scholarly journals Looking for Orion: literature at the interface of cosmopolitanism and translocation

2009 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 61-78
Author(s):  
Laura Izarra

Resumo: Este ensaio apresenta a Literatura como um novo local, um espaço translocal, que consiste em vários espaços fraturados e conectados de conhecimentos. Usando como metáfora a escultura do artista irlandês Rowan Gillespie Looking for Orion analisarei como essa interconexão de espaços abre novos caminhos de representações literárias que compreendem não só as contradições internas da modernização (Theodor Adorno and Max Horkheimer), mas também outras formas de irregularidade e estranhamento que revelam estados da mente específicos não familiares com a racionalização. Ultrapassando as fronteiras dos textos literários na interface com língua, pintura, música, cinema e multimídia, farei uma re-visão dos velhos dramas sociais mundiais, como a fome, a migração e o nacionalismo desde um ponto de vista crítico multi-axial em que a literatura já é um espaço translocal institucional. É o espaço da memória e da imaginação que re-conta narrativas cosmopolitanas suspensas e mitos que estão abertos ao passado e ao presente. A arte da escrita se encontra num ponto de mutação ao interrogar “a imagem ‘eterna’ do passado” (Walter Benjamin), questões de identidade e subjetividade. Analisarei três contos como exemplo de confluência cosmopolitana: “Hunger” (1928) do escritor irlandês James Stephens, “Hunger” (1997) da escritora indiana Kamala Markandaya, e “The Chandelier” (2002) do escitor libanês-americano Gregory Orfaela.Palavras-chave: literatura; espaço translocal; leitura crítica multi-axial.Abstract: This essay discusses Literature as a new kind of location, a trans-location consisting of fractured and variously connected spaces of knowledges. Taking Rowan Gillespie’s sculpture “Looking for Orion” as a metaphorical starting point, I argue how that interconnection of spaces opens up alternative ways of literary representations that will apprehend not only the internal contradictions of modernization (Theodor Adorno and Max Horkheimer) but also other forms of unevenness and strangeness that disclose specific states of mind unfamiliar with rationalization. Moving beyond the edge of literary texts at the interface of language, painting, music, cinema, and multimedia sources, I would like to re-vision old world social dramas, such as the famine, migration, and nationalism from a multi-axial critical perspective in which literature is already an institutional translocation. It is the space of memory and imagination that retells cosmopolitan suspended narratives and myths that are open both to the past and the present. The art of writing is brought to a turning point questioning “the ‘eternal’ image of the past” (Walter Benjamin), issues of identity and subjectivity. I analyse three short stories as an example of cosmopolitan confluence: James Stephens’s “Hunger” (1928), Kamala Markandaya’s “Hunger” (1997) and George Orfaela’s “The Chandelier” (2002).Keywords: literature; translocation; multi-axial critical reading.

Author(s):  
Mary Youssef

Al-Nubi and Sunset Oasis re-write the past experiences of Nubian and Amazigh minorities with postcolonial and colonial institutions, respectively, to reveal their unjust policies of “differentiation” and/or eradication of difference. The novels depict critical and dynamic areas of interaction and tension among their racially and culturally diverse characters, on one level, and among the allegedly homogenous Nubian and Amazigh communities, on the other, to disrupt essentialist perceptions of these significant groups. The distinct character of each novel lies in what Walter Benjamin describes as the authors’ “craftsmanship” and ability to draw from experience, theirs or others’, in storytelling. The chapter identifies that ᶜAli treats Nubian subordination from a shaᶜbi/public writer’s position, while Tahir adopts an intellectual’s stance in addressing the Amazigh’s. It examines how ᶜAli’s and Tahir’s commonality of goal and critical perspective, yet difference in treating state marginalization of both Nubians and Amazigh translate in their unique aesthetic choices.


