scholarly journals DESIGUALDADE ECONÔMICA E DIREITOS POLÍTICOS NA TEORIA DA JUSTIÇA DE RAWLS: UMA ANÁLISE A PARTIR DE THOMAS SCANLON

2021 ◽  
Vol 30 (55) ◽  
pp. 252-264
Author(s):  
Sandra Suely Moreira Lurine Guimarães ◽  
Heitor Moreira Lurine Guimarães
Keyword(s):  

O presente artigo pretende problematizar a maneira como a questão das desigualdades socioeconômicas e dos direitos políticos são tratadas na teoria da justiça originalmente formulada por John Rawls. Sabe-se que Rawls, na década de 1970, revolucionou os debates sobre justiça distributiva com a formulação da teoria que ficou conhecida como equidade, que se baseia na proposição de dois princípios de justiça, o primeiro tendo prioridade em relação ao segundo, destinados a reger a estrutura básica da sociedade. Muito recentemente, contudo, uma série de desafios teóricos à tradição liberal igualitária, da qual Rawls é um grande expoente, foi lançada por Thomas Scanlon, em sua proposta de atribuir à igualdade um valor intrínseco. O objetivo deste trabalho é mostrar como uma das questões levantadas por Scanlon, concernente à questão da participação política, pode ser capaz de comprometer seriamente a proposta original de Rawls de tal forma que a distribuição indicada como justa pelos próprios princípios acabaria por quebrar a prioridade estabelecida entre eles. Primeiramente, faremos um estudo sistemático de como Rawls elabora seus dois princípios de justiça e qual o lugar da igualdade dentro deles, com ênfase para os elementos relevantes para a análise posterior. Em seguida, tentaremos demonstrar, a partir do ponto de vista oferecido por Scanlon, como é possível encontrar em Rawls uma tensão entre a garantia de igual direito de participação política a todos, de um lado, e a permissão de desigualdades socioeconômicas, de outro.

2014 ◽  
Vol 59 (1) ◽  
pp. 38
Author(s):  
Denis Coitinho Silveira
Keyword(s):  

O principal objetivo desse artigo é responder a questão sobre o que constitui a responsabilidade moral. Tentaremos demonstrar que a responsabilidade moral tem duas características centrais, a saber, exigências internalistas e autoridade social. Para tal propósito, faremos uso de estratégias compatibilistas. O próximo passo será tentar descrever a concepção de responsabilidade substancial de Thomas Scanlon e, no final desse artigo, estipularemos um argumento sobre um tipo de responsabilidade moral razoável que pode estar contida na teoria da justiça como equidade de John Rawls.


2016 ◽  
Vol 52 (59) ◽  
pp. 43
Author(s):  
Faviola Rivera Castro
Keyword(s):  

<p class='p1'>En Lo que nos debemos unos a otros. ¿Qué significa ser moral?, Thomas Scanlon ofrece una postura sobre el contenido y la base normativa de “la moralidad de lo correcto y lo incorrecto”, la cual trata, de acuerdo con él, de lo que nos debemos unos a otros. Mi objetivo es examinar las razones por las cuales Scanlon sostiene que su postura no es metafísica sino práctica. Rastreo el significado de “práctico” en algunos escritos de John Rawls y de Kant, y sostengo que, en realidad, la metafísica de la moral no es necesariamente incompatible con el carácter práctico de esta última. En mi opinión, el rechazo de la metafísica por parte de Scanlon está motivado por su concepción no categórica de la moral.</p>


2002 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 57-72 ◽  
Author(s):  
Richard H. Toenjes

Abstract:This article puts forth the thesis that the contractualist account of moral justification affords a powerful reply in business contexts to the question why a business person should put ethics above immediate business interests. A brief survey of traditional theories of business ethics and their approaches to moral motivation is presented. These approaches are criticized. A contractualist conception of ethics in the business world is developed, based on the work of John Rawls and Thomas Scanlon. The desire to justify our choices in terms that others can be reasonably expected to accept, or at least in terms that others cannot reasonably reject, is identified and differentiated from other accounts of motivation. It is this desire that constitutes the core motive to be moral in business on the contractualist conception. Implications of this contractualist conception for the theory and practice of business ethics are then discussed.


Inciso ◽  
2015 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 114
Author(s):  
Orlando Meneses Quintana

<p><strong> </strong>El artículo pretende dilucidar el valor explicativo de la teoría del contrato social en relación con el comportamiento moral o la moralidad de lo que nos debemos unos a otros. Así, se presentan dos momentos relacionados; por un lado, se comparan algunos puntos centrales en las perspectivas de Thomas Hobbes, John Rawls y Thomas Scanlon, dado que estas tienen en común la idea de un acuerdo racional sobre los principios para la acción política, es decir, permiten poner de relieve la característica del sujeto moral como aquel capaz de identificar razones y de guiar su comportamiento en consecuencia. Este punto de análisis resulta fundamental para el segundo momento del artículo, en el que se identifican algunos vacíos en el funcionamiento del Estado de Derecho.</p><p> </p>


2015 ◽  
Vol 34 (64) ◽  
pp. 89-114
Author(s):  
María Del Rosario Guerra González

En este artículo se demuestra mediante un análisis documental, con metodología hermenéutica, que los derechos económicos tienen una base ética pero que son más que esto, porque pueden reclamarse en los aspectos nacional, regional e internacional, a pesar de ser progresivos.La contribución de la investigación es subsanar errores en el tema de derechos económicos, situarlos en una "sociedad decente" y mostrar posibilidades y límites de las teorías sobre la justicia de John Rawls, Thomas Scanlon y Amartya Sen, con respecto a este tema. Se proponen nuevos derechos para darles mayor eficacia a los existentes.


2020 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 181-195

Fairness in income distribution is a factor that both motivates employees and contributes to maintaining social stability. In Vietnam, fair income distribution has been studied from various perspectives. In this article, through the analysis and synthesis of related documents and evidence, and from the perspective of economic philosophy, the author applies John Rawls’s Theory of Justice as Fairness to analyze some issues arising from the implementation of the state’s role in ensuring fair income distribution from 1986 to present. These are unifying the perception of fairness in income distribution; solving the relationship between economic efficiency and social equality; ensuring benefits for the least-privileged people in society; and controlling income. On that basis, the author makes some recommendations to enhance the state’s role in ensuring fair income distribution in Vietnam. Received 11thNovember 2019; Revised 10thApril 2020; Accepted 20th April 2020


2019 ◽  
Vol 1 ◽  
pp. 1-21
Author(s):  
Xavier Scott

This paper examines the transition in political philosophy between the medieval and early-modern periods by focusing on the emergence of sovereignty doctrine. Scholars such as Charles Taylor and John Rawls have focused on the ability of modern-states to overcome conflicts between different religious confessionals. In contrast, this paper seeks to examine some of the peace-promoting features of Latin-Christendom and some of the conflict-promoting features of modern-secular states. The Christian universalism of the medieval period is contrasted with the colonial ventures promoted by the Peace of Westphalia. This paper’s goal is not to argue that secularism is in fact more violent than religion. Rather, it seeks to demonstrate the major role that religion played in early modern philosophy and the development of sovereignty doctrine. It argues against the view that the modern, secular state is capable of neutrality vis-à-vis religion, and also combats the view that the secular nature of modern international law means that it is neutral to the different beliefs and values of the world’s peoples. These observations emphasize the ways in which state power and legitimacy are at the heart of the secular turn in political philosophy. 


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document