scholarly journals OBJETOS DIGITAIS DE APRENDÊNCIA ENQUANTO GÊNERO DO DISCURSO

Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (35) ◽  
pp. 79-86
Author(s):  
Julia Cristina GRANETTO-MOREIRA

A Tecnologia de Comunicação Digital vem se inserindo de forma crescente no cotidiano escolar, com isso, surge a necessidade de discutir sobre os materiais didáticos digitais que estão sendo elaborados, selecionados e apresentados aos estudantes, chamados neste trabalho de Objetos Digitais de Aprendência. Frente a isso, o intuito principal deste artigo é refletir sobre os Objetos Digitais de Aprendência procurando considerá-los como gênero do discurso. Apresentando o conceito, a função, os aspectos e características importantes no momento de elaborar ou selecionar um Objeto digital. As bases teóricas deste estudo fundamentam-se à luz da teoria dos gêneros do discurso de Bakhtin e outros autores que discutem sobre os Objetos Digitais de Aprendência e do momento da Cibercultura que estamos vivenciando. Referências:BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Maria Machado, Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 2003.COMARELLA, Rafaela Lunardi. Gênesis - gestão de objetos digitais de ensino-aprendizagem: construindo um modelo. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, 2015.CASTELLS, Manuel; CARDOSO, Gustavo (Orgs.). A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política; Conferência. Belém (Por): Imprensa Nacional, 2005.CATAPAN, Araci Hack. Tertium: o novo modo do ser, do saber e do apreender: Construindo uma Taxionomia para Mediação Pedagógica em Tecnologia de Comunicação Digital. Tese (Doutorado em Mídia e Conhecimento). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, 2001.DAL MOLIN, Beatriz Helena. Do Tear à Tela: uma tessitura de linguagens e sentidos para o processo de aprendência. Florianópolis, 2003, 237 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis – SC, 2003.______. Mapa referencial para construção de material didático para o Programa e-Tec Brasil [et al.] – Florianópolis: UFSC, 2008.GRANETTO, Julia Cristina. XANADU: Hipertextualidade, Objetos Digitais De Ensino-Aprendizagem em Língua Espanhola, Formação Continuada dos Professores – Interfaces, 2014, 119 f. Dissertação (Mestrado em Letras), Programa de Pós-Graduação em Letras, UNIOESTE, Cascavel – PR, 2014.LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia no ciberespaço. 3ª.Edição. São Paulo: Editora Loyola, 1999.______. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Editora. 34, 2004.MOTTER, Rose Maria Belim. MY WAY: um método para o ensino-aprendizagem para língua inglesa. 2013. 281f. Tese. (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento), Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, UFSC, Florianópolis - SC, 2013.NEVEN, F; DUVAL, E. Reusable learning objects: a survey of LOM-based Repositories. In: ACM INTERNATIONAL CONFERENCE ON MULTIMEDIA, Juan-les-Pins. Proceedings: ACM, 2002.RODRIGUES, Rosângela Hammes. PEREIRA, Rodrigo Acosta. Perspectivas atuais sobre gêneros do discurso no campo da lingüística. Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Lingüística e Literatura. Ano 05 n.11 - 2º Semestre de 2009.RONCARELLI, Dóris. ÁGORA: concepção e organização de uma taxionomia para análise e avaliação de Objetos Digitais de Ensino-Aprendizagem. Florianópolis, 2012, 288 f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento), Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, UFSC, Florianópolis – SC, 2012.SILVA, Lúcia. Edna; CAFÉ, Lígia; CATAPAN, Araci. Hack. Os objetos educacionais, os metadados e os repositórios na sociedade da informação. In: Ciência da informação. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.v. 1, n. 1 (1972) – Brasília, 1972. Ci, Inf. Brasília, DF, v. 39 n. 3, p. 93-104, set./dez. 2010.XAVIER, Antonio Carlos dos Santos. Letramento digital e ensino. In: Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. (Org.). Alfabetização e Letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 133-148. Disponível em: http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Letramento%20digital%20e%20ensino.pdfWILEY, D. A. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy. 2000. Disponível em: http://www.reusability.org/read/.  Recebido em 27-12-2018.Aceito em 26-03-2019.

