Efeitos da associação de estresse físico e uso crônico de cloridrato de fluoxetina no córtex cerebral de ratos
A exposição a fatores estressantes tem papel importante no desenvolvimento de transtornos depressivos. Os efeitos deletérios do estresse na neuroplasticidade e a apoptose podem ser acentuados pelo uso crônico de antidepressivos. Este estudo tem como objetivo avaliar e correlacionar os efeitos e as consequências do estresse físico (EF) associado ao tratamento de cloridrato de fluoxetina (CF) no volume cerebral e espessura cortical de três áreas cerebrais. Foram utilizados cérebros de 25 ratos (Rattus norvegicus) machos da linhagem Wistar. Os animais foram divididos em 5 grupos: G1 – grupo controle; G2 - CF e sem EF; G3 - EF porém sem CF; G4 – CF até o dia anterior ao procedimento cirúrgico (EF) e G5 –CF até 30 dias após o procedimento cirúrgico (EF). Os resultados obtidos mostram que os grupos G3, G4 e G5 tiveram uma redução significativa no volume cerebral. Com relação a espessura cortical na área límbica os dados mostram que os grupos G4 e G5 tiveram uma redução significativa em relação ao G1, assim como os grupos G3, G4 e G5 também apresentaram uma diferença significativa em relação ao G2. Na área sensitiva os grupos G3, G4 e G5 tiveram uma redução expressiva quando comparados ao G1; o mesmo foi observado para G4 e G5 em relação aos grupos G2 e G3. Já em relação a área motora observou-se o mesmo para os grupos G3 e G4 em relação ao G1. Estes dados nos permitem concluir que, o estresse físico associado ou não ao uso crônico de cloridrato de fluoxetina diminui o volume cortical do cérebro de ratos machos como consequência desta redução de volume tem-se uma redução significativa da densidade cortical das áreas límbica, sensitiva e motora.