scholarly journals Comunicação, cultura e mundo da vida: as contribuições de Jürgen Habermas e Alfred Schutz

Author(s):  
Michael Manfred Hanke

Resumo Este artigo apresenta o conceito de mundo da vida e a sua contribuição-chave para uma teoria da cultura e da comunicação. Inicialmente desenvolvido pelo filósofo Edmund Husserl, o conceito foi aprimorado pelo filósofo e sociólogo austro-americano Alfred Schutz e adotado mais tarde por teorias consagradas, como as de Peter Berger e Thomas Luckmann no projeto de um construtivismo social, assim como por Jürgen Habermas no agir comunicativo como fundamento da razão, o que destaca a importância de tal empreendimento. O texto conceitua o mundo da vida como interface entre a teoria da comunicação e da cultura.

2017 ◽  
Vol 29 (0) ◽  
Author(s):  
José Alves de Souza Filho ◽  
Beatriz Oliveira Santos

Resumo O presente artigo objetiva discorrer acerca das relações entre o sintagma Identidade-Metamorfose-Emancipação e o construto Mundo da Vida. Realizamos uma pesquisa bibliográfica dentro da perspectiva da Psicologia Social Crítica que discute o sintagma supracitado. Privilegiamos aqueles que ofereceram subsídios históricos e epistemológicos para a compreensão do pensamento de Antonio Ciampa e colaboradores e as relações com o pensamento habermasiano mediante o construto Mundo da Vida. Iniciamos as discussões apresentando a formação histórica do pensamento de Ciampa junto à Psicologia Social. Posteriormente, expusemos a consolidação do sintagma Identidade-Metamorfose-Emancipação devido à aproximação com a Teoria Crítica de Jürgen Habermas e as colaborações de Aluísio Lima e Juraci Almeida. Em seguida, discorremos acerca das dimensões do Mundo da Vida mediante sua vinculação com o pensamento filosófico e sociológico de Edmund Husserl, Alfred Schutz, Peter Berger e Thomas Luckmann. Por fim, apresentamos novos interesses de pesquisa como exemplos da própria metamorfose do sintagma.


2017 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 411
Author(s):  
Jan Strassheim

***Linguagem e mundo-da-vida: Schutz e Habermas sobre idealização***Jürgen Habermas criticou Alfred Schutz de maneira seminal. Este artigo traça tal divergência até a diferença na conceitualização de idealização. A teoria social de Schutz é baseada em “tipos” enquanto idealizações com uma dinâmica inerente, enquanto a teoria social de Habermas é baseada em “regras” idealmente estáveis. Primeiramente, um modelo de regra de comunicação linguística é avaliado de acordo com análises da linguística, da filosofia e da sociologia da linguagem. É constatado que um modelo falha em alcançar seu objetivo teórico de explicar a comunicação linguística. Regras de linguagem hipotéticas, portanto, não explicariam nossa compreensão intuitiva de conteúdos proposicionais mínimos expressos em enunciados. As regras seriam tanto insuficientes quanto incertas em todas as instâncias do uso da linguagem. Neste contexto, a relação entre linguagem e “mundo-da-vida” é reavaliada. Um mundo-da-vida não pode ser constituído sobre um modelo de linguagem, nem mesmo suplementar tal modelo a fim de preservá-lo. Diferentemente de um modelo, Schutz reivindica que linguagem e mundo-da-vida estão interconectados e estruturados em “tipos” que podem acomodar a flexibilidade e a precisão da comunicação linguística. Embora seja necessário o aprofundamento da pesquisa, as conclusões apontam que a fenomenologia tem sido indevidamente negligenciada pela filosofia social, e deveria receber maior atenção, assim como tem recebido na sociologia.


