scholarly journals Paulo Freire e o pós-colonialismo

2021 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
pp. 41
Author(s):  
Rosângela Tenório de Carvalho

O discurso pós-colonial é perene na obra de Paulo Freire. Nos cem anos do seu nascimento, optamos por trazer a imagem de um teórico pós-colonial. Mapeamos fragmentos dos seus escritos para dar visibilidade ao seu discurso pós-colonial próximo ao discurso de Frantz Fanon e Albert Memmi, todavia com a singularidade e originalidade do seu projeto ao produzir uma pedagogia que suscita contrapontos à epistemologia colonial que se mantêm nas práticas sociais de subalternização de grupos humanos para muito além do período colonial. A partir disso, procuramos enfatizar a contemporaneidade do seu pensamento de recusa às ações colonialistas em todos os domínios da vida.

2020 ◽  
Author(s):  
Inés Fernández Moujan

En este artículo analizo la dimensión de “lo político” en la pedagogía freireana. Para ello focalizo en los aportes teóricos de tres intelectuales anticoloniales: Frantz Fanon, Albert Memmi y Amílcar Cabral. Las narrativas políticas de estos tres pensadores influyeron de manera preponderante en la escritura de Paulo Freire. Sitúo mi análisis en el período del exilio de Paulo Freire (1964-1982), momento en el cual tiene una producción intelectual prolífica, al mismo tiempo que participa activamente en los debates y revoluciones de los pueblos latinoamericanos, caribeños y africanos. Me interesa destacar en este escrito las influencias políticas de los pensamientos de estos intelectuales en la teoría freireana. Respecto a Fanon, me centro en el aspecto político epistémico y racial, es decir las categorías que le provee a Freire referidas a la “conciencia dual”, “lo racial” y la “descolonización”; en relación a Memmi, presento el problema de la “deshumanización” del colonizadx; en cuanto a Amílcar Cabral, refiero a su posición anticolonial y a su idea de “descolonización de las mentes” y “resistencia cultural”. Estas categorías le permitieron a Freire reformular sus presupuestos iniciales sobre la liberación y proponer una pedagogía “con” los oprimidos.


2015 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 83-96 ◽  
Author(s):  
Vanessa Massoni Da Rocha

Abstract This text is dedicated to studying the fictionalization of traumas of (post)colonialism in the novel Pluie et vent sur Télumée Miracle by the Guadeloupean writer Simone Schwarz-Bart. Published in 1972, the book is built on the premise of novel writing as a therapeutic expression of trauma to be overcome. This implies bringing out the pain of slavery and of a miserable life in the sugar cane plantations through the resistance saga of four generations of valiant women. From a bottom-up perspective of history (Jim Sharpe) and the possibility of the subaltern’s testimony (Gayatri Spivak), emphasis is placed on the oppressed colonized (Frantz Fanon) as main characters, who break the silence for a long time imposed by their masters (Albert Memmi) in order to tell their story.


2021 ◽  
Vol 25 ◽  
Author(s):  
Flávia Maria Cavallo Pfeil ◽  
Maria Helena Rodrigues Navas Zamora

RESUMO O presente artigo tem como proposta refletir sobre alguns efeitos das persistências colonialistas na educação. Colocando em questão a hegemonia cultural imposta pelo eurocentrismo, intrinsecamente racista e reproduzida nas instituições educacionais, foram analisadas algumas de suas implicações no processo de ensino/aprendizagem e sociabilidade de estudantes da educação básica da rede pública de ensino no Brasil. Para tanto, traçamos algumas das linhas de força que constituem e sustentam a lógica educacional vigente, a partir da interlocução com Gregório Baremblitt, René Lourau e Michel Foucault, assim como estudiosos dos impactos de processos violentos de colonização, como Frantz Fanon, Anibal Quijano, Catherine Walsh, Vera Candau e Paulo Freire e, ainda, autores que tratam de historiografar a educação pública no Brasil, como Gaudêncio Frigotto. Esta análise deflagra a colonialidade que constitui nossa educação escolar, contribuindo para a superação de abordagens psicológicas individualizantes no ambiente escolar.


