scholarly journals O ROMANCE "A HISTÓRIA DO AMOR DE FERNANDO E ISAURA" EM RELAÇÕES DIALÓGICAS: DO MEDIEVO AO NORDESTE

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Janielly Santos de Vasconcelos Viana ◽  
Ramísio Vieira de Souza ◽  
Maria De Fátima Almeida

Esta pesquisa tematiza o percurso dialógico que constitui a formação do romance A história do amor de Fernando e Isaura (1994), de Ariano Suassuna, com base em Bakhtin (2014) para quem o romance é uma diversidade social de linguagens organizadas artisticamente, por línguas e vozes individuais. O estudo das relações dialógicas é condição indispensável para compreensão dos sentidos que determinam a discursividade de um gênero, em perspectiva dialógica. Em vista disso, investigam-se as relações que organizam e constituem o romance de Fernando e Isaura, de modo que o objetivo desta pesquisa é compreender como as relações dialógicas contribuem para formação e compreensão dos sentidos em um romance. Em função do objeto de estudo, desenvolve-se uma pesquisa de método descritivo-interpretativista de abordagem qualitativa, contudo, as análises tomam por base teórico-metodológica, a Teoria Dialógica da Linguagem. Os pressupostos teóricos constituem-se da revisão literária das obras de Bakhtin (2011, 2014 e 2015) E Bakhtin/Volochínov (1981). Compreende-se que o romance pode mesclar, misturar e pluralizar vozes e, que o caráter dialógico que o constitui, coloca suas linguagens frente a frente ao contexto social e real da linguagem, através da interação dos espaços e discursos. O romance prosaico de Fernando Isaura é sinônimo de renovação de sentidos, uma vez que representa a atividade de escrita suassuniana e procura resgatar elementos da cultura erudita nos romances Tristan et Iseut (1903), de Béroul e Tristão e Iseu (1976), de Joseph Bédier (versão traduzida de Afrânio Peixoto), exaltando o imaginário nordestino popular. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. ______. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 2013. ______. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 6. ed. São Paulo: HUCITEC, 2014. ______. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução de Paulo Bezerra. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015. BÉDIER, Joseph. Tristão e Iseu. Versão Afrânio Peixoto. 5. ed. São Paulo: GRD, 1976. BÉROUL. Tristan et Yseut. Paris: Librarie de Firmin Didot et Cia, 1903. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba: Positivo, 2010. 2222 p. ISBN 978-85-385-4198-1. Disponível em: <https://contas.tcu.gov.br/dicionario/home.aspv> Acesso em: 25 abr. 2020 MOREIRA, Aline Leitão. Tristão e Isolda: em torno do que remanesce. 2010. Dissertação de Mestrado em Letras. Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza, CE, 2010. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/ri/bitstr eam/riufc/2806/1/2010_DIS_ALMOREIRA.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2020. SUASSUNA, Ariano. A arte popular no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Cultura, 1969 nº 2, p. 37-43.  ______. O rico avarento. In: ______. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1954. p. 5- 16. ______. A onça castanha e a ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira. 1976. 200 f. Tese (Livre docência) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1976.

