DESENVOLVIMENTO COLONIAL DA ABELHA SEM FERRÃO JANDAÍRA (Melipona subnitida Ducke) NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Muitos fatores podem influenciar no desenvolvimento populacional das colônias, podendo estes serem internos ou externos à colmeia. Diante disso, objetivou-se acompanhar o estado de desenvolvimento de colônias de abelhas jandaíra (Melipona subnitida) por meio da análise da taxa de postura nos discos de cria mais superficiais. A coleta de dados deu-se por meio da contagem de células de cria visíveis nos discos mais superficiais. Cinco colônias de M. subnitida nidificadas em um meliponário localizado em Pau dos Ferros/RN foram fotografadas semanalmente, durante um período de 8 semanas consecutivas. A partir da contagem de células constatou-se que a abelha sem ferrão M. subnitida apresentou uma quantidade média de células de crias nos discos mais aparentes estimada em 206 ± 53. Taxas positivas e negativas de crescimento foram verificadas durante o período de tempo avaliado, apresentando também uma falta de padrão oscilatório para todas as colônias observadas. Isto indicou que esta espécie de abelha pode ser afetada por diversos fatores como a genética, manejo ou mesmo a disponibilidade de alimento no espaço circundante ao meliponário. Os dados apresentados podem vir a contribuir para futuras análises comportamentais, provendo maiores informações a respeito de sua biologia e utilização em atividades sustentáveis como a meliponicultura.