scholarly journals Atividade antimicrobiana in vitro dos extratos aquosos, hidroalcoólicos e alcoólicos das folhas de espécies da família Myrtaceae frente à cepas de bactérias de interesse

2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
pp. 139
Author(s):  
Francisca Hérica Chaves Albuquerque ◽  
Karina Da Silva Soares ◽  
Maria Auxiliadora Silva Oliveira

<p><strong>Introdução</strong>: a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem incentivado o estudo de plantas tradicionalmente conhecidas como medicinais, tendo como objetivo avaliar cientificamente os benefícios da utilização de medicamentos fitoterápicos e de conhecer, ao mesmo tempo, a segurança de seu uso indevido. <strong>Objetivos</strong>: este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana do extrato aquoso, hidroalcoólico e alcoólico de folhas de espécies da família Myrtaceae frente às cepas de bactérias de interesse. <strong>Metodologia</strong>: a análise da atividade antibacteriana dos extratos das folhas das plantas, jambo, azeitona preta, pitanga e goiaba foram verificados a partir do teste de difusão em Ágar Mueller-Hinton. As cepas utilizadas, após reativação, foram diluídas em solução salina estéril a 0,85%. Sendo consideradas com potencial antimicrobiano aqueles extratos que geraram halos ≥ 7 mm (sete milímetros). <strong>Resultados</strong>: os resultados encontrados na análise dos dados do extrato aquoso demonstraram que Eugenia uniflora, Syzygium cumini e Psidium guajava apresentaram atividade antimicrobiana sobre Staphylococcus aureus, na concentração de 100 mg/mL. Na análise dos dados dos extratos hidroalcoólico, Syzygium cumini demonstrou atividade antimicrobiana na concentração de 100 mg/mL sobre Pseudomonas aeruginosa, diante de Staphylococcus aureus, Eugenia uniflora, Syzygium malaccense, Syzygium cumini e Psidium guajava demonstraram atividade na concentração de 100 mg/mL cada. Observando os resultados dos extratos alcoólicos, Psidium guajava e Syzygium cumini demonstraram atividade antimicrobiana diante das quatro cepas estudadas. <strong>Conclusão</strong>: o presente estudo demonstrou que os extratos alcoólicos das espécies em estudo apresentaram melhor atividade antimicrobiana e maior espectro de ação quando comparado ao extrato aquoso e hidroalcoólico.</p>

Author(s):  
Karlynne Freire Mendonça ◽  
José Klauber Roger Carneiro ◽  
Maria Auxiliadora Silva Oliveira

Objetivos: avaliar a atividade antimicrobiana em extrato aquoso, hidroalcoólico e alcoólico das folhas de espécies da família Lamiaceae frente a bactérias de interesse. Método: Foram escolhidas quatro espécies: Ocimum gratissimum, Plectranthus amboinicus, Mentha arvensis e Plectranthus barbatus. A partir das folhas foram confeccionados os extratos aquoso, hidroalcoólico e alcoólico nas concentrações 100mg/mL, 50mg/mL e 25mg/mL. Foram selecionadas as bactérias Streptococcus pyogenes, Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa para os ensaios de antibiose em Ágar Mueller-Hinton. Resultados: P. barbatus, em seu extrato hidroalcoólico mostrou ativo nas três concentrações para bactéria S. aureus, e ainda foi ativo para P. aeruginosa, demonstrando no extrato alcoólico atividade frente as bactérias. Para M. arvensis e P. amboinicus, seus extratos hidroalcoólico e alcoólico apresentaram atividade para S. aureus. Conclusão: Sugere-se que as espécies em questão apresentem boa atividade antimicrobiana, sendo necessária a realização de mais estudos para melhor entender esse mecanismo.


