scholarly journals VARIAÇÃO ESTRUTURAL FOLIAR DE ESPÉCIES MEDICINAIS EM CONSÓRCIO COM ERVA-MATE, SOB DIFERENTES INTENSIDADES LUMINOSAS

FLORESTA ◽  
2009 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
Author(s):  
Maria Regina Torres Boeger ◽  
Ari Espíndola Júnior ◽  
Agenor Maccari Júnior ◽  
Carlos Bruno Reissmann ◽  
Ana Cristina Atala Alves ◽  
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O objetivo deste estudo foi analisar a estrutura foliar de quatro espécies medicinais (Bauhinia forficata, Maytenus ilicifolia, Mikania glomerata e Vitex megapotamica) consorciadas com Ilex paraguariensis (erva-mate), em três condições de luz, para fornecer subsídios do melhor regime de luz para o cultivo dessas espécies. Na fazenda Capão Bonito, município de Castro, PR, o experimento foi realizado com três tratamentos de luz: 100% (pleno sol), 26,23% (meia-sombra) e 13,83% (sombra) de luminosidade. Comparando-se as características morfológicas entre os três tratamentos e as espécies estudadas, M. ilicifolia, V. megapotamica e B. forficata apresentaram os mesmos padrões de variação, excetuando-se a área foliar em B. forficata, a espessura do parênquima paliçádico em M. ilicifolia e a concentração de clorofila, que foi diferente entre as três espécies. M. glomerata foi a espécie com maior plasticidade foliar, com exceção da concentração de clorofila. Os valores médios de AEF indicaram que o tratamento sombra é o que oferece maior biomassa por unidade de área, para todas as espécies. Entretanto, estudos adicionais de quantificação de princípio ativo, taxas de crescimento, respostas sazonais e condições nutricionais diferenciadas nos diferentes regimes de luz podem complementar as informações para a adoção de métodos de cultivo mais eficientes dessas espécies medicinais.

2013 ◽  
Vol 15 (4 suppl 1) ◽  
pp. 774-779
Author(s):  
A.L. Hanisch ◽  
S.C.S. Pessette ◽  
L.L. Schmitt ◽  
A. Bavaresco ◽  
J.A. Fonseca

No final da década de 90, a comunidade de Rio Natal, no município de São Bento do Sul, SC, passou a fazer parte de uma Área de Preservação Ambiental e desde então, muitas áreas de cultivo, paulatinamente, estão retomando o processo de formação florestal. Neste cenário, foi sugerido pela comunidade, a possibilidade de cultivo de plantas medicinais adaptadas às condições de sombreamento. Em atendimento a essa demanda foi realizada uma pesquisa participativa na comunidade, de 2005 a 2008, onde foram avaliadas 14 espécies de plantas medicinais com potencial de mercado, cultivadas em áreas sombreadas, em três propriedades familiares. Foram avaliados: taxa de sobrevivência das espécies, incidência de doenças e pragas, teor de massa seca e altura das plantas. Apresentaram persistência ao cultivo em áreas sombreadas as espécies: Curcuma longa L. (açafrão-da-índia); Arctium lappa L. (bardana); Pfaffia glomerata (Spreng) Pedersen (fáfia ou ginseng-brasileiro); Mikania glomerata Sprengel (guaco); Alternanthera brasiliana L. Kuntze (penicilina); Pogostemon cablin (Blanco) Benth (patchuli) e Maytenus ilicifolia Mart. Ex Reissek (espinheira-santa).


2019 ◽  
Vol 29 (4) ◽  
pp. 1630
Author(s):  
Rafael Borges ◽  
Mari Inês Carissimi Boff ◽  
Adelar Mantovani ◽  
Maria Izabel Radomski

As regiões meio-oeste do Estado de Santa Catarina possui grande diversidade de essências florestais com aplicação medicinal, no entanto, muitos desses recursos são mal explorados ou explorados de forma extrativista. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos da cobertura do dossel em sistemas agroflorestais no desenvolvimento e produção de compostos secundários em espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) e erva-mate (Ilex paraguariensis). Duas áreas experimentais foram plantadas seguindo o mesmo espaçamento e arranjo de plantas. Blocos experimentais foram estabelecidos pela poda das plantas pioneiras, com três níveis variáveis de cobertura (0-20 %, 20-40 % e 40-60 %). As plantas de espinheira-santa e erva mate foram monitoradas quanto ao desenvolvimento e as partes vegetativas comercializáveis colhidas, processadas e preparados extratos aquosos para análise de compostos secundários. A erva-mate mostrou a maior produção de biomassa comercializável sob maior cobertura. Por outro lado, a biossíntese do composto secundário teobromina foi maior na cobertura 0-20 %, enquanto o ácido clorogênico e a cafeína foram maiores na cobertura 40-60 %. Espinheira-santa não mostrou diferença no desenvolvimento ou produção entre os tratamentos e a produção de fenóis foi menor em cobertura acima de 40 %.


