scholarly journals Efeito da aplicação de extratos aquosos em couve na alimentação de largatas de Ascia monuste orseis

Bragantia ◽  
2005 ◽  
Vol 64 (4) ◽  
pp. 633-641 ◽  
Author(s):  
Cesar Augusto Manfré Medeiros ◽  
Arlindo Leal Boiça Júnior

Os efeitos de extratos aquosos de amêndoas de Azadirachta indica e frutos de Sapindus saponaria, aplicados em discos de folhas de couve (Brassica oleracea var. acephala) nas concentrações de 0,0117% e 1,0342% (p/v), respectivamente, foram estudados sobre a alimentação das lagartas de Ascia monuste orseis. Avaliou-se a atratividade e o consumo de área foliar de lagartas de primeiro e terceiro ínstar durante 24 horas, em condições de laboratório (T = 25 ± 2ºC, UR = 60 ± 10% e fotofase = 12 horas). Nos testes com e sem chance de escolha, para lagartas de primeiro ínstar e teste sem chance de escolha para lagartas de terceiro ínstar, não houve diferença quanto à atratividade das lagartas. No teste com chance de escolha para lagartas de terceiro ínstar, houve menor atratividade das lagartas pelos discos de folhas tratadas com S. saponaria, diferindo da testemunha. No decorrer de 24 horas de avaliações, pode-se observar 58,3% de lagartas atraídas na testemunha, não diferindo de A. indica e diferindo de S. saponaria, com 39,3% e 2,4% das lagartas atraídas, respectivamente. Quanto ao consumo de área foliar, o extrato de S. saponaria diminuiu o consumo de lagartas, em todos os testes realizados. Quando não tinham opção de escolha para se alimentar de folhas sem os extratos, as lagartas consumiram as folhas tratadas nas concentrações testadas, porém em menor quantidade. Os extratos testados neste experimento demonstram ter efeitos sobre a alimentação das lagartas de A. monuste orseis, possivelmente com propriedades deterrentes e/ou supressoras de alimentação.

2011 ◽  
Vol 78 (2) ◽  
pp. 279-285
Author(s):  
F.G. Jesus ◽  
L.A. de Paiva ◽  
V.C. Gonçalves ◽  
M.A Marques ◽  
A.L. Boiça Junior

RESUMO Avaliou-se o efeito de Azadirachta indica A. Juss. (Nim), Sapindus saponaria L. (Sabão de soldado), Nim + Piretro + Rotenona, Dimorphandra mollis (Faveira) e Stryphnodendron adstringens (Mart) Coville (Barbatimão) em relação a não-preferência para oviposição e alimentação, atratividade e biologia de Plutella xylostella. Discos foliares de couve (Brassica oleracea var. acephala) cultivar Manteiga foram imersos em cada extrato à concentração de 10% (massa/volume) por 30 segundos para realização dos experimentos. Para o teste sem chance de escolha, os tratamentos que apresentaram menores atratividades foram os extratos de A. indica e D. mollis, e o menor consumo foi em A. indica. Os extratos de A. indica, S. saponaria D. mollis e S. adstringens proporcionaram efeito deterrente na oviposição de P. xylostella. Os tratamentos A. indica, S. saponaria e S. adstringens influênciaram negativamente os parâmetros biológicos da praga.


2008 ◽  
Vol 75 (2) ◽  
pp. 181-186
Author(s):  
G.A. Carvalho ◽  
N.M. Santos ◽  
E.C. Pedroso ◽  
A.F. Torres

