scholarly journals L’État et la guerre

2007 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 19-31
Author(s):  
Ninon Grangé

Résumé Walter Benjamin, Carl Schmitt puis Giorgio Agamben ont chacun remis en cause l’idée de norme, dans l’État confronté à la violence, à partir de la notion d’exception. Or l’état d’exception revient à traiter juridiquement d’une matière politique et à occulter le déclencheur, réel ou fantasmé, de l’exception juridique, à savoir la guerre. Une proposition pour comprendre conjointement la difficulté du droit à s’ajuster au surgissement de la violence et l’explosion des formes de guerre répertoriées par l’histoire, consiste à abandonner l’idée de fiction juridique au profit de « fictions politiques ». Ce faisant on substitue à la notion de norme celle, plus descriptive, du phénomène de la violence collective, de « référence » à un type abstrait de guerre pour mesurer les guerres réelles. C’est à cette condition que l’on peut repenser l’exception et son déclencheur, ainsi que l’indétermination première entre guerre extérieure et guerre intérieure.

2017 ◽  
Vol 15 (20) ◽  
pp. 306
Author(s):  
Luciano Nuzzo

Por meio da discussão das ideias de Carl Schmitt e Walter Benjamin, Michel Foucault e Giorgio Agamben, este artigo visa a analisar o funcionamento de um dispositivo de governo que usa a exceção como norma. Esse dispositivo é definido como “excepcionalismo soberano” e introduz novas formas de controle, que resultam de uma combinação inédita entre excepcionalismo e governamentalidade, em que o Direito e as instituições democráticas continuam a existir, mas são sempre mais esvaziadas, revogadas por meio de práxis governamentais. O excepcionalismo soberano, em última instância, coloca-nos frente aos paradoxos do Direito e desconstrói radicalmente a geometria política moderna e a razão que constituiu seu pressuposto.


Profanações ◽  
2017 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 108
Author(s):  
Mauro Rocha Baptista

A intenção deste artigo é seguir a proposta feita por Giorgio Agamben de revisar o debate entre Carl Schmitt e Walter Benjamin acerca dos conceitos de soberania e estado de exceção, iniciando, não como tradicionalmente se faz a partir do texto Teologia política  de Schmitt, publicado em 1922, mas, como se este texto já fosse uma resposta ao ensaio Crítica do poder como violência de Benjamin, publicado um ano antes. Seguindo esta proposta agambeniana se enfatiza a relação da soberania e do estado de exceção como espaços que, para Benjamin representam a possibilidade de algo fora da lei, enquanto para Schmitt são os conceitos limites que garantem o próprio Direito e o Estado. O artigo finaliza com a proposta benjaminiana de um efetivo estado de exceção que se aproxima de uma alternativa messiânica seguida pelo próprio Agamben. 


2012 ◽  
Vol 24 (35) ◽  
pp. 583
Author(s):  
Glauco Barsalini Glauco Barsalini

No programa Homo Sacer, Giorgio Agamben estabelece denso diálogo com importantes autores como Walter Benjamin, Carl Schmitt, Hannah Arendt e Michel Foucault, formulando um moderno conceito de vida nua. O problema da vida nua (homo sacer), todavia, estende-se para outros trabalhos de Agamben, como A linguagem e a morte e O tempo que resta: um comentário à carta aos romanos, nos quais se apresentam outros termos, como profanação e o tempo-que-resta. No cotejo entre essas obras, este artigo se propõe a articular os conceitos de vida nua (homo sacer) e de profanação, na sua relação com o problema do tempo (o tempo-que-resta),desenvolvidos por Giorgio Agamben. Nesse sentido, aflora discussão sobre o messiânico,por nós, aqui, associado com a figura do homo sacer.


