scholarly journals FLORÍSTICA DE UM REMANESCENTE URBANO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA ALUVIAL, CURITIBA, PARANÁ

2014 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. 142 ◽  
Author(s):  
Joema Carvalho ◽  
Ana Marise Auer ◽  
Lauri Amândio Schorn ◽  
Nei Sebastião Braga Gomes ◽  
Elaine De Cacia de Lima Frick

Realizou-se um estudo fitossociológico nos compartimentos superior e inferior de um remanescente da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, compreendido na área do Bosque de Portugal, uma unidade de conservação municipal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná. Foram alocadas sistematicamente 15 unidades amostrais dimensionadas em 5 m x 10 m, nas quais foram mensurados e identificados todos os indivíduos com perímetro igual ou superior a 15 cm, à altura do peito (PAP); no interior dessas parcelas foram alocadas subparcelas de 5 m x 5 m para a mensuração dos indivíduos com perímetro inferior a 15 cm à altura do peito (PAP) que apresentaram altura maior que 1,30 m. No compartimento superior foram encontradas 34 espécies arbóreas pertencentes a 27 gêneros e 18 famílias. Sebastiania commersoniana foi à espécie mais importante da comunidade, seguida por Schinus terebinthifolius, indivíduos mortos, Sebastiania brasiliensis, Allophylus edulis. No compartimento inferior foram encontradas 31 espécies, 25 gêneros e 18 famílias, sendo aquela de maior importância Allophylus edulis, Eugenia uniflora, Sebastiania brasiliensis e Ligustrum lucidum. Os índices de diversidade relativamente baixos indicam uma comunidade florística composta por poucas espécies. A presença de espécies exóticas invasoras como Ligustrum lucidum, Morus nigra e Pittosporum undulatum, decorrente da interferência antrópica urbana, comprometem a estrutura, composição florística e dinâmica do remanescente estudado. 

2019 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 50
Author(s):  
Caroline Reichert Pontes ◽  
Luciana Pellizzaro

A arborização urbana inclui o plantio de espécies arbóreas no meio urbano, importante para a melhoria das condições urbanísticas, para o bem-estar humano e o equilíbrio ambiental. Devido à falta de planejamento nas cidades, ocorrem inadequações, como espécies exóticas em demasia, árvores de porte inadequado, frágeis, etc., geralmente plantadas pela própria população. O plantio dessas espécies, associado à falta de informação, pode gerar problemas como interferência dos galhos na rede elétrica, quebra de calçadas e muros pelas raízes, riscos para a saúde da população e alterações nos processos ecológicos naturais. Para uma arborização adequada, é necessário desenvolver um inventário, que consiste na coleta dos dados dessas espécies do meio urbano, para avaliar a situação e a interação com o espaço urbano. Com o propósito de auxiliar futuramente no Plano Municipal de Arborização, esta pesquisa objetiva inventariar as espécies arbóreas da cidade de Itapejara D’Oeste, Sudoeste do Paraná. A metodologia utilizada para a coleta de dados foi a de amostragem estratificada, o que torna a quadra a unidade amostral e também permite uma avaliação aprimorada das espécies. Os dados foram anotados em formulários, sendo avaliadas as árvores de 30 quadras, de sete bairros. Foram encontradas 785 árvores, de 47 espécies pertencentes a 25 famílias. As espécies exóticas predominantes foram Cinnamomum burmanii (Ness) e Ligustrum lucidum (Aiton), representando 64,1 % da arborização urbana; a espécie nativa predominante foi Eugenia uniflora L., com 2,96%.


2019 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
pp. 143 ◽  
Author(s):  
Talita Oliveira de Miranda ◽  
Silvia Méri Carvalho

Este trabalho integra um projeto de levantamento das condições da arborização urbana de vias públicas do município de Ponta Grossa-PR e analisou, no bairro da Ronda, 1.891 indivíduos arbóreos presentes em 79 vias, com total de 86 espécies e 37 famílias. Dentre as espécies 64,4% são exóticas e 35,6% nativas. A espécie exótica presente em maior número é o Ligustrum lucidum W. T. Aiton (Ligustro) com 20,7%, e a espécie nativa com maior frequência é a Schinus terebinthifolius Raddi.(Aroeira) com 7,63%. As principais famílias encontradas foram Oleaceae (20,7%) e a Fabaceae (12%). Os indivíduos arbóreos foram classificados de acordo com o tipo de poda e outros conflitos, bem como o porte das árvores em relação ao tamanho das calçadas. Foi realizado um registro fotográfico das espécies mais freqüentes,além derelacionar as vias com potencial para futuro adensamento da arborização no bairro. Por meio dos índices de Similaridade, Diversidade e Abundância foram comparados os quatro bairros do município de Ponta Grossa que já possuem inventário da arborização viária. O bairro da Ronda apresenta alto índice de diversidade (25,9) e abundância (55 árvores por Km de via).