2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Andre Rezende Benatti

Este artigo tem como objetivo uma apreciação de alguns aspectos que envolvem o realismo e a violência na Literatura, para tal tomamos como objetos de estudo que nos auxiliarão na compreensão dos conceitos contos da escritora hispano-paraguaia Josefina Plá, a saber “La pierna de Severina”, “La Vitrola”, “Sisé” e “Siesta”. Para tal, nos valeremos dos estudos sobre real e o realismo de Roman Jakobson, Roland Barthes e Tânia Pellegrini, entre outros, assim como dos estudos da violência de Hannah Arendt, Xavier Crittiez e Karl Erik Schollhammer. A RENDT, Hannah. Sobre a violência. Trad. André Duarte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.ARISTÓTELES. Poética. Tradução de: SOUZA, Eudoro de. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais – 7ª edição. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2010.BARTHES, Roland. O efeito de real. In: _______. O rumor da língua. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Cultrix, 2004. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2014. CRITTIEZ, Xavier. As formas da violência. Tradução de Lara Christina de Malimpensa e Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha. São Paulo: Edições Loyola, 2011. GALEANO, Eduardo. Las venas abiertas de América Latina. Barcelona: Siglo Veintiuno Editores, 2011. GRAMUGLIO, Maria Teresa. El imperio realista. Tomo 6. Noé Jitrik (Dir.) Historia crítica de la literatura argentina. Buenos Aires: Emecé, 2002. GOMES, Renato Cordeiro.  Por um realismo brutal e cruel. In: MARGATO, Izabel; _______. (Org.). Novos Realismos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. JAKOBSON, Roman. Do realismo na arte. In: TODOROV, Tzvetan. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora UNESP, 2013. LEENHARDT, Jacques. O que se pode dizer da violência? In.: LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. PELLEGRINI, Tânia. Realismo: modos de usar. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.39, p. 11-17, 5 jun. 2012. PLÁ, Josefina. Cuentos completos. Miguel Ángel Fernández. Asunción (org.), Asunción: El Lector, 1996. SCHOLLHAMMER, Karl Erik. A cena do crime: violência e realismo no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. 4. ed. Lisboa: Europa-América, s.d.


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Débora Ballielo BARCALA

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise comparada das personagens femininas Hulga/Joy do conto “Good Country People” (1955), de Flannery O’Connor, e Dolores/Dôda do romance O tigre na sombra (2012), de Lya Luft, em uma aproximação inédita. As semelhanças entre as personagens vão desde a deformidade física e a complicada relação mãe-filha, até a duplicidade de nomes e a percepção de si mesmas como seres ambivalentes. Apesar de viverem conflitos e experiências diferentes, ambas as personagens retratam experiências vividas por muitas mulheres em sociedades patriarcais. Assim, este artigo propõe uma leitura do conto de O’Connor e do romance de Luft como críticas aos papeis de gênero e à sociedade patriarcal construída por meio das imagens e personagens grotescas, bem como uma discussão sobre as possibilidades feministas nas obras das autoras.REFERÊNCIAS:BABINEC, Lisa. Cyclical Patterns of Domination and Manipulation in Flannery O’Connor’s Mother-Daughter Relationships. Flannery O’Connor Bulletin, v. 19, 1990, p. 9-29.BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Trad. Yara Frateschi Vieira. 8ª ed. São Paulo: Hucitec, 2013.CARUSO, Teresa (Org.). “On the subject of the feminist business”: re-reading Flannery O’Connor. New York: Peter Lang, 2004.COSTA, Maria Osana de Medeiros. A mulher, o lúdico e o grotesco em Lya Luft. São Paulo: Annablume, 1996.CRIPPA, Giulia. O grotesco como estratégia de afirmação da produção pictórica feminina. Estudos Feministas, Florianópolis, 11(1): 336, jan-jun/2003, pp. 113-135.FEITOSA, André Pereira. Mulheres-monstro e espetáculos circenses: o grotesco nas narrativas de Angela Carter, Lya Luft e Susan Swan, (Tese de Doutorado) UFMG. Ano de obtenção: 2011.GENTRY, Bruce. Flannery O’Connor’s religion of the grotesque. Jackson and London: University Press of Mississippi, 1986.GILBERT, Sandra M.; GUBAR, Susan. The Madwoman in the Attic: The Woman Writer and the Nineteenth Century Literary Imagination. 2 ed. New Haven and London: Yela University Press, 2000.HARVID, David. The saving rape: Flannery O'Connor and patriarchal religion. The Mississippi Quarterly. 47.1, Winter 1993, p. 15.Disponível em: http://www.missq.msstate.edu/Acesso em: 23 abr. 2015KAISER, Gerhard R. Introdução à Literatura Comparada. Trad. Teresa Alegre. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989.LUFT, Lya. O tigre na sombra. Rio de Janeiro: Record, 2012.MACHADO, Álvaro Manuel; PAGEAUX, Daniel-Henri. Da literatura comparada à teoria da literatura. Lisboa: 70, 1988.O’CONNOR, Flannery. Collected Works. New York: The Library of America, 1988.O’CONNOR, Flannery. Contos completos: Flannery O’Connor. Trad. Leonardo Fróes. São Paulo: Cosac Naify, 2008.RUSSO, Mary. O grotesco feminino: risco, excesso e modernidade. Trad. Talita M. Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.XAVIER, Elódia. Narrativa de autoria feminina na literatura brasileira: as marcas da trajetória. Mulheres e Literatura, v. 3, 1999.Disponível em: http://www.letras.ufrj.br/litcult/revista_mulheres/volume3/31_ elodia.htmlAcesso em: 23 ago. 2004WILSON, Natalie. Misfit Bodies and Errant Gender: The Corporeal Feminism of Flannery O’Connor. In: CARUSO, Teresa (Org.). “On the subject of the feminist business”: re-reading Flannery O’Connor. New York, NY: Peter Lang, 2004, p. 94-119.YAEGER, Patricia. Dirt and Desire: Reconstructing Southern Women’s Writing, 1930-1990. Chicago: The University of Chicago Press, 2000.ENVIADO EM 10-05-19 | ACEITO EM 28-07-19


