scholarly journals O MÉTODO DE SLAVOJ ŽIŽEK

Author(s):  
Frederico Lyra de Carvalho ◽  
José Mauro Garboza Junior

Texto publicado originalmente por Alain Badiou como prefácio à edição francesa do livro de Slavoj Žižek, Moins que rien: Hegel et l’ombre du materialisme dialectique [trad. ing. Less Than Nothing: Hegel and the Shadow of Dialectical Materialism. London; New York: Verso, 2012. trad. bra. Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético. São Paulo: Boitempo, 2013].

2011 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 121-146
Author(s):  
Maria Carolina A. Antonio ◽  
Tássia N. Eid Mendes

Christian Dunker é Psicanalista Clínico e Professor Livre Docente do Departamento de Psicologia Clinica do Instituto de Psicologia da Universidade Estadual de São Paulo – USP, com pós-doutorado na Universidade Metropolitana de Manchester. É Analista Membro de Escola (AME) da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental, coordena o projeto de pesquisa “Patologias do Social: críticas da razão diagnóstica em psicanálise” e é coordenador - junto ao professor Dr. Vladmir Safatle do Departamento de Filosofia da USP - do LATESFIP – Laboratório de Filosofia,  Teoria Social e Psicanálise da USP. É autor, entre outros livros, de Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica. Uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento (Editora AnnaBlume, 2011), Zizek Critico - Política e Psicanálise (Editora Hacker, 2005), O Cálculo Neurótico do Gozo (Editora Escuta, 2002). Estabelece diálogo com os chamados “filósofos da nova esquerda”, a saber, Slavoj Zizek e Alain Badiou, que versam sobre a relação entre psicanálise lacaniana e teoria crítica do social, e atualmente servem de referência a redes de movimentos sociais de esquerda espalhados pelo mundo. Em recente artigo publicado na revista Tempo Social, “Mal-estar, sofrimento e sintoma: releitura da diagnóstica lacaniana a partir do perspectivismo animista” 1, o autor apresenta de forma original e instigante uma homologia entre a diagnóstica psicanalítica orientada pelos trabalhos do psicanalista francês Jacques Lacan e a noção de perspectivismo ameríndio desenvolvida pelo antropólogo Viveiros de Castro. Foi acerca desta leitura perspectivista da psicopatologia psicanalítica e sobre a antiga, porém tímida, relação entre Antropologia e Psicanálise que se seguiu esta conversa com o autor.


2015 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 539
Author(s):  
Mary Ferreira

Ao ser lançado no Brasil em abril de 2014 o livro Violência: seis reflexões laterais de Slavoj Žižek promoveu intensos debates e provocou polêmicas e reflexões, fato também notado em praticamente todos os países em que o livro foi lançado. O título por si só chama atenção pelo sentido direto, seco, intenso, embora tenha um subtítulo que amenize o peso ou crueza do título. Aparentemente era o que o autor se propunha neste ensaio em que manifesta sua crítica à sociedade pós-moderna, a partir de um olhar cuidadoso sobre vários episódios que marcaram profundamente a humanidade.Suas referências centradas no pensamento de Karl Marx e Jacques Lacan denotam uma visão de mundo inquieta, inconformada, radical e contestadora a partir da qual dialoga com vários campos do saber como a filosofia, a sociologia, a política, a arte e, em especial, o cinema para criticar de forma direta o capitalismo, a globalização, a religião, os comunistas liberais que para Žižek (p.42) são considerados hoje “[...] o inimigo com que se defronta qualquer tipo de luta progressista.” - e os fundamentalistas cristãos ou muçulmanos, que são para o autor “[...] uma desgraça para o verdadeiro fundamentalista.” (p. 77). 