2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 187-197
Author(s):  
Edmon Neto de Oliveira ◽  
Rosangela Machado Pereira Malvaccini

Este artigo tem por objetivo transitar pela obra poética do escritor brasileiro Alberto Pucheu, levantando um perfil de escrita que se manifesta desde as suas primeiras publicações até as mais recentes, como a que consta do poema “É preciso aprender a ficar submerso”, analisado a partir de abordagem cujo foco se concentra na relação entre literatura e imagem, sendo o vídeo produzido pela artista Danielle Fonseca (2015) o objeto de comparação, além da abordagem imanente concentrada nos aspectos internos ao texto.  Palavras-chave: Poesia. Imagem. Pensamento. Intermidialidade. Alberto Pucheu. Referências AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução Selvino José Assmann. Belo Horizonte: UFMG, 2007. BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Tradução Maria João da Costa. Lisboa: Relógio d’Agua, 1991. BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma o mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009. CARLOS, Erasmo. Meus lados B. Produção André Midani, CD/DVD/Blu-Ray, Coqueiro Verde, 2015. CICERO, Antônio. Poesia e filosofia. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2012. CORTEZ, Clarice Zamonaro; RODRIGUES, Hermes Rodrigues. Operadores de leitura da poesia. In: BONICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (orgs.) Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 4 ed. Maringá: Eduem, 2019. p. 63-84. COSTA, Gal. Divino maravilhoso. Produção Manoel Barenbein, CD, 39’28”, Philips, 1969. FONSECA, Danielle. É preciso aprender a ficar submerso. Out. 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jGwY2daOJGs. Acesso em: 24 maio 2019. KLINGER, Diana. Poesia, documento, autoria. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 55, set./dez. 2018. p. 17-33. MONTEIRO, André. É preciso aprender a ficar (in)disciplinado. Disponível em: http://www.albertopucheu.com.br/pdf/ensaios/eprecisoaprenderaficarindisciplinado_andremonteiro.pdf. Acesso em: 21 maio 2019. MONTEIRO, André; NETO, Edmon. Poesia e prosa porosas: um manifesto de Alberto Pucheu em favor da criação. Signótica, Goiânia, v. 29, n. 1, p. 242-258, 2017. NIETZSCHE, Friedrich W. Das três metamorfoses. In: ______. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. p. 51-53. OLIVEIRA, Edmon Neto de. Em busca de um paradigma para a relação entre o surfista e o piloto do surfista ou Tradução monstruosa de um arranjo de Alberto Pucheu. Fórum de literatura brasileira contemporânea, Rio de Janeiro, v. 10, p. 133-156, 2018. PESSOA, Fernando. Navegar é preciso. In: ______. Fernando Pessoa: poesias. Porto Alegre: L&PM Pocket, 1997. p. 13. PUCHEU, Alberto. A fronteira desguarnecida (Poesia reunida 1993-2007). Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. ______. É preciso aprender a ficar submerso. In: ______. Mais cotidiano que o cotidiano. Rio de Janeiro: Azougue, 2013. p. 11-12. ______. Giorgio Agamben: poesia, filosofia, crítica. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010. ______. O dia em que Gottfried Benn pegou onda. Floema: caderno de teoria e história literária, Vitória da Conquista, n. 8, p. 107, out. 2017. SARTRE, Jean-Paul. A imaginação. Porto Alegre: L&PM, 2008. TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. Tradução Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009. VILLA-FORTE, Leonardo. Escrever sem escrever: literatura e apropriação no século XXI. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Belo Horizonte: Relicário, 2019.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 88-100
Author(s):  
Maria Aparecida de Fátima Miguel ◽  
Carla Francine da Silva Reis

Este artigo objetiva realizar uma abordagem sobre a produção de Marina Colasanti e a análise do conto “A moça tecelã” apontando na obra os traços do feminismo. Abordaremos o movimento e os momentos cruciais para a conquista dos direitos das mulheres, sobretudo o de usufruir, em igualdade, dos mesmos delegados aos homens. Serão abordadas as fases pelas quais passaram o feminismo, quando então as mulheres lutavam por carga igualitária de trabalho bem como salários equivalentes, além da busca pelo direito ao voto. Em última instância será feita a análise do conto supracitado. Como pressupostos teóricos foram utilizados críticos a citar Jung (1875) Beauvoir (1908), Sartre (1905), Coelho (1922), Oliva (2011), entre outros.  Palavras-chave: Mariana Colasanti. Literatura de Autoria Feminina. Interdiscursividade. A moça tecelã. Referências BRAITH, Beth (org.). Bakthin: outros conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2006. BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo:fatos e mitos. Tradução Sérgio Milliet. SãoPaulo: Nova Fronteira, 1980. v. 1. ______. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. v. 2. CHEVALIER Jean; GHEERBRANT Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico da literatura infantil e juvenil brasileira. 5. ed. São Paulo: Nacional, 2006. COLASANTI, Marina. Os doze reis e a moça no labirinto do vento. 12. ed. São Paulo: Global, 2015. ______. A nova mulher. Rio de Janeiro: Nórdica, 1990. ______. Contos de amor rasgados (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1986. ______. Gargantas abertas (poesia). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Intimidade pública (coletânea de artigos). Rio de Janeiro: Rocco, Nórdica, 1980. ______. Hora de alimentar serpentes (contos). São Paulo: Global, 2013. ______. Mulher daqui pra frente (coletânea de artigos).Rio de Janeiro: Nórdica, 1981. ______. O leopardo é um animal delicado (contos). Rio de Janeiro: Rocco, 1998. ______. Uma ideia toda azul (contos de fadas). Rio de Janeiro: Nórdica, 1979. GOMES, Anderson. E por falar em mulheres: relatos, intimidades e ficções na escrita de Marina Colasanti. 2004.109 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. São Paulo: Vozes, 2011. ______; HENDERSON, Joseph L.; FRANZ, M. L. von et al. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964. OLIVA, Ângela Simoni Ronqui. A representação da violência contra a mulher em alguns contos de Marina Colasanti. 2011. 124 f. Dissertação ( Mestrado em Letras: Estudos Literários) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2011. OLIVEIRA. Tássia Tavares de. A poesia itinerante de Marina Colasanti: questões de gênero e literatura. 2013. 157 f. Dissertação ( Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013. SARTRE, Jean Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. São Paulo: Vozes, 2002.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Chirley Domingues ◽  
Dilma Beatriz Rocha Juliano

