scholarly journals El cine como máquina de pensamiento y control

Author(s):  
Mauricio Durán Castro

Tanto en su complejidad mecánica como en su articulación con el cuerpo social, el cine puede ser comprendido como una máquina con una doble potencia: por un lado, tiene la capacidad de representar y narrar el mundo y el ser humano; y, por el otro, es un aparato de control y sometimiento de hombres y mujeres, que vigila y registra todo desde cualquier lugar y momento o, de manera más subrepticia, desde el poder hipnótico de sus imágenes, capaz de mover las emociones de las masas. Mauricio Durán Castro examina en este libro esta doble potencia del cine, como una creación que le permite al hombre moderno ampliar su mirada científica y filosófica y, a la vez, atrapar su inconsciente. De esta manera, el cine, con sus creadores y sus espectadores, es estudiado desde las ideas de máquina de guerra, aparato de control, dispositivo de visión y autómata. Este acercamiento crítico invita a revisar la obra de cineastas como Dziga Vertov, Jean Epstein, Sergei Eisenstein, Alfred Hitchcock, Roberto Rossellini, Stanley Kubrick, Alain Resnais, Jean-Luc Godard, Harun Farocki o Chris Marker, a partir de las conceptualizaciones de importantes pensadores del siglo XX, como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Walter Benjamin, Michel Foucault, Giorgio Agamben y Henri Bergson.

2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 35
Author(s):  
Cacio José Ferreira ◽  
Norival Bottos jr

Esse artigo discute o estatuto das imagens que são produzidas pelos humores líquidos do corpo de Macabéia, em A Hora da Estrela (1998), desregulando e desterritorializandoem filigranas as imagens capazes de sobreviver ao tempo, com destaque para a figura da ninfa, ao mesmo tempo representação da santa cristã ou das deusas pagãs em diversas culturas. Walter Benjamin (2011) denominou essas imagens como aquilo que resta e que é capaz de causar um rasgo ou uma fratura no tempo real, tratar-se-ia, portanto, de sobrevivência no tempo histórico. Como aporte teórico serão utilizadas, sobretudo, as análises de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jacques Derrida, Giorgio Agamben, AbyWarburg e Georges Didi-huberman, especialmente no que diz respeito ao papel da musa como condição sintomática do discurso que Macabéia exerce sobre o mundo patriarcal e racional, além de se efetivar como um diálogo onde Clarice Lispector busca refletir sobre o papel da arte a partir de uma perspectiva filosófica peculiar. Julga-se importante entender de que maneira Macabéia se configura como uma ninfa, especialmente no que diz respeito à importância das imagens carregadas de temporalidades dispersas e dotadas de características únicas, geralmente icônicas que ela desregula com seu discurso descentralizador.


2015 ◽  
pp. 85-101
Author(s):  
Didier Coureau

Cet article s’inscrit dans le prolongement d’une recherche que je mène depuis une vingtaine d’années sur les rapports entre cinéma et pensée. En m’appuyant en particulier sur les réflexions de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Edgar Morin, j’ai ainsi pu créer les concepts de « complexité esthétique », « noosphère filmique », « cinématographie des flux ». Suite à l’évocation de créateurs-penseurs du cinéma muet d’avant-garde (Epstein, Dulac, Artaud), sont ici abordés des films d’Amos Gitaï, Chris Marker, Jean-Luc Godard, Alain Resnais et Andreï Tarkovski. L’intitulé, « Les métaphores filmiques du cerveau » indique que l’approche de la relation cinéma-cerveau est d’ordre philosophique, mais également d’ordre poétique. Si le cinéma est à même de donner forme à la pensée, il invente aussi des circuits cérébraux — sonores et visuels — qui lui permettent de devenir forme « pensante ».


Author(s):  
Jacob C. Miller

The introduction lays the philosophical foundations for the study by discussing Guy Debord’s “The Society of the Spectacle” and relevant critiques. To reconstruct this theoretical approach, the Introduction also incorporates one of the first theorists of the spectacle – Walter Benjamin – and other more contemporary theorists that are essential for understanding the spectacle of consumption today, namely Gilles Deleuze and Félix Guattari. Justification for “an embodied assemblage” approach is provided, as a way to transcend previous shortcomings of theories of the spectacle. This overview is critical for understanding Trump and Trumpism today.