2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 53-75
Author(s):  
Daniel Valente Pedroso de Siqueira

Resumo: Como entender o desenvolvimento teórico e as mudanças históricosociais que impulsionaram a recuperação e alteração da teoria marxiana no século XX e como esta ainda se encontra atuante sobre nosso horizonte social contemporâneo? Fazendo uso da reconstrução crítica de Habermas, a recuperação se inicia com Weber, a passagem por Lukács e na recepção horkheimeriana-adorniana, que tanto influenciou a crítica social do século XX, o presente artigo busca apresentar uma possibilidade de leitura.  Palavras-chave: Teoria crítica. Reificação. Marx. Habermas. Modernidade.  Abstract: How can we understand the theoretical development and all the socialhistorical changes which drove the incoming recovery and the further alteration of the Marxian theory in the twentieth century and how is it still possible to assumes it on our contemporary societies? Recovering Habermas’s critical reconstruction, which starts with Weber, the next step over Lukács, and the Horkheimerian-Adornian theoretical reception, which has largely influenced twentieth social critic, the aim paper intents to show up a possible reading.  Keywords: Critical theory. Reification. Marx. Habermas. Modernity.  REFERÊNCIAS  ARAUTO, A. “Lukács’ Theory of Reification”. In: Telos, n. 11, 1972.  ARGÜELLO, K. O Ícaro da Modernidade: Direito e Política em Max Weber. São Paulo: Acadêmica, 1997.  BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991.  BRAATEN, J. Habermas’s Critical Theory of Society. Albany: State University of New York Press, 1991.  COUTINHO, C. N. Lukács: A Ontologia e a Política. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs.). Lukács: Um Galileu no Século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  GIDDENS, A. “Reason without Revolution? Habermas’s Theorie des Kommunikativen Handelns”. In :BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massaschusetts : The MIT Press, 1991.  HABERMAS, J. “Does Philosophy still have a Purpose?”. In: HABERMAS, J. Philosophical-Political Profiles. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1983.  HABERMAS, J.  The Theory of Communicative Action, Volume I: Reason and the Rationalization of Society. Boston: Beacon Press, 1984.  HABERMAS, J.  Técnica e Ciência como “Ideologia”. São Paulo: Unesp, 2014.  HONNETH, A. The Critique of Power: Reflective Stages in a Critical Social Theory. Cambridge: The MIT Press, 1997.  HORKHEIMER, M. Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro Editora, 2002.  HORKHEIMER, M. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. São Paulo: Abril Cultural, 1975.  HORKHEIMER, M.; ADORNO, T. W. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.  LEO MAAR, W. “A Reificação como Realidade Social: Práxis, Trabalho e Crítica Imanente em HCC”. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs). Lukács: Um Galileu no século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  LUKÁCS, G. História e Consciência de Classe: Estudos sobre a Dialética Marxista. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016.MARX, K. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.  MARX, K. Grundrisse: Manuscritos Econômicos de 1857-1858 & Esboços da Crítica da Economia Política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.  MELO, R. Marx e Habermas: Teoria Crítica e os Sentidos de Emancipação. São Paulo: Editora Saraiva, 2013.  MENEZES, A. B. N. T. Habermas e a Modernidade: Uma “Metacrítica da Razão Instrumental”. Natal: EDUFRN, 2009.  NETTO, J. P. “Lukács e o Marxismo Ocidental”. In: ANTUNES, R. & RÊGO, W. L. (orgs.). Lukács: Um Galileu no Século XX. São Paulo: Boitempo Editorial, 1996.  NOBRE, M. A Dialética Negativa de Theodor W. Adorno: A Ontologia do Estado Falso. São Paulo: Iluminuras/FAPESP, 1998.  NOBRE, M. A Teoria Crítica. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2004.  PINZANI, A. Habermas: Introdução. São Paulo: Artmed, 2004. REPA, L. A Transformação da Filosofia em Jürgen Habermas: Os Papéis de Reconstrução, Interpretação e Crítica. São Paulo: Editora Singular, 2008.  TEIXEIRA, M. Razão e Reificação: Um Estudo sobre Max Weber em “História e Consciência de Classe” de Georg Lukács. Campinas: Unicamp, Dissertação de mestrado, in mimeo, 2010.  WELLMER, A. “Reason, Utopia, and the Dialectic of Enlightenment”. In: BERNSTEIN, R. J. Habermas and Modernity. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1991.  


