scholarly journals Cruces Sur-Sur. La recepción de Paz, Neruda y García Márquez en India

2021 ◽  
Vol 1 (46) ◽  
pp. 113-140
Author(s):  
Subhas Yadav

Los mundos post-coloniales de América Latina y de India, incluso a pesar de sus diferencias, comparten puntos históricos, sociológicos, politicos y culturales en común, los cuales parecen haber creado condiciones favorables para el intercambio y la recepción literaria intercultural. Pablo Neruda ha sido considerado en la India como un sensible poeta del amor y, al mismo tiempo, un marxista políticamente comprometido, casi reverenciado por los literatos de izquierda de todo el subcontinente. Su obra Veinte poemas de amor ha sido traducida a muchos idiomas locales y ha sido interpretada, cantada y recitada a lo largo del país junto con poemas de la última etapa de Neruda. En el mundo literario hindi es sin duda el poeta más famoso del mundo de habla hispana. El autor colombiano Gabriel García Márquez también ha dejado una profunda impresión, especialmente en el cine y en la literatura malayalam. El premio Nobel mexicano Octavio Paz, que fue embajador de su país en la India durante casi seis años, estableció un intercambio artístico con muchos poetas y artistas hindis. Con el objetivo de contribuir con la investigación actual en este campo, el presente artículo ofrece un panorama de los ámbitos y agentes no académicos que han facilitado la recepción de los escritos latinoamericanos en la India.  

Author(s):  
María Fernanda Romo Vázquez

Después de la época de oro de la literatura en América Latina durante los años sesenta –conocida como el Boom de la literatura latinoamericana– varios escritores sufrieron los estragos de lo que significaba ser publicado después del auge y el éxito de autores como Octavio Paz, Gabriel García Márquez o Julio Cortázar. Los autores del boom marcaron una era de la literatura en nuestro país y en los países vecinos; a nivel internacional mostraron una realidad de Latinoamérica que no se había mostrado por completo anteriormente y este radical cambio, afectó a sus contemporáneos que también buscaban publicar sus obras. ¿Por qué? Lamentablemente, porque la industria cultural enfocó aún más su desarrollo global en producciones que brindaran cierta remuneración económica. Se cerró el prestigioso círculo y no dio más entrada a otros artistas (hasta la fecha). Para explicarnos con mayor claridad lo anterior desde un punto de vista profesional, entrevisté al escritor hidalguense Agustín Ramos, nacido en Tulancingo, Hidalgo. Es autor de Al cielo por asalto (1979), Ahora que me acuerdo (1985), La vida no vale nada (1986) y Como la vida misma (2005). Desde su perspectiva podremos visualizar qué cambios ha sufrido la literatura de América Latina durante los últimos años, lo que enfrenta en todo el mundo y, específicamente, en México.


Author(s):  
Fabiana de Souza Fredrigo ◽  
Libertad Borges Bittencourt

 Resumo Ao partir do pressuposto de que a escritura ensaística funda um lugar para a América no Ocidente, pretendemos indicar de que maneira tais narrativas configuraram um campo para a interpretação do continente. A hipótese é que se essa interpretação peculiar definiu um “lugar no mundo” para a cultura latino-americana, assim o fez na medida em que constituiu sentido à experiência histórica por meio da noção de trauma. Para discorrer sobre essa hipótese, priorizamos o ensaio em um tempo longo, trazendo para análise tanto as narrativas de Octávio Paz, Carlos Fuentes e Tomás Moulian quanto as de Francisco Bilbao e Justo Sierra. Ainda, como contraponto, recorremos aos discursos de Simón Bolívar e Gabriel García Márquez, pois esses expressam igualmente o trauma latino-americano. Essa trajetória é relevante porque, em nossa análise, identificamos como traço comum a essas escrituras o trauma. A escolha dessas narrativas, em períodos distintos, porém conexos, também é perpassada pelo propósito de demonstrar o quanto a “história escrita” da América Latina ainda hoje é devedora da ensaística. Palavras-chave: América Latina; trauma; ensaio. 


2021 ◽  
Vol 21 (30) ◽  
pp. 129-156
Author(s):  
Sebastião Leal Ferreira Vargas Netto

Este artigo pretende explorar a presença de inspirações anarquistas na trajetória e na obra de dois intelectuais latino-americanos nascidos no ano de 1914: Nicanor Parra e Octavio Paz. Utilizando suportes documentais variados (depoimentos, ensaios, produção memorialística, cartas, poesias, discursos), refletimos sobre como dois dos mais importantes poetas da sua geração foram influenciados pelas diversas tradições libertárias e como a expressão poética (essa “outra voz”) é uma contribuição fecunda para o pensamento crítico e para a história da resistência ao autoritarismo na América Latina.


