scholarly journals PEDAGOGIA CRÍTICO-PERFORMATIVA: TENSIONAMENTOS ENTRE O PRÓPRIO E O COMUM NO ESPAÇO-TEMPO ESCOLAR

2017 ◽  
Vol 37 (101) ◽  
pp. 29-44 ◽  
Author(s):  
Marcelo de Andrade Pereira

RESUMO: O presente texto consiste em uma breve reflexão sobre processos de interação entre educadores e educandos no contexto de uma prática pedagógica crítico-performativa. A investigação pretende analisar os elementos que constituem um dos anelos fundantes da prática educacional: o estabelecimento de uma vida em comum em um mundo pautado pelo próprio. Dito de outro modo, o estudo procura refletir, desde os pressupostos da Pedagogia crítico-performativa, da Estética Relacional e de alguns pensadores contemporâneos - como Jacques Rancière, Tzvetan Todorov e Giorgio Agamben -, sobre o jogo entre o próprio (do singular) e o comum (do semelhante e/ou do plural) em processos formativos mediados por prática pedagógica performativa. O trabalho se apresenta, assim, como sendo de caráter ensaístico, efetuando-se por meio da exploração de materiais eminentemente bibliográficos.

2018 ◽  
Vol 13 (20) ◽  
Author(s):  
Diego Lock Farina

Publicada originalmente na coleção “La philosophie en effet”, da prestigiada editora Galilée, na França em 2015, com o título Demande. Philosophie, littérature, a coletânea de textos de Jean-Luc Nancy, inédita enquanto tal e organizada por Ginette Michaud, professora da Universidade de Montreal, chega ao Brasil devido à iniciativa em parceria entre a editora da UFSC e a editora Argos, da Unochapecó. Nancy (1940-), professor emérito da Universidade de Estrasburgo, é certamente um dos filósofos mais conceituados no universo acadêmico atual, ao lado de Alain Badiou, Hélène Cixous, Judith Butler, Giorgio Agamben e Jacques Rancière. Seu destaque se dá sobretudo em função das contribuições acerca do político e da democracia, da obra em conjunto com Philippe Lacoue-Labarthe, de seus escritos sobre Jacques Derrida e da preocupação constante em relacionar a arte de maneira geral com o pensamento filosófico. Sua produção, entretanto, é ainda pouquíssimo traduzida no Brasil. Na tarefa de suprir essa falta, Demanda: Literatura e Filosofia (365 p.) reúne textos de 1977 a 2015, disponíveis até então somente em periódicos ou resultantes de conferências e entrevistas, dando mostras da trajetória do autor no que concerne o debate entre o aproveitamento da literatura e do modo singular (a singularidade para Nancy é sempre uma singularidade plural) com que ela convoca a filosofia para um pensamento conjunto, crítico e afectante a respeito da vida, da atividade política e dos sentidos nas suas concepções mais amplas.


2021 ◽  
Vol 62 (148) ◽  
pp. 171-191
Author(s):  
Stéphane Huchet

RESUMO O fato de a arte ter sido e ser ainda vinculada a uma ideia moral consolida a crença histórica na sua capacidade de determinar (re)ações a partir das proposições que ela destina ao público. A arte, sobretudo na fase moderna e contemporânea, possuiria a força singular de afetar o espectador segundo um mecanismo de “gozo” que garantiria como, ao ver, eu entenderia naquilo que olho uma motivação a agir no mundo para responder a uma injunção moral presente na obra. Para pensar essa crença, que interessa, em primeira instância, a compreensão do trabalho de muitos artistas, Hans-Robert Jauss providencia argumentos decisivos. As análises de Giorgio Agamben sobre a função da “liturgia” antiga revelam-se fundamentais, também, para cernir ainda mais intensamente o que está em jogo nessa crença na possibilidade de as obras terem um efeito moral mobilizador sobre aqueles que as recebem. Todavia, cabe a Jacques Rancière questionar se o gozo estético proporcionado por essa liturgia dispara verdadeiramente no espectador uma motivação a agir.


