Narrativas de vida e direitos humanos: reflexões sobre os direitos das mulheres e estado de exceção

2020 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 151-175
Author(s):  
Luana Mathias Souto

Este artigo tem por objetivo analisar os direitos das mulheres no contexto brasileiro, principalmente, seus direitos reprodutivos. Para atingir esse propósito, o artigo por meio da combinação entre Direito, Filosofia e Literatura tenta repensar por que as mulheres não possuem voz quando decisões sobre seus direitos são tomadas? Metodologicamente, utiliza-se de revisão bibliográfica, a partir da obra "O conto da Aia", escrita por Margaret Atwood (2006) e os conceitos de "homo sacer" e estado de exceção desenvolvidos pelo filósofo Giorgio Agamben (2004; 2007) para ilustrar como as narrativas de vida podem promover os direitos humanos.

Profanações ◽  
2019 ◽  
Vol 6 ◽  
pp. 238-258
Author(s):  
Isidoro Harispe

El presente artículo pretende reflexionar sobre la particular mirada que tiene Giorgio Agamben de lo político a partir del uso que hace de algunos autores (Debord, Heidegger, Foucault, Kojève) y conceptos (“espectáculo”, “poshistoria”, “vida”, “forma-de-vida”) con los cuales durante más de veinte años abordó cuestiones del pensamiento político contemporáneo. El recorrido interpretativo está centrado entre los años de la publicación de Medios sin fin (1996), un libro pequeño pero bisagra en su producción escritural, y el final de la saga Homo Sacer El uso de los cuerpos (2014).  Palabras clave: Giorgio Agamben. Guy Debord. Sociedad del espectáculo. Vida. Forma-de-vida. Poshistoria.


Author(s):  
Antonio Justino Arruda Neto

Este texto tem como objetivo a discussão entre o pensamento de Francisco José de Jaca O. F. M Cap. (1645-1690) e o Homo Sacer de Giorgio Agamben. Assim, a vida escrava na colônia espanhola amarga a condição de violência, a exceção e a supressão de direitos, argumentos esses convergentes dos pensamentos em discussão. Acrescido dessas acepções, Francisco José de Jaca, um frade que despontou como contrário à escravidão. Ele poderá ser considerado abolicionista? A afirmação é positiva. O propósito de Francisco José de Jaca em defender o indefensável no período colonial, resultou em sua convocação para Europa e aos tribunais eclesiásticos. De Sevilla à Roma. Seu instrumento de combate foi a simplicidade que estava ao seu alcance: a oração (pelo discurso) e a confissão (induzir o rebanho ao pensamento de liberdade). Sendo assim, o problema de pesquisa será: a escravidão política como um instrumento de violência seria o despojamento social e político da vida nua? Com isso, o objetivo geral é identificar a escravidão política como um instrumento de violência como procedimento de despojamento social e político da vida nua. O texto está dividido em três seções articuladas? nos pensamentos de Francisco José de Jaca e Giorgio Agamben: a primeira, compreender o pensamento de Francisco José de Jaca, segunda, discutir a invisibilidade da escravidão; e, a terceira, a análise da retirada da escravidão humana do mundo, é possível? Portanto, os herdeiros indiretos de Francisco José de Jaca, no Brasil, foram muitos, entre eles, Joaquim Nabuco (1849-1910).


Humaniora ◽  
2011 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 335
Author(s):  
Ferdinand Indrajaya

Article is an outcome from writer’s reflection from his reading on Homo Sacer, Sovereign Power and Bare Life, a book by Giorgio Agamben, an Italian 20th century philosopher. The reading concerns with the three chapters which are Homo Sacer, The Ambivalence of The Sacred, and The Sacred Life, and also the preface of chapters. Generally, this article proposes two main things. First, Agamben’s description on Western modern political practice, developed from the Greek until today. Second, writer’s reflection on educational system in Indonesia, especially the higher education level in nowadays, through Agamben’s perspective. Structurally, article is divided into three parts. First, the Preface, is a general view to Agamben’s political thought which will stand as a background to the second part from this article, Homo Sacer. On the third part, Education as Bare Life, is writer’s reflection on higher education system in Indonesia borrowing the political perspectives from Agamben.    


2019 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
Author(s):  
Jaime Alonso Caravaca Morera
Keyword(s):  

El sentido de los postulados de Giorgio Agamben invita a conocer una nueva ontología sociocolectiva que más allá de la tradición soberana. A partir de las conceptualizaciones semánticas de la figura representativa “vida” y de su relación con el poder soberano en una sociedad (bio-tanato) política de normalización, se podría analizar las diferentes realidades que nos circundan. El objetivo de esta reflexión reposa en analizar las condiciones de enunciación y de existencia/resistencia de la persona que se auto-identifica dentro del spectrum transexual, de acuerdo con la teoría tanatopolítica, con el fin de promover prácticas de cuidado disciplinar inclusivas y libres de estigmas. La analogía realizada entre la persona transexual y la figura del homo sacer, permite explicar la realidad vivenciada por esta población, en la cual la vida es incluida en el ordenamiento sociojuridico únicamente bajo su propia exclusión, es decir, a partir de su absoluta invisibilidad, matabilidad y/o exterminio. Siguiendo los postulados tanatopolíticos, se podría examinar el espacio fundamental de abandono, exilio y violencia presente en todas las historias de vida post-coloniales - principalmente entre aquellas identidades disidentes e ininteligibles – que es necesario resaltar para comprender las condiciones en las cuales se han gestado las políticas de cuidado y salud actual.


