scholarly journals Comparação de três critérios de classificação de sobrepeso e obesidade entre pré-escolares

2006 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 411-418 ◽  
Author(s):  
Milena Baptista Bueno ◽  
Regina Mara Fisberg

INTRODUÇÃO: Não há consenso sobre o critério diagnóstico para sobrepeso e obesidade infantil. Os mais utilizados são os recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e pelo International Obesity Task Force (IOTF), diferenciando-se no índice (IMC ou escore-Z), população (americana ou agregando outras) e/ou concepção. OBJETIVOS: comparar os 3 critérios de classificação do estado nutricional em uma amostra representativa de pré-escolares matriculados em creches públicas de São Paulo. MÉTODOS: 21 creches públicas do município de São Paulo e 676 crianças de 2 a 7 anos foram sorteadas aleatoriamente por um processo de amostragem por conglomerados em duas etapas. Cada criança foi classificada segundo os 3 critérios e a concordância entre os indicadores foi avaliada pela estatística de Kappa. A prevalência de sobrepeso, classificada pelos critérios da OMS, CDC e IOTF, foi de 18,6%, 13,2% e 12,2%, respectivamente. RESULTADOS: Verificou-se oscilação na diferença dos valores de prevalência de sobrepeso entre 2,7 a 12,4 e obesidade entre 3,7 a 5,4 pontos percentuais. Destacou-se o índice proposto pelo CDC quando comparado ao IOTF, principalmente entre obesos do sexo masculino, sendo o CDC até 2,6 maior. A concordância foi baixa (k < 0,40) somente entre sobrepesos do sexo masculino classificados segundo o CDC e IOTF. CONCLUSÃO: a comparação entre os estudos que utilizam diferentes critérios de classificação do estado nutricional deve ser realizada cautelosamente.

2006 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 163-171 ◽  
Author(s):  
Niura Aparecida de Moura Ribeiro Padula ◽  
Maria Helena de Abreu ◽  
Luís César Yoshinori Miyazaki ◽  
Nilce Emy Tomita

Inquérito epidemiológico realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Secretaria Municipal de Saúde de Bauru visou à realização de exames de plumbemia em 853 crianças de 0 a 12 anos, em Bauru, São Paulo, Brasil (2002), a partir de indícios de chumbo oriundo de resíduos industriais nas proximidades de uma fábrica de baterias. Os níveis sangüíneos de chumbo no grupo controle foram inferiores aos apresentados pelo grupo exposto (p < 0,05). Mediante a existência de 314 crianças com taxas de plumbemia superiores àquelas aceitáveis pelo Centers for Disease Control and Prevention (10µgPb/dl sangue), foi desencadeado um conjunto de ações com participação dos serviços públicos, universidades e voluntariado, para promover o diagnóstico e a assistência à saúde da população atingida. Ações emergenciais, visando a reduzir riscos de recontaminação, incluíram a raspagem de camada superficial das vias públicas, resultando em 1.392m³ de terra contendo material tóxico, que permanece depositada nas dependências da fábrica. Foi promovida a aspiração de poeira do interior das residências e a lavagem e vedamento das caixas d'água. O Grupo de Estudo e Pesquisa da Intoxicação por Chumbo em Crianças de Bauru, por meio deste trabalho, faz o compartilhamento de uma experiência intersetorial, multidisciplinar e interinstitucional.