2013 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 175-189 ◽  
Author(s):  
Raphael Guazzelli Valerio

Pretendemos dar uma breve contribuição para a compreensão do conceito de biopolítica na obra do filósofo italiano Giorgio Agamben, mais precisamente em seu trabalho de 1995, inaugurador da série Homo Sacer, cujo título leva o mesmo nome: Homo Sacer: O Poder Soberano e a Vida Nua. Valendo-se do pensamento de Michel Foucault e Hannah Arendt de um lado, e Walter Benjamin e Carl Schmitt de outro, Agamben faz recuar o conceito de biopolítica às fundações da política ocidental. Importa, para o filósofo, mostrar como estrutura, lógica e topologia de funcionamento a biopolítica anima as relações políticas desde seu fundamento e que a modernidade foi capaz de revelar, transformando radicalmente os espaços políticos contemporâneos.


Author(s):  
Nadine Hartmann

Throughout his oeuvre, Giorgio Agamben makes numerous references to Georges Bataille. Already in the 1977 Stanzas, Bataille’s general economy is afforded one of the scholia of the chapter ‘The Appropriation of Unreality’ and scolded for its alleged simplification of Marcel Mauss’s account of the gift. A brief discussion of the letters that Bataille and Alexandre Kojève exchanged in 1937 is contained in Agamben’s 1982 Language and Death and picked up again in 2002’s The Open: Man and Animal. The only text that exclusively deals with Bataille, however, is Agamben’s 1987 essay ‘Bataille e il paradosso della sovranità’. By the time Agamben begins the Homo Sacer project (1995), and in particular in Means Without End (1996), Bataille has been banished into unambiguously dismissive footnotes or ‘thresholds’ in which Agamben distances himself from Bataille’s definitions of the sacred, sacrifice and sovereignty. Thus, unlike Carl Schmitt, Martin Heidegger, Walter Benjamin or Michel Foucault, Bataille not only cannot be considered one of Agamben’s main informants, but receives all but marginal attention from him – and this despite the fact that Bataille is generally held to be one of the crucial thinkers of the sacred and of sovereignty.


2010 ◽  
Vol 3 (2-3) ◽  
pp. 131-148
Author(s):  
William David Hall ◽  
Ezra Howard

Approaches the recent death of Captain America sideline of Marvel Comics from the perspective of political theology and philosophical messianism as these ideas appear in the works of Giorgio Agamben, Rene Girard, Walter Benjamin, and Carl Schmitt.


2018 ◽  
Vol 25 (47) ◽  
pp. 35
Author(s):  
Danigui Renigui Martins de Souza

O presente trabalho pretende apresentar algumas considerações acerca do Estado de exceção pensado por Agamben a partir do diálogo existente entre Walter Benjamin e Carl Schmitt. Para realizar tal tarefa teremos como referência basilar o capítulo “Gigantomachia intorno a un vuoto”, da obra Estado de exceção. No referido capítulo, Agamben nos revela a existência de um diálogo entre Schmitt e Benjamin que influenciou a criação do conceito de exceção em ambos. Porém, para Agamben, o conceito de exceção parece ser algo que ultrapassa a discussão realizada por Benjamin e Schmitt, revelando a estrutura jurídico-política do Ocidente.[The present work intends to show some considerations about the State of exception thought by Agamben from the existing dialogue between Walter Benjamin and Carl Schmitt. To carry out this task we will have as a reference the chapter "Gigantomachia intorno a un vuoto", from the book State of exception. In that chapter, Agamben reveals to us the existence of a dialogue between Schmitt and Benjamin that influenced the creation of the concept of exception for the both of them. However, for Agamben, the concept of exception seems to be something that goes beyond the discussion held by Benjamin and Schmitt, revealing the legal-political structure of the West.]


