scholarly journals UMA LEITURA DO CONCEITO DE CAPITALISMO NA LONGA DURAÇÃO: AS CONTRIBUIÇÕES DE FERNAND BRAUDEL, IMMANUEL WALLERSTEIN E GIOVANNI ARRIGHI

2021 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 53-77
Author(s):  
Fábio Luiz Zanardi Coltro ◽  
Leonardo Antonio Silvano Ferreira

O objetivo do artigo é fazer uma leitura, a partir de um breve diálogo com os autores, Fernand Braudel, Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi, sobre o conceito de capitalismo na longa duração. O estudo consiste em demonstrar as contribuições conceitual e metodológica destes autores, para se pensar e compreender a constituição do capitalismo em suas análises de sistema-mundo, que se fundamentam empiricamente. O objetivo consiste em compreender as características e a dinâmica do capitalismo nos dias atuais, a partir da perspectiva do conceito de capitalismo histórico. Para tanto, iremos percorrer uma análise sobre a concepção da dinâmica do capitalismo em Fernand Braudel, seguido pela compreensão do conceito de capitalismo histórico, de acordo com Immanuel Wallerstein, e, por fim, analisar a perspectiva dos ciclos sistêmicos de acumulação, de acordo com Giovanni Arrighi.

2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 196-215
Author(s):  
Alexandre de Freitas Barbosa

O presente artigo apresenta as reflexões de Celso Furtado sobre o desenvolvimento da China. Na primeira parte, procura-se mostrar como a ampliação do seu arsenal metodológico, nas obras do final dos anos 1970, permite incorporar a China e os dilemas vividos durante o período das reformas à sua agenda de pesquisa. Na segunda parte, o artigo se detém na compreensão de Furtado sobre as transformações econômicas e geopolíticas do “capitalismo global” anos 1990 e o crescente papel exercido pela China. Na última parte do artigo, o autor procura traçar seu próprio itinerário de reflexões sobre a ascensão chinesa, revelando como essa nova perspectiva furtadiana pode se revelar fértil, especialmente se posta em diálogo com os conceitos e interpretações de outros autores como Fernand Braudel, Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi.


2002 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 91-110 ◽  
Author(s):  
Philippe Steiner

The Physiocrats “New Science” of Political Economy is often represented as unrelated to the pursuit of national power. A recent study (Fourquet 1989), which rests on the approaches of Fernand Braudel (1979) and Immanuel Wallerstein (1980), has radicalized the thesis already propounded by Edmond Silberner (1939) who claimed that Quesnay was profoundly ignorant of military matters and failed to understand the power struggles being played out on the seas and in the colonies. Did not Quesnay propose turning back to an agricultural economy, banishing industry, trade, and the navy—in short, all the active forces thanks to which Great Britain had snatched domination of the world economy from Holland and thanks to which she would prevent France from obtaining it?Yet this thesis is weak. It must be remembered that Quesnay's first economic writings date from 1756–57, that is to say a period when confrontation between France and England was at a peak, with the start of the Seven Years' War. How could an author who claims to de ne the economic government ofan agricultural nation ignore the military problems which were so crucial in this period? Even if he wanted to, how could he succeed in doing so once he came to deal with taxes and the highly sensitive question of finance? How could he make himself understood by his contemporaries with a political theory that set aside all the burning issues of the day? How could he find an audience among those developing the science of commerce who always accorded great importance to the pursuit of power?Under scrutiny the traditional thesis appears inaccurate. After recalling the writings of some of his contemporaries, whom Quesnay knew and read (section 1), I shall show that articles drafted between 1756 and 1757, like published or unpublished works which Mirabeau and Quesnay elaborated between 1757 and 1760, give significant room to the nation's military power, particularly when the economic government is in question (section 2). From the years 1763–64 the idea of a natural order does not lead Quesnay to neglect the pursuit of power (section 3). These links between power and wealth in the work of the founder of Physiocracy will lead finally to some remarks on political economy as a form of rationalization of politics.


2019 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
Author(s):  
Henrique de Abreu Grazziotin

Este artigo tem como objetivo construir, de forma sintética, uma interpretação acerca da formação do sistema-mundo capitalista com base nos principais conceitos teóricos de Fernand Braudel, Karl Marx, Giovanni Arrighi e Immanuel Wallerstein para uma compreensão geral desse complexo fenômeno. Braudel explica a formação do capitalismo mercantil na Europa apoiado nos conceitos de vida material, economia de mercado e capitalismo, com a ascensão da sociabilidade mercantil, elemento essencial da circulação capitalista. Marx, a partir do processo de acumulação primitiva, explica como se criam as condições para a produção capitalista em que se confrontam de um lado, o capitalista, detentor dos meios de produção; e de outro, o trabalhador assalariado. Por fim, buscamos em Braudel, Arrighi e Wallerstein uma compreensão da dinâmica global do sistema-mundo no modo de produção capitalista, com sua divisão hierárquica entre centro, periferia e semiperiferia, seus ciclos sistêmicos de acumulação e suas mudanças de centro hegemônico.


