scholarly journals ŽIŽEK, Slavoj. Violência: seis reflexões laterais. Tradução de Miguel Serras Pereira. São Paulo: Boitempo, 2014. 195 p.

2015 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 539
Author(s):  
Mary Ferreira

Ao ser lançado no Brasil em abril de 2014 o livro Violência: seis reflexões laterais de Slavoj Žižek promoveu intensos debates e provocou polêmicas e reflexões, fato também notado em praticamente todos os países em que o livro foi lançado. O título por si só chama atenção pelo sentido direto, seco, intenso, embora tenha um subtítulo que amenize o peso ou crueza do título. Aparentemente era o que o autor se propunha neste ensaio em que manifesta sua crítica à sociedade pós-moderna, a partir de um olhar cuidadoso sobre vários episódios que marcaram profundamente a humanidade.Suas referências centradas no pensamento de Karl Marx e Jacques Lacan denotam uma visão de mundo inquieta, inconformada, radical e contestadora a partir da qual dialoga com vários campos do saber como a filosofia, a sociologia, a política, a arte e, em especial, o cinema para criticar de forma direta o capitalismo, a globalização, a religião, os comunistas liberais que para Žižek (p.42) são considerados hoje “[...] o inimigo com que se defronta qualquer tipo de luta progressista.” - e os fundamentalistas cristãos ou muçulmanos, que são para o autor “[...] uma desgraça para o verdadeiro fundamentalista.” (p. 77). 

2011 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 121-146
Author(s):  
Maria Carolina A. Antonio ◽  
Tássia N. Eid Mendes

Christian Dunker é Psicanalista Clínico e Professor Livre Docente do Departamento de Psicologia Clinica do Instituto de Psicologia da Universidade Estadual de São Paulo – USP, com pós-doutorado na Universidade Metropolitana de Manchester. É Analista Membro de Escola (AME) da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental, coordena o projeto de pesquisa “Patologias do Social: críticas da razão diagnóstica em psicanálise” e é coordenador - junto ao professor Dr. Vladmir Safatle do Departamento de Filosofia da USP - do LATESFIP – Laboratório de Filosofia,  Teoria Social e Psicanálise da USP. É autor, entre outros livros, de Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica. Uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento (Editora AnnaBlume, 2011), Zizek Critico - Política e Psicanálise (Editora Hacker, 2005), O Cálculo Neurótico do Gozo (Editora Escuta, 2002). Estabelece diálogo com os chamados “filósofos da nova esquerda”, a saber, Slavoj Zizek e Alain Badiou, que versam sobre a relação entre psicanálise lacaniana e teoria crítica do social, e atualmente servem de referência a redes de movimentos sociais de esquerda espalhados pelo mundo. Em recente artigo publicado na revista Tempo Social, “Mal-estar, sofrimento e sintoma: releitura da diagnóstica lacaniana a partir do perspectivismo animista” 1, o autor apresenta de forma original e instigante uma homologia entre a diagnóstica psicanalítica orientada pelos trabalhos do psicanalista francês Jacques Lacan e a noção de perspectivismo ameríndio desenvolvida pelo antropólogo Viveiros de Castro. Foi acerca desta leitura perspectivista da psicopatologia psicanalítica e sobre a antiga, porém tímida, relação entre Antropologia e Psicanálise que se seguiu esta conversa com o autor.


Author(s):  
Frederico Lyra de Carvalho ◽  
José Mauro Garboza Junior

Texto publicado originalmente por Alain Badiou como prefácio à edição francesa do livro de Slavoj Žižek, Moins que rien: Hegel et l’ombre du materialisme dialectique [trad. ing. Less Than Nothing: Hegel and the Shadow of Dialectical Materialism. London; New York: Verso, 2012. trad. bra. Menos que Nada: Hegel e a Sombra do Materialismo Dialético. São Paulo: Boitempo, 2013].


