scholarly journals Rompendo o silêncio do sufoco: A escrita de Anita Realce, Esmeralda Ribeiro e Miriam Alves nos Cadernos Negros (Vol.8).

Zona Franca ◽  
2019 ◽  
pp. 61
Author(s):  
Maria Clara Martins Cavalcanti

En un contexto impregnado por diversas opresiones de raza y género, la escritura de mujeres negras en Brasil se ha configurado históricamente como un potente espacio para el ejercicio de la creatividad y la reelaboración de su propia existencia, donde el acto de escribir se convierte en un acto político de coraje y la ficción, una especie de refugio. Las escritoras negras Esmeralda Ribeiro y Miriam Alves, en sus historias publicadas en la colección Cadernos Negros Vol.8 (1985), abordan cuestiones de raza y género, denunciando las relaciones de poder, los estereotipos misóginos y racistas y, principalmente, construyen discursos sobre mujeres negras, en una escritura sobre sí y para sí. De esta manera, este trabajo busca comprender, apoyado por los pensamientos de intelectuales como Patricia Hill Collins, Bell Hooks, Conceição Evaristo, Gloria Anzaldua y Sueli Carneiro, las interrelaciones y las complejidades de los temas relacionados con el género y la raza que abarcan la literatura de Esmeralda y Miriam. También espero comprender las formas en que se construyen narrativas de “contraconducta” que se configuran como formas de resistencia a los mecanismos de poder y dominación como los generados por el racismo y el patriarcado.

2016 ◽  
Vol 4 (8) ◽  
Author(s):  
Tania Pérez Bustos

<p class="p1">S<span class="s1">oy una femini</span><span class="s2">s</span><span class="s1">ta </span>autodidacta en estudios de ciencia y tecnología. Si bien en mi formación de pregrado y posgrado tuve grandes maestras feministas que aún inspiran mis búsquedas personales y profesionales, sólo devine feminista cuando me topé con la teoría feminista y sus cuestionamientos al conocimiento científico.</p><p class="p1">A diferencia de muchas de mis colegas, nunca me hice parte activa del movimiento; no marché ni fui proselitista. Llegué a saberme feminista cuando logré comprobar que mis preguntas personales sobre mis trayectos profesionales tenían resonancia con las reflexiones que autoras anglosajonas blancas, mestizas y negras, como Sandra Harding (1991; 1993) Donna Haraway (1988; 1996; 2004), Gloria Anzaldúa (1987a; 1987b) Chela Sandoval (1991; 1995) y bell hooks (1984; 1994) venían haciendo desde entrados los años ochenta sobre la objetividad, la transgresión, los puntos medios y ciborg, los lugares desde los que producimos conocimiento y las formas en que éste circula.</p>


2019 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 63-88
Author(s):  
Elsa Dorlin

Este texto, que serviu de introdução a uma coletânea de textos fundadores do feminismo negro estadunidense, faz um percurso historiográfico das diversas etapas desse movimento, as chamadas “ondas”, desde a primeira delas, surgida na década de 1850 e promovida pelos movimentos de abolição da escravatura nos Estados Unidos, passando pela segunda, representada pelas grandes correntes ativistas e teóricas da década de 1970, até a atual “terceira onda”, em que se faz um questionamento crítico da heteronormatividade ainda muito presente nas primeiras fases do feminismo que foram, essencialmente, feminismos brancos. A autora faz uma detalhada análise crítica da terminologia que, desde sempre, tem sido empregada para qualificar ou, antes, desqualificar a mulher negra na sociedade estadunidense, com a criação de pesados estereótipos a respeito da sexualidade supostamente exacerbada, não só do homem negro, mas principalmente da mulher negra. Elsa Dorlin passa em revista as importantes contribuições do coletivo Combahee e de autoras como Laura Alexandra Harris, Beverly Guy-Shefall, Patricia Hill Collins, Kimberly Springer, Michele Wallace, Barbara Smith, Audre Lorde, Hazel Carby, Angela Davis e bell hooks.


