scholarly journals OH! E AGORA? QUEM PODERÁ NOS DEFENDER? LUKE CAGE, O HERÓI DE ALUGUEL

Revista X ◽  
2020 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
pp. 243
Author(s):  
Sonia Maria Gomes Sampaio ◽  
Mara Genecy Centeno Nogueira

O presente artigo tem por objetivo investigar e/ou interrogar, à luz das teorias do Pós-colonialismo, o protagonista negro das histórias em quadrinhos (HQs) da Marvel, dos anos de 1970 ou mais precisamente, Luke Cage – o herói de aluguel ou o herói às avessas. Partindo-se do pressuposto que os personagens negros da história em quadrinho eram quase sempre colonizados, estereotipados e/ou apresentados na condição de coadjuvante e subalternos, pretendeu-se por meio da análise do herói de aluguel, em sua trajetória, identificar os traços que o distingue dos demais personagens negros como resistência e luta pelo enaltecimento da cultura negra. Para desenvolver tal investigação a pesquisa dialogou com Frantz Fanon (2008; 1968), Albert Memmi (1977), Kabengele Munanga (1988), Gayatri Spivak (2010) Chimamanda Adichie (2009).

2015 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 83-96 ◽  
Author(s):  
Vanessa Massoni Da Rocha

Abstract This text is dedicated to studying the fictionalization of traumas of (post)colonialism in the novel Pluie et vent sur Télumée Miracle by the Guadeloupean writer Simone Schwarz-Bart. Published in 1972, the book is built on the premise of novel writing as a therapeutic expression of trauma to be overcome. This implies bringing out the pain of slavery and of a miserable life in the sugar cane plantations through the resistance saga of four generations of valiant women. From a bottom-up perspective of history (Jim Sharpe) and the possibility of the subaltern’s testimony (Gayatri Spivak), emphasis is placed on the oppressed colonized (Frantz Fanon) as main characters, who break the silence for a long time imposed by their masters (Albert Memmi) in order to tell their story.


Author(s):  
Liz Harvey-Kattou

This chapter delves into the psyche of Costa Rica’s identity, providing a historical and sociological analysis of the creation of the dominant – tico – identity from 1870 to the present day, framing these around theories of colonial discourse. Considering work by postcolonial scholars such as Benedict Anderson, Frantz Fanon, Homi Bhabha, Gayatri Spivak, and Judith Butler, it explores how the discourse of centre and ‘Other’ has been created within the nation. It then provides a historical account of ‘Otherness’ within the nation, detailing the existence and rights won by Afro-Costa Rican, feminist, and LGBTQ+ groups, detailing a framework of hybrid subalternity which will be used to consider the challenges put forward to dominant national identity in chapters two and three.


2020 ◽  
Vol 8 (15) ◽  
pp. 16-32
Author(s):  
Ana Cristina Da Costa Gomes ◽  
Luciana Ribeiro De Oliveira

Motivado pela notícia do jornal Estadão de janeiro de 2018, este trabalho tem por objetivo pensar quais seriam as situações apresentadas no percurso escolar da mulher negra que levam a mesma a trazer para suas vivências pessoais e coletivas as experiências de fracasso no âmbito escolar como reflexo do racismo institucional, acentuando as desigualdades sociais em que se encontra a mulher negra. Tomamos como base para essa discussão os valores civilizatórios afro-brasileiros e seu papel enquanto delineadores de uma forma de estar no mundo considerando a relevância do processo histórico de branqueamento. Esses pontos serão pensados sob a ótica de Frantz Fanon, Gayatri Spivak, Maria Lugones e Azoilda Loretto da Trindade.


2012 ◽  
pp. 123-135
Author(s):  
Cleiton Ricardo das Neves ◽  
Amélia Cardoso de Almeida

O presente artigo contempla a construção e desconstrução da identidade do “Outro” colonizado vislumbrada por intelectuais como Homí.K.Bhabha, Frantz Fanon, Albert Memmi, V.S Naipaul, Spivak, Edward Said, dentre outros, através da ótica dos estudos Pós-coloniais. Para Bhabha, a representação da diferença não deve ser vista como reflexos de traços culturais ou éticos inscritos por meio de discursos e estratégias que tentam fixar por meio de binarismos excludentes a identidade do Outro. A mímica constituiu-se em uma estratégia ambivalente apropriada pelo colonialismo com o intuito de legitimar o discurso de superioridade do colonizador sobre o colonizado.


