Women reading, women writing: self-invention in Paula Gunn Allen, Gloria Anzaldua, and Audre Lorde

1996 ◽  
Vol 34 (03) ◽  
pp. 34-1397-34-1397
2021 ◽  
Author(s):  
Glauce Souza Santos

Nesta carta, endereçada à Marília, minha psicanalista, e a todas as mulheres negras, reflito sobre a pesquisa que realizo no doutoramento. Faço isso, resgatando cenas de uma sessão específica, na qual, Marília fez, para mim, o que denomino sugestão-desafio, escrever sobre a importância do meu trabalho. Assim, confesso as minhas inseguranças diante da minha escrita e tento encontrar respostas para o fato de nem sempre estar convicta a respeito da sua relevância. Inspirada na carta que Audre Lorde (2019) fez para a sua terapeuta e na carta de Glória Anzalduá (2000) às mulheres escritoras do terceiro milênio, penso sobre a interação que há entre mim e Marília, e sobre o que me motiva a escrever. Ressalto sobre o investimento dos trabalhos artísticos de Tássia Reis, Preta Rara e NegaFya, na expressão de uma existência negra feminina distanciada da ideia de um eu desqualificado, e como esses trabalhos me ajudam a perceber um caminho para minha própria vida, pois, situam os corpos femininos negros e suas subjetividades no centro dos seus discursos. Nessa linha, aciono Guerreiro Ramos (1995) para tencionar a ideia de objetos de estudo, cuja realidade e identidade são definidas por outros, e Donna Haraway (1995) para refletir sobre os saberes localizados que requerem que o objeto do conhecimento seja visto como um ator e agente. Outra reflexão que faço é a respeito da minha relação com a música e a minha legitimação como pesquisadora no campo musical. Ainda aciono a noção de escrevivência, cunhada por Conceição Evaristo, para discutir sobre o desafio que é incluir o pessoal e o subjetivo como parte do discurso acadêmico, tendo em vista que a pessoalidade e subjetividade mais aceita na academia é aquela produzida pelo sujeito branco. 


2021 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 1132-1143
Author(s):  
Natália Kleinsorgen Bernardo Borges ◽  
Thais Domingos dos Santos Rodrigues

Este trabalho tem por objetivo relatar as observações, atividades, incômodos, inquietações e sugestões que surgiram ao longo das oficinas sobre gênero e a realidade da mulher na sociedade brasileira, realizadas em colégios públicos de Niterói, Magé e Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro, durante o mês de março de 2018. Além da introdução, no qual é reportado o caminho percorrido até as oficinas, durante a construção da Greve Internacional de Mulheres no 8 de Março de 2018, dividimos o artigo em dois momentos: o primeiro no qual apresentamos as oficinas criadas por nós, pontuando o objetivo de cada uma, o material necessário e a metodologia que utilizamos nas escolas. Todas as oficinas pedagógicas são de caráter experimental e continuam em análise e aperfeiçoamento. O segundo em que relatamos nossas experiências nas diversas salas de aulas que tivemos, contando algumas situações que vivemos junto aos mais de 400 jovens que entramos em contato ao longo mês. Por fim, conclui-se que, apesar das dificuldades criadas com fim de proibir o debate sobre gênero nas escolas, é possível, através da ação de alguns professores, subverter as políticas institucionais e construir uma educação engajada. Por Marielle Franco, por Dandara, por Angela Davis, por Audre Lorde, por bell hooks, e por Andrea Dworjin e por Gloria Anzaldúa: não vão nos calar!


2021 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 153-173
Author(s):  
Bruna Moraes Battistelli ◽  
Luciana Rodrigues

Como escreve Scholastique Mukasonga em seu livro “A mulher de pés descalços”, precisamos ensinar aos nossos dedos dos pés um caminhar que não os machuque pelo percurso. Inspiradas por essa proposição, esse trabalho busca tecer diálogos com os ensinamentos de intelectuais como bell hooks, Audre Lorde, Gloria Anzaldúa e Lélia Gonzalez para pensarmos uma sala de aula e uma docência pautadas em uma ética feminista e antirracista. Assim, situadas desde o continente amefricano, objetivamos, a partir de nossas experiências e de uma inspiração cartográfica, discutir as relações entre o ser professora-pesquisadora-feminista na aposta de uma universidade que acolha, cuide e nos possibilite contar mais histórias. Para isso, lançamos mão de nossas próprias histórias que narram sobre como construímos uma voz para nós mesmas, como experienciamos a universidade e por quais caminhos chegamos no exercício da docência e da pesquisa em uma perspectiva feminista e antirracista. Por fim, como possibilidade de intervenção para docência que se assente sobre uma política do cuidado, narramos uma experiência em sala de aula, que acontece há pelo menos um ano, onde as/os alunas/os são convidadas/os a escrever cartas em uma disciplina. Nossa aposta é para que possamos seguir construindo o espaço da sala de aula também como espaço de cura, onde nossos corpos estejam em prol de políticas para o encantamento da vida.