2020 ◽  
Vol 8 (10) ◽  
Author(s):  
Bárbara Faria de Sá Barbosa ◽  
Herika de Arruda Mauricio ◽  
Pedro Henrique Sette-De-Souza ◽  
Camila Ananias de Lima

Introdução: Para que a qualidade da água seja mantida, a vigilância a partir do heterocontrole é fundamental. O heterocontrole garante imparcialidade ao monitoramento das águas, na medida em que a vigilância é desenvolvida por instituições não responsáveis pelo abastecimento público. Objetivo: Caracterizar o cenário brasileiro quanto à vigilância pelo heterocontrole da fluoretação das águas no período de 2002 a 2016. Material e método: Foi desenvolvida uma revisão de literatura a partir de busca com o uso dos descritores “fluoretação da água”, “fluoretação”, “vigilância”, “vigilância epidemiológica”, “qualidade da água” e “flúor”. Resultados: Foram identificados 10 levantamentos epidemiológicos envolvendo essa temática. Entre esses, apenas 1 estudo verificou que 100% das amostras apresentavam teores adequados de flúor na água distribuída para a população. Conclusão: O estudo reforça a importância do monitoramento da água consumida, em especial por meio do heterocontrole.Descritores: Flúor; Fluoretação; Qualidade da Água; Monitoramento Epidemiológico.ReferênciasPalmer C, Wolfe SH, American Dietetic Association. Position of the American Dental Association: the impact of fluoride health. J Am Diet Assoc;2005;105(10):1620-28.Anjos GAS, Fernandes GF. Fluoretação das águas de abastecimento público no estado de Pernambuco: um resgate histórico. Odontol Clín-Cient. 2015;14(1):559-64.Bellé BLL, Lacerda VR, Carli AD, Zafalon EJ, Pereira PZ. Análise da fluoretação da água de abastecimento público da zona urbana do município de Campo Grande (MS). Ciênc saúde coletiva. 2009;14(4):1261-66.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 685, de 25 de dezembro de 1975. Aprova as normas e padrões sobre a fluoretação da água dos sistemas públicos de abastecimento, destinada ao consumo humano. Brasília: Diário Oficial da União;1975.Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para o consumo humano. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília – DF, 2018.Agência Nacional de Saúde. Manual de fluoretação da água para consumo humano. Brasília: Funasa; 2012.Brienza JA. A fluoretação das águas de abastecimento público no município de Ribeirão Preto (SP) [dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo - USP; 2005.Brito CS, Garbin RR, Mussi A, Rigo L. Vigilância da concentração de flúor nas águas de abastecimento público na cidade de Passo Fundo – RS. Cad Saúde Colet. 2016;24(4):452-59.Burt BA, Fejerskov O. Waterfluoridation. In: Fejeskov O, Ekstrand J, Burt BA, editors. Fluoride in dentistry. Copenhagen: Munksgaard; 1996. p. 275-90.Cardoso ACC, Moraes LRS. A associação entre cárie e fluorose dentária e a fluoretação das águas em dois municípios da Bahia. Rev Baiana saúde pública. 2003;27(1/2):7-18.Centers for Disease Control and Prevention. Achievements in public health, 1900-1999: Fluoridation of drinking water to prevent dental caries. Morbidity and Mortality Weekly Reports October 22, 1999; 48(41);933-40.Centers for Disease Control and Prevention. Engineering and administrative recommendations for water fluoridation. Morbidity and Mortality Weekly Reports 1995; 44(RR-13):1-40.Centers for Disease Control and Prevention. Recommendation for using fluoride to prevent and control dental caries in the United States. Morbidity and Mortality Weekly Reports 2001; 50(n.RR-14):1-42.Cesa KT.  A vigilância dos teores de flúor nas águas de abastecimento público nas capitais do Brasil [mestrado]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS; 2007.Cury JA. Uso do flúor e controle da cárie como doença. In: Baratieri LN et al. Odontologia restauradora. São Paulo: Santos; 2001. p.34-68.Horowitz HS. The effectives of community water fluoridation in the United States. J Public Health Dent.1996;56(5 Spec No):253-58.Pires LD, Macêdo JAB, Rocha HVA, Lima DC, Vaz UP, Oliveira RF. Determinação do índice de fluoreto em águas de abastecimento público na cidade de Juiz de Fora. Eng Sanit Ambient. 2002;7(1/2):21-9.Maia LC, Valença AMG, Soares EL, Cury JA. Controle operacional da fluoretação da água de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2003;19(1):61-7.Moura MS, Silva JS, Simplicio AHM, Cury JA. Avaliação longitudinal da fluoretação da água de abastecimento público de Teresina-Piauí. Rev Odonto Ciênc. 2005; 20(48):132-36.Silva JS, Val CM, Moura MS, Silva TAE, Sampaio FC. Heterocontrole da fluoretação das águas em três cidades no Piauí, Brasil. Cad Saúde Pública. 2007;23(5):1083-88.Panizzi M, Peres MA. Dez anos de heterocontrole da fluoretação de águas em Chapecó, Estado de Santa Catarina, Brasil. Cad Saúde Pública. 2008;24(9):2021-31.Moimaz SAS, Saliba O, Garbin CAS, Garbin AJÌ, Sumida DH, Corrêa MV, Saliba NA. Fluoretação das águas de abastecimento público no município de Araçatuba/SP. Rev Odontol Araçatuba. 2012;33(1):54-60.Stancari RCA, Dias Júnior FL, Freddi FG. Avaliação do processo de fluoretação da água de abastecimento público nos municípios pertencentes ao Grupo de Vigilância Sanitária XV-Bauru, no período de 2002 a 2011. Epidemiol Serv Saúde. 2014;23(2):239-48.Moimaz SAS, Santos LFP. Estudo longitudinal da fluoretação das águas em município com complexa rede de distribuição: dez anos de estudo. Arch Health Invest. 2015;4(5):11-16.Narvai PC. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Ciênc saúde coletiva. 2000;5(2):381-92.Meirelles MPMR, Sousa MLR. Importância da fluoretação das águas de abastecimento público em municípios de pequeno porte na região sudoeste do estado de São Paulo. Rev Fac Odonto Porto Alegre. 2005;46(2):15-19.Kozlowski FC, Pereira AC. Métodos de utilização de flúor sistêmico. In: Pereira AC, organizador. Odontologia em saúde coletiva. Porto Alegre: Artmed;2003. p. 265-74.Queiroz A, Cardoso L, Silva S, Heller L, Caincross S. Programa Nacional de Vigilância da Água para Consumo Humano (Vigiagua): lacunas entre a formulação do programa e sua implantação na instância municipal. Saúde soc. 2012;21(2):465-78.Nanni AS. O flúor das águas do sistema aquífero Serra Geral no Rio Grande do Sul: origem e condicionamento geológico [tese]. Porto Alegre: IGEO/UFRGS; 2008.