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Pâmella Possatti NEGRELI ◽  
Paulo Roberto SODRÉ

Este artigo tem como objetivo analisar a relação grotescamente humorística do protagonista do romance O cheiro do ralo com as figuras femininas mais importantes do livro, sua (ex) noiva e a garçonete de uma lanchonete por quem se torna obcecado. Dessa forma, a partir de estudos e fichamentos do humor literário narrativo de um ponto de vista sobretudo linguístico e historiográfico, procuramos detectar, por meio dos recursos humorísticos mais utilizados no romance, a estreita ligação do humor mutarelliano com o grotesco.REFERÊNCIAS:BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1987. 419 p.BREMMER, Jan; ROODENBURG, Herman. Introdução. In: ______. Uma história cultural do humor. Tradução de Cynthia Azevedo e Paulo Soares. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 13-25.HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1.986 p.HUGO, Victor. Cromwell. Bruxelles: Meline, 1843. 615 p.HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime. São Paulo: Editora perspectiva, 2010. 104 p.KAYSER, Wolfgang. O grotesco. Tradução J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2009. 164 p.LIMA, Roberto Sarmento. Duas notas sobre o humor na literatura. In: SANTOS, Herbert Nunes de Almeida; SILVA, Susana Souto (Org.). Trilhas do humor na literatura brasileira. Maceió: Edufal, 2011. p. 85- 99.MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. Tradução de Maria Elena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Unesp, 2003. 654 p.MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2013. 535 p.MUTARELLI, Lourenço. O cheiro do ralo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. 184 p.PROPP, Vladímir. Comicidade e riso. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. São Paulo: Ática, 1992. 216 p.ROBLE, Odilon José; ARAÚJO, Raíssa Guimarães de Souza. Introdução ao Grotesco nas Artes da Cena. Revista Pós. Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG. Belo Horizonte, v. 6, n. 11, p. 148-159, 2016. Disponível em: https://www.eba.ufmg.br/revistapos/index.php/pos/article/view/325/pdf. Acesso em: 17 abr. 2019.SODRÉ, Muniz; PAIVA, Raquel. O império do grotesco. Rio de Janeiro: MAUAD, 2002. 156 p.TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto humorístico: o tipo e seus gêneros. In: CARMELINO, Ana Cristina (Org.). Humor: eis a questão. São Paulo: Cortez, 2015. p. 49-90.ENVIADO EM 17-04-19 | ACEITO EM 29-05-19


2021 ◽  
Vol 18 ◽  
pp. 1
Author(s):  
Paulo Arthur Silva Aleixo ◽  
Eline Maria Mora Pereira Caixeta