Propõe-se indicar João Gilberto Noll como escritor fundamental para pensar a literatura do século XXI, especificamente no romance Lorde (2004). Usando uma linguagem indissociável entre prosa e poesia, o escritor é um contemporâneo ao criar narrativas à margem da exigência do espetáculo editorial e narrar “com o olhar fixo no seu tempo, para perceber não as luzes, mas o escuro” (AGAMBEN, 2009). A hipótese de contemporaneidade literária é a de que, com Lorde, é possível estabelecer uma aproximação com o desterramento, o desenlace, a provisoriedade, a melancolia que marca o nosso tempo – nosso e o da literatura. Longe do consumo, da submissão ao ‘vale-tudo’ da felicidade como meta, o protagonista é frágil, inseguro e só. A contemporaneidade em João Gilberto Noll está numa literatura que não facilita, não é ‘produtiva’, mas é potente ao confrontar, ameaçar e mostrar ‘identidades’ em deterioração, nas imagens que o espelho que essa literatura retrata. AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó (SC): Argos, 2009.DELEUZE, G. Post-scriptum. Sobre as sociedades de controle. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1992. Disponível em: http://www.somaterapia.com.br/wp/wp-content/uploads/2013/05/Deleuze-Post-scriptum-sobre-sociedades-de-controle.pdf Acessado em 02/02/2019GARRAMUÑO, Florencia. Frutos estranhos. Sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Trad. Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014a._______. Formas do não pertencimento na estética contemporânea. Curso intensivo ministrado na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em abril de 2014, 2014b.HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Trad. Enio Paulo Gianchini. Petrópolis (RJ): Vozes, 2015.NOLL, João Gilberto. Lorde. São Paulo: Francis, 2004._______. O avesso do conhecimento. Instituto Moreira Salles. s/d. Disponível em: https://ims.com.br/titular-colecao/joao-gilberto-noll/ Acessado em: 02/07/2018.PELBART, Peter Pall. A vertigem por um fio. Políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo: Iluminuras, 2000._______. O avesso do niilismo. Cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1 Edições, 2013.PERRONE-MOISÉS, Leyla. Mutações da literatura no século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.SÜSSEKIND, Flora.  A voz e a série. Rio de Janeiro: Sette Letras; Belo Horizonte: UFMG, 1998.


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (34) ◽  
pp. 18-28
Author(s):  
Aline De Lima BENEVIDES

