Educação (Ambiental): moldando corpos para gerir a vida?
A Educação Ambiental (EA) estaria livre de vínculos institucionais e isenta das formas de governo existentes na sociedade? Mesmo baseada em ações necessárias à sustentabilidade ambiental, manifesta-se como um processo libertário? Este estudo objetivou problematizar a relação entre EA, biopolítica e governamentalidade, explicando como esses conceitos se encontram, a partir do entendimento de que a EA é um processo que molda corpos e se baseia na biopolítica, ao gerenciar maneiras de preservar a vida. Para isso, as estruturas histórico-institucionais da EA serão abordadas num contexto global e no Brasil, traçando sua relação com as macrotendências da EA e instrumentos de poder, com base em Michel Foucault, Paulo Freire e Louis Althusser. Assim, entende-se que a EA se aproxima de um horizonte da biopolítica, através de práticas governamentais para alcançar a sustentabilidade ambiental, apesar da importância dessas ações no contexto atual.