2002 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 53-66 ◽  
Author(s):  
John O'NEILL
Keyword(s):  

Résumé À partir des œuvres de Frantz Fanon et de Paulo Freiré, on analyse la libération du langage comme un des processus essentiels et souvent méconnus des mouvements de décolonisation. L'expérience vécue et la création d'une culture nationale libérée, autant que la violence révolutionnaire, contribuent à la transformation en profondeur des structures et des mentalités. L'ignorance étant un instrument de domination, il n'existe aucune garantie certaine que le libérateur libère effectivement, si elle n'est pas surmontée.


Revista X ◽  
2020 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
pp. 243
Author(s):  
Sonia Maria Gomes Sampaio ◽  
Mara Genecy Centeno Nogueira

O presente artigo tem por objetivo investigar e/ou interrogar, à luz das teorias do Pós-colonialismo, o protagonista negro das histórias em quadrinhos (HQs) da Marvel, dos anos de 1970 ou mais precisamente, Luke Cage – o herói de aluguel ou o herói às avessas. Partindo-se do pressuposto que os personagens negros da história em quadrinho eram quase sempre colonizados, estereotipados e/ou apresentados na condição de coadjuvante e subalternos, pretendeu-se por meio da análise do herói de aluguel, em sua trajetória, identificar os traços que o distingue dos demais personagens negros como resistência e luta pelo enaltecimento da cultura negra. Para desenvolver tal investigação a pesquisa dialogou com Frantz Fanon (2008; 1968), Albert Memmi (1977), Kabengele Munanga (1988), Gayatri Spivak (2010) Chimamanda Adichie (2009).


2012 ◽  
pp. 123-135
Author(s):  
Cleiton Ricardo das Neves ◽  
Amélia Cardoso de Almeida

O presente artigo contempla a construção e desconstrução da identidade do “Outro” colonizado vislumbrada por intelectuais como Homí.K.Bhabha, Frantz Fanon, Albert Memmi, V.S Naipaul, Spivak, Edward Said, dentre outros, através da ótica dos estudos Pós-coloniais. Para Bhabha, a representação da diferença não deve ser vista como reflexos de traços culturais ou éticos inscritos por meio de discursos e estratégias que tentam fixar por meio de binarismos excludentes a identidade do Outro. A mímica constituiu-se em uma estratégia ambivalente apropriada pelo colonialismo com o intuito de legitimar o discurso de superioridade do colonizador sobre o colonizado.


2007 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 137-164 ◽  
Author(s):  
Jane Dunnett

Abstract Decolonising Québec : Discursive Strategies in Michel Tremblay 's Mistero buffo — During the 1960s and 1970s the concept of decolonisation was taken up by many Québécois intellectuals in their bid to promote the nationalist cause. Drawing on the theories of Albert Memmi and Frantz Fanon, such writers denounced what they regarded as the political, economic and cultural dependence of Québec. This article examines the way in which the topos of colonisation that permeated the social discourse of the period affected the translation and reception of Michel Tremblay's joual version of Mistero buffo. It seeks to demonstrate that Dario Fo's play has been transformed into a vehicle for challenging the perceived cultural imperialism of France and for asserting the importance of secularisation in the movement to "décolonise" Québec.


2020 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 59-83
Author(s):  
Mohamed Turki