Author(s):  
Immanuel Wallerstein ◽  
Fernando Cubides (Traductor)

Las páginas siguientes constituyen el registro de las palabras pronunciadas por Immanuel Wallerstein el 24 de octubre de 1995 en la Social Science Research Council de Nueva York. Su objetivo era la presentación del volumen Open the Social Sciences, un informe sobre la reestructuración de las ciencias sociales auspiciado por la Comisión Gulbenkian. Wallerstein es profesor de la Universidad del Estado de Nueva York en Binghamton y tiene a su cargo la dirección del Centro Fernand Braudel dedicado al estudio de la economía, las civilizaciones y los sistemas históricos. La editorial siglo XXI de México ha difundido en español los dos primeros volúmenes de su extensa obra El moderno sistema mundial, que acaba de ser escogido por la revista Contemporary Sociology como uno de los diez libros de ciencias sociales más influyentes en los últimos 25 años. El libro desarrolla la teoría de la economíamundo, un influyente y ambicioso marco de referencia de la sociología histórica norteamericana que estudia el impacto del capitalismo en la civilización moderna, El texto de esta presentación apareció originalmente en Items, el boletín del Social Scíence Research Council (vol, 50:1, marzo de 1996).G.C.


2016 ◽  
Vol 30 (86) ◽  
pp. 221-233
Author(s):  
André Luis Rodrigues

O ensaio procura mostrar como o título e o enredo de "A terceira margem do rio", o célebre conto de Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa, podem ser aproximados da noção de "terceiro não excluído", tal como proposta por Immanuel Wallerstein, em artigo sobre Fernand Braudel e Ilya Prigogine. Nessa perspectiva, o conto apontaria para a existência - na vida como na literatura - de um terceiro caminho, que não exclui mas participa dos dois caminhos usualmente apresentados como mutuamente excludentes pelo pensamento binário - tão difícil de ser superado, como o demonstra um fragmento de Adorno e Horkheimer.


2001 ◽  
Vol 46 (3) ◽  
pp. 423-459 ◽  
Author(s):  
Marcel van der Linden

I regard the work of the past 20 years and of some years to come as the work of clearing the underbrush, so that we may build a more useful framework for social science.Immanuel Wallerstein (1996)In September 1976, the Fernand Braudel Center for the Study of Economies, Historical Systems, and Civilizations opened its doors at the State University of New York - Binghamton. The new institution made a flying start. After three months it presented its “Proposed Research Programs” in a substantial booklet. In the summer of 1977, the first issue of its journal, Review, came out. That same year, a section on the “Political Economy of World-Systems” (PEWS), inspired by the Braudel Center, was established within the American Sociological Association. The PEWS section has held annual conferences and published their proceedings ever since. Since 1979, the Center, together with the Maison des sciences de l'homme of Paris, has sponsored a book series called “Studies in Modern Capitalism”, published by Cambridge University Press.


1970 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 41-59
Author(s):  
Ahmad Muttaqin

This paper discusses the existence of religion in globalization era.Religious values, which are private, sacral, and transcendent, interact with theglobalization circle, which seems to be contradictory with religion.Globalization is utilitarian  as its nature and it results in vanish of local values or cultures. However, none can avoid, neither can religious people. Responds to globalization frequently occur in extreme behavior since some people thinks that globalization will threat their existence in this world. Such responds make the people labeled as fundamentalists or terrorists, and many of them have religious background.  Some of religious groups extremely rejecting globalization can be found states of former USSR, Japan, and Iran. Finally, this paper presents the forms and  positions of  religion suggested by four figures, i.e. Immanuel Wallerstein, John Meyer, Roland Robertson, and Niklas Luhmann. They suggest that the religions will keep their existence if they adopt the values of globalization and make themselves the instrument of communication as well as political and economic interaction of the world’s interaction. Religion should evolve from narrow mindedness to a broader, new, and universal values.


2005 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 17
Author(s):  
Alzira Lobo de Arruda Campos

As ciências humanas discutiram a questão da interdisciplinaridade ao longo do século XX. Mas, já no século anterior, figuras notáveis, como Wilhelm Dilthey e Karl Marx, questionavam-se sobre os paradigmas monistas da explicação e da compreensão. Interrogação reproduzida, entre muitos, por Sigmund Freud, Max Weber, Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Michel Serres. Em Educação, o grupo de Doutorado em Ciências da Educação, de Paris VIII, há 30 anos adotou a multirreferencialidade como metodologia hegemônica.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document