ORIGEM FITOGEOGRÁFICA, ESTRUTURA FILOGENÉTICA E SÍNDROMES DE DISPERSÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO PLANALTO CATARINENSE
Os remanescentes florestais desempenham importantes funções ecossistêmicas, além de possuírem elevada diversidade residual. Um maior conhecimento ecológico destas áreas é fundamental para a sua conservação. Por isso, este estudo objetivou avaliar a fitogeografia, a estrutura filogenética e as síndromes de dispersão de espécies arbóreas de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista no Planalto Catarinense, Brasil. As espécies amostradas no fragmento foram classificadas de acordo com sua origem fitogeográfica e síndrome de dispersão. A estruturação filogenética foi avaliada por meio dos valores de “Mean pairwise distance” (MPD) e de “Net Relatedness Index” (NRI). O gradiente ambiental foi analisado por meio de uma Análise de Componentes Principais. A influência do ambiente sobre a estruturação filogenética foi verificada por meio de um modelo linear pelo método dos Mínimos Quadrados Generalizados (GLS). As espécies tiveram a predominância de ampla distribuição (62,3%) e zoocoria (79,7%). A comunidade apresentou um padrão filogenético aleatório, sendo que o mesmo, em escala local, foi influenciado pela fertilidade do solo. Estes resultados reforçam a ideia de que o perfil florístico de áreas de floresta com araucária foi fortemente determinado por eventos históricos de migração das espécies a partir de diferentes origens, sendo que a fauna desempenhou um importante papel neste processo