2017 ◽  
Vol 36 (88) ◽  
pp. 387
Author(s):  
Bruna Kovalsyki ◽  
Igor Kiyoshi Takashina ◽  
Andressa Tres ◽  
Alexandre França Tetto ◽  
Antonio Carlos Batista

Dentre as medidas silviculturais de prevenção contra incêndios florestais destacam-se as cortinas de segurança. Estas estruturas consistem em plantios com espécies de menor inflamabilidade em relação ao cultivo principal, que tem como objetivo reduzir e/ou prevenir a propagação do fogo. O objetivo deste estudo foi avaliar a inflamabilidade de Psidium cattleianum Sabine., Ligustrum lucidum W. T. Aiton., Schinus terebinthifolius Raddi. e Bougainvillea glabra Choisy., para potencial uso em cortinas de segurança. Nesta pesquisa utilizou-se Pinus taeda L. como controle. As queimas foram realizadas em epirradiador, com temperatura de 250 °C a 350 °C, para as quais se utilizou 1 g de material fino (< 0,7 cm de diâmetro) recém-coletado. Para cada espécie, realizou-se 50 repetições, sendo analisados: frequência de ignição, tempo para ignição, duração da combustão, índice de combustão, além da determinação do valor de inflamabilidade. P. taeda apresentou uma intensidade de combustão muito alta e foi classificado como espécie inflamável. As demais espécies foram consideradas fracamente inflamáveis, sendo que S. terebinthifolius e B. glabra indicaram uma intensidade de combustão baixa, L. lucidum média e P. cattleianum, alta. Neste contexto, conclui-se que as espécies avaliadas apresentam potencial para uso em cortina de segurança na prevenção de incêndios florestais.


2021 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 51-63
Author(s):  
Ana Paula De Freitas ◽  
Frederico Fregolente Faracco Mazziero ◽  
Natália Arias Galastri

As praças são um importante componente das áreas urbanas, trazendo diversos benefícios à população e à fauna. Além disso, são locais que permitem maior liberdade na implantação de projetos de arborização urbana que, se bem realizados, não acarretam em problemas e gastos futuros. Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar o inventário arbóreo das três praças da região central do Município de Dois Córregos. Nas três praças inventariadas foram registrados 322 indivíduos arbóreos pertencentes a 48 espécies distribuídas em 24 famílias e 45 gêneros. As famílias Fabaceae (9 spp. – 18,7%), Bignoniaceae (5 spp. – 10,4%), Arecaceae e Moraceae (4 spp. – 8,3% cada) foram as mais representativas. A espécie Cenostigma pluviosum (sibipiruna) apresentou a maior frequência, correspondendo a 16,1% do total de indivíduos amostrados. No entanto, 40 espécies apresentaram frequência inferior a 2,2% e foram consideradas raras.  Apenas oito espécies foram encontradas em todas as praças: Bauhinia variegata (pata-de-vaca), Delonix regia (flamboyant), Dypsis lutescens (areca-bambu), Eugenia uniflora (pitangueira), Handroanthus heptaphyllus (ipê-roxo), Ligustrum lucidum (alfeneiro), Nectandra megapotamica (canelinha) e Cenostigma pluviosum (sibipiruna). Constatou-se que 60,4% das espécies são exóticas do Brasil. Portanto, fica evidente que apesar de uma riqueza de espécies considerável, o alto número de espécies exóticas aliado à alta frequência de algumas espécies podem trazer problemas no futuro.


2012 ◽  
Vol 35 (Especial_5) ◽  
pp. 15
Author(s):  
Eulogio Pimienta-Barrios ◽  
Celia Robles-Murguía ◽  
Carla C. Martínez-Chávez