2020 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 194-210
Author(s):  
David Gonçalves Borges

Este artigo tem por objetivo analisar comparativamente as semelhanças contidas nas críticas à democracia liberal presentes em alguns trabalhos selecionados de Carl Schmitt (1888-1985) e Robert Kurz (1943-2012). A despeito da estreita associação do primeiro autor com o regime nazista após 1933 e do segundo ser normalmente caracterizado como um pensador marxista (embora bastante crítico ao marxismo “ortodoxo”), são verificáveis inúmeras similitudes entre ambos quando se propõem a analisar as características do liberalismo parlamentar das democracias do século XX. Uma hipótese que pode explicar tais semelhanças seria a influência exercida por Schmitt sobre diversos teóricos da escola de Frankfurt, com os quais Kurz frequentemente dialoga em seus escritos e que foram inspiradores de algumas de suas reflexões – em especial, Walter Benjamin, Theodor Adorno e Max Horkheimer, embora Schmitt também tenha influenciado Franz Neumann, Otto Kirchheimer, Karl Korsch e Herbert Marcuse. Outra via de interpretação abordada aqui se refere à possibilidade de Schmitt ter encontrado, em suas teorias sobre o Estado e sobre o direito, os limites epistemológicos do liberalismo moderno, o que constitui o principal objeto de pesquisa de Kurz e foi tema recorrente nos escritos dos teóricos de Frankfurt.


2021 ◽  
pp. 53-64
Author(s):  
Azer Binnatli

The development of technology leads to mechanical reproduction of artworks. This tendency brings the paradox whether mechanical reproduction of artworks enlightens or blinds society. Optimistic perspective of Walter Benjamin and Lippmannian school on reproducibility faces pessimistic view of Theodor Adorno and Max Horkheimer. Thus, the main aim of this paper is to compare W. Lippmann, W. Benjamin, T. Adorno and M. Horkheimer’s views and summarize by checking suitability of two schools’ perspectives in advanced technological century.


2018 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
pp. 29
Author(s):  
Aluísio Ferreira de Lima

O objetivo desse ensaio é discutir, a partir das proposições teóricas da Teoria Crítica da Sociedade, sobretudo aquelas acerca da pobreza da experiência, indústria cultural e racionalidade técnica, apresentadas por Max Horkheimer, Theodor Adorno e Walter Benjamin, o processo de apropriação da violência presente nas experiências de guerra pela indústria cultural. Especificamente, como a indústria cultural tem oferecido a violência como uma mercadoria ligada ao entretenimento a partir dos jogos virtuais de guerra (videogames), conseguindo, assim, realizar a administração da experiência pelo entretenimento. Para tanto, a análise parte da apresentação das proposições de Adorno e Horkheimer acerca dos significados de Auschwitz e da contribuição de Benjamin no que se refere à experiência inarrável dos soldados na guerra. Em seguida, explora-se a estreita relação entre a indústria cultural e sua  relação inseparável com a publicidade, de modo a preparar o/a leitor/a para as proposições acerca da forma como essa relação tem se apropriado dos jogos virtuais de guerra enquanto um instrumento para a implementação da racionalidade técnica e mercadológica, que sustenta a própria indústria cultural e contribui para a pobreza da experiência, vivida agora enquanto uma condição positiva da barbárie que recusa qualquer semelhança com o humano.


CEM ◽  
2020 ◽  
pp. 45-56
Author(s):  
Isabella Alessandra Cortada Roberto

: To remember and to forget are actions that involve selection of information, which means that it is impossible to remember without forgetting. Being the collective memory a social construct and a factor of identity for any community, how are we supposed to live with forgetfulness? How are we to live upon the deletion of the past (de-memorizing)? To counteract the silences and the unsaid it is possible to think of underground memories that express the spoken word of the excluded and the neglected from the official memory. Shaping a new writing and a new literature, innumerous authors consecrated thus their experiences of pain and trauma caused by Shoah. It is their examples of life and writing that we bring forward into confrontation, resorting to a conceptual frame that will also be supported by such thinkers as Michael Pollack, Theodor Adorno, Giorgio Agamben, Hannah Arendt or Walter Benjamin


2019 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 178-258
Author(s):  
Luciano Gatti

O artigo examina os pontos de convergência e divergência teóricas na Correspondência entre Walter Benjamin e Theodor Adorno, ou seja, a ideia de um projeto intelectual comum a ambos, bem como o desenvolvimento por cada um dos autores de concepções de crítica, materialismo e de dialética próprias. Nesse contexto, são de especial interesse as discussões em torno do projeto das Passagens de Benjamin e o vínculo dos autores com o Instituto de Pesquisa Social, presidido por Max Horkheimer.