2010 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 55-62 ◽  
Author(s):  
Cláudio Eduardo B. Martins ◽  
Roberto Régis Ribeiro ◽  
Antonio de Azevedo Barros Filho

OBJETIVO: Verificar as prevalências de baixo peso, sobrepeso e obesidade em escolares, segundo a localização geográfica das escolas públicas na cidade de Sorocaba (SP), Brasil. MÉTODOS: Foi avaliado o maior número possível de escolares de sete a dez anos de idade, num total de 11.290 indivíduos pertencentes à rede pública municipal de escolas. Para a determinação de baixo peso, sobrepeso e obesidade foram utilizados, respectivamente, os percentis <5, >85 e >95 do índice de massa corpórea por idade para sexo e idade propostos pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2000). Comparou-se a prevalência de alterações nutricionais de acordo com a localização da escola. RESULTADOS: A prevalência de baixo peso, sobrepeso e obesidade nas crianças avaliadas, segundo a região geográfica de Sorocaba foi, respectivamente: Centro 3,4, 17,2 e 15,1%; Sul 4,2, 15,4 e 11,2%; Leste 3,2, 14,7 e 12,7%; Nordeste 4,3, 11,9 e 10,7%; Norte 5,8, 12 e 9,1%; Noroeste 7,5, 11 e 9,1%; Oeste 6,0, 11 e 9,2%. Os meninos apresentaram 5,3, 12,1 e 11,9% e as meninas 5,9, 12,3 e 8,2% de baixo peso, sobrepeso e obesidade, respectivamente. Houve diferença significativa na prevalência de alterações nutricionais entre as regiões da cidade (p<0,001) CONCLUSÕES: O Centro e o Leste de Sorocaba apresentaram as maiores taxas de escolares com excesso de peso, as regiões Noroeste e Oeste, as maiores taxas de baixo peso. Na análise por sexo, os meninos apresentaram maiores taxas de obesidade. Esses resultados podem ajudar a planejar políticas públicas para a prevenção da obesidade em escolares