Author(s):  
Icaro Ferraz Vidal Jr

O presente artigo explora algumas inflexões contemporâneas no estatuto do rosto. Na arte contemporânea, em sistemas de vídeo-vigilância, no marketing, na pornografia etc. as tecnologias de detecção e reconhecimento facial parecem espraiar-se sobre uma vasta gama de domínios. Sem a pretensão de esgotar este campo, propomos traçar algumas linhas de força que nos ajudem a compreender o que está em jogo nessa reconfiguração estética e política dos rostos. A partir de noções que buscamos no pensamento de autores como Michel Foucault, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze e Félix Guattari, cartografamos algumas tensões entre ação e representação, cristalizadas no estatuto contemporâneo do rosto.


Muitas Vozes ◽  
2020 ◽  
Vol 09 (02) ◽  
pp. 509-533
Author(s):  
C. R. F. MARINHO

Este texto aborda a obra A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, tomando-a a partir de um trabalho de escrita literária pensado como operação de produção do sensível na existência. Um trabalho que, mais do que produzir sentidos ou gerar interpretações que nos ajudariam a entender o mundo, fazem mundos, produzem formas próprias, capazes de atribuir configurações diferentes à existência e ao seu pensamento. No caso da obra de Lispector, tal processo dá-se não pela construção de um novo mundo qualquer, mas pela derrisão das definições e das finalidades desse mundo, cuja possibilidade manifesta- se no encontro entre G.H. e a barata. Tal relação opera, então, uma altercação não apenas de G.H. com o animal, mas a colocação em questão da existência da humanidade, na medida em que ela se faz paradigma dessa relação. Para tanto, operamos por meio de quatro registros, evidenciando como desdobramento o procedimento dessa possibilidade: desabamento, aberto, devir e informe, partindo de autores como Giorgio Agamben, Gilles Deleuze e Felix Guattari e Georges Bataille. Mais do que uma parada da possibilidade de entender a humanidade em G.H., deparamo-nos com uma máquina reterritorializante profundamente deslocada, fora do humano e fora do sentido.


Author(s):  
Ricardo González-García

El inconsciente óptico que estudian Walter Benjamin y Rosalind Krauss implica una instantaneidad visual proveniente del medio fotográfico, pues su resultado icónico aporta datos que pueden llegar a escaparse a la visión humana. Ello instaura una sublimación diferenciada que nubla el enfoque cristalino de los regímenes escópicos de la modernidad, pero envuelve a las vanguardias artísticas del siglo XX en una experimentación plástica sin precedentes. Partiendo de la fotografía –específicamente de las fotografías desenfocadas y las cronofotografías– y de su influencia en la pintura, se alude en el presente artículo a determinados “puntos ciegos” como pérdidas de foco entre ambos medios, los cuales pueden llevar su hibridación. Correspondencias necesarias, no obstante, que desde el concepto de index y punctum conducen a analizar cuestiones específicas del cine que Gilles Deleuze investiga al desarrollar el concepto de imagen-tiempo y el de imagen-movimiento, los cuales, vistos desde la perspectiva de un tipo de pinturas que toma la fotografía como referente, nos llevan a remitir a cuestiones relacionadas con la memoria y la dimensión cinemática. Tras estas reflexiones, finalmente se demuestra que la borrosidad de la imagen ayuda a descubrir ciertas claves del nuevo régimen escópico al que nos transporta la imagen digital, así como a descubrir “puntos ciegos” de mayor alcance que se relacionan con la construcción de la mirada del momento presente y la tectónica epistemológica.


2020 ◽  
Vol 18 (38) ◽  
pp. 267-295
Author(s):  
Vitor Marcelino

O seguinte artigo busca apresentar um recuo histórico com o intuito de compreender como a tradicional concepção de livro foi reformulada no período de vanguarda, especialmente a russa, a partir da incorporação da fotografia em sua estrutura. Nesse processo, privilegiaremos o estudo sobre as contaminações entre cinema, literatura, revistas e jornais ilustrados, cartazes e design de exposições para que possamos compreender, de modo histórico, o aspecto híbrido dado ao livro fotográfico. Teremos como foco as produções e reflexões teóricas do artista El Lissitzky (1890-1941) e dos cineastas Dziga Vertov (1896-1954) e Sergei Eisenstein (1898-1948) em aproximação com os escritos do filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940).


