scholarly journals ESPAÇO E INSPIRAÇÃO EM “CANTIGA DE ESPONSAIS” DOI: 10.5216/lep.v17i1.30435

2014 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
Author(s):  
Luciana Moura COLUCCI DE CAMARGO ◽  
Ana Carolina SANCHES BORGES

No presente artigo, pretende-se analisar o conto de Machado de Assis, “Cantiga de esponsais”, a partir da construção do espaço sob uma perspectiva topoanalista. Para tanto, estudos críticos de teóricos como Edgar Allan Poe (1997), Gaston Bachelard (1989), Iuri Lotman (1978) e Borges Filho (2007), entre outros, serão de grande valia uma vez que todos esses pesquisadores tratam o espaço como uma categoria extremamente relevante para o texto literário. Ademais, será enfatizada a escritura contística de Machado no sentido de demonstrar como o pensamento desse escritor em relação à abordagem espacial coaduna-se com as reflexões dos teóricos antes mencionados. Em conjunto, teórica e artisticamente, esses pensadores valoram sobremaneira o espaço literário.

2011 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 221-226 ◽  
Author(s):  
Renata Philippov

2016 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 103-116
Author(s):  
Bianca Fida Corrêa

Este trabalho procura apontar as principais diferenças entre as estruturas presentes em três traduções do poema “The Raven” de Edgar Allan Poe, assim como compará-las à estrutura do poema original. Para tal, foram escolhidas as traduções de Machado de Assis, de Emílio de Menezes e de Alexei Bueno, principalmente pelo fato de possuírem tantas divergências entre si. Além da análise das estruturas, serão também apontados os possíveis motivos que estão por trás das escolhas tradutórias realizadas pelos três autores. Considerando a importância de “The Raven” como poesia – em especial sua estrutura impecável –, e de Edgar Allan Poe como autor e poeta, procura-se identificar as diferenças presentes nas traduções e como as mesmas se deram, sem a intenção de escolher a melhor tradução. O foco é, portanto, em levantar essas divergências e os motivos que levaram às mesmas, a fim de explorar e mostrar ao leitor-tradutor algumas características do processo tradutório.


2019 ◽  
Vol 18 ◽  
pp. 35-44
Author(s):  
Dário Borim Jr.

Enfocando contos e romances de Luis Fernando Verissimo, este ensaio discute a robusta semelhança de aspectos estilísticos e temáticos entre o autor gaúcho e três mestres da narrativa oriundos de diferentes tradições literárias: o estadunidense Edgar Allan Poe, o argentino Jorge Luis Borges, e o brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis. Exploram-se as facetas que dão coesão e dinamismo crítico ao tipo de escrita estranha e desconcertante praticada por Verissimo. Sua narrativa, como tal, emprega narradores extremamente criativos. Eles não apenas questionam a própria linguagem humana e negociam conexões simbólicas e coincidências entrecortadas entre vida e arte. Mesclam-se, também, fatos e ficções, mitos clássicos e afazeres banais, que, muito amiúde, se fundem em meio ao bizarro e ao imponderável nos eventos do dia-a-dia.


2006 ◽  
Vol 13 (suppl) ◽  
pp. 55-70 ◽  
Author(s):  
João Zanetic

Este artigo defende a aproximação entre física e literatura como uma forma útil de interpretar o mundo. Utilizo nessa aproximação a filosofia de Gaston Bachelard, explorando sua discussão sobre perfis epistemológicos em que comparecem doutrinas filosóficas que vão do realismo ingênuo ao ultra-racionalismo, compreendendo entre elas o empirismo determinista da física clássica e a indeterminação da física contemporânea. Destaco estas últimas porque analiso, de forma metafórica, os perfis epistemológicos de alguns escritores importantes do século XIX e início do século XX que são exemplos de transição entre aquelas duas doutrinas filosóficas. A ponte aqui será mais explicitamente a transformação do papel do escrito literário na passagem da visão de mundo influenciada pela física clássica, representada pelos escritores Edgar Allan Poe, Gustave Flaubert, Emile Zola e Augusto Zaluar, para aquela que nasceria influenciada pela física contemporânea, exemplificada pelos escritos de Fiódor Dostoiévski e William Faulkner.