2017 ◽  
pp. 106-118
Author(s):  
Michael Manfred Hanke

Resumo Este artigo pretende discutir a tríade comunicação, racionalidade e experiência estética no contexto do Lebenswelt (mundo da vida), que é essencial para a condição social do ser humano e sua cultura. Enquanto a racionalidade tem sido um dos grandes temas da filosofia desde o início da antiguidade grega – e o termo latim ratio traduz, em conjunto com oratio, o grego λόγος (lógos) –, a atenção dada à comunicação e à experiência estética, como em Alfred Schütz e William James, é mais recente, assim como a racionalidade comunicativa de Jürgen Habermas. O texto tenta desenvolver enfrentamentos e uma discussão entre esses autores e outros como John Dewey, Ernst Cassirer e Vilém Flusser, baseados numa perspectiva pragmatista e fenomenológica do Lebenswelt, que é visto como uma rede produzida pelas trocas simbólicas e comunicativas.


Author(s):  
Emmanuel Ramalho

Há aspectos da teoria sociológica da religião de Peter Berger que são pouco investigados, um desses aspectos é sua raiz fenomenológica. Segundo Berger, sua principal referência nesse âmbito é o sociólogo austríaco Alfred Schütz, fundador da sociologia fenomenológica. E Schutz, por sua vez, se inspirou no método fenomenológico de Edmund Husserl. Assim, o objetivo dessa pesquisa é analisar as raízes fenomenológicas da sociologia da religião de Peter Berger, partindo da investigação do método fenomenológico de Husserl, em seguida, examinando as contribuições deste para a formação da sociologia fenomenológica de Schutz e, por fim, como e em que medida essa produção teórica e metodológica chega a Berger e é utilizada para fundamentar sua sociologia da religião em fase inicial.


2020 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
pp. 170
Author(s):  
Zikri Fachrul Nurhadi

Penelitian ini di latarbelakangi oleh maraknya para remaja yang semakin megandalkan internet, salah satunya adalah media social yang kali ini banyak diakses oleh perempuan generasi millennial yaitu Youtube. Masing-masing channel Youtube beauty vlogger menginformasikan bagaimana tutorial make-up untuk sehari-hari atau untuk acara tertentu dan juga bagaimana cara merawat kulit wajah. Youtube dijadikan sumber informasi karena tampilan Youtube yang berupa audio visual yang memudahkan para individu yang mengaksesnya mudah menirukannya. Tujuan skripsi ini untuk menemukan temuan-temuan baru mengenai  (1) Motif (2) Pengalaman dan (3)Makna Perempuan Generasi Millennial  yang menjadikan Youtube sebagai Media Informasi Kecantikan. Penelitian ini menggunakan teori Fenomenologi menurut Alfred Schutz dan Edmund Husserl. Metode penelitian ini menggunakan pendekatan kualitatif dengan metode deskriptif kualitatif. Teknik pengumpulan data dilakukan melalui wawancara mendalam, observasi partisipan. Peneliti menetapkan  enam objek penelitian untuk dijadikan sumber data dari sejumlah wawancara yang dilakukan secara purposive sampling. Hasil penelitian ini menunjukkan bahwa (a) Motif Untuk perempuan generasi Millenial menggunakan Youtube yaitu untuk mencari tutorial make-up untuk menunjang penampilan, (b) Motif Karena yaitu karena informasi yang didapatkan di Youtube lebih akurat. Hasil dari temuan (c) pengalaman, yaitu para remaja perempuan dapat membuka lapangan pekerjaan nya sendiri dengan menjadi MUA. Selain itu, peneliti mendapatkan hasil temuan (d) Makna yang dimana youtube sangat membantu para perempuan utnuk menemukan make-up dan skincare yang cocok untuk mereka.