2012 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 261-266 ◽  
Author(s):  
V Mussi-Dias ◽  
A.C.O. Araújo ◽  
S.F. Silveira ◽  
J.M.A. Rocabado ◽  
K.L. Araújo

Com a utilização de plantas medicinais em infusões, xaropes, tinturas, ungüentos, dentre outras formas, pressupõe-se que fungos endofíticos, presentes no interior das plantas, mas sem causar doença, possam tornar-se um componente destes produtos, principalmente quando utilizados in natura. Além disso, os fungos endofíticos podem também produzir substâncias tóxicas aos usuários ou mesmo alterar o metabolismo vegetal, modificando a composição e as propriedades medicinais, assim como, a qualidade do produto armazenado e comercializado. Neste sentido, objetivou-se isolar e identificar a flora fúngica endofítica de onze espécies medicinais escolhidas ao acaso. Obtiveram-se culturas-puras dos fungos Phomopsis, Colletotrichum, Pestalotia, Trichoderma, Fusarium, Nigrospora e Glomerella ocorrendo endofiticamente em Plectranthus barbatus, Vernonia condensata, Pfaffia paniculata, Foeniculum vulgare, Cymbopogon citratus, Cymbopogon nardus, Cordia curassavica, Maytenus ilicifolia, Punica granatum, Morus nigra e Bauhinia forficata. As espécies vegetais em que se identificaram o maior número de fungos endofíticos foram Vernonia condensata, Punica granatum e Morus nigra. Todos os fungos recuperados neste trabalho apresentaram características estritamente endofíticas, não manifestando patogenicidade nas espécies hospedeiras. Dentre os fungos detectados, especial atenção deve ser dada ao gênero Fusarium, uma vez que inúmeras espécies deste gênero são conhecidas produtoras de micotoxinas e constituem-se em importantes patógenos pós-colheita.


Author(s):  
Elisangela Dorigon ◽  
Danieli Tomazi ◽  
Marluci Bedin ◽  
Silvia Mara Zanela Almeida

As plantas medicinais sempre fascinaram a humanidade, tanto pela sua composição que pode trazer benefícios significativos à saúde quanto pela sua diversidade. Em relação a diversidade, a quantificação do seu valor nas comunidades, mede­se através da fórmula de “ valor de uso”. A qual está relacionado à adaptação que cada espécie possui para desenvolver­se no ambiente cultivado. O objetivo da pesquisa foi verificar o valor de uso das espécies medicinais utilizadas na região oeste de Santa Catarina, nativas da Mata Atlântica Para obtenção dos dados, foi realizada uma entrevista com 190 pessoas da região oeste catarinense, por meio de um questionário on­line, mediante aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Com os dados planilhados no Excel, o cálculo do valor de uso das espécies nativas da região foi realizado a partir da fórmula de Phillips (1993) UVis=∑Usi/nis, considerando o mínimo de informantes em relação a cada espécie dividido pelo total de informantes, caracterizado pelo escore de 0 a 1. Entre os resultados destacaram­se as espécies com maiores valores de uso na região Oeste de Santa Catarina são: Matricaria chamomilla (0,421), Achyrocline satureioides (0,326), Melissa officinalis (0,305), Mentha piperita (0,237), Peumus boldus molina (0,174), Maytenus ilicifolia (0,126), Zingiber officinalis (0,084), Malva silvestres (0,079), Rosmarinus officinalis (0,068) e Salvia officinalis (0,068). Dessas, destacam­se como nativas da mata Atlântica a Achyrocline satureioides e a Maytenus ilicifolia, mais conhecidas como “marcela” e “espinheira­santa”, respectivamente. Ainda, conforme o valor de uso e pertencente aos nativos da mata Atlântica, destaca­se o “guaco”, Mikania glomerata (0,032). Conclui­-se que o conhecimento sobre o valor de uso reforça a importância de discutir a exploração das espécies nativas. O resgate do conhecimento local das espécies vegetais pode contribui para a conservação e manejo dos recursos naturais.


2021 ◽  
Author(s):  
Elisangela Bini Dorigon ◽  
Danieli Tomazi ◽  
Marluci Bedin ◽  
Silvia Mara Zanela Almeida

