scholarly journals O TEMPO DA PAISAGEM E O TEMPO DA CIRANDA: BREVE REFLEXÃO SOBRE O TEMPO NAS NARRATIVAS PAISAGEM SEM BARCOS, DE MARIA JUDITE CARVALHO E CIRANDA DE PEDRA, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

Author(s):  
Geruza Zelnys de Almeida
Author(s):  
Suênio Campos de Lucena

Esse artigo analisa “Nada de Novo na Frente Ocidental”, narrativa que encerra o livro Invenção e memória (2000), da escritora Lygia Fagundes Telles. A partir do hibridismo que conjuga fatos reais e ficção, a autora realiza um conto/testemunho que inclui a abordagem em torno da lembrança e do esquecimento. Assim, esta análise destaca tanto a questão das tensões entre verdade e criação literária, quanto à relação da autora/protagonista, ao relembrar o passado com saudosismo e nostalgia, no caso, a São Paulo dos anos 1950, quando foi legionária. Um episódio marcante norteará um corte e tentativa de esquecimento a todo custo: a morte do pai, fazendo com que ela tente bloquear e sobrepor tristes recordações. Tendo por base a Psicanálise, a discussão deste conto possibilita reflexões sobre a lembrança, o esquecimento e, também, sobre a passagem do tempo e a morte.


Author(s):  
Midiã Ellen White de Aquino

Resumo Este artigo busca compreender como o trágico se manifesta na narrativa moderna por meio da análise comparativa dos contos “Natal na barca”, de Lygia Fagundes Telles e “Noite de Natal”, de Maria Judite de Carvalho. Esses contos, que põem em evidência as experiências interpessoais de protagonistas femininas, aproximam-se por mostrarem personagens que começam a trama dominadas pela apatia ao outro, mas que no decorrer da narrativa passam por transformações ao serem impulsionadas à alteridade por meio da tragédia. Para as reflexões sobre as configurações da tragédia na modernidade, utiliza-se como respaldo teórico as ideias de Terry Eagleton (2013) e Raymond Williams (2002).


Author(s):  
Lilian Ribeiro

Este artículo muestra la escritura autobiográfica femenina de las escritoras brasileñas: Carolina María de Jesús, en “Quarto de despejo” (1960) y “Diario de Bitita” (1982), y de Lygia Fagundes Telles, en “As meninas” (1973). Junto al análisis, llevo a cabo también una investigación bibliográfica sobre el tema de la escritura autobiográfica de estas escritoras brasileñas.


Navegações ◽  
2017 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 36
Author(s):  
Eduardo Da Cruz

António Feliciano de Castilho (1800-1875), reconhecido como poeta, também teve importante atuação no meio jornalístico. Como redator da Revista Universal Lisbonense entre janeiro de 1842 e junho de 1845, ele transformou o projeto editorial familiar num periódico de sucesso, vendido e assinado em todo Portugal e também no Brasil. Além de divulgação de “conhecimentos úteis” e de novas composições literárias, sua revista possuía uma seção de notícias. Nesse espaço, Castilho transformava os relatos dos casos que recebia em crônicas que deixam transparecer seu olhar sobre a sociedade que se transformava em meados do século XIX. Aqui apresentamos alguns dos principais temas e o estilo de construção de suas crônicas.********************************************************************Hora de tirar o espartilho – Women’s issues in the short storiesof Lygia Fagundes TellesAbstract: This paper considers how womens’ issues are presented in Lygia Fagundes Telles’ short stories, evaluating narrative procedures and thematic choices, such as wickedness, dependence, conservatism, emancipation, loneliness, vanity or decrepitude. This study analyses the originality and modernity of Telles’ prose, noting the cautious distance of her vision of the feminine condition from any contemporary trends or labeling. Finally, the paper also aims to study the portrayal of women by Lygia Fagundes Telles. This simplies careful examination of how women occupy the role of the self, or subject, and to what degree Telles’  omens’ characters are individualized figures, facing different conflicts, in a variety of social, familial and affective situations.Keywords: short stories; Lygia Fagundes Telles; feminine condition.