2010 ◽  
pp. 83
Author(s):  
Gisel Padula ◽  
Susana A. Salceda

<p>La evaluación de la situación nutricional de los niños, depende en gran medida de las curvas de crecimiento utilizadas. El objetivo de esta investigación es comparar las prevalencias de sobrepeso y obesidad estimadas con dos referencias internacionales en una población de niños y adolescentes de la Región Chaqueña, a través del Índice de Masa Corporal. Se incluyeron 299 niños de 6 a 15 años (estudio transversal) pertenecientes a 7 poblaciones (2 criollas, 3 matacas, 1 mocovi y 1 toba). Las técnicas de medición se basaron en guías nacionales. Las referencias utilizadas fueron: 1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (&gt;Pc85: sobrepeso; &gt; Pc95: obesidad); 2. International Obesity Task Force (IOTF) (valores límite sexo edad específicos). La prevalencia total de sobrepeso, considerando el conjunto de poblaciones, es mayor al aplicar la referencia del CDC en las mujeres, mientras que es levemente superior con IOTF en los varones. Por su parte, la prevalencia total de obesidad, considerando el conjunto de poblaciones, es igual con ambas referencias, en ambos sexos. La mayor parte de las unidades poblacionales evaluadas presentan sobrepeso, aunque la obesidad no parece ser, aún, un problema de salud. Las poblaciones más afectadas son las de Pozo de Maza, la de Criollos de Fortín Belgrano y la de Tobas de Vaca Perdida.</p><p> </p>


2019 ◽  
Vol 22 (12) ◽  
pp. 2210-2219
Author(s):  
Małgorzata Kowal ◽  
Renata Woz´niacka ◽  
Aneta Bac ◽  
Ryszard Z˙aro´w

AbstractObjective:To estimate the changes in the prevalence of underweight among girls and boys living in Kraków that occurred between 1983 and 2010.Design:The study was based on two cross-sectional surveys conducted in 1983 and 2010. The prevalence of underweight was estimated based on the International Obesity Task Force (IOTF) and Centers for Disease Control and Prevention (CDC) cut-off points.Setting:The study was conducted in Kraków, Poland.Participants:Children aged 3–18 years (n 5245).Results:Between 1983 and 2010 the prevalence of underweight decreased in both sexes. Using the IOTF criteria, the prevalence of underweight decreased from 10·5 to 10·3 % in girls and from 8·9 to 7·5 % in boys, but it was still higher in girls than in boys. According to the CDC criteria, this prevalence decreased from 5·1 to 4·4 % and from 5·9 to 4·6 %, respectively, and was slightly lower in girls. According to the IOTF criteria, underweight prevalence increased slightly during childhood in both sexes while according to the CDC criteria it decreased in boys and did not change in girls. Among juveniles and adolescents, it decreased regardless of the method used.Conclusions:The frequency of underweight in the population of children and adolescents from Kraków changed slightly in 1983 and 2010 despite economic and social changes. Depending on the cut-off points used, not only the magnitude but also the direction of changes between series could be different. In order to aid global monitoring, the prevalence of underweight as well as overweight should always be evaluated by several methods.