Neste artigo discutem-se conceitos essenciais de fonética articulatória relacionando-os com o conceito de consciência fonológica, a fim de mostrar como aquele pode ser base do desenvolvimento deste. Para isso, expõem-se características do sistema de escrita do português, explicitando a relação letra-som. Além disso, parte-se da fonética articulatória para apresentar o sistema fonológico do PB. Busca-se, por fim, relacionar questões articulatórias com os correntes desvios de escrita encontrados nos textos de alunos de todas as séries do ensino regular. REFERÊNCIASBORTONI-RICARDO, S. M. Métodos de alfabetização e consciência fonológica: o tratamento de regras de variação e mudança. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 9, n. 18, p. 201-220, 1º sem. 2006.CHOMSKY, N. Language and Mind. 3 ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. 190 p.CRISTÓFARO-SILVA, T. Fonética e Fonologia do Português. 9 ed. São Paulo: Contexto, 2009. 275 p.CRISTÓFARO-SILVA, T. Qual é a diferença entre consciência fonológica e consciência fonêmica? Letra A, Belo Horizonte, ano 4, n. 16, out./nov. 2008, p. 3.GODOY, D. M. A. Aprendizagem inicial da leitura e da escrita no português do Brasil: influência da consciência fonológica e do método de alfabetização. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. 188 p.LAMPRECHT, R. R. Qual é a diferença entre consciência fonológica e consciência fonêmica? Letra A, Belo Horizonte, ano 4, n. 16, out./nov. 2008, p. 3.MARTINS, M. A.; VIEIRA, S. R. TAVARES, M. A. Ensino de Português e Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.MORAIS J.; BERTELSON P.; CARY L.; ALEGRIA J. Literacy training and speech segmentation. Cognition, 24, p. 45-64, 1986.PINHEIRO, A. M. V. Leitura e Escrita: uma abordagem cognitiva. Campinas: Editorial Psy II, 1994. 219 p.RIBEIRO, V. da S. Consciência fonológica e aprendizagem da leitura e da escrita: uma análise dessa relação em crianças em fase inicial de alfabetização. Entrepalavras, Fortaleza, ano 1. v. 1, n.1, p. 100-116, ago/dez 2011.SANTOS, R. S. SOUZA, P. C. Fonética. In: FIORIN, J. L. (Org.) Introdução à Linguística II. Princípios de análise. 4 ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 9-32.SNOWLING, M. J. HULME, C. A Ciência da Leitura. São Paulo: Penso, 2013.SOUZA, P. C. Dez livros para conhecer os sistemas de escrita. Disponível em: https://www.fflch.usp.br/sites/fflch.usp.br/files/2018-02/Sistemas%20de%20Escrita.pdf. Acesso em: 08/09/2018.STERIADE, D. The syllable. In: BRIGHT, W. (ed.) Oxford Encyclopedia of Linguistics. 2002. p. 1-15. Disponível em http://lingphil.mit.edu/papers/steriade/Steriade2002SyllableOEL.pdf. Acesso em 25/10/2018.VELOSO, J. A língua na escrita e a escrita da língua. Algumas considerações gerais sobre transparência e opacidade fonémicas na escrita do português e outras questões. In: Da Investigação às Práticas. Estudos de Natureza Educacional, vol. VI (1), 2005, p. 49-69. Recebido em 22-11-2018Aceito em 22-02-2019 


2020 ◽  
Vol 14 ◽  
pp. 3924129
Author(s):  
Mirele Corrêa ◽  
Jessiel Odilon Junglos ◽  
Gicele Maria Cervi