RESUMO A planta de Nim (Azadirachta indica A. Juss) possui propriedades inseticidas e vem sendo amplamente utilizada como alternativa no controle de muitos artrópodes-praga. Sendo os pulgões Brevicoryne brassicae (Linnaeus, 1758) e Myzus persicae (Sulzer, 1776) pragas importantes para a cultura da couve-manteiga, avaliou-se neste trabalho a eficiência do extrato de óleo de Nim para o controle desses insetos. Dez pulgões adultos foram colocados em placas de Petri de 5 cm de diâmetro, contendo discos foliares de couve sobre uma camada de ágar-gel. Os insetos receberam as substâncias por meio de pulverizador manual, nas concentrações de 0,25%; 0,5%; 0,75%; 1,0% e 2,0%. Como testemunha positiva, utilizou-se imidaclopride 0,028% e negativa, apenas água destilada. As placas de Petri foram mantidas em câmara climatizada a 25 ± 2º C, umidade relativa de 70 ± 10% e fotofase de 12 horas. As avaliações da mortalidade dos pulgões e do número de ninfas sobreviventes oriundas de adultos tratados foram realizadas a 1h, 6h, 12h, 24h, 48h e 72h, após a pulverização dos compostos sobre os insetos. O óleo de Nim em todas as concentrações testadas foi eficiente no controle de B. brassicae, e para M. persicae somente nas concentrações de 1% e 2%.


2013 ◽  
Vol 7 (13) ◽  
pp. 73-76
Author(s):  
Paulo V. Sousa ◽  
Flávio G. Jesus ◽  
Márcio S. Araújo ◽  
Fábio S. Matos ◽  
Leandro Bacci

Avaliou-se a toxicidade de extratos de sementes de Azadirachta indica (Neen) e de Jatropha curcas (Pinhão manso) à Plutella xylostella (Traça das crucíferas). Discos foliares de couve (Brassica oleracea var. acephala) cultivar Portuguesa foram imersos nos extratos de Neen e Pinhão manso nas concentrações de 0,5 % e, depois, fornecidos como alimento para as lagartas. Após isso, acompanhou-se o seu ciclo biológico. Todas as fases de desenvolvimento do inseto investigadas foram afetadas pela aplicação de óleos vegetais de A. indica e J. curcas. A aplicação de óleos vegetais de A. indica e J. curcas reduz a sobrevivência da praga.


2020 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 05
Author(s):  
José Lorran Cabral Silva de Meneses ◽  
Cícero De Barbosa Lucas Matos ◽  
Allyson Francisco dos Santos ◽  
Damião Jailson Da Silva ◽  
Fernando Leite Terto

<p>INTRODUÇÃO: A utilização massiva de agrotóxicos iniciou-se na década de 1950 na indústria estadunidense, através da Revolução Verde. Uma década após, a cultura de utilização de agrotóxicos iniciou-se no Brasil, ganhando impulso nos anos de 1970 (SIQUEIRA et. al, 2013), mas sua utilização de forma liberada só aumentou recentemente, afetando diretamente a qualidade alimentícia, representando risco ao consumo e à saúde pública. A árvore de Nim (<em>Azadirachta indica Juss</em>.), oriunda da Ásia e cultivada em vários países das Américas, África e Austrália, também utilizada no Brasil, tem acentuada atividade inseticida para várias espécies de pragas, apresentando efetividade contra mais de 430 espécies de pragas (MARTINEZ, 2002). A maioria dos resultados sobre a utilização do nim provém de produtos preparados pela moagem ou da extração de óleo das sementes. Essas substâncias, com potencial inseticida, representam uma alternativa para o controle de pragas. OBJETIVOS: Este trabalho objetiva a utilização do extrato do nim para aplicações em pragas e insetos presentes em hortaliças; preparar o extrato para aplicação; identificar os tipos de hortaliças, pragas e insetos presentes; e analisar o efeito do extrato após aplicação. MATERIAL E MÉTODOS: O extrato foi produzido a partir da coleta, trituração e submersão das sementes em água no período de 12 a 20 horas, preservando o estado orgânico na proporção de 100g de sementes para 500 ml de água. A área delimitada correspondeu a 85 cm², identificando-se os tipos de hortaliças, pragas e insetos. Realizou-se duas aplicações diárias entre 9h e 16h, repetindo-se por quatro dias consecutivos, utilizando pulverizador, nos canteiros de couve, rúcula, alface e cebolinha, nas espécies de pulgões, lagarta, joaninha, vaquinha e mosca branca. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A eficácia do extrato foi variável entre as espécies identificadas, sendo que o efeito foi mais rápido nos pulgões (Afídios, ordem: Hemíptera) presente no canteiro de couve (Brassica oleracea), que no primeiro dia de aplicação já migrou para outras áreas A vaquinha (<em>Diabrotica speciosa</em>), presente no canteiro de alface (<em>Lactuca sativa</em>), apresentou mais resistência, estando presente até o terceiro dia. As demais espécies de Joaninha (Coccinellidae, Ordem Coleoptera) e Lagarta (Ordem Lepidópteros) presentes no canteiro de rúcula (<em>Eruca vesicaria ssp</em>) e a mosca branca (<em>Bemisia tabaci</em>), presente no canteiro de cebolinha (<em>Allium schoenoprasum</em>), manifestaram migração de forma mediana. Nas demais espécies, as migrações iniciaram a partir do segundo dia de aplicação. O extrato não causou morte, somente migração que se relatou a migração em aplicações na <em>Nezara viridula</em>, corroborando com Leite e Meira (2016 p. 27) que afirmam que a mosca branca (Bemisia tabaci) e lagartas em geral podem ser controlados com extrato aquoso da semente do nim, e também com Mordue e Blackell (1993), que ressalta que a azadiractina é tóxica a insetos, tem efeito de repelência. CONCLUSÃO: O uso de extratos de plantas pode diminuir o custeio da produção, riscos à saúde, ambientais e a dependência dos inseticidas sintéticos, o extrato do nim, representa uma ótima alternativa para a agricultura familiar, pela sua fácil preparação e utilização e, ainda por não promover a dispersão residual no ambiente.</p>