Author(s):  
Hildemar Luiz Rech ◽  
Eduardo F. Chagas ◽  
Maria Anita Vieira Lustosa ◽  
Manoel Jarbas Vasconcelos Carvalho

A Revista Dialectus, em seu 9º (nono) número, traz ao debate algumas facetas do pensamento do filósofo e psicanalista Slavoj Zizek. Este pensador esloveno é um autor instigante que criticamente adota como bases de sua construção teórica – em suas temáticas econômico-políticas, histórico-filosóficas, sócio-culturais, psicanalíticas e político-filosóficas – a densa argumentação de autores clássicos, como Karl Marx, Immanuel Kant, Georg Wilheim Friedrich Hegel e Jacques Lacan, entre diversos outros autores (...)


2018 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 9-31
Author(s):  
Arivaldo Sezyshta

Resumo: Este artigo tem por objeto apresentar a Filosofia Política Crítica da Libertação em Enrique Dussel, analisando sua gênese e evolução e mostrando a influência decisiva da filosofia da práxis de Karl Marx para esse pensamento, em especial a partir do conceito de exterioridade, entendida como sendo o âmbito onde o outro se revela, onde permanece livre em seu ser distinto. A exterioridade, precisamente, é tida pela Filosofia da Libertação como a categoria principal do legado marxiano e pressuposto teórico fundamental, que viabiliza o discurso de Dussel, sobretudo na opção radical pela vítima, marca de seu pensamento filosófico. Mediante isso, aqui se assume a tese de que há em Dussel uma parcialidade pela vítima: seu pensamento está construído, propositalmente, em favor da vítima. O esforço deste trabalho é o de mostrar que a opção pela vítima será o fio condutor de todo seu pensar, o que cobra da Filosofia da Libertação uma pretensão crítica de pensamento, fazendo com que o labor filosófico seja desafiado e provocado pela necessidade real de auxiliar a vítima, exigência do povo latino-americano em seu caminho de libertação. Em termos de resultado, para além da importância atual do pensamento marxiano para a compreensão da realidade e a crítica ao capitalismo, ressalta-se a relevância teórico-prática do pensamento dusseliano para a Filosofia Política como um todo, pelas suas contribuições no cenário contemporâneo, pela coragem em apontar em direção a outra sociedade, trans-moderna e transcapitalista, já em curso nas práticas coletivas de Bem Viver.Palavras-chaves: Filosofia. Libertação. Enrique Dussel. Bem Viver. Abstract: This article aims to present the Critical Political Philosophy of Liberation in Enrique Dussel, analysing its genesis and evolution and showing the decisive influence of Karl Marx’s philosophy to his thought. Especially from his concept of exteriority, understood as being the space where the other reveals itself, where it remains free in its distinct being. The Externality, precisely, is considered by the Philosophy of Liberation as the main category of the Marxian legacy. It is the fundamental theoretical presupposition, which makes Dussel's speech possible, mainly in the radical choice for the victim, the hallmark of his philosophical thought. Hereby the assumption is made that there is in Dussel a partiality for the victim: his thought is purposely constructed in favour of the victim. The effort of this work is to show that the option for the victim will be the guiding thread of all his thinking, which demands from the Philosophy of Liberation a critical pretension of thought. Thus, causing the philosophical work to be challenged and provoked by the real need to help the victim, the demand of the Latin American people in their way of liberation. In addition to the current importance of Marxian thought for the understanding of reality and the critique of capitalism, the theoreticalpractical relevance of Dusselian thought for Political Philosophy as a whole is emphasized by its contributions in the contemporary scenario, by the courage to point towards another society, trans-modern and transcapitalist, already under way in the collective practices of Well Living.Keywords: Philosophy. Release. Enrique Dussel. Well living. REFERÊNCIAS   ACOSTA, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária, 2016.ARGOTE, Gérman Marquínez. Ensayo Preliminar y Bibliografia. In: DUSSEL, Enrique. Filosofia de la liberación latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979.BOULAGA, Eboussi. La crise Du Muntu: authenticité africaine Et philosophie. Paris: Présence Africaine, 1977.CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latinoamericana. Petrópolis: Vozes, 1984.CAIO, José Sotero. Manifesto-Declaração do Rio de Janeiro/1993. In: PIRES, Cecília Pinto (Org.) Vozes silenciadas: ensaios de ética e filosofia política. Ijuí: Editora Inijuí, 2003, p.263-271.CASALLA, Mario Carlos. Razón y liberación: notas para una filosofia latinoamericana. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.DUSSEL, Enrique. Filosofia da libertação - na América Latina. São Paulo: Loyola, 1977._______. Filosofia de la Liberación Latinoamericana. Bogotá: Nueva América, 1979._______. Para uma ética da libertação latino-americana III: eticidade e moralidade. São Paulo: Loyola, 1982._______. Filosofía de la producción. Bogotá: Editorial Nueva América, 1984._______. Ética comunitária. Madrid, Ediciones Paulinas, 1986._______. Introdución a la filosofía de la liberación. Bogotá: Nueva América, 1988._______. 1492 – O encobrimento do Outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993. _______. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995._______. Filosofía de la Liberación. Bogotá: Editorial Nueva América, 1996._______. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000. _______. Hacia una filosofia política crítica. Bilbao: Desclée, 2001._______. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007.FANÓN, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.FLORES, Alberto Vivar. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974 GULDBERG, Horacio C. Filosofía de la liberación latinoamericana. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.IFIL. Livre Filosofar: Boletim Informativo do Ifil, Ano IX, No.18, 1988.LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso perdido: Brevíssima relação da destruição das Índias. Trad.: Heraldo Barbuy. 6 ed. Porto Alegre: L&PM, 1996.LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do decrescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.LÖWY, Michael. Ecologia e Socialismo. São Paulo: Cortez, 2005.MARTI, José. Política de  nuestra América. México: Siglo XXI, 1987.SEZYSHTA, Arivaldo José e et al. Por uma terra sem males: seminário de formação para educadores e educadoras. Recife: Dom Bosco, 2003.ZEA, Leopoldo. Dependencia y liberación en la cultura Latinoamericana. México: Joaquín Mortiz, 1974.ZIMMERMANN, Roque. América Latina o não ser: uma abordagem filosófica a partir de Enrique Dussel (1962-1976). Petrópolis: Vozes: Petrópolis, 1987.


