textos de Plinio el Joven, Aulo Gelio o Virgilio circularon en tales relatos y fueron releídos según las claves estéticas de la modernidad. El conocimiento de estos autores respondía a razones diferentes, desde su presencia en repertorios antológicos, su cita en calidad de rarezas literarias o su calidad de recuerdo de los años escolares. Los autores modernos que vamos a revisar son Charles Maturin, Jan Potocki, Edgar Allan Poe, Marcel Schwob y Jorge Luis Borges.


2017 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 163-180
Author(s):  
João Eduardo Fernandes Ramos ◽  
Luís Paulo Piassi

Resumo: O presente artigo trata da relação entre Física e Literatura, representada pelo conto fantástico, e suas possibilidades didáticas. Optamos pelo conto, por se tratar de um gênero de leitura rápida, e, selecionamos a literatura fantástica, caracterizada pela hesitação entre o estranho e o maravilhoso e que, ao criar na mente uma reversão diametral, acaba por representar possibilidades educacionais. Nosso objetivo é pensar como os contos fantásticos, podem suscitar a abordagem de conceitos e temáticas da Física. Para tanto, selecionamos três contos de escritores consagrados da literatura: Edgar Allan Poe, Jorge Luís Borges e Murilo Rubião. Como análise, realizamos um estudo literário das obras a partir da semiótica greimasiana, e, com isso, relacionamos o fantástico com a Física, em particular com as concepções contra-intuitivas proporcionadas pela Física. Esta relação nos convida a refletir sobre o próprio conceito de realidade Física, aspecto desejável, mas pouco abordado na educação em ciências.


Author(s):  
Juliana QUEIROZ

Este artigo apresenta, em um primeiro momento, um panorama do gênero policial que tem como um de seus autores primeiros o norte-americano Edgar Allan Poe e sua narrativa “Os crimes da rua Morgue” (1841). A partir desse conto e das narrativas produzidas no século XX, teóricos como Boileau, Narcejac e Tzvetan Todorov criam tipologias para o gênero, evidenciando suas principais características e diferenciando as narrativas clássicas daquelas consagradas posteriormente pelo modelo americano e francês. A segunda parte do artigo apresenta o escritor argentino Jorge Luis Borges como grande apreciador do gênero, crítico e também autor de narrativas policiais. Seu conto “A morte e a bússola” (1942) dialoga diretamente com preceitos do modelo clássico, mas também com pressupostos que ele mesmo criou no ensaio “Os labirintos policias e Chesterton” (1935). O conto “A morte e a bússola” pode também ser lido como uma metáfora para a atividade de leitura e interpretação do texto literário, temática que perpassa toda a obra borgeana.PALAVRAS-CHAVE: Gênero policial. Jorge Luis Borges. A morte e a bússola.    


Author(s):  
Washington Irving

The Sketch-Book (1820–1) looks simultaneously towards audiences on both sides of the Atlantic, as Irving explores the uneasy relationship of an American writer to English literary traditions. He sketches a series of encounters with the cultural shrines of the parent nation, and in two brilliant experiments with tales transplanted from Europe creates the first classic American short stories, ‘Rip Van Winkle’ and ‘The Legend of the Sleepy Hollow’. The result was not only a hugely successful travel book; it exerted a strong formative influence on American writers from Nathaniel Hawthorne and Edgar Allan Poe to Henry James, and is well worth rediscovery in its own right today. Based on Irving’s final revision of his most popular work, this new edition includes comprehensive explanatory notes of The Sketch-Book’s sources for the modern reader. In her introduction, Susan Manning suggests that the author forged a new idiom, the ‘Literary Picturesque’, to accommodate and turn to advantage his dilemma of dual literary allegiances.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document