The text proposes to report a teacher training experience with the Proesde/Educational Degree (Higher Education Program for the Regional Development of the State of Santa Catarina), linked to the Regional University of Blumenau - FURB. In 2018, this program sought to qualify undergraduate students to work in front of the BNCC (Common National Curricular Base), configured as a public policy for standardizing the national curriculum. Within the planned training program, a meeting had been provided that covered other flows of the hitherto instituted and discussed about BNCC, problematizing the curriculum through the post-critical epistemological bias, which interprets it as being a field of disputes for the meaning of what comes curriculum and how it should operate in the school institution. This perspective understands that political decisions are determined by discourses of truth that crystallize common and totalitarian norms that deserve to be questioned, giving rise to the antagonisms of what was sedimented as a result of a choice/act of power. Thus, the BNCC doubts its own legitimacy in the current social-political-economic context. The objective of this training meeting was to discuss, with the undergraduate students, through texts and videos, the contingencies and flows of the BNCC, defending the idea of a curriculum policy without foundation to be able, from there, to think about possibilities of other curricula, less hegemonic, normatized, unequal, excluding, assisted by the idea of minor education. The result of such a discussion crystallized in the activity of writing and rewriting a cloud of words throughout the formation, in which the Base went from a set of statements to a set of uncertainties and questions.ResumoO texto propõe relatar uma experiência de formação docente junto ao Proesde/Licenciatura (Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional do Estado de Santa Catarina), vinculado à Universidade Regional de Blumenau – FURB. No ano 2018, tal programa buscou qualificar os estudantes de licenciatura para atuarem frente à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), configurada como sendo uma política pública de padronização do currículo nacional. Dentro do programa previsto de formação, foi proporcionado um encontro que percorresse outros fluxos do até então instituído e discursado sobre a BNCC, problematizando o currículo através do viés epistemológico pós-crítico, que o interpreta como sendo um campo de disputas pela significação do que vem a ser currículo e como ele deve operar na instituição escolar. Essa perspectiva entende que as decisões políticas são determinadas por discursos de verdade que cristalizam normas comuns e totalitárias que merecem ser questionadas, fazendo emergir os antagonismos daquilo que foi sedimentado em decorrência de uma escolha/ato de poder. Assim, a BNCC coloca em dúvida sua própria legitimidade no contexto social-político-econômico atual. Objetivou-se nesse encontro de formação discutir, junto aos licenciandos, através de textos e vídeos, as contingências e os fluxos da BNCC, defendendo a ideia de uma política curricular sem fundamentos para poder, a partir daí, pensar possibilidades de currículos-outros, menos hegemônicos, normatizados, desiguais, excludentes, assistidos pela ideia de educação menor. O resultado proveniente de tal discussão cristalizou-se na atividade de escrita e reescrita de uma nuvem de palavras ao longo da formação, na qual a Base passou de um conjunto de afirmações para um conjunto de incertezas e interrogações.Palavras-chave: BNCC, Currículo, Formação docente, Políticas educacionais.Keywords: Curriculum, Teacher training, Educational policies.ReferencesA LINGUA das mariposas (La lengua de las mariposas, original). Direção: José Luis Cuerda. Elenco: Manuel Lozano, Fernando Fernán Gómez, Uxía Blanco, outros. Roteiro: José Luis Cuerda, Manuel Rivas, Rafael Azcona. Produção: Canal+ España. Espanha, 1999 (drama, 96 min).AGUIAR, Marcia Angela da S.; DOURADO, Luiz Fernandes. (orgs.). A BNCC na contramão do PNE 2014-2014: avaliação e perspectivas.  [Livro Eletrônico]. – Recife: ANPAE, 2018.APPLE, Michael W. Reestruturação Educativa e Curricular e as Agendas Neoliberal e Neoconservadora: Entrevista com Michael Apple. Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, pp.5-33, jan./jun. 2001.BRASIL. LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: Brasília, 1996; 175º da Independência e 108º da República.DELEUZE, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 2013.DELEUZE, Gilles; GUATARRI, Félix. Kafka: por uma literatura menor. Tradução Cintia Vieira da Silva. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015.FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão; tradução de Raquel Ramalhete. 38. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.GALLO, Sílvio. Deleuze & a Educação. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.LOPES, Alice Casemiro. Por um currículo sem fundamentos. Linhas Críticas, v. 21, n. 45, 2015.NEGRI, Antoni. Exílio. São Paulo: Iluminuras, 2001.QUINTANA, Mario. Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução as teorias de currículo. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.TODESCHINI, Raquel Terezinha. (org.). BNCC da Educação Infantil e Ensino Fundamental segundo a análise dos profissionais da educação pública de Santa Catarina. UNIEDU: Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina.  Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação, Diretoria de Políticas e Planejamento Educacional, 2018.VARELA, Julia; ALVAREZ-URÍA, Fernando. A Maquinaria escolar. Teoria & Educação. São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992.11'9"01 September 11. Filme composto de 11 curtas-metragens. Direção e Roteiro: Youssef Chahine, Amos Gitaï, Alejandro González Iñárritu, Shohei Imamura, Claude Lelouch, Ken Loach, Samira Makhmalbaf, Mira Nair, Idrissa Ouedraogo, Sean Penn, Danis Tanovic. Produção: Alain Brigand. França, Estados Unidos, México, Irã, outros, 2002 (drama, 134 min).e3924129


2020 ◽  
Vol 14 ◽  
pp. 3246130
Author(s):  
Júlia Graciela de Souza ◽  
Mariana Lopes Junqueira ◽  
Carla Carvalho