2021 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 1132-1143
Author(s):  
Natália Kleinsorgen Bernardo Borges ◽  
Thais Domingos dos Santos Rodrigues

Este trabalho tem por objetivo relatar as observações, atividades, incômodos, inquietações e sugestões que surgiram ao longo das oficinas sobre gênero e a realidade da mulher na sociedade brasileira, realizadas em colégios públicos de Niterói, Magé e Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro, durante o mês de março de 2018. Além da introdução, no qual é reportado o caminho percorrido até as oficinas, durante a construção da Greve Internacional de Mulheres no 8 de Março de 2018, dividimos o artigo em dois momentos: o primeiro no qual apresentamos as oficinas criadas por nós, pontuando o objetivo de cada uma, o material necessário e a metodologia que utilizamos nas escolas. Todas as oficinas pedagógicas são de caráter experimental e continuam em análise e aperfeiçoamento. O segundo em que relatamos nossas experiências nas diversas salas de aulas que tivemos, contando algumas situações que vivemos junto aos mais de 400 jovens que entramos em contato ao longo mês. Por fim, conclui-se que, apesar das dificuldades criadas com fim de proibir o debate sobre gênero nas escolas, é possível, através da ação de alguns professores, subverter as políticas institucionais e construir uma educação engajada. Por Marielle Franco, por Dandara, por Angela Davis, por Audre Lorde, por bell hooks, e por Andrea Dworjin e por Gloria Anzaldúa: não vão nos calar!


2021 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 153-173
Author(s):  
Bruna Moraes Battistelli ◽  
Luciana Rodrigues

Como escreve Scholastique Mukasonga em seu livro “A mulher de pés descalços”, precisamos ensinar aos nossos dedos dos pés um caminhar que não os machuque pelo percurso. Inspiradas por essa proposição, esse trabalho busca tecer diálogos com os ensinamentos de intelectuais como bell hooks, Audre Lorde, Gloria Anzaldúa e Lélia Gonzalez para pensarmos uma sala de aula e uma docência pautadas em uma ética feminista e antirracista. Assim, situadas desde o continente amefricano, objetivamos, a partir de nossas experiências e de uma inspiração cartográfica, discutir as relações entre o ser professora-pesquisadora-feminista na aposta de uma universidade que acolha, cuide e nos possibilite contar mais histórias. Para isso, lançamos mão de nossas próprias histórias que narram sobre como construímos uma voz para nós mesmas, como experienciamos a universidade e por quais caminhos chegamos no exercício da docência e da pesquisa em uma perspectiva feminista e antirracista. Por fim, como possibilidade de intervenção para docência que se assente sobre uma política do cuidado, narramos uma experiência em sala de aula, que acontece há pelo menos um ano, onde as/os alunas/os são convidadas/os a escrever cartas em uma disciplina. Nossa aposta é para que possamos seguir construindo o espaço da sala de aula também como espaço de cura, onde nossos corpos estejam em prol de políticas para o encantamento da vida.


2021 ◽  
Vol 31 (1) ◽  
Author(s):  
Maysa Morais da Silva Vieira ◽  
Luciana Eleonora Calado de Freitas Deplagne

A partir de um olhar para as personagens femininas dos romances Presqu’une Vie e Pour une poignée de gombos, das escritoras Carmen Toudonou e Sophie Adonon , respectivamente, este artigo busca analisar como estas mulheres vivenciam a maternidade a partir do lugar no qual estão inseridas, o Benim, país localizado na África Ocidental, que sofreu um grande processo de colonização francesa que provocou profundas mudanças nos seus aspectos socioculturais e políticos. Em Presqu’une Vie e Pour une poignée de gombos, tanto a narradora-personagem quanto a narradora observadora que tecem as histórias, retratam diversos aspectos que envolvem o universo feminino, desde seus papéis na sociedade beninense enquanto mulher e esposa, como também as suas ligações com o sagrado e a ancestralidade, que conduzem os leitores a entendimentos sobre seus processos de reformulações identitárias e resgate de poder que as auxiliam na superação das diversas formas de opressão que as cercam. Nosso olhar será voltado para as experiências destas personagens femininas com a maternidade, compreendendo as diferentes relações que elas estabelecem com o seu corpo materno e as reverberações advindas com o ato da maternagem. Como aportes teóricos, este artigo seguirá à luz de epistemologias pensadas por mulheres que buscam uma ressignificação da maternidade dentro dos estudos feministas ocidentais, a exemplo do conceito de Feminismo Matricêntrico, de Andrea O'Reilly. Bem como conceitos de maternidade pensados por mulheres africanas e afro-diaspóricas, que, resgatando os valores africanos sobre o ser mãe, nos possibilitam enxergar as dinâmicas vivenciadas pelas mulheres em diferentes sociedades africanas e da diáspora negra. Destacamos os conceitos de other-mothering e mothering of the mind, cunhados pela estadunidense Patrícia Hill-Collins, e o Motherism, pensado pela nigeriana Catherine Acholonu. Ainda serão relevantes para nossas análises as contribuições teóricas de  Frantz Fanon; Bell Hooks; Sylvia Tamale; Nkiru Nzegwu; Oyeronke Oyewumi; Carla Akotirene.