2021 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 194
Author(s):  
Gabriel Chagas

Resumo: O presente artigo tem como objetivo criar uma leitura comparativa entre os romances Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e A hora da estrela, de Clarice Lispector. Para tanto, a tentativa de elaborar uma linguagem própria será o tema convergente entre as narrativas, a partir das experiências ficcionais de suas protagonistas. Como aparato teórico, a investigação parte de uma pesquisa bibliográfica que percorre a tradição pós-colonial, aqui indicada pelos escritos do filósofo Achille Mbembe, da teórica Gayatri Spivak e do psiquiatra Frantz Fanon. A abordagem requisita também a noção de enquadramento proposta pela filósofa norte-americana Judith Butler, cujas premissas permitem uma melhor discussão em torno do aspecto não-hegemônico dos corpos, chave de leitura fundamental para as personagens estudadas neste trabalho. Sendo assim, tendo como base o método comparativo de análise, o artigo demonstra em que medida a precariedade da linguagem pode ser utilizada como ferramenta na leitura desses dois romances. Com isso, propõe um caminho interpretativo para as duas obras sob uma perspectiva contemporânea, arraigada nos marcadores sociais da diferença e na formação de sociedades coloniais. Palavras-chave: Lima Barreto; Clarice Lispector; literatura brasileira, literatura comparada, teoria pós-colonial.Abstract: This article aims to create a comparative reading between the novels Clara dos Anjos, by Lima Barreto, and A hora da estrela, by Clarice Lispector. Therefore, the attempt to develop an own language will be the converging theme between the narratives, based on the fictional experiences of the protagonists. As a theoretical approach, the investigation starts from a bibliographic research that runs through the post-colonial tradition, here indicated by the writings of the philosopher Achille Mbembe, the theorist Gayatri Spivak and the psychiatrist Frantz Fanon. This approach also requires the notion of framing proposed by the American philosopher Judith Butler, whose ideas allow a better discussion around the non-hegemonic aspect of bodies, an essential reading key for the characters studied in this work.Thus, based on the comparative method of analysis, the article demonstrates the extent to which the precariousness of language can be used as a tool in reading these two novels. It proposes an interpretative possibility for the two works from a contemporary perspective, based on the social markers of difference and the formation of colonial societies.Keywords: Lima Barreto; Clarice Lispector; Brazilian literature; comparative literature, postcolonial theory.


2007 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 137-164 ◽  
Author(s):  
Jane Dunnett

Abstract Decolonising Québec : Discursive Strategies in Michel Tremblay 's Mistero buffo — During the 1960s and 1970s the concept of decolonisation was taken up by many Québécois intellectuals in their bid to promote the nationalist cause. Drawing on the theories of Albert Memmi and Frantz Fanon, such writers denounced what they regarded as the political, economic and cultural dependence of Québec. This article examines the way in which the topos of colonisation that permeated the social discourse of the period affected the translation and reception of Michel Tremblay's joual version of Mistero buffo. It seeks to demonstrate that Dario Fo's play has been transformed into a vehicle for challenging the perceived cultural imperialism of France and for asserting the importance of secularisation in the movement to "décolonise" Québec.


2020 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 59-83
Author(s):  
Mohamed Turki