AmeriQuests ◽  
2015 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Renata Philippov

Much has been published and discussed in relation to Edgar Allan Poe’s and Charles Baudelaire’s intertextual dialogues, as well as to the French reception of Poe’s writings and aesthetic theories through Baudelaire’s translations and essays. Likewise, there have been several studies in Brazil comparing Poe’s and Brazilian writer Machado de Assis’ short stories and individual aesthetic theories, as well as studies regarding Baudelaire’s aesthetic reception in 19th century Brazilian literature. However, despite some academic studies and papers in Brazil referring more closely to their literary projects and their possible intertextual bindings, a deeper study into how Machado de Assis may have actually read and subverted Poe’s writings so as to fit it within his own framework and thus help foster his project of defending the formation of a national literary identity still needs to be carried out. The same may be said about both Baudelaire’s role in Poe and Machado de Assis’ literary encounter and Machado de Assis’ reception of Baudelaire’s aesthetic theories and poetics. In this paper, therefore, I want to take a transatlantic voyage while addressing the question of how Machado de Assis may have actually incorporated and, paradoxically, subverted Poe’s and Baudelaire’s imagery, topoi and aesthetics into his own literary project. Two broad aspects regarding the three authors’ writings will be tackled: the universe of mind and man’s isolation vis-à-vis society, within the scope of the fantastic as a genre. To do so, I will focus on “Só!” [Alone/Lonely], a short-story published by Machado de Assis in 1885, thus aiming at addressing how the self, the wanderer and the observer appear in this story and how they dialogue with the same figures in some of Poe’s and Baudelaire’s writings.


2010 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 232
Author(s):  
Roxana Guadalupe Herrera Alvarez

A partir do ensaio "Kafka y sus precursores", de Jorge Luis Borges (1899-1986), faz-se uma incursão pelo terreno do conto, relacionando as visões que Edgar Allan Poe (1809-1849), Machado de Assis (1839-1908) e Julio Cortázar (1914-1984) possuem sobre esse gênero. Propõe-se uma possível conexão entre os três escritores, considerados mestres do conto, pela via da proposta do ensaio borgeano, destacando as similaridades dos enfoques que pautam a elaboração artística dos contos dos três autores. Dá-se destaque à relação comprovada entre Poe e Machado de Assis e entre Poe e Cortázar, expondo a possibilidade de pensar também numa relação estreita entre Machado de Assis e Cortázar.


Author(s):  
Marcelo Pacheco Soares

Este artigo investiga as características da produção contística de Murilo Rubião e suas principais influências (Edgar Allan Poe, Machado de Assis, Franz Kafka, textos bíblicos) com base nas evidências identificadas em seu conto metalinguístico “Marina, a Intangível”.


Author(s):  
Leonardo Parisi ◽  
Genilda Azerêdo

Este artigo tem por objetivo analisar a presença de recursos metaficcionais em dois contos de Edgar Allan Poe: O Retrato Ovalado e A Queda da Casa de Usher. Estas narrativas apresentam diferentes formas de representação de recursos metaficcionais, permitindo uma ampla visão de como tais recursos podem ser desenvolvidos na literatura. A autorreflexão e a autoconsciência, como técnicas exploradas em obras metaficcionais, apresentam uma instigante maneira de se ler literatura, na qual a participação do leitor é peça fundamental. Um crescente número de romances que se utilizam dessas técnicas metaficcionais surgiu no século XX, como parte do movimento pós-modernista, assim como uma sistematização teórica sobre o tema e suas influências na literatura. Contudo, o uso da metaficção pode ser encontrado em narrativas bem mais antigas, como em muitos trabalhos de grandes escritores, como Cervantes, Machado de Assis, e Edgar Allan Poe, sendo os dois últimos importantes nomes da literatura do século XIX. 


2019 ◽  
Vol 15 (26) ◽  
pp. 146
Author(s):  
Paul Dixon

Mundo interior (1880, Machado de Assis) mostra como o autor antecipou conceitos de espaço que seriam expostos muitos anos depois pelo filósofo fenomenológico Gaston Bachelard. No poema, a vasta paisagem ao ar livre, tanto geográfica como humana, tem uma relação correspondente e inversa com uma profundidade de contemplação. Exemplos do romance Quincas Borba, no qual os personagens são atraídos para olhar através das janelas quando estão envolvidos em seus pensamentos mais íntimos, mostram como o padrão de “imensa intimidade” se estende além do poema em questão para as imagens das obras ficcionais de Machado.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document