2011 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 197-202 ◽  
Author(s):  
D.M Gonçalves ◽  
J.H.B Araújo ◽  
M.S Francisco ◽  
M.A Coelho ◽  
J.M Franco

Diversas espécies de Tabernaemontana têm sido estudadas devido a diversidade de alcalóides com atividade farmacológica. O objetivo desse trabalho foi avaliar a capacidade antimicrobiana in vitro do extrato das cascas do caule de Tabernaemontana catharinensis A. DC.em cepas de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, microrganismos causadores de diversas infecções. Os testes de susceptibilidade bacteriana foram realizados usando o método de Kirby Bauer, consistindo na difusão em disco do antibiótico em meio de cultivo Mueller Hinton. Os testes de inibição foram realizados com soluções do extrato bruto seco de T. catharinensis dissolvido em etanol 70% (v/v) na concentração 1,0 mg mL-1, que aplicada nos discos de área 20 mm², apresentaram concentração de 0,005 mg mm-2. Como controle negativo, realizou-se ensaios com placas contendo P. aeruginosa, e discos com etanol 70% (v/v), e como controle positivo, discos com os antibióticos ceftriaxona sódica (0,25 mg mm-2 de área do disco), tetraciclina (0,005 mg mm-2) e cefalexina (0,005 mg mm-2). A solução do extrato na concentração de 0,005 mg mm-2 inibiu o Staphylococcus aureus, com diâmetro médio do halo de 0,6 cm. O halo de inibição para o Pseudomonas aeruginosa foi em média 1,2 cm. A tetraciclina, a cefalexina, e o controle negativo (etanol 70% v/v) não demonstraram ação antimicrobiana. O halo de inibição usando ceftriaxona foi em média 2,2 cm para P. aeruginosa e 1,0 cm para Staphylococcus aureus.


2016 ◽  
Vol 11 (31) ◽  
pp. 113-122
Author(s):  
Carla Franco Porto Belmont Souza ◽  
Luiz Eduardo Souza da Silva Irineu ◽  
Renan Silva De Souza ◽  
Renato da Silva Teixeira ◽  
Ivina Sanches Pereira ◽  
...  

A resistência microbiana tem se mostrado um problema de proporções mundiais, causando estado de morbidade e mortalidade em diversos pacientes. Em vista disso, tem crescido a busca por métodos alternativos naturais de profilaxia. A investigação clínica sugere que o Extrato de Cranberry está entre as melhores propostas de prevenção natural. O Cranberry (Vaccinium macrocarpon) é um fruto que tem crescido comercialmente pelo sabor e propriedades benéficas à saúde. Dentre as formas comercializadas estão: o suco, o chá e as cápsulas contendo o extrato seco. A ação desta planta está relacionada ao tratamento de doenças do trato urinário, por possuir substâncias que inibem a adesão bacteriana ao epitélio do trato urinário, dificultando sua proliferação e reprodução. Dentre todas as infecções relacionadas à assistência a saúde, a Infecção do Trato Urinário é a mais frequentemente associada a procedimentos invasivos. Se não for tratada, pode resultar em complicações como pielonefrite aguda, bacteremia e pionefrose. Portanto, cranberry pode ser uma nova alternativa para o combate das infecções uroepiteliais, por ser um produto natural de preço acessível, e com formas de comercialização diversificada, ao contrário dos antimicrobianos convencionais, que por sua vez são caros e podem acabar causando resistência nos micro-organismos. Este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antimicrobiana do extrato de Cranberry, adquirido em farmácia de manipulação, sobre 8 micro-organismos isolados de infecções urinárias. As cepas utilizadas, adquiridas da coleção da FIOCRUZ, foram: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Serratia marscecens, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium. No estudo, foram utilizados o caldo Mueller Hinton (MH), Extrato de Cranberry e as bactérias patogênicas. O ensaio foi realizado em triplicata, com o uso de um controle de crescimento dos micro-organismos e o experimento para avaliação do crescimento bacteriano na presença do extrato. A turbidez foi medida com o auxílio de um espectrofotômetro, no comprimento de onda de 600 nm, antes e após 24 horas de incubação à 37 ºC. O procedimento forneceu a Densidade Ótica, do qual possibilitou a identificação da inibição microbiana. Para análise estatística foi utilizado o Teste t de Student. O Extrato de Cranberry apresentou atividade antimicrobiana sobre as bactérias Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli, Serratia marscecens e Enterococcus faecalis (p < 0,05), confirmando seu efeito benéfico em infecções urinárias. No entanto, não teve efeito inibitório significativo sobre Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis e Enterococcus faecium (p > 0,05).