Se realizó un estudio ecofisiológico en especies arbóreas jóvenes, tres nativas de México (F. uhdei, T. rosea y E. latifolia) y tres exóticas originarias de ambientes tropicales húmedos (K. paniculata, Schinus terebinthifolius y Ligustrum lucidum), que se usan para reforestar Guadalajara, México. El objetivo fue evaluar su respuesta ecofisiológica a la sequía en primavera y su recuperación después de que la lluvia finaliza con ésta. En mayo la asimilación neta diaria de CO2 fue 133 % mayor en especies nativas (184 mmol CO2 m-2 d-1) que en las exóticas (79 mmol m-2 CO2 d-1). La fotosíntesis en F. uhdei y T. rosea resultó menos afectada por las condiciones ambientales atmosféricas adversas que prevalecieron en mayo, en comparación con las otras especies en estudio. En junio se observó recuperación de la asimilación neta diaria de CO2 en respuesta a la lluvia, recuperación que fue superior en la especie exótica L. lucidum (318 %) que en la nativa T. rosea (65 %). Los menores valores de contenido relativo de agua fueron registrados en mayo para S. terebinthifolius (64 %), E. latifolia (67 %) y F. uhdei (69 %). El contenido relativo de agua aumentó gradualmente con las lluvias del verano y todas las especies mostraron valores de contenido relativo de agua cercanos o superiores a 90 %; este aumento fue asociado con incrementos en la asimilación neta diaria de CO2. Los menores valores de asimilación neta diaria de CO2 y clorofila observados en mayo se atribuyen a bajos valores de humedad relativa (17 %) y a altos valores de temperatura (26 ºC) e irradiación (51 mmol m-2 d-1).


2017 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 86
Author(s):  
Thiare Aparecida Do Valle Coelho ◽  
Daniele Ukan ◽  
Gabriela Schmitz Gomes ◽  
Izabela Moura Duin

O presente trabalho tem como objetivo identificar e quantificar a incidência de insetos-praga em sistemas agroflorestais, avaliando o grau de danos causados e testando a composição dos sistemas no sentido de minimizar a ocorrência. Os sistemas agroflorestais foram compostos em ninhos, utilizando seis espécies arbóreas: aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius Raddi), erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil), araçá (Psidium cattleyanum Sabine), pitanga (Eugenia uniflora L.), guabiroba (Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg) e cerejeira (Eugenia involucrata DC.). Assim, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e oito repetições. Durante noventa dias, foram realizadas sete avaliações, percorrendo todos os ninhos e verificando a presença de insetos nos períodos da manhã e da tarde, para posterior identificação. Foi utilizado o software Assistat para a realização da análise de variância e teste de Tukey para comparação das médias, ao nível de 5% de significância. A erva-mate foi a espécie que apresentou maior incidência de insetos, sendo a que teve mais indivíduos mortos. A melhor composição para os ninhos, com relação a incidência de insetos, foi aroeira-pimenteira, erva-mate e araçá.


2020 ◽  
Vol 39 ◽  
pp. e002
Author(s):  
R. Otto ◽  
F. Verloove

Varios meses de trabajos de campo en La Palma (Islas Canarias occidentales) han posibilitado el descubrimiento de nuevas plantas vasculares no nativas. Alstroemeria aurea, A. ligtu, Anacyclus radiatus subsp. Radiatus, Chenopodium album subsp. borbasii, Cotyledon orbiculata, Cucurbita ficifolia, Cynodon nlemfuensis, Datura stramonium subsp. tatula, Digitaria ciliaris var. rhachiseta, D. ischaemum, Diplotaxis tenuifolia, Egeria densa, Eugenia uniflora, Galinsoga quadriradiata, Glebionis segetum, Kalanchoe laetivirens, Lemna minuta, Ligustrum lucidum, Lotus broussonetii, Oenothera fallax, Paspalum notatum, Passiflora caerulea, P. manicata × tarminiana, P. tarminiana, Pelargonium capitatum, Phaseolus lunatus, Portulaca trituberculata, Pyracantha angustifolia, Sedum mexicanum, Trifolium lappaceum, Urochloa mutica, U. subquadripara y Volutaria tubuliflora son xenófitos naturalizados o (potencialmente) invasores o de especial interés florístico, que se citan por primera vez para las Islas Canarias o para la isla de La Palma. Tres táxones adicionales, probablemente casuales, se dan a conocer por primera vez de las Islas Canarias, y siete táxones de la isla de La Palma.


