scholarly journals Vozes poéticas na escuta da fragilidade dos pobres: contribuições para uma reflexão teológica sobre a mística em diálogo com a poesia de Violeta Parra

Author(s):  
Ceci Maria Costa Baptista Mariani ◽  
Claudio De Oliveira Ribeiro ◽  
Breno Martins Campos

Este artigo propõe uma análise centrada no florescimento de uma "mística de olhos abertos" na América Latina ao longo do século XX, a chamada espiritualidade da libertação. Dentre os resultados da pesquisa, estão indicados elementos da mística que se revela com o sentido de "suspiro dos oprimidos", conforme a interpretação que faz Rubem Alves da conhecida expressão de Karl Marx, tecida numa interlocução com a sociologia da religião no Brasil, como fruto de uma reflexão sobre o retorno do sagrado na sociedade contemporânea. Suspiro, entretanto, que se expressa como desejo de transformação da realidade, tendo no horizonte a libertação social. Mística como indignação diante da injustiça e como força de revolução, de empoderamento dos grupos subalternos e de mudança social. Destaca-se também a mística como canal de expressão da fragilidade humana, da capacidade de alteridade e do despertamento da dimensão lúdica. Por meio de metodologia bibliográfica, esta análise oferece elementos para o debate epistemológico no âmbito dos estudos de mística que se propõem a escutar a experiência religiosa das vozes reprimidas pelo poder colonial, tendo como recurso a correspondência de perspectivas teológicas latino-americanas, especialmente as de Gustavo Gutierrez, Maria Clara Bingemer e Rubem Alves, com a poesia de Violeta Parra.

2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


Author(s):  
Alejandro Fernando González Jiménez

En este trabajo se intenta proponer, desde los márgenes, elementos que cuestionen la forma tradicional de iniciar la lectura de los Grundrisse de Karl Marx y propone al mismo tiempo la restitución del manuscrito llamado “Bastiat y Carey” como su verdadero comienzo argumental. Ello a través de una revisión panorámica de su recepción en América Latina y en particular en la recepción hecha de los manuscritos de 1857-58 de la crítica de la economía política por Enrique Dussel. Partiendo de la importancia que este autor latinoamericano pone sobre la necesidad en Marx de pensar el concepto de producción en general


Author(s):  
Jaime Ortega
Keyword(s):  

Se presenta una cartografía de las lecturas de El capital en América Latina a partir de grandes problemáticas. Así, historia y política son los grandes agregados a partir de los cuales se puede captar el devenir de un texto que atravesó múltiples senderos después de la revolución cubana. En la parte final se realiza un ejercicio de ejemplificación, partiendo de la propuesta de Alberto Parisí, uno de los pocos autores que ha pretendido realizar una lectura situada del texto de Karl Marx.


2013 ◽  
Vol 13 (13) ◽  
Author(s):  
Aritz Recalde

Resumen:El texto reúne de manera sucinta, un conjunto de opiniones de la filosofa Amelia Podetticentradas en las relaciones existentes entre las ciencias sociales y humanas y la política en América Latina. En particular, la autora analizó los alcances interpretativos de la obra de Levi Strauss, de Thomas Hobbes, de Karl Marx y de José Ingenieros. De su estudio, Podetti concluyó dos hipótesis fundamentales. Por un lado, mencionó que las categorías de pensamiento europeo no siempre permiten analizar objetivamente la realidad latinoamericana. Por otro, estableció que la matriz de pensamiento europeo contiene importantes componentes de racismo, que en muchas situaciones los intelectuales reproducen, conciente o inconcientemente, a la hora de interpretar la realidad social y cultural de otras latitudes. 


1988 ◽  
Vol 48 (191) ◽  
pp. 553-564
Author(s):  
Luiz Alberto Gómez de Souza

A primeira referência que tive de Gustavo Gutiérrez foi em 1957, passando por Lima numa viagem de estudos. O assistente eclesiástico da União Nacional dos Estudantes Católicos, a JUC dali, mostrou orgulhoso o trabalho de um jovem aluno de teologia de Lião, sobre a doutrina da tese e da hipótese, com uma menção elogiosa do professor, o Pe. de Lubac, que considerou que o autor havia praticamente esgotado as fontes bibliográficas sobre o tema. O Pe. Alarco manifestou a esperança que esse estudante um dia o pudesse suceder na UNEC. Dois anos depois, num encontro da Juventude Estudantil Cristã (JEC) francesa, encontrei o teólogo, que se preparava para regressar à pátria, onde se ordenaria sacerdote. Naquele momento, queria familiarizar-se com a pedagogia de um movimento estudantil de Ação Católica especializada, pensando em possíveis responsabilidades futuras. Conversamos sobre o trabalho na América Latina — eu era na ocasião Secretário-Geral da JEC Internacional — e, sabendo de minha ida ao Brasil para casar-me, assinalou a data na sua agenda. Desde lá, sei que, cada 5 de outubro, Lúcia e eu estamos presentes nas intenções de sua celebração eucarística...