This report emerges from the experience of a thematic seminar developed in the discipline of Art and Aesthetics in Education of the Graduate Program in Education, Master’s in Education of the Regional University of Blumenau/Santa Catarina, Brazil. The proposal elaborated as part of the activities of the curricular component of the discipline was organized by the academics and guided by the professor who teaches the discipline. The purpose of the seminar was to awaken the senses and to reflect on the role of the teacher as a provocateur of the senses. The seminar was attended by 17 students, who are also teachers from different areas, enrolled in the discipline of Art and Aesthetics in Education. The activities had as theoretical basis Duarte Júnior (2000) and happened in five moments: the anesthesia in which we live: critical analysis of the daily life; reconnecting nature; concealing the sight and awakening the touch; awakening the sensitive; and reflections. The experience promoted by the thematic seminar contributed significantly to the reflection on the current life, and how numb we are, to the (re)discovery of the senses and the sensitive education. As the academics who participated in the seminar are also teachers, they were provoked by the mediators to promote moments of sensitive education with their students. In view of this, we expect a resonance of the proposed activities beyond the moment of the seminar.ResumoEste relato emerge da experiência de um seminário temático desenvolvido na disciplina de Arte e Estética na Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado em Educação da Universidade Regional de Blumenau/Santa Catarina. A proposta elaborada como parte das atividades do componente curricular da disciplina foi organizada pelos acadêmicos e orientada pela professora que ministra a disciplina. O objetivo do seminário foi o despertar dos sentidos e a reflexão sobre o papel do professor como provocador dos sentidos. Participaram do seminário 17 acadêmicos, que são também professores de diversas áreas, matriculados na disciplina de Arte e Estética em Educação. As atividades tiveram base teórica em Duarte Júnior (2000) e aconteceram em cinco momentos: a anestesia em que se vive: análise crítica do cotidiano; reconectando a natureza; ocultando a visão e despertando o tato; despertando o sensível; e reflexões. A experiência promovida pelo seminário temático contribuiu significativamente na reflexão sobre a vida atual e o quão anestesiados se está, na (re)descoberta dos sentidos e na educação (do) sensível. Como os acadêmicos que participaram do seminário também são professores, eles foram provocados pelos mediadores a promoverem momentos de educação (do) sensível com os seus alunos. Diante disso, espera-se uma ressonância das atividades propostas, para além do momento do seminário.Palavras-chave: Educação (do) sensível, Estética, Sentidos.Keywords: Sensitive education, Aesthetics, Senses.ReferencesALVES, Rubem. A transformação pelo fogo. In: ZANDONÁ, Adriano. Conquistando a liberdade interior: curar as raízes da própria história. São Paulo, Planeta: 2015. Não paginado.ALVES, Rubem. O fogo que nos transforma. 2015. Disponível em: https://www.ippb.org.br/textos/revista-online/convidados/o-fogo-que-nos-transforma. Acesso em: 20 nov. 2018.ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando: poesia de convívio e humor. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.BUONAROTTI, Tales. Café, o poema do café. 2017.  Disponível em: http://www.mexidodeideias.com.br/cultura/poema-do-cafe/. Acesso em: 10 dez. 2018.DUARTE JÚNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. 2000. 234 f. Tese (Doutorado) - Curso de Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.DUSSEL, Inés; CARUSO, Marcelo. Sala de aula? Genealogia? Definições para iniciar o percurso. In: DUSSEL, Inés; CARUSO, Marcelo. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de pensar. São Paulo: Moderna, 2003. Cap. 1. p. 29-46.LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução de Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.LEÃO, Sônia Carneiro. Um poeta no pomar. Ilustrações Walther Moreira Santos. Recife: CEPE, 2015.MEIRA, Marly Ribeiro. Filosofia da criação: reflexões sobre o sentido do sensível. Porto Alegre: Mediação, 2003.URIARTE, Mônica Zewe et al. Mediação cultural: função de mestre explicador ou ação de mestre emancipador? In: NEITZEL, Adair de Aguiar; CARVALHO, Carla. (orgs.). Mediação cultural, formação de leitores & educação estética. Curitiba: CRV, 2016. p. 37-51.e3246130


