UMA IMAGEM-CONTRASTE: A IRONIA ENTRE DISJUNÇÕES SONORAS E VISUAIS
As relações entre imagens e (re)cognição são destacáveis nas críticas sobre os primados da representação, um dos pilares das contribuições da filosofia de Gilles Deleuze para os estudos do campo da educação. A partir da proposição do conceito de imagem-contraste, que articula o visual e o sonoro na apresentação da imagem cinematográfica, apresentam-se neste artigo contribuições para se deslocarem os sentidos mais usuais de percepção do mundo e das aprendizagens derivadas da relação dos sujeitos sobre o real, dedicando-se especialmente à análise de um filme de Stanley Kubrick. Indicam-se características constituidoras da imagem-contraste que questionam uma natureza humana privilegiada quando se nomeiam os sujeitos da educação. Destaca-se também o uso da ironia em sua conexão com o humor, intensificando essa imagem-contraste.