Author(s):  
Martonio Mont’Alverne Barreto Lima ◽  
Walquíria Gertrudes Domingues Leão Rego
Keyword(s):  

Resumo Este artigo procura investigar a reflexão de Karl Marx sobre a reificação das relações sociais no desenvolvimento econômico e político do sistema capitalista, a partir da noção de reificação - Verdinglichung - estabelecida no Livro III de O Capital. Trata-se de uma tentativa de reinserir o assunto no atual debate sociológico-jurídico, que se desenvolve em muitos lugares do mundo. Consideramos o conceito de reificação como um conceito-diagnóstico, ou pelo menos um elemento indispensável de diagnose de uma época histórica. Isto se deve, na verdade, ao fato de tal debate tratar de um fenômeno ligado às formas de consciência e dos conjuntos de práticas sociais inspirados nela, e que podem singularizar um determinado tempo histórico. Semelhante campo temático foi abandonado por anos, ao menos desde os anos de 1980, pelas ciências sociais e jurídicas. Contudo, deve ser dito que tal temática foi central nos debates na Alemanha, na Áustria e na América Latina nas décadas de 1920 e 1930. Assim, o texto do artigo parte desta necessidade histórica para propor uma atualização do conceito de reificação, o qual pode ser atualizado para os tempos modernos, o que confere ao Direito uma preciosa ferramenta ontológica de explicação de suas formas fenomênicas da modernidade.


2017 ◽  
Vol 55 (244) ◽  
pp. 141
Author(s):  
Norka López Zamarripa

<p>Si bien el objeto de estudio de este artículo se centra en el proceso de desarrollo de las Organizaciones no Gubernamentales, tanto en México como en América Latina, es pertinente ubicar la evolución histórica del concepto de sociedad civil. La sociedad civil tomó forma cuando la Iglesia dejó el Gobierno, o co-gobierno, del cuerpo político, o fue expulsada de él para ocupar su nuevo lugar como un elemento esencial de la sociedad civil y de ahí se desglosa la consideración de las Organizaciones no Gubernamentales. En esta comprensión, destaca el pensamiento de los Iusnaturalistas del siglo XVIII, en el que la sociedad civil se consideraba como origen del Estado frente a la llamada<br />‘sociedad natural’. Sin embargo, eso no garantizaba la condición de sociedad política a la llamada sociedad civil, que dependía del establecimiento previo de un contrato social, como lo concibe Rousseau, mientras que Hegel reflexionaba que la sociedad civil es el espacio social de intermediación de intereses comunes de las familias y los individuos en relación con el Estado.</p><p>Esto deja ver de manera evidente, el pensamiento de Alexis de Tocqueville, quien aborda los regímenes democráticos, en los que el ciudadano es independiente aunque débil, por lo que se requieren las agrupaciones sociales formadas en el interior de la sociedad para garantizar la civilidad y el abandono de la barbarie. De modo análogo, para Antonio Gramsci la sociedad civil es el espacio de constitución y disputa de la hegemonía política, en donde la cultura y la ideología cobran especial importancia. De tal suerte que la sociedad civil organizada funcione como un espacio en donde se ejerzan la articulación de alianzas y políticas alternativas de los grupos en el poder.<br />Para el pensamiento económico clásico, la sociedad civil representa la posibilidad de autorregulación de las fuerzas del mercado sin intervención estatal. Ejemplo de ello son Adam Smith y Alfred Marshall, quienes concibieron el mercado en pleno empleo y sin crisis, por lo que a la sociedad civil le corresponde el papel de mecanismo de autocontrol.<br />En efecto, la sociedad civil está integrada en el funcionamiento de las fuerzas del mercado. Por su parte, Karl Marx considera que la sociedad civil se confunde con la sociedad burguesa, y en ese sentido expresaría los principales intereses dominantes del capital.<br />En este contexto y con diversas concepciones teóricas tan disímiles, surgen los patrones de funcionamiento y operación de las Organizaciones no Gubernamentales (ONG) en los movimientos sociales latinoamericanos.<br />En primer lugar aparecen estas organizaciones concebidas a<br />partir de la premisa de que hay una relación de polaridad entre Estado y sociedad.</p>


2021 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 367-380
Author(s):  
Rita de Cassia Fraga Machado ◽  
Luiz Fernando de Souza Santos
Keyword(s):  

O presente trabalho tem por objetivo explorar a hipótese de um encontro entre Karl Marx e o mundo tropical que chamaremos de Amazônia. Exploraremos uma hipótese de David Harvey, que indica a presença de uma espacialidade, uma territorialidade na mobilização de categorias de valor-de-uso e valor-de-troca para indicar a exigência da Amazônia, considerando a América Latina.