2017 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
Author(s):  
Rosane Cristina de Oliveira ◽  
Eliane Cristina Tenório Cavalcanti

<p>O presente artigo tem o objetivo investigar algumas formas que o Estado contemporâneo utiliza para promove intervenções biopolíticas acerca da violência contra mulher. Para isso, adotou-se o referencial teórico de Michel Foucault e Giorgio Agamben. Inicialmente será  apresentado o entendimento foucaultiano a respeito da biopolítica, e a construção de Agamben estabelecida a partir da concepção de <em>homo sacer</em> e vida nua, no sentido de realiza-se uma aproximação das construções dos dois autores, evidenciando as principais concepções em que uma se mostra complementar à outra para então se pensar na questão da violência contra mulher, aqui percebida como vida nua. A seguir, busca-se a noção de refugo humano proposta por Bauman para compreender as condições sociais e de vida das mulheres em situação de violência, exclusão social e<strong> </strong>vulnerabilidade<strong>, </strong>pretendendo-se assim que elas possam ser lidas à luz dessas categorias. Finalmente, apresenta-se a lei do Feminicídio como ação biopolítica contemporânea.<strong></strong></p><p><strong>Palavras-chave</strong>: Biopolítica; vida nua; violência contra a mulher.</p>


2019 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
Author(s):  
Gerson Faustino Rosa ◽  
Carolina Noura de Moraes Rêgo

O presente trabalho propõe uma reflexão acerca do papel exercido pelo Estado de Direito na vida dos cidadãos, em especial quando esse Estado vale-se do liberalismo com arte de governar e passa a ser o gestor da “felicidade” humana. Durante essa reflexão, faz-se um breve excurso nas obras de Giorgio Agamben e Michel Foucault, analisando os conceitos de Estado de exceção e de biopolítica, respectivamente desenvolvido por eles. Regressa-se à forma de exclusão sofrida pelo homo sacer, conforme o pensamento de Agamben, a fim de compará-lo ao “bandido” dos nossos dias, também excluído da sociedade no mais das vezes. Por fim, expõe-se o papel do Direito do Estado, utilizado como instrumento de legitimação da crueldade e de interesses que não condizem com a vontade geral. Empregar-se-á, para tanto, os métodos lógico-dedutivo e indutivo-argumentativo, através de análises fundamentais e qualitativas, tendo como recursos bibliografia nacional e estrangeira.


Pólemos ◽  
2021 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 15-35
Author(s):  
Edwin Bikundo

Abstract It is a mystery as to why more is not made of the influence of Johann Wolfgang von Goethe’s Faust on Italian philosopher Giorgio Agamben’s body of work. After all, as a great philosophical poet, and tremendously concerned with language, Goethe’s work could not have failed to capture Agamben’s attention, especially given his early and sustained interest in poetry. Indeed, Agamben cites Goethe in at least 12 of his works including: The Use of Bodies, Creation and Anarchy, Pilate and Jesus, The Kingdom and the Glory, Homo Sacer, The Signature of All Things, Stanzas, The End of the Poem, Potentialities, Karman, Adventure and Infancy and History. Crucially, the last five reference Goethe’s Faust directly. Thus, this paper seeks to remedy the relative lack of explicit engagement and demonstrate the strong, clear and persistent influence of Goethe’s Faust that underpins Agamben’s signature philological and philosophical approach to literarily explicating law’s foundational riddles. Agamben’s Homo Sacer, project – it must be recalled – quite accidentally began in part as a direct response to the legalistic justifications for the 1990–91 Gulf War. The present discussion seeks to demonstrate that Goethean influence ironically enough through a close examination of both Faust’s and Agamben’s attempts at partially translating a biblical phrase: ‘in the beginning was the word’.


Author(s):  
Vincent W. Lloyd

This chapter explores the way race and religion are articulated together in the work of leading critical theorists Jacques Derrida and Giorgio Agamben. It probes how these theorists stand on the border between philosophy of religion and theology, and it argues that it is only because of secularist assumptions that this divide between outsider’s philosophy of religion and insider’s theology can be maintained. For Derrida, both religion and race function as loose threads that can be pulled in order to unravel a system of thought. For Agamben, the protagonist of modernity, homo sacer, is both racialized and sanctified. Yet Derrida and Agamben’s accounts are skewed by a Eurocentrism and a failure to take religious ideas sufficiently seriously. The black feminist Sylvia Wynter offers an antidote, similarly linking race and religion but doing so in a way that attends to how racialization is produced theologically and goes hand in hand with patriarchy. Wynter’s work implies that philosophy of religion that refuses secularism is always black theology and that black theology must engage seriously with questions in philosophy of religion.


2012 ◽  
Vol 47 (1) ◽  
pp. 149-170
Author(s):  
JASON VREDENBURG

In the forty years since its publication, Hunter S. Thompson's most famous work, Fear and Loathing in Las Vegas, has received relatively little attention from scholars, in spite of its continuing popularity and acknowledged influence. Because the narrative is so thoroughly rooted in what Thompson called “this foul year of Our Lord, 1971,” the novel is generally approached (when it is discussed at all) as a historical artifact, a gonzo first draft of history, with its fortunes rising and falling with the counterculture of the 1960s. This article argues that Fear and Loathing in Las Vegas, far from being merely an epitaph for the 1960s, actually anticipates the more recent work of political theorists Giorgio Agamben, Michael Hardt, and Antonio Negri. Thompson's work, like Agamben's, concerns the emergence of the state of exception and the homo sacer as new paradigms for the relationship between citizen and state; and, like Hardt and Negri, Fear and Loathing in Las Vegas attempts to formulate a response to the emergence of global empire.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document