Ícone ◽  
2009 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
Author(s):  
Henrique Codato

Este artigo pretende estabelecer um diálogo entre a obra Sans Soleil (1983) de Chris Marker e as noções de imagem, memória, acontecimento e história, tais como apresentadas por Walter Benjamin e discutidas por Giorgio Agamben, Georges Didi-Huberman, entre outros teóricos. Ao percorrer alguns textos destes pensadores, nosso objetivo é desenvolver algumas reflexões sobre a imagem no cinema markeriano, levando em conta sua dimensão indicial, entendendo-a como um traço, um vestígio da história inacabada, sobrevivente do tempo e elemento fundamental da experiência e da memória.


2019 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 434
Author(s):  
Patricia Peterle

Franz Kafka e Primo Levi são dois autores que marcam o século XX. Seus textos colocam o leitor diante daquele inacessível, indizível que escapa à linguagem. No primeiro há uma demanda por adentrar visceralmente nas aparências, ir além delas. No segundo, essa exigência se torna, a partir da experiência do Lager, em busca obsessiva por – mesmo na impossibilidade – tentar entender. Walter Benjamin, Primo Levi e Giorgio Agamben leitores de Kafka e Gilles Deleuze e Giorgio Agamben leitores de Levi. 


2016 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 189
Author(s):  
Grupo de Pesquisa Modernidade e Cultura/IPPUR-UFRJ

RASTROS DO SEM-NOME QUE O DIGA é um dos ENSAIOS CAPIROTOS que constituem o VOLUME II do TOMO VIII “DO EXPERIENCIAR”, do MANUAL TEÓRICO-PRÁTICO DE ARTES DRÁSTICAS. Enquanto tal, em sentido geral problematiza a ideia de experiência em seus termos usuais no senso comum e no chamado domínio científico. Dialogando implícita ou explicitamente, de modo crítico ou em sintonia, com abordagens emblemáticas sobre o tema  _como as de Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jacques Derrida, Hans-Georg Gadamer, Ernst Cassirer, Martin Jay_, apresenta três escrituras rastro distintas, ainda que absolutamente imbricadas, que argumentam de modo fragmentário, não linear e descontínuo sobre ideações que associam ao termo ‘experiência’ enquanto agenciamento coletivo de enunciação. São escrituras (escritos, imagens) que, mais do que predicar qualquer coisa, buscam provocar múltiplas linhas de fuga a se conectar ou disjuntar na singularidade de cada leitura. Em pertinência ao Manual em que se insere, o ensaio constitui-se como um discurso drástico, ou seja, como um dizer que escapa a qualquer plano de legitimação ou valoração determinada heteronomamente pelo poder instituído ou praticado. A esses poderes, ou às suas concernentes razões apolíneas, portanto, não se constitui como um ensaio lícito. Seria algo inútil, não mais do que junção aleatória de rabiscos, garatujas, palavras, narrativas sem sentido ou lógica. Paradoxalmente, os autores, reiterando o espírito do Manual, o valoram como desútil, como dizer que não afirma e nem opera premido por quaisquer exigências externas de eficiência _prazos, urgências, medidas, precisão_, mas que prima pelas afectações poiéticas que possa suscitar. Trata-se de um discurso que se positiva na pura superfície de seu expressar-se e no tempo de um presente que nunca se presentifica, enquanto evidenciação de devires sem início ou fim ou trajetória ou direção fixas. Como apontado, compõe-se de três escrituras rastro que se tramam rizomaticamente: RASTRO SETE-PELE: DESINVENTAR PROFUNDEZAS, RASTRO BELZABU: INVENTAR ESTRATÉGIAS SUPERFÍCIES e RASTRO DIANHO: DEPOIS DO HORIZONTE AZUL OU PARA O INFINITO E ALÉM, AQUI. O primeiro problematiza direta e explicitamente a palavra experiência no ensejo (inviável) de dizê-la cabalmente de modo não-ontológico, aliás, pretensão utópica subversiva de todo o Volume II do Manual. Rastro Belzabu procura imbricar os verbos experienciar, territorializar, agenciar e narrar, borrando essa trama por meio de imaginações suscitadas pelas palavras labirinto e deserto. O último, Rastro Dianho, é uma redobra sobre si mesmo dos rastros agenciados, sob a forma aparente de um testemunho. Cada uma dessas escrituras, montada como coleção fragmentária de dizeres, não se pretende explanação apodítica sobre qualquer coisa, mas sim provocar aos leitores, em cada ato de leitura, uma experiência enquanto devir ler-agenciar-narrar sobre o experienciar enquanto devir agenciar-narrar.   


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