Résumé Frantz Fanon s’est concentré principalement sur la violence comme moyen de résistance et de libération anticoloniale, mais aussi sur l’humanisme et les possibilités de sa réalisation. Il s’agit pour lui de dépasser la conception manichéenne de l’Europe, mais aussi de la Négritude à propos de l’homme et d’inventer comme il dit « l’homme total ». Le silence a régné assez longtemps sur la réception des œuvres de Fanon après sa mort, à l’exception de sa réhabilitation vingt ans après aux Antilles lors d’une commémoration. Depuis sa disparition, on est passé de la simple critique du colonialisme à partir du champ économique et politique vers le champ culturel plus complexe et l’essai d’une compréhension plus approfondie de notions telles que celles de « nation », « identité », « imaginaire » ou « hybridité ». De plus, à cette évolution a participé aussi bien le discours foucaldien à propos des pouvoirs que les études abordées par Gilles Deleuze et Jacques Derrida sur la connaissance et le sujet. Ces thèmes ont influencé énormément les auteurs américains des Études postcoloniales dans leurs approches critiques du fait colonial et des phénomènes socioculturels qui en résultent. Ce fut surtout le cas pour Edward Said ainsi que pour d’autres penseurs tels Achille Mbembe, Gayatri Chakravorty Spivak, Homi K. Bhabha et bien d’autres. Mais ce sont avant tout Aimé Césaire, Frantz Fanon et Albert Memmi qui furent les théoriciens pionniers de ce mouvement. Ils ont en effet vécu la situation coloniale de manière directe et l’ont problématisée conceptuellement de sorte qu’ils ont dévoilé les différents aspects d’oppression et d’exclusion du colonialisme et donné ainsi une voix aux colonisés, subalternes et marginalisés. Cet article va tenter tout d’abord de rappeler la part critique de Frantz Fanon à l’égard de l’humanisme classique européen, mais aussi à celui de la Négritude. Par la suite il essaie de présenter sa conception d’un humanisme radical qui prend en considération l’homme, dire même l’humanité dans toute sa totalité, et à la fin il aborde les répercussions de la pensée fanonienne sur l’évolution politique actuelle ainsi que sur les Études postcoloniales.


Author(s):  
Jonathan Judaken

Race is central to the development of existentialism and its key axioms and understanding this broadens the existential map beyond Europe and its philosophical traditions. Norman Mailer, James Baldwin, Jean-Paul Sartre, Frantz Fanon, and Albert Memmi developed their existentialist critiques of race via a set of exchanges among themselves. Their body of work explains how a Jew like Mailer or Memmi comes to think of himself as a “white Negro” or an “African Arab.” It also enables us to consider whether race is an idea or a set of institutional and structural arrangements and what the ramifications of this debate are for how existentialists understand racism.


2020 ◽  
Vol 1 (80) ◽  
Author(s):  
Lia Pinheiro-Barbosa

El presente artículo de revisión tiene por objetivo plantear elementos teóricos y metodológicos para pensar el campo problemático que articula la relación entre procesos históricos de resistencia, educación y conocimiento en la conformación de pedagogías sentipensantes y revolucionarias en la praxis educativo política de los movimientos indígenas y campesinos de América Latina. En esa dirección, al afirmar la existencia de un carácter revolucionario y sentipensante en la praxis pedagógica de los movimientos, recupero el debate teórico-político de la teoría crítica, en Frantz Fanon, Orlando Fals-Borda y Silvia Rivera Cusicanqui, y del pensamiento pedagógico latinoamericano, en Paulo Freire y Carlos Mariátegui, en el sentido de identificar al sujeto revolucionario de Latinoamérica en los diferentes periodos históricos de tensionamiento en la disputa hegemónica. En esos procesos de disputa de hegemonía, la región latinoamericana demarca especificidades históricas que entretejen las concepciones de lo educativo y de lo pedagógico, en el sentido de situar qué es lo que constituye un proyecto de educación en la perspectiva de los movimientos indígenas y campesinos de la región, quiénes son los sujetos de la educación, a qué discursos educativos y a cuáles intencionalidades socioculturales y políticas responden. Asimismo, el artículo plantea algunos ejes metodológicos para interpretar los elementos que estructuran la concepción de lo educativo y de lo pedagógico en los proyectos educativo-políticos de los movimientos indígenas y campesinos, acompañados de ejemplos concretos de las experiencias educativas en curso: la dimensión epistémica (el ethos, proyecto ético-político y valores), lo procedimental (estrategias, saberes y sujetos) y lo pedagógico.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document