2005 ◽  
Vol 65 ◽  
Author(s):  
Terumi Villalba
Keyword(s):  

Baseando-me em sua biografia e na poesia España en el corazón, este artigo tem como objetivo revisitar a relação que o poeta chileno Pablo Neruda (1904 -1973) manteve com a Espanha como diplomata, poeta e ser humano, bem como conferir até que ponto a fama de “poeta combatiente” se sustenta dentro do assunto escolhido. Nessa retomada de tópico não espero novidades: trata-se principalmente de um olhar curioso sobre uma das personalidades poéticas reconhecidamente mais significativas da América Latina, uma aproximação que pretende ser uma homenagem a seu centenário de nascimento.


2018 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 32706
Author(s):  
Marcelo Ferraz Paula

  O artigo propõe uma leitura crítica de episódio presente no início do romance Cem anos de solidão (1967), de Gabriel García Márquez. A passagem gira em torno dos sucessos decorrentes da ‘peste da insônia’, que contamina os habitantes de Macondo e se difunde pela cidade, causando a perda das memórias. Além de situar essa passagem dentro da dinâmica geral da obra, discutimos alguns sentidos possíveis para as estratégias que os personagens desenvolvem diante da iminente deterioração das recordações. Com base nas contribuições teóricas de Adorno e Horkheimer (1985), Benjamin (1996) e Gagnebin (2014), concluímos que o enfrentamento da crise da insônia pode ser interpretado como superação da ‘pré-história’ de Macondo e que as estratégias empreendidas no romance podem iluminar o debate sobre as políticas da memória (e do esquecimento) na América Latina contemporânea. 


2012 ◽  
pp. 254-279
Author(s):  
Felipe de Paula Góis Vieira

O livro Cien años de soledad – escrito pelo autor colombiano Gabriel García Márquez – foi lançado como romance, pela primeira vez, em 1967. Desde então, inúmeras reedições somaram mais de 50 milhões de exemplares vendidos em 36 idiomas diferentes. O sucesso imediato da obra transformou García Márquez em um dos intelectuais mais reconhecidos e requisitados do continente. Além disso, difundiu uma ideia amplamente aceita e promovida pelos literatos do período de que Macondo, a cidade fictícia do romance, seria reflexo direto – ou, até mesmo, o perfeito retrato – da América Latina. O artigo tem por objetivo analisar as representações sobre o continente latino-americano dentro da obra. A intenção é buscar qual América constrói e descarta o escritor colombiano ao fundar o seu microcosmo urbano.


Anos 90 ◽  
2009 ◽  
Vol 16 (29) ◽  
pp. 261-290
Author(s):  
Germán Alburquerque

Este artículo estudia el pensamiento de los escritores latinoamericanos Octavio Paz y Mario Vargas Llosa a la luz de los procesos políticos más decisivos de la segunda mitad del siglo XX: la Guerra Fría, la lucha del Tercer Mundo y, en el plano continental, el ciclo revolucionario, con sus éxitos y fracasos. Se analiza su pensamiento – y también su acción – con el propósito de constatar, primero, la globalización de los intelectuales latinoamericanos, y segundo, la singularidad de las ideas de ambos escritores, que muchas veces fueron contrarias a las del campo intelectual en general.


