scholarly journals Paciente com paralisa cerebral coreoatetoide: evolução clínica pós-intervenção

Revista CEFAC ◽  
2010 ◽  
Vol 12 (2) ◽  
pp. 250-256
Author(s):  
Carolina Castelli Silvério ◽  
Cristiane Soares Henrique

OBJETIVO: verificar a eficácia da intervenção terapêutica na função de deglutição e na estabilidade clínica de crianças portadoras de paralisia cerebral (PC) coreoatetoide com disfagia orofaríngea. MÉTODOS: 11 crianças portadoras de PC do tipo coreoatetoide, com média de idade de três anos e três meses, que frequentaram terapia fonoaudiológica. Foram levantados os seguintes dados: escala de avaliação funcional da alimentação (Functional Oral Intake Scale - FOIS); grau de severidade da disfagia; broncopneumonias (BCP), hipersecretividade pulmonar e peso; consistência alimentar; sinais de penetração e/ou aspiração laringotraqueal. Os dados foram levantados no relatório de avaliação antes da intervenção terapêutica e no relatório final de evolução, no momento da alta. RESULTADOS: com relação à aplicação da escala FOIS, obteve-se que, tanto antes, quanto após a intervenção, a maioria dos pacientes encontrou-se no nível V da escala, com diminuição no segundo momento. Aumento dos pacientes nos níveis III e IV. Após intervenção terapêutica, houve diminuição de pacientes que ingeriam líquidos, aumento do uso do líquido espesso e do pastoso homogêneo. Houve diminuição da severidade da disfagia, redução dos episódios de BCP e de hipersecretividade pulmonar, aumento de peso e redução dos sinais de penetração e/ou aspiração laringotraqueal. CONCLUSÃO: a intervenção fonoaudiológica, dentro de uma equipe multidisciplinar em disfagia, em crianças portadoras de PC coreoatetoide promove deglutição mais segura e eficaz, com redução dos sinais sugestivos de penetração e/ou aspiração laringotraqueal, dos episódios de BCP e de hipersecretividade pulmonar, e aumento do peso.

2021 ◽  
pp. 019459982110207
Author(s):  
Giselle D. Carnaby ◽  
Aarthi Madhavan ◽  
Ali Barikroo ◽  
Michael Crary

Objective This study sought to evaluate the role and trajectory of spontaneous swallowing frequency (SFA) in patients with head and neck cancer (HNC) undergoing chemoradiotherapy (C/RT). Study Design. Prospective cohort. Setting University comprehensive cancer center. Methods A prospective cohort of 80 patients with HNC was followed from baseline to 3 months post-C/RT. Subjects were evaluated for performance on swallowing function, functional diet consumed, weight, swallowing frequency rate, perceived xerostomia, perceived pain, and mucositis. Relationships were evaluated using univariate correlations, t tests, and repeated-measures analysis of variance. The diagnostic accuracy of SFA to express dysphagia was calculated by area under the curve (AUROC) and displayed using receiver operator characteristic curves. Results In general, patients with HNC demonstrated a parabolic decline in most measures over the C/RT trajectory. SFA and perceived xerostomia did not show improved recovery by 3 months. SFA was related to swallow function, xerostomia, and functional diet consumed posttreatment and pain at 3 months. The ability of SFA to correctly identify clinical dysphagia (Mann Assessment of Swallowing–Cancer version [MASA-C]) and reduced oral intake (Functional Oral Intake Scale [FOIS]) at posttreatment was strong (AUROC MASA-C: 0.824 [95% CI, 0.63-1.00], P < .0018; AUROC FOIS: 0.96 [95% CI, 0.87-0.96], P < .0001). Conclusion This exploratory study suggests SFA may provide a useful method to identify dysphagia after HNC treatment. Furthermore, SFA may offer a simple, objective measure of swallowing function change in HNC over the C/RT trajectory.