Introdução: Desde os primórdios até o presente momento observa-se que a utilização de plantas medicinais como forma alternativa para tratamentos, traz benefícios significativos à saúde. Assim, o valor de uso das plantas medicinais é relacionado à adaptação que cada espécie possui para desenvolver-se no ambiente cultivado. Objetivo: Logo, o objetivo é verificar o valor de uso das espécies medicinais utilizadas na região oeste catarinense, nativas da mata Atlântica. Material e Métodos: A entrevista com 190 coletas válidas ocorreu por meio de um questionário on-line, disponibilizado nas redes sociais à população, mediante a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Com os dados planilhados no Excel, o cálculo do valor de uso das espécies nativas da região foi realizado a partir da fórmula de Phillips (1993) UVis=∑Usi/nis, considerando o mínimo de informantes em relação a cada espécie dividido pelo total de informantes, caracterizado pelo escore de 0 a 1. Resultados: Os resultados apresentaram que as espécies com maiores valores de uso na região oeste de Santa Catarina são: Matricaria chamomilla (0,421), Achyrocline satureioides (0,326), Melissa officinalis (0,305), Mentha piperita (0,237), Peumus boldus molina (0,174), Maytenus ilicifolia (0,126), Zingiber officinalis (0,084), Malva silvestres (0,079), Rosmarinus officinalis (0,068) e Salvia officinalis (0,068). Dessas, destacam-se como nativas da mata Atlântica a Achyrocline satureioides e a Maytenus ilicifolia, mais conhecidas como “marcela” e “espinheira-santa”, respectivamente. Ainda, conforme o valor de uso e pertencente aos nativos da mata Atlântica, destaca-se o “guaco”, Mikania glomerata (0,032). A mata Atlântica tem domínio em todo o estado catarinense e por isso, abriga uma diversidade exuberante de recursos vegetais. A “marcela” é uma planta herbácea consagrada principalmente na região Sul do Brasil com o amplo uso na medicina tradicional devido às crenças locais. a “espinheira-santa” bastante explorada para fins de tratamentos alternativos pela sua numerosidade em terreno brasileiro. Conclusão: Portanto, o estudo sobre as plantas medicinais nativas da mata Atlântica e o valor de uso de cada espécie na região oeste catarinense, proporciona conhecimento quanto a eficácia do cultivo proposital para possíveis tratamentos alternativos à saúde humana.


2014 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 43-49
Author(s):  
A. Chaicouski ◽  
J.E. Silva ◽  
J.L.F. Trindade ◽  
M.H.G. Canteri
Keyword(s):  

2021 ◽  
Vol 66 (1) ◽  
pp. 147-156
Author(s):  
Ю.О. Теселкин ◽  
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И.В. Бабенкова ◽  
Л.А. Павлова ◽  
А. Ли ◽  
...  
Keyword(s):  

Исследована антиоксидантная способность водных извлечений из йерба мате и некоторых полифенольных компонентов мате - кверцетина, рутина, хлорогеновой и кофеиновой кислот. Водные извлечения из мате дозозависимым образом обесцвечивали катион-радикалы 2,2’-азинобис(3-этилбензотиазолин-6-сульфоновой кислоты) и вызывали появление латентного периода хемилюминесценции люминола, индуцированной 2,2’-азобис(2-амидинопропан)дигидрохлоридом. Исследованные вещества в порядке уменьшения антиоксидантной способности, представленной в виде тролокс-эквивалентов, в обеих модельных системах составили следующую последовательность: кверцетин - рутин - хлорогеновая кислота - кофеиновая кислота. Антиоксидантная способность кверцетина была выше, чем у хлорогеновой и кофеиновой кислот. С использованием хемилюминесцентной системы установлено повышение антиоксидантной способности плазмы крови у здоровых добровольцев через один и два часа после однократного употребления чайного напитка, приготовленного из 8 г мате. Полученные результаты показывают, что водные извлечения из йерба мате могут использоваться для создания фитопрепаратов с антиоксидантным действием.


2017 ◽  
Vol 42 (11) ◽  
pp. 1172-1178 ◽  
Author(s):  
Ana C. Colpo ◽  
Maria Eduarda de Lima ◽  
Marisol Maya-López ◽  
Hemerson Rosa ◽  
Cristina Márquez-Curiel ◽  
...  

Immobilization induces oxidative damage to the brain. Ilex paraguariensis extracts (Mate) and their major natural compound, chlorogenic acid (CGA), exert protective effects against reactive oxygen species formation. Here, the effects of Mate and CGA on oxidative damage induced by chronic immobilization stress (CIS) in the cortex, hippocampus, and striatum were investigated. For CIS, animals were immobilized for 6 h every day for 21 consecutive days. Rats received Mate or CGA by intragastric gavage 30 min before every restraint session. Endpoints of oxidative stress (levels of lipid peroxidation, protein carbonylation, and reduced (GSH) and oxidized (GSSG) forms of glutathione) were evaluated following CIS. While CIS increased oxidized lipid and carbonyl levels in all brain regions, CGA (and Mate to a lesser extent) attenuated lipid and protein oxidation as compared with control groups. GSH/GSSG balance showed a tendency to increase in all regions in response to stress and antioxidants. Taken together, our results support a protective role of dietary antioxidants against the neuronal consequences of stress.


Author(s):  
Alexandre Lorini ◽  
Fernanda Mateus Damin ◽  
Diogo Noin Oliveira ◽  
Rosane Lopes Crizel ◽  
Helena Teixeira Godoy ◽  
...  

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