2019 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 393-397
Author(s):  
R. Sharma ◽  
J. Singh ◽  
A.K. Bhatia

Introduction: An alternative source of synythesis of nanoparticles is plant extract rather than chemical methods. This is because of presence of secondary metabolites or reducing agents in plant extract which are responsible for nanoparticles synthesis. In bioaccumulation, this synthesis depends upon the availability of particular enzymes or protein in plant extract. Materials & Methods: Considering the therapeutic potentials of nanoparticles, this work has been designed to find out antibacterial activity of silver nanoparticles. Objectives of this work are - preparation of silver nanoparticles chemically and biologically, characterisation of nanoparticles and evaluation of their antibacterial activities against E. coli. Comparision of antibacterial properties were made among NaBH4- AgNPs, Azadirachta indica (Neem) extract AgNPs and Brassica oleracea (Cauliflower) extract AgNPs. UV- absorption spectra of chemically and biologically synthesized AgNPs at different time intervals were measured using UV-Visible spectrophotometer. Particle size of AgNPs was measured by dynamic laser scattering technique (DLS) using Malvern Aimil Zetasizer. Results: The obtained silver nanoparticles were of sizes between 10 nm and 100 nm. Conclusion: It was clear from antibacterial activities that biologically synthesized AgNPs were more effective against E. coli than chemically synthesized AgNPs.


Author(s):  
Marineide Rosa Vieira ◽  
Leonardo Saron Peres

O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações de extratos aquosos de folhas de nim, Azadirachta indica A. Juss, para o controle do pulgão Brevicoryne brassicae (L.) em uma área de cultivo comercial de brócolis, Brassica oleracea L. var. italica Plenck, no município de Ilha Solteira, São Paulo. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro tratamentos e quatro repetições. Foram testados extratos aquosos de folhas de nim a 1% e 2%, além de uma testemunha química, com metomil, e uma testemunha sem pulverização. Três pulverizações foram realizadas no período de 29/07 a 11/08/2014. O extrato de folha a 2% possibilitou eficiência de 81,5%, 24 horas após a primeira aplicação, atingindo 93,4% e 98,5% após a segunda e a terceira pulverizações, respectivamente. Esse extrato é uma boa opção no controle de B. brassicae na cultura do brócolis. Além de não apresentar efeito nocivo ao ambiente e ao consumo dos alimentos, não representa custo adicional para o produtor, uma vez que pode ser produzido a partir de plantas cultivadas na propriedade.


Planta Medica ◽  
2008 ◽  
Vol 74 (09) ◽  
Author(s):  
BM Silva ◽  
AP Oliveira ◽  
DM Pereira ◽  
C Sousa ◽  
RM Seabra ◽  
...  

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