Ana Patrícia Pereira-de-Souza
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Ana Patrícia Pereira-de-Souza
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Conceição Eleonora Ferreira-Vasconcelos
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Conceição Eleonora Ferreira-Vasconcelos
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JOÃO RAFAEL VALENTIM-SILVA
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Durante a gestação, o corpo da mulher transforma-se para adaptar-se a um novo ser que está sendo gerado. Dentre as mudanças orgânicas, as que ocorrem no sistema urinário são destacadas neste estudo, em especial a incontinência, pelo fato de, mesmo que mínima, poder ser vivenciada de forma dramática pela mulher jovem. O objetivo do estudo foi investigar a prevalência de incontinência urinária (IU) durante a gravidez. O método que orientou a pesquisa foi do tipo exploratório quantitativo, uma vez que se utilizou estatística descritiva e inferencial do tipo ex-post-facto, de campo. Foi selecionada uma amostra de 501 mulheres portadoras de gravidez única, em uma maternidade no município do Rio de Janeiro. Para a coleta dos dados, utilizou-se entrevista estruturada, utilizando-se da Versão Curta do Questionário para Avaliação de Incontinência. Os resultados apontaram que 31,1% queixaram-se de IU na gestação; dessas 3,2% apresentaram o sintoma no primeiro trimestre, 21,8% no segundo e 75,0% no terceiro trimestre da gestação. As variáveis cor/raça; índice de massa corporal; microssomia; parto vaginal anterior; e episiotomia; e/ou laceração perineal não mostraram associação com IU na gestação. Concluiu-se que, no grupo selecionado, houve maior prevalência de IU no terceiro trimestre da gravidez, que os fatores de risco investigados não foram associados à IU, porém os incômodos de natureza social e higiênica devem ser considerados.
Palavras-chave: Incontinência Urinária. Gestante. Bem-estar Materno.