2020 ◽  
Author(s):  
Xiaofeng Chen ◽  
Yijuan Xu ◽  
Heinz Winkler ◽  
Trine Rolighed Thomsen

Abstract Biofilm is known to be tolerant towards antibiotics and difficult to eradicate. Numerous studies have reported Minimum Biofilm Eradication Concentration (MBEC) values of antibiotics for many known biofilm pathogens. However, the experimental parameters applied in these studies differ considerably, and often the rationale behind the experimental design are not well described. This makes it difficult to compare the findings. To demonstrate the importance of experimental parameters, we investigated the influence of biofilm growth age, antibiotic treatment duration and growth media on biofilm eradication in this study. The commonly used biofilm model Calgary biofilm device was used to grow 24 h and 72 h biofilms of Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa , which were treated with time-dependent vancomycin and concentration-dependent tobramycin, respectively. Two common bacteriological growth media Tryptic Soy Broth (TSB) and Cation-adjusted Mueller Hinton Broth (CaMHB) were tested. We found for both species that biofilms were more difficult to kill in TSB than in CaMHB. Furthermore, young biofilms (24 h) were easier to eradicate than old biofilms (72 h). In agreement with vancomycin being time-dependent, extension of the vancomycin exposure increased killing of S. aureus biofilms. Tobramycin treatment of 24 h P. aeruginosa biofilms was found concentration-dependent and time-independent, however, increasing killing was indicated for 72 h P. aeruginosa biofilms. This study demonstrated biofilm removal efficacy was influenced by media, biofilm age and antibiotics treatment duration. It is therefore necessary to taking these parameters into consideration when designing experiments.


2019 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 140-148 ◽  
Author(s):  
A. Ouelhadj ◽  
L. Ait Salem ◽  
D. Djenane

Ce travail vise l’étude de l’activité antibactérienne de l’huile essentielle (HE) de Pelargoniumx asperum et de la bactériocine, la nisine seul et en combinaison vis-à-vis de six bactéries dont quatre sont multirésistantes d’origine clinique. L’activité antibactérienne in vitro a été évaluée par la méthode de diffusion sur gélose. La concentration minimale inhibitrice (CMI) est aussi déterminée pour HE. Les résultats ont révélé une activité antibactérienne significative exercée par HE visà-vis de Staphylococcus aureus (ATCC 43300), Staphylococcus aureus et Escherichia coli avec des diamètres d’inhibition de 36,00 ; 22,50 et 40,00 mm, respectivement. Cependant, l’HE de Pelargonium asperum a montré une activité antibactérienne supérieure par rapport à la nisine. Les valeurs des CMI rapportées dans cette étude sont comprises entre 1,98–3,96 μl/ml. Les combinaisons réalisées entre HE et la nisine ont montré un effet additif vis-à-vis de Escherichia coli (ATCC 25922) avec (50 % HE Pelargonium asperum + 50 % nisine). Par contre, nous avons enregistré une synergie vis-à-vis de Klebsiella pneumoniae avec (75 % HE Pelargonium asperum + 25 % nisine) et contre Pseudomonas aeruginosa avec les trois combinaisons testées. Les résultats obtenus permettent de dire que l’HE de Pelargonium asperum possède une activité antibactérienne ainsi que sa combinaison avec la nisine pourrait représenter une bonne alternative pour la lutte contre l’antibiorésistance.


Bionatura ◽  
2020 ◽  
Vol 5 (4) ◽  
pp. 1335-1339
Author(s):  
Pool Marcos-Carbajal ◽  
Christian Allca-Muñoz ◽  
Ángel Urbano-Niño ◽  
Alberto Salazar-Granara

El objetivo del estudio es determinar la actividad antibacteriana de Metformina frente a Escherichia coli, Staphylococcus aureus y Pseudomonas aeruginosa. Se evaluó la actividad antibacteriana mediante la técnica de Kirby Bauer. Se utilizó cepas de Escherichia coli (ATCC 25922), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) y Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), las cuales se expusieron a Metformina en concentraciones de 250 mg y 500 mg, Ciprofloxacino (CIP) 5 µg, Imipenem (IPM) 10 µg, y Cefoxitin (FOX) 30 µg. Frente a Escherichia coli, Staphylococcus aureus y Pseudomonas aeruginosa se presentó un halo de inhibición de 6 mm. para Metformina 250 mg, 6 mm. para Metformina 500 mg, y un halo de inhibición >25 mm. con el uso de Ciprofloxacino 5 µg, Cefoxitin 30 µg, e Imipenem 10 µg respectivamente. En conclusion, In vitro Metformina a dosis de 250 y 500 mg, no presentó efecto antibacteriano frente a Escherichia coli, Staphylococcus aureus y Pseudomonas aeruginosa.


