scholarly journals Circulação: das múltiplas perspectivas de valor à valorização do visível

2019 ◽  
Vol 42 (2) ◽  
pp. 21-33
Author(s):  
Ana Paula da Rosa

Resumo Este artigo parte da observação do papel amplificado atribuído às imagens em um cenário de midiatização. Estes textos, postos em circulação, adquirem força quando agenciam fluxos de produção de sentido, isto é, as fotografias e vídeos deixam de ser registros para se tornar, efetivamente, os próprios acontecimentos a que se referem. Assim, toma-se como ponto de partida a ideia de que a circulação é um espaço de atribuição de valor (ROSA, 2016a) onde a regulação do visível se dá de forma tentativa entre as esferas em jogo. O foco, deste texto é discutir o conceito de valor a partir de múltiplas perspectivas como valor de troca, valor simbólico e não-valor. Para isso, serão realizados dois movimentos: a reflexão teórica e a análise empírica. Como aportes teóricos recorremos a Eliséo Verón, Carl Schmitt, Pierre Bourdieu e Giorgio Agamben. Já a análise empírica centra-se no caso da fotografia de uma jovem muçulmana, registro jornalístico do atentado terrorista de Westminster, em Londres.

2007 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 19-31
Author(s):  
Ninon Grangé

Résumé Walter Benjamin, Carl Schmitt puis Giorgio Agamben ont chacun remis en cause l’idée de norme, dans l’État confronté à la violence, à partir de la notion d’exception. Or l’état d’exception revient à traiter juridiquement d’une matière politique et à occulter le déclencheur, réel ou fantasmé, de l’exception juridique, à savoir la guerre. Une proposition pour comprendre conjointement la difficulté du droit à s’ajuster au surgissement de la violence et l’explosion des formes de guerre répertoriées par l’histoire, consiste à abandonner l’idée de fiction juridique au profit de « fictions politiques ». Ce faisant on substitue à la notion de norme celle, plus descriptive, du phénomène de la violence collective, de « référence » à un type abstrait de guerre pour mesurer les guerres réelles. C’est à cette condition que l’on peut repenser l’exception et son déclencheur, ainsi que l’indétermination première entre guerre extérieure et guerre intérieure.


Author(s):  
Friedrich Balke

Carl Schmitt’s political and juridical thought is anchored in a specific diagnosis of modernity. He develops the concept of the political because of how the location and address of the political become fundamentally questionable under modern conditions. Romanticism disempowers the state, the government, indeed all political-public structures and processes, turning them into mere “scenery” or simulacrums that hide an actual or substantial reality. This chapter traces the continued effects of Schmitt’s thought on various diagnoses of a political dialectic of modernity. Each has the changing form and function of sovereign power at its center. The work of Michel Foucault, Giorgio Agamben, Judith Butler, and Zygmunt Bauman shows that Schmitt’s thought is applicable to the paradox by which sovereign power of decision continues to have a latent effect under the conditions of a constitutional state.


2020 ◽  
Vol 42 (2) ◽  
pp. 237-256
Author(s):  
Cristiano Mendes ◽  
Karina Junqueira

Abstract Based on the theoretical frameworks of Carl Schmitt (hostis and inimicus), Giorgio Agamben (field and homo sacer), and Grégoire Chamayou (hunter-states and kill boxes), and being seen through the theoretical lens of post-structuralism in International Relations, this article aims to analyse the use of drones, especially Unmanned Combat Aerial Vehicles (UCAVs), in the ‘War on Terror’ led by the USA. In this context, we seek to demonstrate how the use of drones has affected the logic of current warfare scenarios in three different, but related aspects. First of all (Act One), the use of drones makes the construction of political otherness of the enemy impossible, and thus identity construction by counterpoint impracticable. Then (Act Two), this paper demonstrates how there is an attempt to move the enemy to the externality of the International Community, relegating their status to banishment and marginalisation. Finally (Act Three), the authors analyse the role of kill boxes and how the solution given by this phenomenon subverts the traditional notions of sovereignty, challenging the very raison d’être of politics.


2017 ◽  
Vol 15 (20) ◽  
pp. 306
Author(s):  
Luciano Nuzzo

Por meio da discussão das ideias de Carl Schmitt e Walter Benjamin, Michel Foucault e Giorgio Agamben, este artigo visa a analisar o funcionamento de um dispositivo de governo que usa a exceção como norma. Esse dispositivo é definido como “excepcionalismo soberano” e introduz novas formas de controle, que resultam de uma combinação inédita entre excepcionalismo e governamentalidade, em que o Direito e as instituições democráticas continuam a existir, mas são sempre mais esvaziadas, revogadas por meio de práxis governamentais. O excepcionalismo soberano, em última instância, coloca-nos frente aos paradoxos do Direito e desconstrói radicalmente a geometria política moderna e a razão que constituiu seu pressuposto.