Author(s):  
Jéfferson Balbino ◽  
Marcela Verônica Da Silva

A programação televisiva infantil brasileira surge como um elemento lúdico graças à influência do teatro. Porém, aos poucos, passa a adquirir identidade própria que não deixa de ter a interferência da indústria cultural, ou cultura de massa. Assim, no presente artigo busca-se traçar o perfil dessa programação ao longo do tempo, desde o seu surgimento no Brasil até os dias atuais. Para tanto, toma-se como exemplo as diversas adaptações d’O Sítio do Picapau Amarelo de Monteiro Lobato para a televisão, em especial a última versão produzida pela TV Globo em 2001. Como referencial teórico, serão utilizadas algumas considerações sobre o lúdico, presentes nos trabalhos de Johan Huizinga e Walter Benjamin e reflexões de Theodor Adorno, Max Horkheimer e Edgar Morin a respeito da indústria cultural.  


2017 ◽  
Vol 9 (17) ◽  
pp. 44-69
Author(s):  
Carolina Diamantino Esser Santana

O ensaio traz como base a crítica ao capitalismo, no que se refere aos efeitos negativos que ele impõe aos indivíduos, a partir dos estudos da primeira geração da Escola de Frankfurt. Analisar-se-á a história das ideias a partir de Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Max Horkheimer. Benjamin afirma que vive-se a perda da aura das obras de arte, já que a sua comercialização faz com que se perca a essência daquelas obras. Ademais, a imposição da novidade às obras e aos produtos consumidos representa uma ferramenta de manipulação do capitalismo, culminando na pobreza da experiência humana. Marcuse afirma que a sociedade vive o princípio do desempenho, que provoca modos de vida uniformizados, baseados numa concepção de trabalho e diversão homogêneos. Adorno propôs que o tempo livre provocava uma sensação de liberdade nos indivíduos, mas, na realidade, tratava-se do exercício de uma não liberdade, já que as formas de diversão seguiam à risca os padrões exigidos pelo capital. A partir do método adotado pela própria Teoria Crítica, afirma-se que a presente discussão teórica só se torna efetiva quando aplicada à prática, à sociedade atual.


2020 ◽  
Vol 6 (3) ◽  
pp. a12en
Author(s):  
Elisabete da Silva Barbosa

The objective of this work is to take literary representations of the shanty towns to discuss the way the unequal occupation of spaces impacts the contagion index of COVID-19, which in Brazil represents a higher mortality probability among the Afro-descendant population, which is mostly resident of degraded spaces in the city. To this end, spatial representations developed in the literary field work as a starting point for reflections on the center and periphery relationship and, consequently, for analyzing how the many discourses generated can make some places and, thus, their residents invisible.


1996 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
Author(s):  
Paul Grosswiler

Abstract: The purpose of this paper is to help reclaim McLuhan's media and social / historical theories for critical theory, arguing that McLuhan employed a form of dialectical theory containing basic elements of dialectics developed by Hegel, Marx, and, later, his contemporaries of the Frankfurt School. This essay will examine McLuhan's published writings for analysis of his dialectical methodology and compare his work closely with the work of Walter Benjamin, and the work of Max Horkheimer and Theodor Adorno, lines of inquiry paralleling Judith Stamps's Unthinking Modernity. The central argument is that McLuhan's method, like Marx's radical dialectical method, was not a mechanistic, technological determinism. Instead, McLuhan was mining the interstices of media interaction for openings that allow human awareness and autonomy. This study attempts to reclaim McLuhan by showing that his method was open-ended and processual, not only in his early work, but in the later and posthumous work as well. Résumé: Cet essai cherche à ramener au sein de la théorie critique les théories médiatiques et socio-historiques de McLuhan, en insistant sur le fait que la forme de la théorie dialectique qu'il emploie est basée sur les dialectiques élaborées par Hegel, Marx et plus tard par les contemporains de McLuhan, à savoir les membres de l'Ecole de Francfort. En se penchant sur les écrits publiés de McLuhan, cet essai analyse sa théorie dialectique et procède à une comparaison approfondie de ses oeuvres à celles de Walter Benjamin, Max Horkheimer et Theodor Adorno--une recherche qui nous rappelle Unthinking Modernity de Judith Stamps. L'argument principal est que la méthode de McLuhan, de même que la méthode dialectique radicale de Marx, ne représentait en aucun cas un déterminisme mécaniste et technologique. McLuhan examine plutôt les interstices de l'interaction des médias pour y trouver les ouvertures qui permettraient une conscience humaine et une autonomie plus grandes. Cette étude essaye de revendiquer l'importance des écrits de McLuhan en montrant que sa méthode était sans limites fixes et suivait un processus précis, non seulement dans ses premiers ouvrages, mais également dans son oeuvre mûre et dans ses publications posthumes.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document