2021 ◽  
pp. 15-47
Author(s):  
Geoffrey Bennington

The difficult relation of politics and philosophy has most often been negotiated with reference to the distinction between the bios theōrētikos and the bios politiōs. It is argued that this opposition is unstable from Aristotle onwards, and that effects of that instability can be read throughout the tradition, through Kant and Hegel, up to and including Hannah Arendt and John Rawls, Jacques Ranciere, Alain Badiou, Giorgio Agamben and Hardt & Negri. The instability of that distinction calls for a deconstructive rather than a dialectical understanding of difference.


2020 ◽  
pp. 133-144
Author(s):  
Jessica Enith Fajardo Carrillo

Este escrito busca servir de sustento teórico a un estudio que está enmarcado en la filosofía política contemporánea y las teorías críticas de la violencia de Estado. Se hace un acercamiento al concepto de Estado de excepción y presenta los riesgos que corren los Estados en convertirse en repúblicas policiales al ser gobernadas por las oligarquías. Para argumentar la afirmación, se conceptualiza el Estado republicano y la sociedad democrática con Jacques Rancière (2012). Luego se tratan las nociones de incapacidad de previsión de los gobiernos y el Estado de excepción, trabajadas por Mario Daniel Serrafero (2013). En un tercer momento, retoma los conceptos de razón de Estado con Friedrich Meinecke (1997) y la reglamentación del uso de la violencia y las operaciones de policía a partir de Walter Benjamin (2009) y Giorgio Agamben (2010).


2018 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 29-50
Author(s):  
Daniel Mullis

In Hamburg trafen sich am 7. und 8. Juli 2017 die G20. Die Tage waren von vielfältigen und massenhaften Protesten geprägt, die in Teilen heftig eskalierten. Im Artikel werden fünf Aspekte herausgearbeitet, die an sich nicht grundlegend neu sind, in der Summe aber für eine Zuspitzung politischer Auseinandersetzungen in Deutschland stehen und die G20-Tage zu einem wichtigen Ereignis machen: (1) eine deutliche Polarisierung politischer Positionen, (2) die Ausweitung antagonistischer Praxen, (3) die Suspendierung von Grundrechten, (4) mediale Eskalation und (5) die Militarisierung politischer Konflikte. Geleitet wird die Diskussion einerseits von Jacques Rancière und dessen Überlegungen zu Politik und Unvernehmen sowie von den Arbeiten zum Ausnahmezustand von Giorgio Agamben. Andererseits baut der Text auf eine qualitative Auswertung der medialen Berichterstattung um die G20 Proteste sowie auf Protestaufrufe und -bewertungen. Vor diesem theoretischen Hintergrund argumentiere ich, dass die fünf Aspekte in der Summe als Indikator für das Ende der Postdemokratie zu lesen sind.


Author(s):  
Daniel Villalpando Colín

El objetivo principal de este artículo es analizar el funcionamiento de ciertos dispositivos de poder empleados por una minoría social para restringir y privatizar los accesos sensorial e intelectual en el mundo del arte contemporáneo. Tal objetivo fue solucionado a través de la construcción ex professo de un marco teórico-metodológico elaborado con base en seis ideas centrales, las cuales provienen del campo del saber filosófico: (1) el arte contemporáneo pensado como una tribu de iniciados de Yves Michaud, (2) la oposición entre lo sagrado y lo profano de Giorgio Agamben, (3) la división y el reparto de lo sensible de Jacques Rancière, 4) la arqueología del saber de Michel Foucault; y para finalizar, del mismo pensador, 5) el control y la vigilancia de la distribución, redistribución, selección y exclusión en la accesibilidad de los saberes y de las prácticas producidas en el mundo social.


Philosophies ◽  
2019 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
pp. 37
Author(s):  
Terry Smith

“The contemporary” is a phrase in frequent use in artworld discourse as a placeholder term for broader, world-picturing concepts such as “the contemporary condition” or “contemporaneity”. Brief references to key texts by philosophers such as Giorgio Agamben, Jacques Rancière, and Peter Osborne often tend to suffice as indicating the outer limits of theoretical discussion. In an attempt to add some depth to the discourse, this paper outlines my approach to these questions, then explores in some detail what these three theorists have had to say in recent years about contemporaneity in general and contemporary art in particular, and about the links between both. It also examines key essays by Jean-Luc Nancy, Néstor García Canclini, as well as the artist-theorist Jean-Phillipe Antoine, each of whom have contributed significantly to these debates. The analysis moves from Agamben’s poetic evocation of “contemporariness” as a Nietzschean experience of “untimeliness” in relation to one’s times, through Nancy’s emphasis on art’s constant recursion to its origins, Rancière’s attribution of dissensus to the current regime of art, Osborne’s insistence on contemporary art’s “post-conceptual” character, to Canclini’s preference for a “post-autonomous” art, which captures the world at the point of its coming into being. I conclude by echoing Antoine’s call for artists and others to think historically, to “knit together a specific variety of times”, a task that is especially pressing when presentist immanence strives to encompasses everything.