Author(s):  
Everaldo Marques de Lima Neto ◽  
Michella Yamamura Bardelli-da-Silva ◽  
Ana Raquel da Silva ◽  
Daniela Biondi

A avaliação da arborização de ruas tem se intensificado nos últimos anos, visto a importância na aplicação de políticas de conservação em ambientes urbanos, porém pouco se sabe a respeito da acessibilidade do público nas ruas. Nesse sentido o objetivo deste trabalho é analisar a arborização viária do centro de Curitiba-PR focando a questão da acessibilidade nas ruas. A metodologia consistiu na identificação e localização das espécies arbóreas, avaliando as características das árvores e do ambiente. No censo da arborização foram encontrados 1537 indivíduos, sendo que a espécie mais freqüente foi Ligustrum lucidum, uma das que apresentou problema relacionado com a raiz, favorecendo a quebra de calçadas. Hibiscus rosa-sinensis, de pequeno porte, apresentou maior freqüência de tortuosidade. Eugenia uniflora apresentou altura de bifurcação abaixo de 1,80 m em 100% dos indivíduos presentes no bairro. Quanto ao tipo de calçada, o tipo paralelepípedo, que pode dificultar o acesso de pessoas, correspondeu a 70,33%. A área para o passeio nas calçadas atendeu o mínimo exigido (1,20 m) correspondendo a 95,25%. Para um melhor planejamento é necessário que seja feita uma seleção de espécies que apresentem características de raiz pivotante e condições de manejo compatíveis ao acesso do público às ruas.


2011 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 172-178 ◽  
Author(s):  
Rodrigo Leandro Braga de Castro Coitinho ◽  
José Vargas de Oliveira ◽  
Manoel Guedes Corrêa Gondim Junior ◽  
Cláudio Augusto Gomes da Câmara

A espécie Sitophilus zeamais é uma das principais pragas do milho armazenado no Brasil. O controle é feito, comumente, utilizando-se medidas de higienização e limpeza, bem como inseticidas sintéticos fumigantes e protetores. A busca por produtos menos tóxicos, biodegradáveis e seguros do ponto de vista ecológico, é muito bem aceita pela sociedade. Assim, os objetivos do presente trabalho foram testar a toxicidade de contato e ingestão e fumigante de óleos essenciais e do composto orgânico natural eugenol para adultos de S. zeamais. Os valores de CL50 dos óleos essenciais provenientes de folhas de Piper hispidinervum, Eugenia uniflora, Cinnamomum zeylanicum, P. marginatum, Schinus terebinthifolius, Melaleuca leucadendron, dos frutos verdes de S terebinthifolius e do composto eugenol, nos testes de contato e ingestão, foram estimados em 1,0; 11,6; 14,2; 21,1; 57,7; 75,8; 98,8 e 14,8 µL/40 g de milho, respectivamente. As razões de toxicidade (RT) variaram entre 1,3 e 98,8. Na fumigação em adultos, as concentrações letais dos óleos variaram de 0,53 a 94,7 µL/L de ar, obedecendo à seguinte ordem decrescente de toxicidade: P. hispidinervum > P. aduncum > S. terebinthifolius > frutos verdes de S. terebinthifolius > P. marginatum > eugenol e as RT variaram entre 2,0 a 178,7.


2018 ◽  
Vol 28 (4) ◽  
pp. 1546
Author(s):  
Denise Ester Ceconi ◽  
Igor Poletto ◽  
Simone Martini Salvador ◽  
Daniel Gustavo Allasia Piccilli

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística da mata ciliar remanescente da Sanga Lagoão do Ouro, procurando obter informações acerca de sua degradação, analisando a distribuição das espécies nos diferentes estratos florísticos, a regeneração natural e a presença de espécies exóticas. O estudo foi realizado na mata ciliar da Sanga Lagoão do Ouro, tributário de 3ª ordem do Vacacaí-mirim. Sua nascente localiza-se em área urbana, percorrendo várias vilas, o Campus da UFSM, além de uma extensa área rural. Os solos predominantes classificam-se como: Argissolos Bruno-Acinzentados, Vermelho-Amarelos e Vermelhos, além de Planossolos Háplicos, sendo estes de baixa fertilidade natural e bastante suscetíveis à erosão hídrica. O levantamento florístico ocorreu em 12 parcelas de 300 m2 cada, demarcadas ao longo da margem da Sanga Lagoão do Ouro, em que foram avaliados os estratos: plântulas, regeneração natural e arbóreo. O levantamento florístico mostrou haver degradação da mata ciliar, evidenciada pelo baixo número de espécies nativas, pela má distribuição das espécies nos diferentes estratos e pela grande presença de espécies exóticas. Possuem maior potencial de regeneração natural nas espécies que apresentaram maior frequência e que aparecem nos três estratos florísticos levantados, tais como: Eugenia uniflora, Allophylus edulis (A.St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk, Psidium guajava L., Cestrum strigilatum Ruiz & Pav., Prunus myrtifolia (L.) Urb., Zanthoxylum rhoifolium Lam., Casearia sylvestris Sw., Cupania vernalis Cambess. e Schinus terebinthifolius Raddi.


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