Revista TEIAS ◽  
2020 ◽  
Vol 21 (62) ◽  
pp. 38-49
Author(s):  
Marisangela Lins de Almeida

Como apontou Sueli Carneiro (2018), a violência perpetrada pela naturalização do racismo na sociedade, especificamente brasileira, estabeleceu estereótipos, espaços e não-espaços para nós, mulheres negras, afastando-nos do campo intelectual. Partindo dessa constatação, neste texto, elaboro uma reflexão sobre os modos estruturais que sexismo e racismo atuam na invisibilidade da intelectualidade de mulheres negras. A partir das vozes feministas negras insurgentes de intelectuais brasileiras e norte americanas, como Sueli Carneiro, bell hooks, Lélia Gonzalez e Patrícia Hill Collins problematizo a construção histórica de espaços naturalizados como de ausência (campo intelectual) e de presença (mulata, doméstica e ‘mãe preta’) e o penoso processo de transgressão destes.


2018 ◽  
Vol 7 (1) ◽  
pp. 181
Author(s):  
Cleonice Elias da Silva

Este artigo apresenta algumas questões referentes à segunda onda dos feminismos no Brasil. No primeiro momento, será abordado o “feminismo branco”. Em outro, a trajetória intelectual e de militância de Lélia Gonzalez, figura importante do “feminismo negro” no Brasil. As reflexões desta são complementadas por algumas premissas desenvolvidas por feministas negras norte-americanas tais como: Patricia Hill Collins, Angela Davis e bell hooks. Em suma, tento demostrar que o feminismo branco e o feminismo negro possuem especificidades que acabam por distanciá-los. 


Hypatia ◽  
2012 ◽  
Vol 27 (4) ◽  
pp. 828-846
Author(s):  
Valentine Moulard‐Leonard

Here, I offer a candid response to bell hooks's call for a testimony to the “movement beyond a mere ‘us and them’ discussion” that purportedly informs contemporary radical and feminist thought on difference. In alignment with a tradition that includes bell hooks, Audre Lorde, Gloria Anzaldúa, and Aurora Levins Morales, I offer a personal testimony to the ways in which I—a middle‐class, French, immigrant, continental‐philosophy‐bred incest survivor—envision both that movement and its limits. To establish these alliances means forming necessary (if only momentary and unlikely) communities. I call on the philosophy of Deleuze and Guattari to propose an account of the production of such communities that does not depend only on shared lived experience, but also on shared marginal spatiality (rhizomes), temporality (trauma), and “medicinal history” (nomadology). I suggest that on the one hand, Deleuze's philosophy of immanence may indeed find apt expression in the politics of integrity that hooks, Lorde, and Morales call for. On the other hand, a genuine politics of integrity may benefit from drawing on the philosophy of immanence, which alone offers alternatives to the traditional, oppositional models of difference informed by transcendence. Finally, I propose the concept of “immanent forgiveness” to capture the movement at issue.


2021 ◽  
Vol 14 (16) ◽  
pp. 1-26
Author(s):  
Rafael Baioni do Nascimento

Resumo: Partindo do pensamento de autores da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Walter Benjamin, e de autoras do feminismo negro, em especial bell hooks e Patricia Hill Collins, este texto defende a escrita ensaística e narrativa como uma alternativa às formas enrijecidas de produção científica. Tanto o ensaio quanto a narrativa, por serem profundamente baseados na experiência, melhor refletem o objeto e suas transformações históricas, assim como as transformações subjetivas correspondentes. O enrijecimento da ciência manifesto no uso de fórmulas prontas de escrita dissertativa e na reprodução de metodologias consagradas pode ser identificado com o colonialismo (capitalista, racista, patriarcal). O pensamento desenvolvido pela Teoria Crítica e pelas autoras do feminismo negro podem atuar como diferentes caminhos de resistência a serem imitados e recombinados criativamente.


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