2021 ◽  
Vol 34 (70) ◽  
pp. 175-191
Author(s):  
Paulo Henrique Fernandes Silveira

O lugar próprio no espaço impróprio: o negro, o judeu e o comum Resumo: No pós-guerra, uma série de intelectuais que residiam na França, alguns deles, como exilados ou expatriados, travaram um intenso debate a respeito das condições do negro e do judeu. Jean-Paul Sartre formulou uma das questões centrais desse debate: haveria uma essência da negritude ou do judaísmo? Para Frantz Fanon, Maurice Blanchot, Jacques Derrida e Edmond Jabès, a negritude e o judaísmo podem ser compreendidos a partir das experiências do exílio e da expatriação. Esse artigo pretende reconstruir esse debate e analisar a importância do não-pertencimento para as concepções de comunidade e comum desenvolvidas por Jean-Luc Nancy, Giorgio Agamben e Jacques Rancière. Palavras-chave: Negro. Judeu. Expatriação. Não-pertencimento. Comum. El lugar propio en el espacio impropio: el negro, el judío y el común Resumen: En la pos-guerra, una serie de intelectuales que vivían en Francia, algunos de ellos, como exilados o expatriados, trabaran un intenso debate a respecto de las condiciones del negro y del judío. Jean-Paul Sartre formuló una de las preguntas centrales de ese debate: ¿habría una esencia da negritud o de judaísmo? Para Frantz Fanon, Maurice Blanchot, Jacques Derrida y Edmond Jabès, la negritud y el judaísmo pueden ser comprendidos a partir de las experiencias de exilio y de la expatriación. Ese artículo pretende reconstruir ese debate y analizar la importancia del no-pertenencia a las conceptos de comunidad y común desarrolladas por Jean-Luc Nancy, Giorgio Agamben y Jacques Rancière. Palabras-clave: Negro. Judío. Expatriación. No-pertenencia. Común. The proper place in the improper space: the black, the jewish and the common Abstract: In the postwar period, a number of intellectuals residing in France, some of them as exiles or expats, the intellectuals engaged in an intense debate about the conditions of the black and the jewish. Jean-Paul Sartre formulated one of the key questions of this debate: Is there an essence of blackness or judaism? For Frantz Fanon, Maurice Blanchot, Jacques Derrida, and Edmond Jabès, blackness and judaism can be understood from the experiences of exile and expatriation. This article aims to reconstruct this debate and analyze the importance of non-belonging to the conceptions of community and common developed by Jean-Luc Nancy, Giorgio Agamben, and Jacques Rancière. Keywords: Black. Jewish. Expatriation. Non-belonging. Common. Data de registro: 11/12/2019 Data de aceite: 26/08/2020


2019 ◽  
Vol 24 (2) ◽  
pp. 135-145
Author(s):  
Anne Caroline da Rocha de Moraes

Quando ouvimos a frase “conte-me uma história”, em português, pode-se estar falando dos mitos e contos de fadas, da história de vida de alguém ou dos acontecimentos da história mundial. Assim, disciplina histórica, literatura e biografia estão relacionadas quando colocamos a palavra “História” em jogo. Esse ensaio tem como objetivo pensar a relação que se estabelece entre a Literatura e a História, num debate a respeito do papel da ficção e do sujeito historiador na produção do conhecimento histórico. Para isso, mobilizamos uma bibliografia interdisciplinar, onde alguns historiadores dialogam com escritos dos filósofos Jacques Rancière e Giorgio Agamben, com o mitólogo Furio Jesi e com a psicanálise. Por fim, o texto é permeado pela grande contribuição do poeta e vidente Hermann Hesse que em seus livros de literatura pode trazer profundas reflexões não só para se pensar o sujeito, mas também para o campo da teoria e escrita da história.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document