Author(s):  
Álvaro Domingo Acevedo Zárate

Esta investigación tiene por objetivo indagar acerca de cuál es la función que se le atribuye al amor en la construcción de la identidad de un sujeto cínico a través del análisis del diálogo y el lenguaje corporal. Para ello, se analiza la serie española Qué vida más triste, producción audiovisual que se transmitió, primero, por la plataforma de videos YouTube y, luego, por televisión entre los años 2005 y 2010. Esta serie es analizada a la luz de los planteamientos filosóficos de Peter Sloterdijk, Alain Badiou y Slavoj Žižek, así como la teoría psicoanalítica de Jacques Lacan. Las conclusiones a las que se llegan nos muestran que la serie plantea que el sujeto cínico, para serlo, debe renunciar a un encuentro «real» con el otro, dado que vive ensimismado en la búsqueda de su propio goce y ve a las demás personas como meros instrumentos. Sin embargo, la serie también plantea que hay una manera de romper con el aislamiento del sujeto cínico: el amor. Pero un amor vivido como lo que el filósofo francés Alain Badiou llama «un proceso de verdad», pues si se vive de otra manera, el amor pierde toda su potencia liberadora y se convierte en un mero simulacro que no hace sino reafirmar al sujeto en su cinismo y, por ende, en su aislamiento.


2020 ◽  
pp. 3-31
Author(s):  
Ilan Kapoor

This chapter examines the contributions of psychoanalysis to international development, illustrating ways in which thinking and practice in this field are psychoanalytically structured. Drawing mainly on the work of Jacques Lacan and Slavoj Žižek, it emphasizes three key points. First, psychoanalysis can help uncover the unconscious of development — its gaps, dislocations, blind spots — thereby elucidating the latter's contradictory and seemingly “irrational” practices. Second, the important psychoanalytic notion of jouissance (enjoyment) can help explain why development discourse endures, that is, why it has such sustained appeal, and why we continue to invest in it despite its many problems. Third, psychoanalysis can serve as an important tool for ideology critique, helping to expose the socioeconomic contradictions and antagonisms that development persistently disavows. The chapter then reflects on the limits of psychoanalysis — the extent to which it is gendered and, given its Western origins, universalizable.