2008 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 77-102
Author(s):  
Mike Gable

AbstractIn this article, the author explains how "liberative dialogue" with a Socially Engaged Buddhist may enhance the tasks of Christian missiology and North American Christian church congregations as they seek God's reign of personal and social harmony. By deeply listening to Engaged Buddhists such as the Vietnam monk Thich Nhat Hanh, we may discover new ways, become further convinced of our current practices, and possibly improve our methods to carry on Jesus' liberative mission as he proclaimed in Luke 4: 16–19. From the Christian Liberation perspective of Fr. Gustavo Gutiérrez, the author examines some of the different yet common themes, goals and methods that are shared by Engaged Buddhism. The insights gained from our investigation of these two men from Latin America and Asia will broaden our missiological horizons. Likewise, they will encourage our appreciation of meditation, inculturation, reconciliation, inter-religious dialogue, and action for solidarity in these faith traditions. The conclusion will offer a variety of contributions to Christian missiology and practical suggestions for our churches that are the fruit of deep listening and dialogue with Engaged Buddhism. At this time in history, God knows we need all the collaboration we can muster for individual and global justice and peace. Dans cet article, l'auteur explique comment le « dialogue de libération » avec un bouddhiste engagé socialement peut dynamiser les tâches de la missiologie chrétienne et des communautés ecclésiales nord-américaines dans leur recherche du royaume de Dieu, royaume d'harmonie personnelle et sociale. L'écoute profonde de bouddhistes engagés comme le moine vietnamien Thich Nhat Hanh peut nous faire découvrir des voies nouvelles, nous rendre plus convaincus dans nos pratiques habituelles, et peut être améliorer nos méthodes pour accomplir la mission libératrice de Jésus proclamée en Luc 4, 16–19. A partir de la perspective de la libération chrétienne du P. Gustavo Gutiérrez, l'auteur examine les thèmes, objectifs et méthodes du bouddhisme engagé, qui sont divers tout en gardant un aspect commun. Nos horizons missiologiques sont élargis par ces intuitions latinoaméricaines et asiatiques tout spécialement et cette étude nous fera apprécier la méditation, l'inculturation, la réconciliation, le dialogue interreligieux et l'activité de solidarité dans ces traditions de foi. La conclusion apportera sa contribution à la missiologie chrétienne et des suggestions pratiques à nos communautés, fruit de cette écoute profonde et de ce dialogue avec le bouddhisme engagé. A ce moment de notre histoire, Dieu sait si nous avons besoin de toute la collaboration que nous pouvons mettre en œuvre en vue de la justice et de la paix personnelle et globale. In diesem Artikel erklärt der Autor, wie der "befreiende Dialog" mit einem sozial engagierten Buddhisten die Perspektiven christlicher Missiologie und nordamerikanischer Gemeinden fördern kann, wenn sie Gottes Herrschaft für persönliche und soziale Harmonie suchen. Wenn wir aufmerksam hinhören auf engagierte Buddhisten wie den vietnamesischen Mönch Thich Nhat Hanh, können wir neue Weisen entdecken, von unseren aktuellen Praktiken besser überzeugt werden und möglicherweise unsere Methoden verbessern, die befreiende Mission Jesu weiterzuführen, wie er sie in Lukas 4,16–19 verkündete. Von der Perspektive christlicher Befreiung Gustavo Gutiérrez' untersucht der Autor einige der verschiedenen, aber auch gemeinsamen Themen, Ziele und Methoden, die auch engagierte Buddhisten teilen. Während unsere missiologischen Horizonte mit diesen Einsichten aus Lateinamerika und besonders auch Asien ausgeweitet werden, will diese Studie unsere Wertschätzung von Meditation, Inkulturation, Versöhnung, interreligiösem Dialog und Handeln für die Solidarität in diesen Glaubenstraditionen fördern. Die Schlussfolgerung bietet eine Bandbreite von Beiträgen zur christlichen Missiologie und praktische Anregungen für unsere Kirchen an, die die Frucht tiefen Hinhörens und Dialogs mit dem engagierten Buddhismus sind. Zu diesem geschichtlichen Zeitpunkt können wir weiß Gott jede Mitarbeit brauchen, die wir einbringen können, für persönliche und globale Gerechtigkeit und Frieden. En este articulo, el autor explica cómo el "diálogo liberador" con un budista socialmente comprometido puede fortalecer la misionología cristiana y a congregaciones eclesiales cristianas de América del Norte, ya que ellas buscan el reino de Dios de la armonía personal y social. Al escuchar profundamente a budistas comprometidos como al monje vietnamita Thich Nhat Hanh podemos descubrir nuevos caminos, convencernos más de nuestras prácticas actuales y probablemente mejorar nuestros métodos para llevar adelante la misión liberadora de Jesús como él la proclamó en Lucas 4,16–19. Desde la perspectiva de una liberación cristiana del P. Gustavo Gutiérrez, el autor analiza algunos de los temas, metas y métodos diferentes, sin embargo comunes que se comparten con el budismo comprometido. Como nuestros horizontes misionológicos se amplían desde estas comprensiones desde América Latina y particularmente desde Asia, este estudio nos animará en nuestra valoración de la meditación, inculturación, reconciliación, diálogo interreligioso y acción por la solidaridad en estas tradiciones de fe. La conclusión ofrecerá una seria de aportes a la misionología cristiana y sugerencias prácticas para nuestras iglesias que son el fruto de una escucha y un diálogo profundo con el budismo comprometido. En este momento de la historia, Dios sabe que necesitamos toda la colaboración que podamos suscitar, para la justicia y paz individuales y globales.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document