Introdução: A sífilis é uma infecção bacteriana causada pela espiroqueta Treponema pallidum, subespécie pallidum (4). Além de ser uma infecção sexualmente transmissível (IST), é transmitida verticalmente, ou seja, passada da mãe para o bebê através da gestação, do parto ou da amamentação, sendo caracterizada pelos seus mecanismos de evolução, reprodução e crescimento parasitário (4). Em alguns casos, não há a presença de sinais ou sintomas, contribuindo para a negligência do diagnóstico e do tratamento, como também se tornando prejudicial para o indivíduo. Por ser uma infecção com um grande avanço no número de casos, aspectos relacionados às condições do sistema prisional propiciam uma ameaça adicional para a sífilis, principalmente nas mulheres encarceradas (2). Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo reunir informações acerca dos casos de sífilis em mulheres no sistema prisional e explicar os fatores de riscos nesse cenário. Métodos: Corresponde a uma revisão bibliográfica baseada em artigos científicos, entre os anos de 2017 a 2020. Para isso, foram utilizadas pesquisas na base de dados PubMed e um artigo da UFC, a fim de contribuir para o desenvolvimento e formação do trabalho. Resultados: A prevalência dos casos de sífilis em mulheres nos sistemas prisionais é alta em comparação com a população geral. Isso acontece devido a fatores de risco presentes antes e após o encarceramento (1). Essas variáveis, que apresentam associação com a soropositividade para sífilis, são o baixo nível socioeconômico, agressão sexual, uso de drogas injetáveis e comportamento sexual de alto risco, por meio do uso esporádico de preservativo (1). É possível incluir também o consumo frequente de bebidas alcoólicas, assim como o relacionamento com parceiros usuários de drogas injetáveis. A partir de estudos, foi retratado que o uso de preservativo é considerado um fator de proteção contra a infecção, mostrando a importância de campanhas para prevenção, tratamento e diagnóstico entre as mulheres encarceradas (3). Entretanto, algumas regiões do Brasil, como o Nordeste, sofrem com a ausência de medidas educacionais preventivas e orientadoras nas prisões, além da alta vulnerabilidade das mulheres que vivem nesse cenário (3). Conclusão: Podemos concluir que a sífilis é uma infecção presente no sistema carcerário, acometendo o grupo de mulheres, diante de variáveis de risco ligadas à doença. Portanto, é necessário métodos de rastreios para diagnóstico e tratamento precoce, visto que o âmbito prisional interfere na vulnerabilidade da saúde da mulher.