Durante os primeiros anos da década de 1960, no período que permeia o golpe militar no Brasil, houve um momento singular em que os profissionais das artes e da arquitetura estiveram interessados em sair de suas estritas esferas, posicionando-se politicamente ao repensar a produção cultural e visando estreitar a relação com as camadas populares e mudar a situação estabelecida. Nesse contexto, dentre diversos agentes, pode-se recortar os nomes da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (Roma, 1914 – São Paulo, 1992) e do artista carioca Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 1937 – Rio de Janeiro, 1980) como protagonistas na construção de um pensamento que buscou, sobretudo, caminhos para questionar o status quo. Atuando em lugares distintos e pertencentes a diferentes gerações e campos de atuação, suas trajetórias em nenhuma ocasião se cruzaram, apesar de apresentarem uma forte afinidade de convicções. Sendo assim, este trabalho busca mobilizar uma reflexão acerca das interlocuções entre as produções de Bo Bardi e de Oiticica com a cultura popular, reconhecendo essa aproximação como uma forma de resistência à difícil realidade do Brasil durante a ditadura militar. Para tanto, determinadas atividades desenvolvidas são colocadas em uma mesma perspectiva e analisadas,objetivando contribuir para a imagem de um potente fenômeno cultural que lutou por um maiorengajamento social e político.


Trama ◽  
2020 ◽  
Vol 16 (37) ◽  
pp. 112-124
Author(s):  
Nathalia Muller CAMOZZATO

O presente artigo, de viés panorâmico e inserido nos estudos sobre a linguagem e discurso e contemplando aspectos éticos e políticos da língua, investiga uma série de discursos de Mário de Andrade perfilando quais concepções de língua, de oralidade e de racialidade são operadas pelo modernista, de forma a compreender o caráter ético, estético e político presente em projetos do autor, como a “Gramatiquinha”, o “Ensaio sobre a Música Brasileira” e o “I Congresso da Língua Nacional Falada e Cantada”. Ademais, é na tensão entre projetos de sistematização dos sentidos culturais e políticos brasilidade – em que são aproximadas a escrita literária, a oralidade da língua sob a forma do falar das ruas e o canto popular – que se delineia uma concepção de língua atrelada à cultura popular, à racialidade e à política nacionalista.REFERÊNCIASAnais do I Congresso da Língua Nacional Canta. Departamento de cultura do governo do Estado de São Paulo. 1938.ANDRADE, Mário de. Aspectos da música brasileira. São Paulo: Martins, 1965. ______. Ensaio sobre a música brasileira. 3ª ed. São Paulo: Martins, 1972.AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: Ed. Unicamp, 2015.CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não ser como fundamento do ser. Tese (doutorado). 339 f. Programa de Pós-graduação em Educação. Universidade de São Paulo. 2005.CASTRO, Yeda Pessoa de. Falares africanos na bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001.Cultura política. A música na nova política nacional. N.28, Rio de Janeiro, RJ, 1943.FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.______. História da sexualidade III - o cuidado de si. Rio de Janeiro. Ed. Graal, 1985______. História da sexualidade I - a vontade de saber. Rio de janeiro: Ed. Graal, 1999.______. Poder e saber. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos IV: estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2003.______. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2015.PINTO, Edith Pimentel. A gramatiquinha de mário de andrade texto e contexto. São Paulo: Duas cidades: Secretaria do Estado da Cultura, 1990.RODRIGUES, Leandro Garcia. A língua brasileira de Mário de Andrade: nacionalismo, literatura e epistolografia. In: Todas as musas. Ano 4, n. 2, jan.-jun. 2013.SALGADO, Álvaro F. Radiodifusão, fator social. In: Revista cultura política. N.6, 1941. Pp. 79-94.SCHWARTZMAN, Simon; BOMENY, Helena M.B.; COSTA, Vanda M.R. Tempos de capanema. Rio de Janeiro: ed. Paz na Terra e Ed. FGV, 2000.VERGARA, Jorge I. O. Toda canção de liberdade vem do cárcere: homofobia, misoginia e racismo na recepção da obra de Mário de Andrade. 2018. 225 fl. Tese (Doutorado em Música) - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2003), Rio de Janeiro, 2017.ZUMTHOR, Paul. Escritura e nomadismo. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.Recebido em 18-12-2019 | Aceito em 16-02-2020


