O RÁDIO NA ESTÉTICA DO FUTURISMO ITALIANO: O MANIFESTO LA RADIA
<p>Este artigo apresenta, pela primeira vez em língua portuguesa, o Manifesto <em>La Radia</em>, escrito em 1933 por Filippo Tommaso Marinetti e Pino Masnata, nomes do Futurismo italiano. O manifesto em questão assinala um dos elementos importantes na poética da vanguarda naquele momento, a saber, a celebração da máquina, porém desta vez não mais tendo o automóvel ou o avião como únicos paradigmas, mas abarcando todos os aparelhos e dispositivos que caracterizam a sociedade moderna. Neste sentido, o Futurismo passou a se dedicar a aspectos que transcenderam o caráter material das máquinas, enfatizando os potenciais intangíveis, metafísicos e espirituais destas, interessando-se cada vez mais pelas teorias científicas. Neste contexto, o rádio tomaria a posição central da máquina que não somente é uma revolução tecnológica <em>per se</em>, mas que concentra possibilidades comunicativas que vão muito além daquilo que se conhecia.</p>