2018 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 49
Author(s):  
Frédéric Conrod

La película Relatos salvajes de Damián Szifrón ha marcado la historia del cine argentino desde el día de su estreno, y no sólo porque ofrece una mirada íntima hacia un fondo agresivo de una cultura que auto-reprimió sus traumas sino también porque todas las culturas occidentales encuentran en esta colección de relatos anecdóticos un reflejo ético de sus propias heridas. El hecho de que el director español Pedro Almodóvar quisiera producir la obra del joven argentino habla mucho sobre la necesidad de usar el séptimo arte como terapia de choque donde el público se enfrenta con su naturaleza salvaje y primitiva (el Id freudiano), escondida en su profundo interior por siglos de represión acumulada. Este artículo se concentra en la figura del padre imaginario, definida por el psicoanalista francés Jacques Lacan, para explorar cómo se encadenan los capítulos de la película en su afán de presentar los traumas culturales, sus causas históricas e individuales, y la neurosis que se concentra alrededor de la clase burguesa que determina en Argentina – como en la mayoría del Occidente – el comportamiento social. Asimismo, y siguiendo el pensamiento teórico del filósofo esloveno Slavoj Žižek, se observará cómo en cada corto que compone Relatos salvajes se descomponen los síntomas éticos de una sociedad consciente de sus comportamientos neuróticos hasta reconocer que la explosión cómica de sus lados salvajes es la terapia más eficaz que le pueda ofrecer el cine.


Author(s):  
Robert McDonald

Slavoj Žižek stands as one of the most influential contemporary philosophical minds, stretching across a wide variety of fields: not just communication and critical/cultural studies, but critical theory, theology, film, popular culture, political theory, aesthetics, and continental theory. He has been the subject (and object) of several documentaries, become the source of a “human megaphone” during Occupy Wall Street, and become, while still living, the subject of his own academic journal (the International Journal of Žižek Studies). Žižek’s theoretical claim to fame, aside from his actual claim to fame as a minor “celebrity philosopher,” is that he weaves together innovative interpretations of G. W. F. Hegel, Karl Marx, and Jacques Lacan to comment on a variety of subjects, from quantum physics to Alfred Hitchcock films to CIA torture sites. While there are as many “Žižeks” as there are philosophical problem-spaces, Žižek proposes an essential unity within his project; in his work, the triad Hegel-Marx-Lacan holds together like a Brunnian link—each link in the chain is essential for his project to function. Further, his intentionally provocative work acts as a counterweight to what he views as the dominant trends of philosophy and political theory since the 1980s—postmodernism, anti-foundationalism, deconstruction, vitalism, ethics, and, more recently, speculative realism and object-oriented ontology.


2015 ◽  
Vol 71 (6) ◽  
pp. 1265-1288 ◽  
Author(s):  
Gary P. Radford ◽  
Marie L. Radford ◽  
Mark Alpert

Purpose – The purpose of this paper is to use the work of philosopher Slavoj Žižek to gain insights into representations of the librarian and the library in contemporary popular culture. Design/methodology/approach – A psycho-analytic reading of the comic book series Rex Libris using Slavoj Žižek’s treatment of Jacques Lacan. Findings – Žižek’s approach can provide novel and previously unconsidered insights into the understanding of librarian stereotypes in particular and representations of the library in general. Research limitations/implications – This paper is limited to the representations of the librarian and the library in one comic book series. Its findings need to be generalized to representations in other forms of popular culture. Originality/value – As far as the authors know, this is the only paper that has applied the work of Žižek in the library and information science (LIS) literature. As such, not only are the insights into the representations of librarians and libraries important, this paper also acts as a valuable introduction to the work of Žižek for the LIS community of scholars.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document