2009 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 164-170 ◽  
Author(s):  
Antonio Pedro Mirra ◽  
Ruth Sandoval Marcondes ◽  
Isabel Maria Teixeira Bicudo Pereira ◽  
Glacilda Telles de Menezes Stewien
Keyword(s):  
New York ◽  

A ação da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo na luta contra o tabagismo teve início em 1975, quando a instituição participou da III Conferência Mundial de Fumo e Saúde, realizada em New York (EUA). Depois de três décadas de trabalho ininterrupto, ela recebeu, em 2008, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o selo prata de certificação de ambiente livre do tabaco. Nesse espaço de tempo, ao lado de um trabalho educativo, realizado corpo a corpo com docentes, funcionários e alunos, foram realizadas pesquisas, treinamentos e desenvolvido toda uma programação orientada pelo Ministério da Saúde / Instituto Nacional do Câncer. Foram também produzidas inúmeras monografias de mestrado, teses de doutorado e de livre docência, tendo como tema o tabagismo do ponto de vista educativo, social, médico e sanitário. Este artigo pretendeu fazer o relato dessa trajetória.


2015 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 117 ◽  
Author(s):  
Christa Liselote Berger Ramos Kuschick ◽  
Vanessa Hauser

Pesquisadores e jornalistas dedicam-se a compreender que tensionamentos abalam o sistema de produção de sentido que até então ostentava certa hegemonia como discurso que representa um presente social de referência (GOMIS, 1999). Este artigo reflete sobre o modo como a crise do jornalismo tem aparecido nos discursos e nas práticas da própria imprensa. A suspeita inicial é a de que a crise configura-se em acontecimento silenciado pela mídia hegemônica. Por outro lado, inevitavelmente ela transparece também nas práticas jornalísticas, uma vez que tem atingido de forma intensa a estrutura de funcionamento das redações. Além disso, tem provocado os jornalistas a reverem suas competências e o campo a transformar - de certo modo - seus pressupostos e modos de fazer.PALAVRAS-CHAVE: crise do jornalismo; práticas; hegemonia; futuro do jornalismo.  ABSTRACTResearchers and journalists are dedicated to understand the tensions that shake the production system of journalism, which has had certain hegemony as social reference speech  (GOMIS, 1999). This article reflects on how the crisis journalism has appeared in speeches and in the press itself practices. The initial suspicion is that the crisis sets in muted event by the mainstream media. Moreover, it inevitably also transpires in newspaper practice, once it has reached the working structure of essays. It has caused journalists to review their skills and transform the field - in a way - their assumptions and ways of doing.KEYWORDS: journalism crisis; practices; hegemony; future of journalism. RESUMENLos investigadores y periodistas se dedican a entender las tensiones que sacuden el sistema de producción de sentidos del periodismo que hasta ahora se jactó cierta hegemonia. En este artículo se reflexiona sobre cómo ha aparecido la crisis del periodismo en los discursos y en las prácticas de la prensa. La sospecha inicial es que la crisis ha sido silenciada por los grandes medios. Por otra parte, inevitablemente también transpira en la práctica periódistica, una vez que ha alcanzado la estructura de trabajo de las salas de prensa. Además, se ha provocado a los periodistas a revisar sus habilidades y transformar el campo - de una manera - sus supuestos y formas de hacer.PALABRAS CLAVE: crisis del periodismo; prácticas; la hegemonía; futuro del periodismo. ReferênciasBLANCHAR, Clara. Wikileaks y "los viejos del lugar". El País, 2010. Disponível em: .BOLTER, J.D; GRUSIN, R. Remediation: understanding new media. Cambridge, Mass: MIT Press, 2000.DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1995.GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre: Ortiz, 1989.GOMIS, Lorenzo. Teoria del periodismo: cómo se forma el presente. Barcelona: Paidós, 1991GROTH, Otto. O poder cultural desconhecido: fundamentos da ciência dos jornais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.HEGEL, G.W.F. A fenomenologia do espírito. Parte 1. Tradução: Paulo Meneses. Petrópolis: Vozes, 1992.HENN, Ronaldo. El Ciberacontecimento: producción y semioses. Barcelona: Editorial UOC e InconUAB, 2014.ISAACSON, Walter. How to save your newspaper. Time Magazine, 2009. Disponível em: < http://time.com/3270666/how-to-save-your-newspaper/>JORGE, Thaïs de Mendonça. Mutação no jornalismo. Como a notícia chega à internet. Brasília: Editora UnB, 2013.LAFUENTE, Gumersindo. A melhor maneira de fazer jornalismo é pela internet: entrevista com Gumersindo Lafuente Parte 1. In: MAROCCO, Beatriz. O jornalista e a prática: entrevistas. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2012, p. 211-218.______. ¿Como hemos llegado hasta aquí? Cuadernos de Comunicación Evoca, Madrid, 2012.LEAL, Bruno Sousa et. all. A "crise do jornalismo": o que ela afirma, o que ela esquece. Encontro Nacional de História da Mídia, Ouro Preto (MG), 2013. Anais...Ouro Preto, 2013. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/a-201ccrise201d-do-jornalismo-o-que-ela-afirma-o-que-ela-esquece >. Acesso em 20 de junho de 2014.NOBRE, Marcos. Notícia em Crise. Folha de S. Paulo, 2008.NOCI, Javier Díaz. A History of Journalism on the Internet: A state of the art and some methodological trends. Revista Internacional de Historia de la Comunicación, n. 1, 2013, p. 253-272.______.Definición teórica de las características del ciberperiodismo: elementos de la comunicacion digital. Doxa Comunicación, n. 6, 2008, p. 53 - 91.PAVLIK, John. Entretenimento e informação no envolvimento da audiência (entrevista a Andriolli Costa). Revista do Instituto Humanitas Unisinos. São Leopoldo: Unisinos, 2014.RAMONET, Ignacio. A explosão do jornalismo: das mídias de massa à massa de mídias. São Paulo: Publisher Brasil, 2012.SEIBT, Taís. Redação Integrada: a experiência do jornal Zero Hora no processo de convergência jornalística. 2014. 135 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, 2014.STEPHENS, Mitchell. Beyond News: The Futuro of Journalism. New York: Columbia, 2014.THE NEW YORK TIMES. Inovation. New York, 2014.  Disponível em:Url:  http://opendepot.org/2687/ Abrir em (para melhor visualização em dispositivos móveis - Formato Flipbooks):Issuu / Calameo


Author(s):  
Álvaro Domingo Acevedo Zárate

Esta investigación tiene por objetivo indagar acerca de cuál es la función que se le atribuye al amor en la construcción de la identidad de un sujeto cínico a través del análisis del diálogo y el lenguaje corporal. Para ello, se analiza la serie española Qué vida más triste, producción audiovisual que se transmitió, primero, por la plataforma de videos YouTube y, luego, por televisión entre los años 2005 y 2010. Esta serie es analizada a la luz de los planteamientos filosóficos de Peter Sloterdijk, Alain Badiou y Slavoj Žižek, así como la teoría psicoanalítica de Jacques Lacan. Las conclusiones a las que se llegan nos muestran que la serie plantea que el sujeto cínico, para serlo, debe renunciar a un encuentro «real» con el otro, dado que vive ensimismado en la búsqueda de su propio goce y ve a las demás personas como meros instrumentos. Sin embargo, la serie también plantea que hay una manera de romper con el aislamiento del sujeto cínico: el amor. Pero un amor vivido como lo que el filósofo francés Alain Badiou llama «un proceso de verdad», pues si se vive de otra manera, el amor pierde toda su potencia liberadora y se convierte en un mero simulacro que no hace sino reafirmar al sujeto en su cinismo y, por ende, en su aislamiento.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document