Author(s):  
José Medina

This chapter offers an account of central issues and themes in feminist philosophical work on injustice that is distinctly epistemic. The first part of the chapter focuses on the contributions that classic feminist theorists have made to the conceptualization of issues of epistemic injustice long before such name was available, focusing especially on the writings of feminists of color from the seventeenth century onward (Sojourner Truth, Maria Stewart, Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, etc.). The second half of the chapter focuses on the contributions to recent discussions of epistemic injustice by contemporary feminist scholars, especially Lorraine Code, Kristie Dotson, and Miranda Fricker. The chapter highlights the ways in which the feminist paradigms of intersectionality and standpoint theory have shaped analyses of epistemic injustice and epistemic resistance against injustice, elaborating the key notions of epistemic agency, epistemic responsibility and epistemic advocacy.


2004 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 397-406
Author(s):  
Regenia Gagnier

WHEN ANGELIQUE RICHARDSON AND Ibegan collecting the essays included here, we were interested to see how recent theorists of boundaries like Audre Lorde (hyphenated identities), Gloria Anzaldua (borderlands), Donna Haraway (cyborg), J-F Lyotard (the in-between), or Jacques Derrida (deconstruction) fared in relation to classic theorists of boundaries like Aristotle, Hegel, Marx, and Darwin. We found that while the field of Victorian Studies has absorbed the theory, current practitioners may refer little to past or present theoretical masters. Rather they describe which boundaries were salient to the Victorians and why; when they were permeable and how; and who enforced them and to what ends. The essays in this volume focus on specific boundaries and amass a wealth of detailed knowledge about them. They include the boundaries or boundlessness of London and her suburbs (Parrinder, Cunningham); transnational or deterritorialized boundaries of empire (Spear and Meduri); psychological boundaries (Rylance, Trotter); boundaries between body and soul (Moran) and living and dead (Robson); generic boundaries (Barzilai, Howsam, Small, Toker); boundaries of popular representation between art and politics (Ledger, Livesey); and boundaries between humans, animals, and machines (Joseph and Sussman). The essays here interrogate boundaries historically and pragmatically, with a high tolerance of the in-between or queer, to which I shall return below.


2021 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 1-17
Author(s):  
Carli Prado ◽  
Lucía Pereyra Robledo
Keyword(s):  

La propuesta de esta narrativa es, por un lado, exponer una forma posible de la experiencia de dar talleres de filosofía por fuera del espacio académico y, por otro lado, acercar la experiencia particular del taller Filosofía y Poesía, a través de consideraciones en torno al abordaje de la noción de ‘sujeto’. Este taller surge a partir de la necesidad de armar un espacio de experimentación en torno a una subjetividad que aparece en/a través de la escritura, al cual lo convoca dar una respuesta posible a la búsqueda de un hábitat propicio para pensar en torno al ‘sujeto’, teniendo que preguntarnos, inevitablemente, quién es aquel de quien estamos hablando e inclusive quién es ‘yo’. Echando mano de producciones de Audre Lorde, Gloria Anzaldúa, val flores, entre otres, pretendemos, además de contextualizar los modos de nuestro hacer en su carácter compartido, brindar materiales para pensar/nos y pensar una vinculación posible entre Filosofía y Poesía como disparador de otro pensar, de un pensar poético.


Meridians ◽  
2019 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 445-456
Author(s):  
Rosamond S. King

Abstract This essay delineates the concept of radical interdisciplinarity, the use of methodologies that combine traditional scholarship with that which is not traditionally considered either scholarship or even part of an academic discipline—specifically poetry and other creative arts. The author describes radical interdisciplinarity as building on the hybrid methodologies of women of color authors such as Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, Leslie Marmon Silko, and Michelle Cliff, who often combined memoir with fiction or poetry. The essay itself includes examples of radical interdisciplinarity in the form of a critical biomythography that weaves together scholarly analysis and poetry related to the author’s current research on the jamette women of nineteenth-century Trinidad.


2017 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 61-71 ◽  
Author(s):  
Rachel E. Presley ◽  
Alane L. Presswood

In this dual-autoethnographic narrative, we examine the Women’s March on Washington in relation to critical approaches to activism. We draw upon our own unique experiences at the March, coupled with a chronology of the event’s origins, its approaches to diversity and inclusion, and media coverage of the movement. We contend that despite initial critiques of whitewashing feminism, the Women’s March thoughtfully addresses issues of solidarity and intersectionality from a point of transnational resistance and encourages demonstrators to unite in new formations of protest. Tracing the lineage of feminist scholarship from Gloria Anzaldúa and Audre Lorde to Leela Fernandes and Sara Ahmed, we fold theory into praxis and advocate for reimagined understandings of collective resistance efforts that attend to the postmodern, global contexts of Trumpian politics. We rely on Hardt and Negri’s conception of “commoning” within the multitude to explore how the March enters into a larger conversation of intersectional justice, both within and beyond academia.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document