Résumé Frantz Fanon s’est concentré principalement sur la violence comme moyen de résistance et de libération anticoloniale, mais aussi sur l’humanisme et les possibilités de sa réalisation. Il s’agit pour lui de dépasser la conception manichéenne de l’Europe, mais aussi de la Négritude à propos de l’homme et d’inventer comme il dit « l’homme total ». Le silence a régné assez longtemps sur la réception des œuvres de Fanon après sa mort, à l’exception de sa réhabilitation vingt ans après aux Antilles lors d’une commémoration. Depuis sa disparition, on est passé de la simple critique du colonialisme à partir du champ économique et politique vers le champ culturel plus complexe et l’essai d’une compréhension plus approfondie de notions telles que celles de « nation », « identité », « imaginaire » ou « hybridité ». De plus, à cette évolution a participé aussi bien le discours foucaldien à propos des pouvoirs que les études abordées par Gilles Deleuze et Jacques Derrida sur la connaissance et le sujet. Ces thèmes ont influencé énormément les auteurs américains des Études postcoloniales dans leurs approches critiques du fait colonial et des phénomènes socioculturels qui en résultent. Ce fut surtout le cas pour Edward Said ainsi que pour d’autres penseurs tels Achille Mbembe, Gayatri Chakravorty Spivak, Homi K. Bhabha et bien d’autres. Mais ce sont avant tout Aimé Césaire, Frantz Fanon et Albert Memmi qui furent les théoriciens pionniers de ce mouvement. Ils ont en effet vécu la situation coloniale de manière directe et l’ont problématisée conceptuellement de sorte qu’ils ont dévoilé les différents aspects d’oppression et d’exclusion du colonialisme et donné ainsi une voix aux colonisés, subalternes et marginalisés. Cet article va tenter tout d’abord de rappeler la part critique de Frantz Fanon à l’égard de l’humanisme classique européen, mais aussi à celui de la Négritude. Par la suite il essaie de présenter sa conception d’un humanisme radical qui prend en considération l’homme, dire même l’humanité dans toute sa totalité, et à la fin il aborde les répercussions de la pensée fanonienne sur l’évolution politique actuelle ainsi que sur les Études postcoloniales.


Author(s):  
Jonathan Judaken

Race is central to the development of existentialism and its key axioms and understanding this broadens the existential map beyond Europe and its philosophical traditions. Norman Mailer, James Baldwin, Jean-Paul Sartre, Frantz Fanon, and Albert Memmi developed their existentialist critiques of race via a set of exchanges among themselves. Their body of work explains how a Jew like Mailer or Memmi comes to think of himself as a “white Negro” or an “African Arab.” It also enables us to consider whether race is an idea or a set of institutional and structural arrangements and what the ramifications of this debate are for how existentialists understand racism.


2020 ◽  
Author(s):  
Inés Fernández Moujan

En este artículo analizo la dimensión de “lo político” en la pedagogía freireana. Para ello focalizo en los aportes teóricos de tres intelectuales anticoloniales: Frantz Fanon, Albert Memmi y Amílcar Cabral. Las narrativas políticas de estos tres pensadores influyeron de manera preponderante en la escritura de Paulo Freire. Sitúo mi análisis en el período del exilio de Paulo Freire (1964-1982), momento en el cual tiene una producción intelectual prolífica, al mismo tiempo que participa activamente en los debates y revoluciones de los pueblos latinoamericanos, caribeños y africanos. Me interesa destacar en este escrito las influencias políticas de los pensamientos de estos intelectuales en la teoría freireana. Respecto a Fanon, me centro en el aspecto político epistémico y racial, es decir las categorías que le provee a Freire referidas a la “conciencia dual”, “lo racial” y la “descolonización”; en relación a Memmi, presento el problema de la “deshumanización” del colonizadx; en cuanto a Amílcar Cabral, refiero a su posición anticolonial y a su idea de “descolonización de las mentes” y “resistencia cultural”. Estas categorías le permitieron a Freire reformular sus presupuestos iniciales sobre la liberación y proponer una pedagogía “con” los oprimidos.


Letrônica ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. e39285
Author(s):  
Cleide Silva de Oliveira ◽  
Sebastião Alves Teixeira Lopes

Este artigo propõe-se à análise do romance O caso Meursault, de Kamel Daoud enquanto apropriação pós-colonial de O estrangeiro, de Albert Camus. O objetivo é investigar como Daoud reconstrói ficcionalmente a identidade árabe invisibilizada na escrita de O estrangeiro. O caso Meursault ressignifica o cânone literário através da reinvindicação da identidade do árabe assassinado. A voz enquanto instância de humanização é negada ao homem assassinado no texto camusiano, enquanto que, Daoud ocupa-se de uma enunciação pós-colonial para conceder-lhe voz, família, história e nome: Moussa. O aporte teórico baseia-se nas noções apresentadas por Homi Bhabha (2014), Edward W. Said (2011), Frantz Fanon (2008), Gayatri Spivak (2010), Daniela Burksdorf (2015) e Ankhi Mukherjee (2014). Conclui-se que a apropriação pós-colonial de Daoud revela uma ruptura com a invisibilidade da personagem árabe de Camus, ao mesmo tempo em que revisita o passado recente de dominação e exploração colonial francesa na Argélia.


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