2019 ◽  
Vol 202 (8) ◽  
Author(s):  
Courtney E. Price ◽  
Dustin G. Brown ◽  
Dominique H. Limoli ◽  
Vanessa V. Phelan ◽  
George A. O’Toole

ABSTRACT Cystic fibrosis (CF) patients chronically infected with both Pseudomonas aeruginosa and Staphylococcus aureus have worse health outcomes than patients who are monoinfected with either P. aeruginosa or S. aureus. We showed previously that mucoid strains of P. aeruginosa can coexist with S. aureus in vitro due to the transcriptional downregulation of several toxic exoproducts typically produced by P. aeruginosa, including siderophores, rhamnolipids, and HQNO (2-heptyl-4-hydroxyquinoline N-oxide). Here, we demonstrate that exogenous alginate protects S. aureus from P. aeruginosa in both planktonic and biofilm coculture models under a variety of nutritional conditions. S. aureus protection in the presence of exogenous alginate is due to the transcriptional downregulation of pvdA, a gene required for the production of the iron-scavenging siderophore pyoverdine as well as the downregulation of the PQS (Pseudomonas quinolone signal) (2-heptyl-3,4-dihydroxyquinoline) quorum sensing system. The impact of exogenous alginate is independent of endogenous alginate production. We further demonstrate that coculture of mucoid P. aeruginosa with nonmucoid P. aeruginosa strains can mitigate the killing of S. aureus by the nonmucoid strain of P. aeruginosa, indicating that the mechanism that we describe here may function in vivo in the context of mixed infections. Finally, we investigated a panel of mucoid clinical isolates that retain the ability to kill S. aureus at late time points and show that each strain has a unique expression profile, indicating that mucoid isolates can overcome the S. aureus-protective effects of mucoidy in a strain-specific manner. IMPORTANCE CF patients are chronically infected by polymicrobial communities. The two dominant bacterial pathogens that infect the lungs of CF patients are P. aeruginosa and S. aureus, with ∼30% of patients coinfected by both species. Such coinfected individuals have worse outcomes than monoinfected patients, and both species persist within the same physical space. A variety of host and environmental factors have been demonstrated to promote P. aeruginosa-S. aureus coexistence, despite evidence that P. aeruginosa kills S. aureus when these organisms are cocultured in vitro. Thus, a better understanding of P. aeruginosa-S. aureus interactions, particularly mechanisms by which these microorganisms are able to coexist in proximal physical space, will lead to better-informed treatments for chronic polymicrobial infections.


2005 ◽  
Vol 187 (2) ◽  
pp. 554-566 ◽  
Author(s):  
Lauren M. Mashburn ◽  
Amy M. Jett ◽  
Darrin R. Akins ◽  
Marvin Whiteley

ABSTRACT Pseudomonas aeruginosa is a gram-negative opportunistic human pathogen often infecting the lungs of individuals with the heritable disease cystic fibrosis and the peritoneum of individuals undergoing continuous ambulatory peritoneal dialysis. Often these infections are not caused by colonization with P. aeruginosa alone but instead by a consortium of pathogenic bacteria. Little is known about growth and persistence of P. aeruginosa in vivo, and less is known about the impact of coinfecting bacteria on P. aeruginosa pathogenesis and physiology. In this study, a rat dialysis membrane peritoneal model was used to evaluate the in vivo transcriptome of P. aeruginosa in monoculture and in coculture with Staphylococcus aureus. Monoculture results indicate that approximately 5% of all P. aeruginosa genes are differentially regulated during growth in vivo compared to in vitro controls. Included in this analysis are genes important for iron acquisition and growth in low-oxygen environments. The presence of S. aureus caused decreased transcription of P. aeruginosa iron-regulated genes during in vivo coculture, indicating that the presence of S. aureus increases usable iron for P. aeruginosa in this environment. We propose a model where P. aeruginosa lyses S. aureus and uses released iron for growth in low-iron environments.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document