2021 ◽  
Author(s):  
Ευσταθία Τσεκούρα

Εισαγωγή: Οι Διατροφικές Διαταραχές και η Παχυσαρκία αποτελούν σοβαρές, πολυδιάστατες νόσους με αυξημένο επιπολασμό σε παγκόσμιο επίπεδο. Η εμφάνισή τους ξεκινά σε μεγάλο βαθμό στις ευαίσθητες περιόδους της παιδικής και εφηβικής ηλικίας. Η αναγνώριση των παραγόντων κινδύνου που συνδέονται με την εκδήλωση μη ισορροπημένων διατροφικών συμπεριφορών στα παιδιά και στους εφήβους συμβάλλει καθοριστικά στην υλοποίηση στοχευμένων και αποτελεσματικών παρεμβάσεων πρόληψης και αντιμετώπισης. Σκοπός: Σκοπός της παρούσας μελέτης είναι η ανίχνευση των Διατροφικών Διαταραχών και η καταγραφή του επιπολασμού της παιδικής παχυσαρκίας σε μαθητές Πρωτοβάθμιας (Ε΄ και Στ΄ Δημοτικού) και Δευτεροβάθμιας εκπαίδευσης (Α΄, Β΄ και Γ΄ Γυμνασίου) καθώς και η διερεύνηση των συσχετίσεων μεταξύ συμπεριφοράς διατροφής, φυσικής δραστηριότητας και ανθρωπομετρικών παραμέτρων.Υλικό - Μέθοδος: Η παρούσα συγχρονική μη παρεμβατική μελέτη διεξήχθη αφού εξασφαλίστηκε η συμμετοχή ενός αντιπροσωπευτικού δείγματος μαθητών από σχολεία της Δυτικής Ελλάδας (Ν. Αχαΐας, Ν. Ηλείας, Ν. Αιτωλοακαρνανίας). Οι διατροφικές συνήθειες των μαθητών διερευνήθηκαν μέσω ερωτήσεων πολλαπλής επιλογής και ο κίνδυνος για την ανάπτυξη διατροφικών διαταραχών αξιολογήθηκε χρησιμοποιώντας το έγκυρο σταθμισμένο ερωτηματολόγιο Eating-Attitude Scale (EAT-13). Στο ερωτηματολόγιο συμπεριλήφθηκαν επίσης δημογραφικά στοιχεία, κοινωνικοοικονομικά χαρακτηριστικά καθώς και χαρακτηριστικά του τρόπου ζωής. Πραγματοποιήθηκαν επίσης ανθρωπομετρικές μετρήσεις. Ο επιπολασμός των υπέρβαρων και των παχύσαρκων παιδιών υπολογίστηκε με τη χρήση των κριτηρίων του Centers for Disease Control and Prevention (CDC) και International Obesity Task force (IOTF), ενώ η κεντρική παχυσαρκία εκτιμήθηκε με τη χρήση των κριτηρίων WHtR≥0.5 και IDF.Αποτελέσματα: Στην έρευνα συμμετείχαν 3504 παιδιά, με μέσο όρο ηλικίας τα 12.8 έτη. Από το σύνολο των συμμετεχόντων παιδιών, τα αγόρια ήταν ελάχιστα περισσότερα, αντιπροσωπεύοντας το 50.2% του δείγματος. Τα ποσοστά υπέρβαρων και παχύσαρκων παιδιών ήταν 19.2% και 12.1% αντίστοιχα με τα κριτήρια του CDC, ενώ τα αντίστοιχα ποσοστά με τα κριτήρια της IOTF ήταν 20.9% και 7.2%. Τα ποσοστά κεντρικής παχυσαρκίας ήταν 31.1% και 32.8% σύμφωνα με τα κριτήρια WHtR≥0.5 και IDF αντίστοιχα. Κοιλιακή παχυσαρκία εντοπίστηκε στο 62.5% των υπέρβαρων παιδιών, στο 88% των παχύσαρκων παιδιών και στο 14% των παιδιών φυσιολογικού βάρους. Τα αντίστοιχα ποσοστά με τα κριτήρια της IDF ήταν 80.3%, 99.6% και 12.5% αντίστοιχα. Τα παιδιά που συμμετείχαν στην παρούσα έρευνα παρουσιάζουν ορισμένες θεμελιώδεις υγιεινές διατροφικές συνήθειες, όπως είναι η λήψη πρωινού γεύματος (76.9%) και η αποφυγή του γρήγορου φαγητού (3%), αλλά καταναλώνουν σε υψηλή συχνότητα σνακ και γλυκίσματα (42.8% καθημερινά ή σχεδόν καθημερινά). Η καθημερινή ζωή των μαθητών περιλαμβάνει αξιοπρόσεκτο αριθμό ωρών καθιστικών δραστηριοτήτων (μ.ό. 4.4 ώρες μπροστά σε οθόνη) και πολύ περιορισμένο αριθμό ωρών αθλητικής ενασχόλησης (μόλις 9.9% αθλούνται καθημερινά). Οι μαθητές της έρευνας είχαν χαμηλό κίνδυνο εμφάνισης διατροφικών διαταραχών (μ.ό. score κλίμακας ΕΑΤ-13 8.3), αλλά ο εν λόγω κίνδυνος εντοπίστηκε σχεδόν στο ένα τέταρτο των μαθητών (26.9%). Ισχυρή συσχέτιση εντοπίστηκε μεταξύ της συνολικής βαθμολογίας της Κλίμακας Διατροφικών Στάσεων και των υποκατηγοριών της με τον ΔΜΣ και, συνεπώς, τον κίνδυνο εμφάνισης παχυσαρκίας. Με άλλα λόγια, τα παιδιά με υψηλότερο ΔΜΣ (υπέρβαρα ή παχύσαρκα) εμφάνισαν υψηλότερο κίνδυνο εκδήλωσης διατροφικών διαταραχών. Οι παράγοντες που συνδέθηκαν με τον υψηλότερο ΔΜΣ ήταν το άρρεν φύλο, η μη ύπαρξη άλλων παιδιών στην οικογένεια, ο μικρότερος αριθμός γευμάτων, η μη λήψη πρωινού, η κατανάλωση σνακ από το κυλικείο και η κατανάλωση γλυκισμάτων. Ένα ιδιαίτερα ενδιαφέρον εύρημα της έρευνας ήταν ότι οι παχύσαρκοι και υπέρβαροι μαθητές έτειναν να υποτιμούν το βάρος τους, ενώ οι λιποβαρείς μαθητές έτειναν να το υπερεκτιμούν.Συμπεράσματα: Τα αποτελέσματα της παρούσας επιδημιολογικής έρευνας αναδεικνύουν τον υπαρκτό κίνδυνο εμφάνισης διατροφικών διαταραχών και παχυσαρκίας σε παιδιά και εφήβους, θέτοντας ως προτεραιότητα την πρόληψη στο οικογενειακό, κοινωνικό και σχολικό περιβάλλον τους.