2017 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Wellington Fontes Menezes
Keyword(s):  

<p>Neste presente trabalho, busca-se um estudo preliminar das condições impostas por uma nova dinâmica em que a democracia foi subjugada e percebe-se a consolidação de domínio de um estado de exceção. O retorno das lições de Carl Schmitt e as considerações mais contemporâneas de Giorgio Agamben contribuem para o entendimento e formulação de um novo paradigma de atuação que não é inscrita na lei, mas está atuante em uma zona intermediária entre a democracia e o absolutismo. Um novo momento da vida nacional brasileira se inicia com a consolidação de mais um golpe de estado após um intenso processo de articulação política de grupos de interesses para a deposição da presidenta Dilma Rousseff em agosto de 2016, por sinal, golpe este travestido com um pretenso ornamento jurídico com base parlamentar por via de um “impeachment”, que poderá ser mais bem traduzido pela expressão “golpeachment”. A construção deste processo tem profundas raízes na fragmentada democracia e ranço autoritário das classes dominantes brasileiras.</p><p> </p><p>Palavras-chave: Carl Schmitt; Golpe de estado; Lava-Jato; Poder judiciário; Política brasileira.</p>


Profanações ◽  
2017 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 108
Author(s):  
Mauro Rocha Baptista

A intenção deste artigo é seguir a proposta feita por Giorgio Agamben de revisar o debate entre Carl Schmitt e Walter Benjamin acerca dos conceitos de soberania e estado de exceção, iniciando, não como tradicionalmente se faz a partir do texto Teologia política  de Schmitt, publicado em 1922, mas, como se este texto já fosse uma resposta ao ensaio Crítica do poder como violência de Benjamin, publicado um ano antes. Seguindo esta proposta agambeniana se enfatiza a relação da soberania e do estado de exceção como espaços que, para Benjamin representam a possibilidade de algo fora da lei, enquanto para Schmitt são os conceitos limites que garantem o próprio Direito e o Estado. O artigo finaliza com a proposta benjaminiana de um efetivo estado de exceção que se aproxima de uma alternativa messiânica seguida pelo próprio Agamben. 


2018 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 130
Author(s):  
Rodrigo Oscar Ottonello

La crisis de legitimidad de las instituciones jurídicas contemporáneas, diagnosticada en el último siglo desde las obras de Max Weber y Carl Schmitt hasta las de Jürgen Habermas y Giorgio Agamben, parece no encontrar respuestas en las soluciones políticas modernas representadas por los regresos a las obras de autores clásicos como Hobbes o Locke.  En la búsqueda de nuevos modos de pensar este problema, este artículo se ocupará de la noción de prederecho, elaborada en 1951 por el jurista e historiador durkheimiano Louis Gernet. Comenzando por una descripción general de la comprensión sociológica de los fenómenos jurídicos, expondremos a continuación las relaciones entre el prederecho, la magia, la religión y el derecho, así como las discusiones sobre el tema en las investigaciones de Émile Durkheim, Marcel Mauss y Giorgio Agamben.


2019 ◽  
Vol 71 (4) ◽  
pp. 357-380
Author(s):  
Jeffrey Sacks

Abstract This article considers the work of Hannah Arendt and Ghassan Kanafani in relation to the social and juridical logic and form of the settler colony and of the settler-colonial logic and form of the Israeli state and its ideology, Zionism. The argument is framed in relation to two moments: (1) the notion and practice of Bildung—education, training, formation—where the subject of language, in becoming literate, thoughtful, and self-reflective, is to become a being that recognizes itself and others in these and related terms: as legible, autonomous, and self-determining; and (2) the ongoing debates around the politics of death, articulated through the writing of Michel Foucault, Giorgio Agamben, Carl Schmitt, Achille Mbembe, and Arendt. The article argues that, insofar as they presume an understanding of Bildung as a principal category of social thought, these debates reiterate the terms they claim to diagnose or contest. It also argues that, in their affective relation to decolonization, Arendt—and Foucault and Agamben—conjures and advances a social panic in a desire to domesticate the destabilizing force of anticolonial struggle. Finally, the article reads Kanafani’s Rijāl fī al-shams (Men in the Sun) to argue that Kanafani’s novelistic practice discombobulates the terms privileged in the settler colony and in its social and literary logic and form, as it promises a nonredemptive, anomic, and non-state-centric futurity.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document