2019 ◽  
pp. 110-112
Author(s):  
Aron José Pazin de Andrade

Foi com grande satisfação que aceitei escrever este editorial para a revista científica “The Academic Society Journal”, um novo e importante meio de divulgação dos trabalhos científicos sul-americanos e até mesmo de outros países, uma vez que é possível a publicações em português, espanhol e inglês. Esta revista é também um meio importante para a divulgação dos trabalhos apresentados nos Congressos de Engenharia e Ciências Aplicadas nas Três Fronteiras (MEC3F), evento anual que acontece na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, com apoio do Parque Tecnológico Itaipu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este editorial tem a função de informar os leitores desta revista que o MEC3F conta desde já com o apoio da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Órgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos a SLABO, tornando-se um evento satélite da SLABO. Este apoio se dará através da divulgação dos eventos entre os sócios da SLABO, participação dos pesquisadores em palestras ou aulas nas áreas científicas específicas da SLABO, envio de trabalhos científicos de seus membros ao MEC3F além de receber trabalhos científicos dos leitores desta revista para serem apresentados nos congressos organizados pela SLABO. Informações sobre atuação da SLABO podem ser encontradas no site: www.slabo.org.br. O que é a SLABO: Ela é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne profissionais ligados à pesquisa, ao desenvolvimento, teste e utilização de biomateriais e órgãos artificiais em diferentes aplicações clínicas, incluindo aqueles que utilizam engenharia de tecidos para sua construção. Na sua relação de membros constam os nomes dos principais pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e tecnológicas, atuantes no campo da Engenharia, Medicina, Odontologia, Farmácia, Biologia, Veterinária e de Química ligados à área de biomateriais e órgãos artificiais, dos países latino americanos, dos Estados Unidos, Canadá e até países europeus. Contando um pouco da história da SLABO: A necessidade de profissionais que atuavam em Biomateriais e Órgãos Artificiais em se organizarem de modo a propiciar melhores oportunidades de contato, de discussões técnicas, de troca de idéias e de opiniões culminou na organização de alguns eventos científicos no Brasil. Esses encontros revelaram a necessidade de se congregar toda essa massa crítica em uma Sociedade, que intermediasse de forma sistemática e em ambiente favorável essas interações. Nesse contexto, como oportunidade para a concretização desse objetivo, foi sugerida a realização em Belo Horizonte, do I Congresso Latino Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (1º COLAOB), entre os dias 10 e 13 de dezembro de 1998, ocasião em que foi realizada uma assembleia geral de fundação da SLABO e o presidente do 1º Colaob se tornou o presidente da SLABO. Os congressos foram acontecendo e, em suas assembleias gerais, novas diretorias da SLABO foram empossadas. Veja uma relação desses eventos e os novos presidentes da SLABO: 1º COLAOB, 1998, Belo Horizonte, MG – Presidente: Leonardo Lanna Wykrota; 2º COLAOB, 2001, Belo Horizonte, MG – Presidente: Aron José Pazin de Andrade; 3º COLAOB, 2004, Campinas, SP – Presidente: Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; 4º COLAOB, 2006, Caxambú, MG – Presidente: Glória Dulce de Almeida Soares; 5º COLAOB, 2008, Ouro Preto, MG – Presidente: Marivalda de Magalhães Pereira; 6º COLAOB, 20010, Gramado, RS – Presidente: Luís Alberto Loureiro dos Santos; 7º COLAOB, 2012, Natal, RN– Presidente: Clodomiro Alves Júnior; 8º COLAOB, 2014, Rosário, Argentina – Presidente: Marcos Pinotti Barbosa; Em 2015, devido ao falecimento do Prof. Marcus Pinotti, seu Vice-presidente se tornou Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook 9º COLAOB, 2016, Foz do Iguaçu, PR – Presidente: Carlos Roberto Grandini; 10º COLAOB, 2018, João Pessoa, PB – Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook; Alguns dos trabalhos apresentados nestes congressos foram selecionados e seus autores foram convidados a enviarem uma versão completa de seus trabalhos para serem revisados e publicados em números especiais da revista Artificial Organs, vejam os editoriais escritos nestas revistas em referências 1, 2, 3 e 4. Como a SLABO está comemorando este ano seus vinte anos de sua fundação, ela ganha um presente, está podendo participar dessa importante iniciativa de grupos de grande relevância para a pesquisa e ensino da América dos Sul, o evento Mec3F e a revista “The Academic Society Journal”. O que nos faz ficar muito agradecidos. Obrigado em nome da SLABO.


2016 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
Author(s):  
Lina Faria

Introdução: Em função de uma trajetória profissional curativa e reabilitadora, os fisioterapeutas encontram-se frente ao desafio da adaptação de sua formação curricular para atender às novas demandas da saúde pública brasileira. Objetivo: Verificar a necessidade de adequação das grades curriculares dos cursos de fisioterapia aos propósitos das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) na formação de profissionais fisioterapeutas com perfil humanista e generalista. Material e métodos: Foram analisadas 33 grades curriculares de cursos de fisioterapia, reconhecidos pelo MEC, nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, para verificar se os conteúdos programáticos atendem às mudanças preconizadas. Resultados: Em treze cursos o modelo de ensino ainda é o tradicional, tendo como referência o “saber técnico”. Nove cursos buscam se adaptar às propostas das Diretrizes. Onze integram disciplinas e estágios supervisionados que atendem às mudanças. Conclusão: Os projetos pedagógicos revelam a necessidade de mudanças na educação, de modo que o processo de formação se paute por uma atuação com foco na prevenção e promoção da saúde.Palavras-chave: atenção primária à saude, educação em saúde, prática profissional, classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.


Laborare ◽  
2020 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 3-6
Author(s):  
Os Editores

