scholarly journals pluralidad necesaria: Butler, Anzaldúa y el pensamiento postnietzscheano

2022 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 111-142
Author(s):  
Sigifredo Esquivel Marin ◽  
Leobardo Villegas Mariscal

El presente trabajo elucida el axioma de “la pluralidad necesaria” a partir de algunas calas y notas del pensamiento de Judith Butler y algunos cruces procedentes de la filosofía de Michel Foucault y Friedrich Nietzsche, así como el influjo postnietzscheano contemporáneo, en contraste con el pensamiento mestizo subalterno latinoamericano de Gloria Anzaldúa. La hipótesis central es explicada en estos términos: no existe ningún fundamento metafísico que sustente al mundo; todo es una construcción cultural, resultado del poder predominante en un determinado contexto histórico. El poder es el que establece lo que es normal o anormal, lo que está permitido o no está permitido. En este contexto, se postula la necesidad de someter a los dispositivos de poder reinantes, en las sociedades contemporáneas, bajo una revisión crítica que permita transformarlos en dispositivos de poder que hagan posible sociedades plurales e incluyentes. Y justo aquí, en la apertura de un nuevo horizonte postmetafísico y post-humanista es retomada la perspectiva mestiza subalterna de Gloria Anzaldúa como una forma radical de repensar la condición humana más allá del euro-logo-falocéntrismo desde los márgenes de América Latina. La pluralidad necesaria, lejos de ser un título contradictorio, es, antes bien, un título que expresa una afirmación, a saber, la necesidad de una realidad social plural, inclusiva, en la que las diferencias entre los seres humanos sean respetadas, siguiendo el ideal de una sociedad democrática en la que se cultive la apertura a los otros, en un ambiente de convivencia y diálogo.

2014 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Juan Pablo Sutherland

<div>Neste artigo, Juan Pablo Sutherland, autor de Nación Marica e de A Corazón Abierto, analisa o</div><div>surgimento e o primeiro impacto dos Estudos Queer na América Latina, as dificuldades de tradução do</div><div>termo ao espanhol, a importância dos estudos de Michel Foucault e de Judith Butler, além de trabalhar</div><div>com a ideia de uma “cidade letrada queer” que serve à discussão das obras de autores como Néstor</div><div>Perlongher e Pedro Lemebel.</div>


2021 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 198
Author(s):  
Rafael Martins De Meneses ◽  
Tiago Alves de Jesus Barreto ◽  
Letícia Carolina Pereira do Nascimento

<p>Friedrich Nietzsche (2016) escreveu sobre a formação dos valores morais e de que maneira se cria a ideia de “bem” e “mal”. Michel Foucault (2010; 2018; 2019) nos apresenta a ideia das tecnologias da sexualidade e noções sobre as engrenagens do saber-poder. Doravante, a presente pesquisa bibliográfica apresenta algumas co(i)nfluências desses teóricos na análise do sistema punitivo e nas tecnologias de gênero. Nessas leituras, percebe-se que o sujeito é uma criação que se desenrola dentro de discursos políticos moralizantes pulverizados nas teias sociais. O poder punitivo está para além do Direito Penal, ele é incorporado na naturalização e universalização do “bem” e “mal”. Os instrumentos da anatomia política instauraram os valores de verdade e da moral, logo, afetando os campos de subjetividade, personalidade e consciência, por exemplo. Dito isso, podemos problematizar os dispositivos da moralidade, enfatizando àqueles normalizadores do gênero e da sexualidade. Na busca por mais pistas sobre esses problemas, também usaremos como referência Teresa de Lauretis (1994) e Judith Butler (2003). Nesse âmbito, entendemos que a produção discursiva pode operar diametralmente na emancipação da subjugação, na medida em que cria campos de existências para além das infames estruturas de opressão.</p>


Author(s):  
Vanessa Lemm

Readers of Giorgio Agamben would agree that the German philosopher Friedrich Nietzsche (1844–1900) is not one of his primary interlocutors. As such, Agamben’s engagement with Nietzsche is different from the French reception of Nietzsche’s philosophy in Michel Foucault, Gilles Deleuze and Georges Bataille, as well as in his contemporary Italian colleague Roberto Esposito, for whom Nietzsche’s philosophy is a key point of reference in their thinking of politics beyond sovereignty. Agamben’s stance towards the thought of Nietzsche may seem ambiguous to some readers, in particular with regard to his shifting position on Nietzsche’s much-debated vision of the eternal recurrence of the same.