Revista CEFAC ◽  
2010 ◽  
Vol 12 (6) ◽  
pp. 964-970 ◽  
Author(s):  
Carolina Castelli Silvério ◽  
Ana Maria Hernandez ◽  
Maria Inês Rebelo Gonçalves

OBJETIVO: verificar a evolução na ingesta oral e a ocorrência de broncopneumonias (BCP) em pacientes hospitalizados com disfagia orofaríngea neurogênica, após atuação fonoaudiológica. MÉTODOS: 50 pacientes adultos, divididos em grupos: I: 31 pacientes pós-acidente vascular encefálico; II: sete pacientes pós-traumatismo crânio-encefálico; III: 12 pacientes com demência. Foram levantadas as informações antes e após a atuação fonoaudiológica: nível da Functional Oral Intake Scale (FOIS), ocorrência de BCP; número de atendimentos fonoaudiológicos e motivo de interrupção destes. RESULTADOS: houve aumento significativo dos níveis da escala FOIS e redução do percentual de ocorrência de BCP nos três grupos estudados. Nos grupos pós-AVE e demência a interrupção da fonoterapia ocorreu devido à alta hospitalar, enquanto que no grupo pós-TCE devido à alta fonoaudiológica. CONCLUSÃO: os pacientes deste estudo demonstraram avançar das consistências alimentares na ingesta oral, e redução da ocorrência de BCP, após a intervenção fonoaudiológica com relação à disfagia.


2021 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 350
Author(s):  
Midori Miyagi ◽  
Hiroshi Takahashi ◽  
Hideki Sekiya ◽  
Satoru Ebihara

Background: Dysphagia is one of the most serious complications of occipitocervical fusion (OCF). The previous studies have shown that postoperative cervical alignment, documented with occipito (O)-C2 angles, C2-C6 angles, and pharyngeal inlet angles (PIA), impacted the incidence of postoperative dysphagia in patients undergoing OCF. Here, we investigated the relationship of preoperative versus postoperative cervical alignment on the incidence of postoperative dysphagia after OCF. Methods: We retrospectively reviewed the clinical data/medical charts for 22 patients following OCF (2006– 2019). The O-C2 angles, C2-C6 angles, PIA, and narrowest pharyngeal airway spaces (nPAS) were assessed using plain lateral radiographs of the cervical spine before and after the surgery. The severity of dysphagia was assessed with the functional oral intake scale (FOIS) levels as documented in medical charts; based on this, patients were classified into the nondysphagia (FOIS: 7) versus dysphagia (FOIS: 1–6) groups. Results: Seven patients (35%) experienced dysphagia after OCF surgery. Preoperative PIA and nPAS were smaller in the dysphagia group. Spearman rank correlation showed a positive correlation between preoperative PIA and FOIS and between preoperative nPAS and FOIS. Conclusion: This study suggests that preoperative cervical alignment may best predict the incidence of postoperative dysphagia after OCF.


Healthcare ◽  
2020 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 269
Author(s):  
Yuhei Matsuda ◽  
Masaaki Karino ◽  
Takahiro Kanno

A few studies have provided detailed reports suggesting that subjective swallowing disorders may be related to dysphagia. Therefore, we verified the relationship between oral health-related self-efficacy and dysphagia severity in cancer treatment using a cross-sectional study. Participants included patients undergoing treatment for cancer at Shimane University Hospital in Shimane, Japan, and those receiving outpatient treatment at the hospital’s Oral Care Center between August 2018 and April 2019. In all, 203 participants enrolled in the study and completed the Functional Oral Intake Scale (FOIS), the Self-efficacy Scale for Advanced Cancer (SEAC), and the Oral Health-related Self-Efficacy Scale for Patients with Cancer (OSEC). Multivariate analysis showed a statistically significant correlation between the low FOIS score and the SEAC subscales of Activities of Daily Living Self-efficacy (ADE) (odds ratio 1.04, 95% [CI] 1.00–1.07) and Symptom Coping Self-efficacy (SCE) (odds ratio 0.61, 95% [CI] 0.42–0.88). Based on the Jonckheere-Terpstra test, the SEAC and the OSEC tended to increase as the category of the FOIS progressed. To conclude, self-efficacy played an important role in dysphagia and may affect the severity of dysphagia in cancer patients.