2014 ◽  
Vol 28 (2) ◽  
pp. 7
Author(s):  
Isaac Caro ◽  
Patricio Carrasco

La publicación XXVIII, número 2, de revista Persona y Sociedad, al igual que los números anteriores, concentra estudios e investigaciones sobre las siguientes disciplinas de las ciencias sociales: filosofía política, teoría sociológica, sociología política, ciencia política, vinculadas a casos correspondientes de la sociedad civil y a la construcción e implementación legislativa. Esta edición tiene un especial contenido sobre las realidades sociales y políticas de la región latinoamericana, siempre enfrentada a procesos de transformación y ajustes en el nuevo escenario de la 'sociedad mundial'. El primer artículo que abre esta publicación es de Felipe Mansilla, cuyo título es "La naturaleza conservadora de las concepciones antioccidentalistas. Observaciones incómodas sobre un tema actual". Para este análisis, el Tercer Mundo -y en especial mención la región latinoamericana- es el propósito de este ensayo, que indaga sobre el impacto y la divulgación que han tenido las ideas de pensadores como Walter Benjamin y Carl Schmitt entre los adherentes de las doctrinas de la subalternidad y la descolonización en el continente latinoamericano. El segundo artículo de esta publicación analiza el actual posicionamiento teórico de Habermas en relación con su reconocimiento del importante lugar que ocupa la religión en el espacio público-político. Su autor, Santiago Prono, considera que este espacio de modelación tiene consecuencias incluso en el concepto mismo de sociedad civil, logrando la participación de ciudadanos religiosos en el marco conceptual de la política deliberativa. Miriam Kriger y Juan Dukuen encabezan la tercera investigación, en la cual estudian las disposiciones políticas de jóvenes estudiantes argentinos de clase alta de Buenos Aires durante los años 2011 y 2013. La estructura de este análisis se basa en la perspectiva bourdieuana en diálogo con la psicología cultural, cuyo foco es el estudio de la intervención del pensamiento político y el juicio moral en la formación de disposiciones políticas de este grupo social. En cuarto lugar, el artículo "Bolivia: lucha indígena hacia las autonomías", de María Fernanda Herrera, realiza un análisis crítico del presente boliviano con respecto a la consecución de derechos y autonomías territoriales. Aun cuando el año 2009 fue un momento clave para la articulación de movimientos sociales y originarios en dicho país, al punto de llegar a establecer un Estado plurinacional, la Nueva Constitución limita su construcción debido a las normativas institucionales de la misma. Finalmente, la publicación de Lucía Salazar titulada "Reconociendo el feminicidio. La exigencia en sociedad y la legislación ecuatoriana", pone el acento en el último proceso legislativo que se ha llevado a cabo en Ecuador desde la aprobación del Código Integral Penal. Desde una visión crítica, la autora considera los debates existentes en legisladores, jurisconsultos y en la sociedad ecuatoriana en general. Este número cuenta además con dos breves reseñas. En primer lugar, Ceferino Muñoz reseña La persona humana y su formación en Antonio Millán-Puelles, de Mauricio Bicocca, cuyo eje principal aborda la formación individual y social de la persona humana. La segunda reseña la realiza Miguel González Vallejos sobre el texto Indagación cristiana en los márgenes. Un clamor latinoamericano, con prólogo de Antonio Bentué, de Diego lrarrázaval. Aquí el autor invita a reflexionar sobre la siguiente premisa: "el acontecer ordinario y el contacto entre personas y culturas diferentes permiten descubrir voces y silencios de Dios. Esto conlleva tomar distancia de idolatrías contemporáneas".


Reflexão ◽  
2015 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 7
Author(s):  
Oswaldo Giacoia Junior

Contemporâneo é o que não coincide inteiramente com seu tempo, embora contenha a verdade dele; que é capaz de dividi-lo e interpolá-lo, para compreender, em sua gênese e vir a ser, o essencial próprio tempo em que se insere. Contemporâneo é, portanto, o arcaico, o que percebe o princípio genético, a arché daquilo que, no presente, nos constitui. Ser extemporâneo é colocar-se em condições de transformar seu próprio tempo, ao relacioná-lo com os outros tempos, de ler nele a história de maneira inédita, de “encontrar-se” com sua história segundo a força de uma necessidade que não é mero arbítrio individual, mas força de uma exigência humana à qual não se pode deixar de respond­er. É como se a escuridão do presente gerasse uma luz invisível, que projetasse sua sombra sobre o passado, e este, ao ser tocado por aquele feixe de sombras, adquirisse a capacidade de responder, de colocar-se em relação com trevas do agora. Palavras-chave: Giorgio Agamben. Messianismo. Política. Walter Benjamin.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document