2016 ◽  
Vol 8 (4) ◽  
pp. 257
Author(s):  
Marcelo De Maio Nascimento ◽  
Lia Moraes Nunes ◽  
Alexandre Makoto Minoda

OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de um grupo de escolares da cidade de Petrolina/PE, região do Sertão nordestino, segundo três diferentes critérios, WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998), Centers for Disease Control and Prevention (KUCZMARSKI et al., 2002) e International Obesity Task Force (COLE et al., 2000), para estabelecer pontos de corte ideais à determinação do estado nutricional na região.MÉTODOS: Estudo correlativo com corte transversal de base escolar, a amostra utilizada foi não probabilística e intencional. Participaram 50 escolares, de ambos os sexos (8,80±0,40 anos), alunos do Ensino Fundamental I, residentes em Petrolina/PE, integrantes das atividades do Programa de Educação Tutorial (PET) – Biomecânica. A avaliação do estado nutricional foi realizada mediante o cálculo do índice de massa corporal (IMC). A comparação dos melhores pontos de corte para o estabelecimento do estado nutricional foi realizada pelos critérios da OMS, do CDC e do IOTF. A concordância entre os indicadores foi avaliada pela estatística de Kappa (k).RESULTADOS: O sobrepeso só foi encontrado junto aos meninos. Obteve-se uma excelente concordância entre os critérios da OMS e do CDC (k=0,882; p<0,001) e valores de concordância regulares entre o IOTF e a OMS (k=0,012; p=0,041) e o IOTF e o CDC (k=0,019; p=0,048).CONCLUSÕES: Os critérios da OMS e do CDC demonstraram ser os mais aptos à avaliação do estado nutricional da população testada, sendo eles análogos aos encontrados em estudos realizados em outras regiões do Brasil.