Brain Injury ◽  
2020 ◽  
Vol 34 (9) ◽  
pp. 1257-1263
Author(s):  
Jesper Mortensen ◽  
Asger Roer Pedersen ◽  
Jørgen Feldbæk Nielsen ◽  
Mohit Kothari

Revista CEFAC ◽  
2016 ◽  
Vol 18 (3) ◽  
pp. 721-726
Author(s):  
Diego Fernando Dorneles Bilheri ◽  
Renata Mancopes ◽  
Sheila Tamanini de Almeida

RESUMO: Objetivo: caracterizar o quadro de comprometimento da função da deglutição em pacientes com Síndrome de Wallenberg. Métodos: série de casos de sete pacientes, com diagnóstico dessa síndrome, encaminhados para avaliação fonoaudiológica. Para avaliação do grau de disfagia utilizou-se a escala Gugging Swallowing Screen e para avaliar o nível de ingestão oral utilizou-se a Functional Oral Intake Scale. Resultados: a média de idade foi de 60,57 anos; todos os sujeitos apresentaram alteração na função da deglutição de grau grave (71,42%) a moderado (28,58%); 85,71% necessitaram de Via Alternativa de Alimentação, sendo que, 71,43% eram alimentados exclusivamente por sonda nasoentérica; todos necessitaram de acompanhamento fonoaudiológico. Conclusão: este estudo concluiu que a disfagia orofaríngea na Síndrome de Wallenberg apresenta-se como um distúrbio de grau grave a moderado, sendo necessária a utilização de Via Alternativa de Alimentação na maioria dos casos.


2017 ◽  
Vol 2017 ◽  
pp. 1-8 ◽  
Author(s):  
Annelise Ayres ◽  
Geraldo Pereira Jotz ◽  
Carlos R. M. Rieder ◽  
Maira Rozenfeld Olchik

Aims. To verify the effectiveness of the maneuver application in swallowing therapy with PD. Materials and Method. We performed an open-label trial, with three groups compounds by PD individuals: the experimental group, control group, and orientation group. The study included PD patients with dysphagia. A cognitive screening, through a questionnaire about depression and quality of life, was conducted. Swallowing assessment was performed through (1) fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing (FEES); (2) clinical evaluation and Functional Oral Intake Scale (FOIS); and (3) assessment of the quality life related to swallowing (SWALQOL). A therapeutic program, which consisted of chin-down postural maneuver and orientations on feeding, was applied. Both groups (EG and OG) received on-month therapeutic program. Results. A significant improvement in swallowing, evaluated by clinical assessment, was observed in solid (p<0.001) and liquid (p=0.022) consistencies in EG when compared to OG and CG. Patients in EG presented improvement in QoL, with the significant difference in comparison with the other groups, about domain frequency of symptoms (p=0.029) in SWALQOL questionnaire. Conclusion. The postural maneuver chin-down improved swallowing performance and self-perception, but not the laryngeal signs. This trial is registered with registration number NCT02973698.


2020 ◽  
Vol 25 ◽  
Author(s):  
Maira Rozenfeld Olchik ◽  
Rafaela Soares Rech ◽  
Laís Alves Jacinto-Scudeiro ◽  
Aline Moreira de Mello ◽  
Vanessa Brzoskowski dos Santos

RESUMO Objetivo Determinar efetividade da terapia de sensibilidade oral em idosos institucionalizados com demência grave. Métodos Uma série de oito casos residentes em instituição de longa permanência. Foram incluídos idosos com diagnóstico de demência grave e disfagia grave, com consentimento da família. Foram excluídos idosos em atendimento fonoaudiológico e com alimentação somente por via alternativa. A divisão entre grupo experimental e grupo controle foi por sorteio. A avaliação pré e pós terapia, realizada por uma fonoaudióloga cega para a intervenção, utilizou protocolo Northwestern Patient Dysphagia Check Sheet (NDPCS), a escala Clinical Dementia Rating (CDR) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS). Durante a oferta a velocidade da deglutição e o número de deglutições (pastoso e líquido) foram avaliados. Os participantes do grupo experimental foram submetidos a cinco sessões consecutivas de estimulação tátil-térmica por 30 minutos. Resultados Oito participantes, com idade entre 68 e 98 anos, fizeram parte da amostra seis mulheres e dois homens. No grupo experimental não observou-se modificação na velocidade da deglutição bem como no número de deglutições nas consistências pastosa e líquida. Não foram encontradas diferenças significativas para os itens 23 a 28 do instrumento NDPCS nas duas consistências, bem como não houve modificação na escala FOIS. Também não houve diferenças estatisticamente significativas entre o grupo experimental e o grupo controle para essas duas consistências. Conclusão A estimulação tátil-térmica não modificou o padrão de deglutição em idosos institucionalizados com demência grave.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document