Author(s):  
Norma Sueli De Araújo Menezes ◽  
Julia Morena Costa

Este ensaio objetiva apresentar uma análise da violência presente no livro “Amuleto” do escritor chileno Roberto Bolaño. O romance está contextualizado no início da década de 1970, momento de grandes tensões políticas e de significativa violência no México e do início da ditadura militar-empresarial chilena (1973-1990). Os regimes ditatoriais, embora em circunstâncias diferentes, foram (e são ainda) episódios marcantes que unem os países latino-americanos. Identificaremos as diversas formas de violência ocorridas na América Latina, especificamente, no Chile e no México durante o período mencionado, assim como, qual a relação entre a política e a literatura presentes na referida obra. Os atuais discursos políticos que circulam em nossa sociedade sinalizam que grande parte da população brasileira provavelmente ignora parte significativa da história, inclusive do Brasil, nas décadas de 1960/1970, ou seja, a memória produzida sobre este período não deu conta de fazer conhecer os horrores e as atrocidades cometidos durante os mais de 20 anos de governo militar no país. A partir da abordagem do lugar da poesia e dos poetas na década de 1970, a narradora de Amuleto versa sobre seu papel de defensora da poesia e da memória política do México e do Chile de meados do século XX, de forma indissociável. Com seu discurso circular, calcado na reiteração de eventos traumáticos que presenciou, em especial, à invasão à UNAM, o Massacre de Tlatelolco (1968) e o golpe militar chileno (1973). Neste último fato, relatado pelo personagem Arturo Belano, há um trabalho de escavação memorialística, tanto nas ocorrências históricas mencionadas, como dos intentos poéticos do distrito federal mexicano. Os jovens poetas narrados pela protagonista defendiam o livre trânsito entre vida e poesia, se opunham aos moldes acadêmicos vigentes encarnados na figura de Octavio Paz, como também do poder hegemônico. O movimento poético desses jovens latino-americanos da década de 1970 agrega as muitas inquietações dos seus integrantes. A paixão pela poesia é o princípio básico que dá unidade ao grupo que buscava em cada ato e em cada verso um novo modo de explicar o mundo através de uma poesia sem burocracias, sem espaços de poder e legitimações padronizadas. Este estudo contribui para a indispensabilidade de se manter vivos os horrores e traumas que aconteceram durante os regimes autoritários e as ditaduras militares na América Latina e suas reverberações, considerando, sobretudo, que a memória pode ser um potente instrumento utilizado na reconstrução da história. Serão utilizados textos teóricos e críticos de Paul Ricoeur (1996), Nascimento (2008), Seligmann-Silva (2003), Sarlo (2007) e Rojo (2012), Bolognese (2009), Villarreal (2011), entre outros.


2020 ◽  
Vol 12 (24) ◽  
pp. 489-513
Author(s):  
Maria Cristina Bohn Martins ◽  
Vinícius de Oliveira Masseroni

O artigo que apresentamos busca mostrar as possibilidades de intersecção entre a História e Literatura, por meio do romance, de autoria de Gabriel García Márquez, Cem anos de solidão. Sem aderirmos aos pressupostos da não diferenciação entre discurso historiográfico e discurso literário, valemo-nos das contribuições da História Cultural (Roger Chartier), em especial o conceito de representação. Dentro dessa perspectiva realizamos uma análise de algumas passagens do texto de García Márquez, com o intento de mostrar como, por meio de sua obra, Gabo tentou retratar a história da América Latina e quem eram os latino-americanos. Não foi possível realizar tal objetivo sem inserir o escritor colombiano dentro de seu contexto histórico e literário, ou seja, na década de 1960 – e a influência da Revolução Cubana – e, também, inseri-lo dentro da estética do realismo mágico. Por óbvio o texto não procura exaurir as possibilidades de análises continuando, o texto de García Márquez, uma obra aberta a novas problematizações e interpretações.


2021 ◽  
Vol 45 (250) ◽  
pp. 213
Author(s):  
Daniele Benzi ◽  
Alessandro Peregalli

<div><p>No romance <em>O General em seu labirinto</em>, Gabriel García Marquez relata os últimos meses de quem supostamente é considerado o libertador da América Latina: Simón Bolívar. Supostamente, dizemos, porque na época das independências o conceito de América Latina ainda não existia, tendo surgido meio século depois, para contrastar o panamericanismo estadunidense. Mas também porque o projeto glorioso de Unidade continental de Bolívar logo chocou com a realidade fragmentada e pouco gloriosa de uma coleção de republiquetas oligárquicas excludentes e sem identidade nacional, dependentes e racistas. O Brasil, por outro lado, como bem se sabe, naquela época vivenciou outra história. Para evitar o desmembramento, as elites cariocas conseguiram com êxito estabelecer uma solução bastante singular, aquela da emancipação de uma colônia que durante uns setenta anos viraria um Império monárquico e escravocrata bem implantado no meio das Américas republicanas, mas olhando para a África e a Europa e depois os EUA. Talvez seja por isso que até o presente os brasileiros não conseguem decidir se querem ou não ser latino-americanos. E, da mesma forma, que os povos da América Latina pouco saibam e muita desconfiança sintam ainda acerca desse gigante, aparentemente “cheio de bonomia”, chamado Brasil. </p><p>Continue lendo no documento em PDF.</p></div>


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