scholarly journals Engendering Biopoetics of Testimony: Louise Dupré, Chus Pato, and Erín Moure

2021 ◽  
Vol 32 ◽  
pp. 143-161
Author(s):  
Anne Quéma

The act of bearing witness to the remnants of Auschwitz strains poetry and poetics. To examine manifestations of this disarray, this article first establishes a dialogue between philosophy and poetry by discussing Giorgio Agamben’s conception of testimony and Jacques Derrida’s reflection on the shibboleth. It goes on to consider writings by Louise Dupré, Chus Pato, and Erín Moure, who write as inheritors of necropolitical violence, yet at a remove from the Shoah. Although their writing practices cross paths with Agamben’s and Derrida’s reflections, these poets generate a biopoetics of testimony that exceeds these reflections by engendering a tension between dispossession and regeneration.L’acte de témoigner des vestiges d’Auschwitz met à mal la poésie et la poétique. Pour examiner les manifestations de ce désarroi, cet article établit d’abord un dialogue entre philosophie et poésie en abordant la conception du témoignage de Giorgio Agamben et la réflexion de Jacques Derrida sur le shibboleth. Il se penche ensuite sur les écrits de Louise Dupré, Chus Pato et Erín Moure, qui écrivent en héritiers de la violence nécropolitique, mais à distance de la Shoah. Bien que leurs pratiques d’écriture croisent les réflexions d’Agamben et de Derrida, ces poètes génèrent une biopoétique du témoignage qui dépasse ces réflexions en engendrant une tension entre dépossession et régénération.

2016 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 171-180 ◽  
Author(s):  
Marcele de Freitas Emerim ◽  
Mériti de Souza

Resumo O considerado inimputável é absolvido por não entender o caráter ilícito de seu ato, embora, por medida de segurança, seja internado compulsoriamente em um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP): uma instituição pertencente ao sistema penitenciário. Cria-se assim a ambígua figura dolouco infrator - ora criminoso, ora doente mental - que raramente vimos contemplada em discussões e ações nas áreas da saúde e do direito. Ainda menos acolhido será aquele que atentar contra a vida de seus genitores: o chamado parricida. A partir dos aportes teóricos de Michel Foucault, Giorgio Agamben e Jacques Derrida, este trabalho discute discursos e práticas que se debruçam tanto sobre a questão da loucura, da infração e do parricídio quanto sobre a instituição do HCTP como modalidade de contenção e encaminhamento para os inimputáveis; assim como serão apresentadas discussões a partir das falas de pessoas classificadas como loucas, infratoras, parricidas - internadas em um HCTP.


2018 ◽  
Vol 13 (20) ◽  
Author(s):  
Diego Lock Farina

Publicada originalmente na coleção “La philosophie en effet”, da prestigiada editora Galilée, na França em 2015, com o título Demande. Philosophie, littérature, a coletânea de textos de Jean-Luc Nancy, inédita enquanto tal e organizada por Ginette Michaud, professora da Universidade de Montreal, chega ao Brasil devido à iniciativa em parceria entre a editora da UFSC e a editora Argos, da Unochapecó. Nancy (1940-), professor emérito da Universidade de Estrasburgo, é certamente um dos filósofos mais conceituados no universo acadêmico atual, ao lado de Alain Badiou, Hélène Cixous, Judith Butler, Giorgio Agamben e Jacques Rancière. Seu destaque se dá sobretudo em função das contribuições acerca do político e da democracia, da obra em conjunto com Philippe Lacoue-Labarthe, de seus escritos sobre Jacques Derrida e da preocupação constante em relacionar a arte de maneira geral com o pensamento filosófico. Sua produção, entretanto, é ainda pouquíssimo traduzida no Brasil. Na tarefa de suprir essa falta, Demanda: Literatura e Filosofia (365 p.) reúne textos de 1977 a 2015, disponíveis até então somente em periódicos ou resultantes de conferências e entrevistas, dando mostras da trajetória do autor no que concerne o debate entre o aproveitamento da literatura e do modo singular (a singularidade para Nancy é sempre uma singularidade plural) com que ela convoca a filosofia para um pensamento conjunto, crítico e afectante a respeito da vida, da atividade política e dos sentidos nas suas concepções mais amplas.