2017 ◽  
pp. 25
Author(s):  
Danielle Rasmussen Betemps

Este artigo é o resultado de uma análise comparativa entre o roteiro cinematográfico Capitu (1967), de Paulo Emílio Sales Gomes e Lygia Fagundes Telles, e o romance Dom Casmurro (1900), de Machado de Assis. Considerando o roteiro como uma primeira adaptação, a referida análise visou contestar a ideia de fidelidade e a consequente desvalorização das adaptações cinematográficas. Para tanto, partiu-se da secular relação entre cinema e literatura, mais estritamente das diferenças e semelhanças entre os textos literário e cinematográfico, enfocando as características de dois elementos ficcionais – narrador e personagem – e as estratégias utilizadas por ambos os sistemas no processo de configuração desses elementos. Ilustraram-se acréscimos feitos no roteiro, discutiu-se a função do narrador-protagonista do romance e as estratégias utilizadas no roteiro para sua representação e refletiu-se acerca das escolhas feitas pelos roteiristas para a elaboração de Capitu. Concluiu-se que os roteiristas adicionaram elementos que inexistem no texto literário com a finalidade de adaptar o romance aos limites do texto cinematográfico, mas sem deixar de apontar para o texto machadiano. Quanto à narração, foi constatado que a focalização recai no protagonista Bentinho, o qual é perseguido pelo roteiro – que mostra o que ele vê e como vê. Essas alterações configuram escolhas dos roteiristas, as quais foram feitas durante o processo de escrita do roteiro para melhor moldar o texto literário de Machado de Assis a outro texto: o cinematográficoPalavras-chave: Literatura; cinema; adaptação; roteiro


Author(s):  
Elizama Almeida

O artigo é parte de uma intensa pesquisa na coleção Museu da Literatura Brasileira, idealizado pela escritora Lygia Fagundes Telles na década de 1970, que reuniu número apreciável de documentos literários de diversos autores, mas que não chegou a se concretizar como instituição resultando em uma massa de manuscritos, fotografias e cartas inéditos sob a guarda do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) nos últimos 40 anos. Neste artigo, mapeio a construção deste desconhecido Museu a partir do desejo da comunidade dos autores envolvidos. O material reunido por Lygia pode ser lido em duas categorias: a categoria do documento e a categoria do movimento, que se referem, respectivamente, aos itens doados para compor o fundo e aos itens que dão notícias da força do coletivo nos bastidores de sua criação. Por último, proponho um contato do “Museu da Lygia” com o Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, na Fundação Casa de Rui Barbosa, seu irmão quase gêmeo, criado por Plínio Doyle no mesmo período, para pontuar aproximações e diferenças entre esses dois espaços a partir de uma carta inédita.


2017 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 557-570
Author(s):  
Carlos Magno Gomes

Resumo: Este ensaio apresenta uma reflexão filosófica sobre a circularidade da escrita de Lygia Fagundes Telles pela impessoalidade do texto literário pregada pelos pós-estruturalistas Michel Foucault, Roland Barthes e Jacques Derrida. Como modelo, faz-se a análise da metanarratividade no conto “Senhor diretor”, da coletânea Seminário dos ratos (1977). Esse texto expõe o jogo de dissimulação no qual o dito é apagado pelo murmúrio do não dito. Com isso, reconhecem-se os processos ambíguos da escrita, que dissimula referências ao mundo externo, enquanto fala de si.


Chasqui ◽  
2006 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 22
Author(s):  
Andrea Jeftanovic

2008 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
Author(s):  
João Manuel Dos Santos Cunha

O ensaio investiga a tradução fílmica Capitu (Paulo Cezar Saraceni, 1968) para o romance Dom Casmurro (Machado de Assis, 1899), intermediando a análise com o roteiro cinematográfico Capitu (Paulo Emilio Salles Gomes, Lygia Fagundes Telles, [1967] 1993), com o intuito de problematizar o alcance e a eficácia da operação transtextual intentada pelos tradutores quanto ao estatuto do narrador em textos de ficção literária e cinematográfica. Palavras-chave: Literatura Comparada; literatura e cinema; narrador.


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