Opus ◽  
2019 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 281
Author(s):  
Geam Gonçalves Aguiar ◽  
Magda De Miranda Clímaco

Waldemar Henrique, compositor paraense, em muitas de suas composições investiu na cultura popular da Amazônia, em sua música, seus mitos e crenças, o que o caracterizou como um compositor regionalista. As primeiras análises de sua trajetória de vida e de sua trajetória musical, no entanto, levaram a considerar que teve oportunidade de dialogar também com os nacionalismos de Mário de Andrade e de Getúlio Vargas. Daí este trabalho ter objetivado investigar como se deu o diálogo do compositor regionalista com os nacionalismos marioandradiano e getulista com os quais teve contato e como estes nacionalismos se evidenciaram em duas canções que compôs: Minha Terra e Uirapuru. Uma canção do início de sua carreira em Belém (PA) e uma canção composta durante a sua residência no Rio de Janeiro, o que possibilitou verificar que já havia sintonizado com os movimentos nacionalistas que ocorriam no eixo Rio/São Paulo, mesmo antes de domiciliar-se nessa região. Levando em consideração este contexto descrito, os processos de interação com diferentes dimensões culturais que Waldemar Henrique efetivou, as análises musicais realizadas e a fundamentação teórica adotada, foi possível estabelecer uma relação de seu trabalho com uma “construção simbólica da nação”. “Construção simbólica da nação” sujeita à transversalidade de diferentes poderes, ao entrecruzamento de um sistema de representações, onde sentidos e significados relacionados a uma cultura popular interagem, diretamente ou não, com intenções e interesses políticos e/ou ideológicos.


Author(s):  
Revista Travessia

E a festa, onde foi parar? Editorial (Ed. 7, Cultura) O lazer da população de origem migrante na metrópole O retorno para a festa A música sertaneja entre o pão e o circo As sete vidas da cultura popular A música urbana de Luiz Gonzaga O migrante e o movimento operário (Depoimento) O tempo de festa é sempre Festa no sertão Televisão, classes populares e mediação cultural Festas de migrantes Sentidos da festa à brasileira É dia de festa no rio Curipi Festa no cerrado Festas arouquenses no Rio de Janeiro: reinventando tradições Festa “gaúcha” nos gerais da Bahia (Crônica) As associações recreativas nas regiões de colonização alemã no Sul do Brasil: kultur e etnicidade CTN: um Nordeste paulistano A Praça Sílvio Romero – a “tradição” A linguagem dos símbolos no contexto da migração “Salud! Sirvase compadre!” a comida e a bebida nos rituais bolivianos em São Paulo Migração e diversidade linguística em Luanda A linguagem fotográfica no Islã A alimentação e a culinária da imigração italiana A linguagem dos símbolos no contexto da migração Os brincantes de Lucas e histórias de um boi migrante Receber e incorporar o diferente Hospitalidade a qualquer hora, hospitalidade a qualquer tempo Migrações e interculturalidade no Brasil e na França Presença cultural francesa no Brasil O made in Brasil em Londres: migração e os bens culturais O livro da hospitalidade: acolhida do estrangeiro na história e nas culturas. Alain Montandon (Org.) São Paulo: Senac, 2011. (Resenha) Los migrantes paraguayos y la lengua guarani As manifestações da cultura popular nordestina em Sorocaba-SP Multiculturalismo, Migration, and the Politics of identity in Singapore. Kwen Fee Lian (Ed.). Brunei: Editora UBD, 2015. (Resenha)


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


2013 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 200
Author(s):  
Silvio Soares Macedo
Keyword(s):  

Arquiteto pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), paisagista, professor titular de Paisagismo da FAUUSP e pesquisador sobre paisagem urbana e projeto paisagístico da FAUUSP desde 1976, cantor e produtor musical, viajante inveterado, morador do Rio de Janeiro por quatro anos, apreciador de desenhos animados e Arqueologia.


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