Author(s):  
Guillermo Damián Pereyra Tissera

En este artículo, el autor analiza el modo como Jacques Derrida y Giorgio Agamben entienden la relación entre la justicia, el derecho y la violencia y explora las razones de los desacuerdos que mantiene cada enfoque –deconstrucción y biopolítica, respectivamente– en la comprensión de los conceptos antes mencionados. Sin desconocer las diferencias, propone, además, que el desacuerdo entre deconstrucción y  biopolítica no impide encontrar puntos de contacto entre dos autores que abordan el problema de la justicia desde una perspectiva pos-fundamentalista. Finalmente, concluye que deconstrucción y biopolítica están enfrentadas pero no en términos de una oposición pura o tajante.


Author(s):  
Vincent W. Lloyd

This chapter explores the way race and religion are articulated together in the work of leading critical theorists Jacques Derrida and Giorgio Agamben. It probes how these theorists stand on the border between philosophy of religion and theology, and it argues that it is only because of secularist assumptions that this divide between outsider’s philosophy of religion and insider’s theology can be maintained. For Derrida, both religion and race function as loose threads that can be pulled in order to unravel a system of thought. For Agamben, the protagonist of modernity, homo sacer, is both racialized and sanctified. Yet Derrida and Agamben’s accounts are skewed by a Eurocentrism and a failure to take religious ideas sufficiently seriously. The black feminist Sylvia Wynter offers an antidote, similarly linking race and religion but doing so in a way that attends to how racialization is produced theologically and goes hand in hand with patriarchy. Wynter’s work implies that philosophy of religion that refuses secularism is always black theology and that black theology must engage seriously with questions in philosophy of religion.


2003 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 186-217
Author(s):  
Julie Klein

AbstractThis article studies a series of provocative references to Spinoza by Jacques Derrida and Giorgio Agamben. For both contemporary philosophers, the context is discussions of eating, a subject matter that turns out to involve such central issues as subjectivity, nature, ethics, and teleology. Each situates Spinoza in a counter-history of philosophy and suggests that Spinoza constitutes an important resource for contemporary reflections. Through an analysis of the three philosophers' texts about eating, nutrition, and being metabolized, I argue that Spinoza's nonteleological, nonhumanistic conception of nature remains a radical possibility, even in the face of contemporary attempts to think outside the canonical discourses of transcendental subjectivity, technological reason, and teleological ethics. Spinoza's position is, in the end, more uncompromising than that of Derrida or Agamben.


2018 ◽  
Vol 34 (67) ◽  
pp. 121-137 ◽  
Author(s):  
Marcelo de Andrade Pereira ◽  
Gilberto Icle

RESUMO A presente investigação, de teor ensaístico, discorre sobre as reverberações discursivas (de maior expressão filosófica) da figura-conceito khôra, apontando para as injunções pedagógico-performativas e suas variáveis ético-políticas. O texto indaga, pautado pelas elaborações de Platão, Jacques Derrida e Giorgio Agamben, sobre a noção de lugar (e não-lugar) condensada em khôra, tendo em vista aflutuação da posição de/do sujeito - dos lugares que ocupa, engendra e com os quais (se)identifica - na constituição de um comum - espaço em que o próprio e o impróprio poderiam coabitar. Na contramão de uma interpretação que concebe a pedagogia performativa ora como poética e ora como instauradora de um entrelugar, este texto sinaliza para a condição de im-potênciae in-determinação intrínsecas da mesma, demonstrando seu caráter des-criativo, aberto e contingencial.