A "terra arrasada" é uma estratégia militar em que um exército em retirada destrói suas cidades e recursos para que os inimigos nada encontrem para se aproveitar. Os russos assim fizeram contra Napoleão e Hitler. No Brasil pós-golpe de 2016, a estratégia da "terra arrasada" ganhou novos contornos. Juízes, mídia hegemônica, políticos, empresários e militares passaram a destruir sistematicamente o país como um todo  - da Amazônia às políticas sociais,  empresas de infraestrutura, reservas de petróleo,  empregos, direito à alimentação, renda básica, direitos trabalhistas e previdenciários, SUS, Educação etc. Transformaram nosso país em pária internacional e os brasileiros amargam a vergonha de um governo serviçal dos Estados Unidos e negacionista em relação à Ciência e à História. Até que 2020 termine, o Brasil poderá ter 200 mil mortos em consequência da pandemia de COVID-19 e da irresponsabilidade do governo Bolsonaro, que agiu sempre em favor do vírus, semeando ilusões e mentiras, atrapalhando a ação dos governos estaduais e municipais, atacando a Organização Mundial da Saúde, a desviar o foco das questões essenciais. A estratégia adotada visa aplicar o joelho autoritário sobre o pescoço da Democracia e do nosso povo para que nunca mais se ergam. Mas nosso povo e nosso país vão se reerguer aos poucos. Não há estratégia capaz de vencer para sempre um povo e a Democracia. O processo de reconstrução do país  começará logo após nos libertarmos dessa nau repleta de seres de personalidades desviantes, que pregam o contrário do que fazem na sua vida privada ou pública. Governo das “rachadinhas”, das “flordelis”, do "toma-lá-dá-cá", imoral, genocida, antinacional, antipopular e antidemocrático. Na reconstrução do Brasil, continuaremos a defender a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, banir de vez o trabalho infantil e o trabalho escravo, reconstituir as normas de proteção à saúde e segurança do trabalho, combater com firmeza todas as formas de discriminação contra mulheres, negros, índios, idosos, pessoas com deficiência, populações vulneráveis etc. O mundo democrático está de olho e tem esperança que o Brasil ressuscite após este duro período de trevas. A Laborare, veículo de debate científico de iniciativa do Instituto Trabalho Digno, segue seu papel de qualificar a discussão dos temas mais relevantes do mundo do trabalho, sempre convicta que “outro mundo do trabalho” é possível. Nesta edição,  destacamos o primeiro artigo internacional que publicamos  - Maria de Fátima Ferreira Queiróz, Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo e Pós-Doutora pela Universidade Nova de Lisboa; João Areosa, Professor da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE-IPS) e Pesquisador da Universidade Nova de Lisboa; Ricardo Lara, Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina e Pós-Doutor pela Universidade Nova de Lisboa; e Filipe Gonçalves, Estivador do Porto de Sines – Alentejo - Portugal, nos trazem seu olhar sobre "Estivadores Portugueses - Organização do trabalho e acidentes". Duas operadoras do bom Direito do Trabalho trazem o atualíssimo artigo "Trabalho e Saúde Emocional em tempos de COVID-19". São elas Valdete Souto Severo, pós-doutoranda em Ciências Políticas pela UFRGS/RS e Presidenta da AJD - Associação Juízes para a Democracia; e Isabela Pimentel de Barros, Mestranda em Direito do Trabalho pela UERJ e membra da Comissão Especial de Direito Sindical da OAB/RJ. Valdete Severo é coeditora geral desta revista, mas, ressalte-se, todo o processo editorial do seu artigo se deu sem sua participação, assegurando-se o sistema duplo-cego de avaliação. A questão da violência sexual contra trabalhadora do comércio varejista, enquanto caso de acidente de trabalho de trajeto, é o foco de inquietante artigo das sanitaristas Cátia Andrade Silva de Andrade e Iracema Viterbo Silva, a primeira Doutoranda e a segunda Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), ambas profissionais da Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde da Bahia. A desigualdade de gênero e a discriminação contra a mulher é tema que a aplicação do Direito Internacional ainda não conseguiu dar conta. Luis Paulo Ferraz de Oliveira,  Graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB, e Luciano de Oliveira Souza Tourinho, Pós-Doutor em Direitos Humanos pela Universidad de Salamanca (Espanha) e Professor Adjunto de Direito Penal e Direito Processual Penal na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, em seu artigo, investigam a condição da mulher, procurando contribuir com um "um pensamento jurídico emancipador". Esta edição traz ainda um artigo instigante e atual sobre a Indústria da Moda e sua responsabilidade civil frente ao Trabalho Escravo: Contemporâneo ou Démodé? É a contribuição de Emerson Victor Hugo Costa de Sá e Suzy Elizabeth Cavalcante Koury, o primeiro Doutorando em Direito na Universidade Federal do Pará e Auditor-Fiscal do Trabalho, enquanto a segunda é Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais e Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O Trabalho Escravo é também o tema do artigo de Maurício Krepsky Fagundes, abordando o desafio da Inspeção do Trabalho na promoção do trabalho digno em plena pandemia de COVID-19. Maurício é Auditor-fiscal do Trabalho e chefia a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (DETRAE) e o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). A foto da capa desta edição foi cedida pelo autor através do DETRAE e foi feita em recente operação, com a concordância da jovem trabalhadora. Esta é a Laborare a serviço da qualificação do debate científico para promoção do Trabalho Digno. Seguimos em frente semeando aos ventos para colher esperanças. Como diz, o tantas vezes premiado Francisco Buarque de Holanda, o Chico, em sua canção de 1972: “Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcança”. (...) “Eu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade" Sigamos de cabeça erguida. OS EDITORES


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document