2011 ◽  
Vol 43 (2) ◽  
pp. 19-32 ◽  
Author(s):  
Sally Ann Ness

No critic of phenomenology, arguably, has been more influential in prefiguring recent discourses on power, gender, and sexuality that have emerged in dance studies in recent decades than the philosopher-historian-critic Michel Foucault. The number of dance scholars directly citing Foucault, and the number influenced indirectly by his ideas through intermediary theorists such as Judith Butler—perhaps the single most popular one—is so large as to require an essay of its own just to survey. Virtually every analysis of choreographic practice that has addressed these topics since the 1980s has drawn directly or indirectly on Foucault's theories. Indeed, the very mention of the term “discipline” in current dance scholarship (and many related fields as well) more or less automatically makes reference to Foucault's genealogical study of incarceration,Surveiller et punir. Naissance de la prison, translated into English asDiscipline and Punish: Birth of the Prison, and, in particular to the chapter, “Les corps dociles” or “Docile Bodies” (Foucault 1975, 137–171; 1975/1995, 135–170).


Question ◽  
2019 ◽  
Vol 1 (64) ◽  
Author(s):  
Cassiana Lopes Stephan

No presente ensaio, tentaremos entender em que medida a tradição filosófica galgada no princípio de igualdade, atrelado à noção de natureza humana, teria paulatinamente conduzido à justificação e, até mesmo, à fundamentação da desconsideração ético-política do animal e da animalidade. Mais precisamente, a partir de uma perspectiva que interpreta os estudos de Michel Foucault acerca do cuidado de si no período socrático-platônico, sob a luz [A] das análises de Jean-Pierre Vernant no que concerne às diferenças entre a Antiguidade arcaica e a clássica e [B] das reflexões de Judith Butler a propósito da violência moral, indicaremos de que modo a emergência filosófica do princípio de igualdade teria influenciado na estruturação de uma dinâmica moralista que violenta explícita ou implicitamente o animal e, com ele, todos e todas que se distinguem biológica ou eticamente das normas que descrevem o ser humano e que prescrevem a sua humanidade. O nosso artigo é constituído por quatro partes que marcam a temporalidade da questão animal e que manifestam sua urgência no presente histórico. Através da narração de possíveis articulações entre o presente e o passado, buscamos diagnosticar os limites antropocêntricos da filosofia ético-política e, ao mesmo tempo, vislumbrar relações não-antropocêntricas entre humanos e animais. 


2011 ◽  
Vol 37 (3) ◽  
pp. 613-628 ◽  
Author(s):  
Cintya Regina Ribeiro

O presente trabalho visa problematizar a suposta constituição virtuosa entre educação e conhecimento oriunda de certa herança cultural da modernidade ocidental. A problemática ancora-se na indagação difusa, porém insistente, a ecoar no campo educacional: "o que é o ato do pensar, em educação, na contemporaneidade?". A tomada das condições atuais do pensamento como um problema de pesquisa educacional coloca em questão a histórica articulação entre conhecimento e pensamento reflexivo, obrigando ao confronto de certos amálgamas pedagógicos caros ao campo educacional moderno. Tal enfrentamento se realiza na companhia dos pensadores Michel Foucault e Friedrich Nietzsche, dada a relevância estratégica de suas produções, particularmente acerca da linguagem, da produção da verdade e de suas implicações nos modos de conhecer e pensar. Busca-se operacionalizar uma crítica da linguagem em direção a uma crítica do pensamento em educação, na chave de uma problematização ético-política. Nesse trabalho, tal plataforma analítica configura-se a partir das discussões de Michel Foucault - tanto em relação à questão do pensamento do fora, tal como elaborada por Maurice Blanchot, como em relação ao pensamento da diferença, tal como formulado por Gilles Deleuze. Sugerimos que a exploração desse debate possa atuar como um exercício de exterioridade ou de pensamento diferencial no jogo com o conhecimento e com o pensamento reflexivo presentes no campo educacional - seja no âmbito dos fazeres pedagógicos cotidianos da escola, seja no campo da produção da pesquisa educacional.