2019 ◽  
pp. 53-70
Author(s):  
Sérgio Luiz Bellei

A ascensão da Teoria na segunda metade do século XX foi percebida, por parte significativa da academia, como uma ameaça aos valores tradicionais da literatura e dos estudos literários. Produzida no ambiente pouco arejado e degradado da universidade moderna, a Teoria teria supostamente aberto caminho para discursos pouco racionais e voltados para o enfraquecimento do senso comum, da inteligibilidade textual e da objetividade. Foi, em parte, responsável não apenas pelo declínio da cultura e da literatura, mas, até mesmo, pela derrocada da moral, dos costumes e do humanismo. O presente ensaio trabalha a possibilidade de pensar a Teoria para além de uma perspectiva meramente negativa e em direção a uma proposta alternativa de valorização da literatura em textos exemplares de Jacques Derrida, Giorgio Agamben e dos escritores do Não.


2016 ◽  
Vol 1 (20) ◽  
pp. 25
Author(s):  
Rafael Alonso

http://dx.doi.org/10.5007/2176-8552.2016n20p25Levando em conta o que aqui se chama “crise da religiosidade”, este ensaio se propõe a discutir, em contraposição crítica que a leitura do texto tende a tornar evidente, as respostas a essa crise oferecidas por Georges Bataille (“experiência interior”, “experiência do sagrado”) e Giorgio Agamben (“altíssima pobreza”). O que motiva a contraposição é o juízo de Agamben a respeito de Bataille, antes já enunciado por Sartre: o de que Bataille é um místico.  Para colocar em prática essa operação, este ensaio recorre às contribuições de Jean-Luc Nancy (existência “insacrificável”), Jacques Derrida (o discurso político como fábula e a crítica feroz a Agamben em “A besta e o soberano”) e Vilém Flusser, base teórica que atravessa todo ensaio e que, com o conceito de “instrumento”, mas também a partir de outras elaborações teóricas, permite questionar a ideia de um mundo a ser “profanado”.  


Author(s):  
Naomi Waltham-Smith

This essay explores the complex, yet intimate relation between music and philosophy, arguing that this opposition has always already gone into deconstruction. If the tradition of Western philosophy from Plato to contemporary Continental thought has founded itself through the exclusion of music as its other, this essay explores how philosophy might let music be in its singularity without appropriating it and reducing it to the order of the concept. It focuses in particular on the approaches to music and listening found in the thought of Jacques Derrida, Jean-Luc Nancy, and Giorgio Agamben, locating music at the thresholds between sound and sense and between sensation and signification.


2019 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 44-64
Author(s):  
Sandro Ornellas

O artigo apresenta o livro O fogo e o relato. Ensaios sobre criação, escrita, arte e livros (2018), do filósofo italiano Giorgio Agamben, discutindo alguns dos limiares poéticos do seu pensamento político. Parte-se de alguns dos debates subentendidos de Agamben com Jacques Derrida sobre linguagem e literatura, passa-se pelo ato poético como ato de resistência, define-se a potência inoperante presente em gestos de interrupção discursiva e chega-se à discussão sobre vida e obra em contexto biopolítico. Seguindo a ordem dos capítulos, mas sem pretender esgotá-los, o pressuposto do artigo é de que o italiano, que tem a poesia e a literatura geralmente vinculada a uma espécie de “primeira fase” de sua obra, também na série biopolítica nomeada Homo Sacer lançou mão da poesia e da literatura como forte estratégia de resistência e abertura de limiares ante a lógica que se desenha do poder soberano. Se, por um lado, o livro pode ser lido como formando um círculo hermenêutico, os capítulos, por outro lado, permitem ao leitor perceber as principais linhas em que filosofia, literatura, poesia e política se entrecruzam para o pensador italiano. Por isso, também, recorreu-se à relação direta de alguns argumentos expostos em O fogo e o relato tanto com noções e argumentos presentes em outros livros de Agamben, quanto pontualmente com outros interlocutores.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document