2010 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
pp. 287-93 ◽  
Author(s):  
Marta Angélica Iossi Silva ◽  
Débora Falleiros de Mello ◽  
Diene Monique Carlos

O paradigma do protagonismo juvenil reconhece nos adolescentes potencialidades e valores de mobilização e participação, os quais podem contribuir para a promoção da saúde e melhor qualidade de vida desta população. O objetivo desta investigação foi conhecer e analisar a participação de adolescentes escolares em atividades de educação em saúde na escola e a sua inserção enquanto sujeitos protagonistas na referidas atividades. O estudo foi realizado em duas escolas municipais de ensino fundamental de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, no período de fevereiro a junho de 2007. Estudo transversal, a partir de uma abordagem quantitativa, cujos dados incluíram respostas a um questionário com instrumentos validados, e a análise estatística se constituiu basicamente da categorização de variáveis e obtenção das listagens de frequências, realizadas através do Programa Epi Info 3.3.2 (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos). Os adolescentes entrevistados apontam que ainda permanecem em uma relação de dependência da escola e dos educadores para a realização e participação de atividades educativas em saúde no espaço escolar. Isto significa dizer que esses adolescentes ainda convivem com uma relação educador-educando unilateral, pouco participativa, indicando uma urgente necessidade de se promover a inclusão desses adolescentes como atores ativos do mundo escolar. Descritores: Adolescente; Participação cidadã; Educação em saúde; Instituições acadêmicas.


2000 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 636-645 ◽  
Author(s):  
Beatriz Carlini-Cotrim ◽  
Cynthia Gazal-Carvalho ◽  
Nélson Gouveia

OBJETIVO: Estudar a freqüência de vários comportamentos de saúde entre estudantes secundários de escolas estaduais e particulares da cidade de São Paulo, SP. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, com o sorteio de dez escolas estaduais e a seleção de sete particulares. Em cada escola, quatro salas de aula foram sorteadas, entre a sétima série do ensino fundamental e a terceira série do ensino médio. Para a coleta de dados, utilizou-se a versão do questionário de autopreenchimento utilizado pelo "Centers for Disease Control" para monitorar comportamentos de risco entre jovens. RESULTADOS: Uma proporção significativa de estudantes engajam-se em comportamentos de risco à saúde, principalmente na faixa de 15 a 18 anos de idade. Nas escolas públicas, os comportamentos mais freqüentes foram: andar de motocicleta sem capacete (70,4% dos estudantes que andaram de motocicleta); não utilização de preservativos na última relação sexual (34% dos sexualmente ativos); andar armado (4,8% dos respondentes no último ano) e tentar suicídio (8,6% nos últimos 12 meses). Nas escolas privadas, o uso de substâncias psicoativas foi o comportamento de risco mais proeminente: 25% relatou pelo menos um episódio de uso de álcool; 20,2% usou algum inalante no último ano; e 22,2% consumiu maconha no mesmo período. As estudantes do sexo feminino relataram menos comportamentos de risco, à exceção de tentativas de suicídio e de controle de peso por métodos não saudáveis. CONCLUSÕES: As informações obtidas podem contribuir para a estruturação de ações programáticas que considerem a distribuição de comportamentos de saúde na clientela-alvo.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document