Jorge Tadeu De Freitas
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Joseina Moutinho Tavares
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Sandra Regina Novaes de Oliveira Luz
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Antônio Jorge R. Baptista
Diante dos riscos que o Urânio apresenta à saúde dos seres humanos e ao Meio Ambiente, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Meio Ambiente do Brasil estabeleceram limites normativos para a concentração de Urânio em águas tratadas, subterrâneas e mananciais nas seguintes legislações: Portaria MS Nº 2914/2011, Resolução CONAMA 396/2008 e Resolução CONAMA 357/2005, respectivamente. Internacionalmente, já existe a preocupação com Urânio, por diversos órgãos reguladores e agências de saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Com o objetivo de se atender aos baixos limites analíticos preconizados na Legislação, é necessário o desenvolvimento de metodologias analíticas sensíveis e confiáveis para a determinação de Urânio. A técnica da Espectrometria Óptica por Plasma Indutivamente Acoplado (ICP OES) tem sido muito empregada na análise de amostras de águas, por apresentar maior sensibilidade do que a técnica por Absorção Atômica por Chama (FAAS), boa relação custo benefício em relação à Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS) e dispensar o tratamento prévio no caso das amostras de água potável.Neste trabalho foi desenvolvido um método analítico para a determinação de Urânio em amostras de águas tratadas pela técnica de ICP OES, com um equipamento com tocha de vista axial e sistema de cone para eliminação da zona fria do plasma. Também foi investigada a interferência dos metais Sódio, Magnésio e Cálcio, conhecidos como Elementos Facilmente Ionizáveis (EIE). Estes metais estão presentes em concentrações elevadas em regiões de clima seco e semi-árido ou de áreas de captação de água de mananciais que sofrem influência de águas marinhas. Para este estudo foram empregados mais dois equipamentos: um ICP OES com tocha de vista axial e sistemas Shear Gas para a eliminação da zona fria do plasma e um ICP-MS. Os resultados obtidos mostram que as presenças destes interferentes (Ca, Mg, Na) em concentrações elevadas podem causar erros na determinação de Urânio com resultados falsos positivos, em equipamentos de ICP OES que empregam o sistema de cone para eliminação da zona fria do plasma.