Influência do óleo de cártamo (Carthamus tinctorius L.) na resistência insulina e hipertrofia ventricular de camundongos dislipidêmicos
A regulação do metabolismo lipídico através do consumo de fitoterápicos é uma estratégia para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito do óleo de cártamo sobre a resistência à insulina e hipertrofia ventricular esquerda (HVE) em camundongos com ausência de receptor para LDL (LDLr-/-) com diferentes dietas. Os Camundongos LDLr-/- foram divididos em quatro grupos: C: dieta padrão; CCA: dieta padrão e 2mg/kg/dia de óleo de cártamo; HL: dieta hiperlipídica; HLCA: dieta hiperlipídica e 2mg/kg/dia de óleo de cártamo. Após 15 dias de experimento foi quantificado as concentrações séricas de colesterol total e suas frações, triglicerídeos, proteína C reativa, insulina, glicose e calculado o índice de Homa. Lâminas histológicas com tecido cardíaco foram preparadas e coradas com hematoxilina e eosina, para avaliação histológica geral; e coradas com picrosírius red para avaliar da área de depósito de colágeno. Os resultados obtidos demonstraram que o óleo de cártamo preveniu a redução dos níveis séricos do HDL e do aumento dos níveis da PCR, preveniu parcialmente a resistência insulínica e a hiperinsulinemia nos camundongos do grupo HLCA. O uso de óleo de cártamo equilibrou os fatores anti-hipertróficos em relação aos fatores hipertróficos (hiperinsulinemia e processo inflamatório), prevenindo a HVE nos camundongos do grupo HLCA. Em conclusão o óleo de cártamo preveniu o desenvolvimento da HVE e parcialmente a resistência à insulina.