Author(s):  
Juliana Corrêa Pereira Schlee ◽  
Isabel Ribeiro Marques ◽  
Renata Lobato Schlee

Em constante desassossego que nos acompanha, problematizamos alguns ditos e não ditos atrelados a discursos relacionados a mulheres, a natureza e o pampa do Rio Grande do Sul. Esses olhares que tanto se inquietam se sustentam sob o aporte teórico de autores da vertente teórica denominada filosofia da diferença, como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Friedrich Nietzsche juntamente a intercessores que se debruçam sobre as questões de gênero, como Sandra Garcia, Mary Castro e Miriam Abromovay. Analisamos algumas construções históricas e culturais que evidenciam um antropocentrismo, bastante marcado por um androcentrismo neste Pampa. Entrelaçadas nessas teias discursivas, pinçamos mulheres, e colocamos algumas inquietações como potência para pensarmos as tramas discursivas que se articulam nesses jogos, nessas relações que se pautam na figura masculina e atribuem às mulheres, a tarefa do cuidado com a natureza.  Assim pensamos no quanto esses discursos são fabricados em processos culturais, sustentados em relações de poder que fazem emergir verdades e saberes dados como naturais nos interstícios da educação ambiental.


2017 ◽  
Vol 110 ◽  
pp. 95-106
Author(s):  
Adam Sulikowski

CONSTITUTIONALISM AND THE „REVENGE OF POSTMODERNISM”The main purpose of this article is to discuss the current situation of constitutional discourse as aresult of „Revenge of postmodernism”. This „Revenge” shows itself in taking over the methods of the leftist critique of democratic institutions by the radical right. This „Barbarization” of subtle methods of left-wing criticism leads to far-reaching consequences unforeseen by its founding fathers — Michel Foucault, Jacques Derrida or Judith Butler. The author, using various theories formulated by Chantal Mouffe, Ernesto Laclau and Artur Kozak, seeks to explain this phenomenon and to show its implications for the future evolution of the constitutional discourse.


2015 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
pp. 264-271 ◽  
Author(s):  
Bruno Sena Martins

Resumo O conceito de deficiência tem sido profundamente contestado nas últimas décadas, tanto política como epistemologicamente. Por um lado, está em causa o reconhecimento de que a filiação de determinadas diferenças sob a noção de deficiência constitui uma recente “invenção” da modernidade ocidental. Por outro, trata-se de pulsar as consequências dessa construção para as pessoas marcadas pelo estigma da deficiência. Estabelecendo um diálogo com importantes contribuições da teoria crítica, recrutando noções como “páticas de separação” (Michel Foucault), “materialização” (Judith Butler), “corpo múltiplo” (Annemarie Mol) e “sociologia das ausências” (Boaventura de Santos), o presente artigo procura entender como a noção de deficiência pode ser desmobilizada por leituras insurgentes das hierarquias da modernidade.


Daímon ◽  
2017 ◽  
pp. 11
Author(s):  
Jean-François Braunstein

<p><span>Michel Foucault ha transformado nuestra visión del cuerpo. Así como Judith Butler, muchos han querido hallar en él la idea de que “los cuerpos son construidos”. La utopía queer o la extraña enfermedad mental de la amputomanía dan cuenta de dicha desmaterialización del cuerpo. Foucault soñaba efectivamente con un cuerpo “pompa de jabón”. Esta visión “neo-dualista”, muy bien descrita por Ian Hacking, puede llevar hasta un gnosticismo despectivo por la “carne” insignificante que es nuestro cuerpo. Pero para Foucault, en <em>El nacimiento de la clínica</em>, el cuerpo es también una “piedra negra”, opaca e impenetrable. Las reflexiones de Canguilhem o la pintura de Bacon nos permiten superar manifiestamente la brutal oposición entre un “cuerpo espiritual”, enteramente construido”, y un “cuerpo material”, simplemente dado.</span></p>


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document