2021 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 19
Author(s):  
Humar Sidik ◽  
Ika Putri Sulistyana

<p>Hermeneutika merupakan sebuah metode interpretasi terhadap sebuah simbol baik berupa teks atau lambang lainnya. Dalam perkembangannya sebagai metode hermeneutika banyak dianut oleh berbagai disiplin ilmu demi mengungkapkan makna yang tersirat dalam sebuah simbol atau teks. Salah satu disiplin ilmu yang menggunakan hermeneutika sebagai metodenya adalah sejarah. Sejarah menggunakan hermeneutika pada bagian interpretasi. Tujuan dari penelitian ini untuk menunjukan pentingnya hermeneutika dalam kajian filsafat sejarah. Metode penelitian yang diterapkan adalah kualitatif deskriptif-analisis. Hasil dari penelitian ini menunjukan beberapa hal, diantaranya yaitu, varian atau jenis-jenis dalam hermeneutika mulai dari hermeneutika romantis milik Friedrich Ernst Daniel Schleiermarcher, hermeneutika metodis karya Wilhelm Dilthey, hermeneutika fenomenologis yang dibangun oleh Edmund Husserl, hermeneutika dialektis dengan eksemplar Martin Herdegger, hermeneutika kritisnya Jurgen Habermas, dan hermeneutika milik Paul Ricouer yang sering digunakan dalam teks sastra serta yang terakhir metode hermeneutika dekonstruksionis hasil pemikiran Jacques Derrida. Selain itu dibahas juga alasan hermeneutika menjadi sebuah metode dalam filsafat sejarah dan bagaimana cara memahami filsafat sejarah dengan hermeneutika. Sehingga penelitian ini berfokus pada hermeneutika sebagai metode penafsiran teks dalam filsafat sejarah dan varian yang sering digunakan dalam hermeneutika pada kajian filsafat sejarah. Hal ini dilakukan demi membatasi terlalu luasnya objek kajian dalam penelitian.</p>


2015 ◽  
Vol 7 ◽  
pp. 27-46
Author(s):  
Roberto J. Walton ◽  

2018 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
pp. 165 ◽  
Author(s):  
Isa Anshori

Phenomenology was originally a philosophical movement Edmund Husserl (1859-1838), influential to the sociologist Alfred Schutz (years 1899-1959), then developed by Peter L. Berger and Thomas Luckman, Sarte, Michel Foucault, and Jacques Derrida. Phenomenology is a part of science that has a relationship with philosophy, such as ontology, epistomology, logic and ethics. Phenomenology is not idealism, formalism, realism, positivism, but existentialism closer. Phenomenology examines human existence. Phenomenology tries to reveal subjective meanings. Researchers try to remember, understand seriously, and want to go to something beautiful and good, that's intentionality. As a science and method, phenomenology seeks meaning, positions the individual as the giver of meaning, which then results in action based on experience. Edmund Husserl and Alfred Schutz put individuals as creators, philosophical, while Peter L Berger and Thomas Luckman in "social construction" tended to find a balance between structure (society) and individuals. The phenomenological development of the social world was carried out by Alfred Schutz. The fundamental meaning of forming social is done by Sartre. Foucault looks for the origin of the meaning of social institutions in the form of prisons as a center of solitude. Whereas Jacques Derrida is more focused on examining the phenomenology of language, refining the social meaning of "deconstruction". Since then, classical phenomenology has focused on epistemology, logic, ontology and ethics. Then contemporary phenomenology seeks to dismantle various aspects behind social life, including education.


2018 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 97-136 ◽  
Author(s):  
Jonathan Tuckett

AbstractThe aim of this paper is to deal with a slightly erroneous claim made in previous research that philosophical phenomenology has shown little interest in the topic of “religion”. The majority of this article deals with the branch of the Movement that I have dubbed Sociological Phenomenology which stems out of the work of Alfred Schutz and Max Scheler and has influenced scholars of religion like Peter Berger, Thomas Luckmann and James Spickard. I offer a Husserlian critique of this branch of phenomenology for failing to appreciate the key insights of his later phenomenology’s “ontological turn” where he turned to an analysis on the natural attitude and the life-world. I conclude by showing what a phenomenology or religion consistent with these later insights may look like.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document