Entre o mestre e o discípulo nas Migalhas Filosóficas: a existência educadora em Kierkegaard

2018 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 155-174
Author(s):  
Fransmar Costa Lima

Resumo: O artigo que ora se apresenta é, na realidade, um pequeno ensaio que tem por finalidade indagar a importância da educação no pensamento de Søren Kierkegaard e investigar se, no âmbito da existência como possibilidade, uma educação voltada para a subjetividade se mostra efetiva diante dos debates acerca da liberdade e da singularidade do indivíduo. Pouco se debate sobre o conceito de educação em Kierkegaard, porém, acreditamos que se trata de um ponto basilar no pensamento do filósofo dinamarquês, conforme buscamos demonstrar, e deve ser objeto de maiores pesquisas, estudos e reflexões. Tomamos como referência para o início desse debate textos como as Migalhas Filosóficas e o Post-Scriptum, onde a subjetividade e a singularidade aparecem como conceitos fundamentais.Palavras-chave: Educação. Existência. Singularidade. Subjetividade. Kierkegaard. Abstract: The present article is, in fact, a small essay whose purpose is to investigate the importance of education in Søren Kierkegaard's thinking and to investigate whether, in the scope of existence as a possibility, an education focused on subjectivity is effective before the debates about the freedom and the singularity of the individual. There is little debate about the concept of education in Kierkegaard, but we believe that this is a basic point in the thinking of the Danish philosopher, as we seek to demonstrate, and should be the object of further research, study and reflection. We take as reference for the beginning of this debate texts such as the Philosophical Fragments and the Post-Scriptum, where subjectivity and singularity appear as fundamental concepts.Keywords: Education. Existence. Uniqueness. Subjectivity. Kierkegaard. REFERÊNCIASALMEIDA, J.M A alteridade na construção da ética de Kierkegaard e Lévinas. In:  Revista Controvérsia - Vol. 6, n° 1: 36-45 (jan-mai 2010), São Leopoldo: UNISINOS, 2010.KIERKEGAARD, Søren. Diario: 1847-1848, Vol. 4. 3ª ed. A cura di Cornelio Fabro. Brescia: Morcelliana, 1980. (D 4)._______. Opere. Sansoni Editore. Milano: 1993._______. Postilla Conclusiva no Scientifica alle Briciole di Filosofia. In: Opere. Tradução e organização de Cornélio Fabro. Sansoni Editore: Milano, 1993._______. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discurso. Tradução de Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 2005._______. Três Discursos Edificantes de 1843. Tradução de Henri Nicolay Levinspuhl.  Publicação do Tradutor. Rio de Janeiro:  2000.KIERKEGAARD, Søren. Migalhas filosóficas ou um bocadinho de filosofia de João Climacus. Tradução de Álvaro Valls, e Ernani Reichmann. Petrópolis: Vozes, 2001._______. O conceito de Ironia: constantemente referido à Sócrates. Tradução de Álvaro Valls, e Ernani Reichmann. Vozes: Rio de Janeiro, 1997._______. Johannes Climacus ou É preciso duvidar de tudo. Tradução Silvia Saviano Sampaio e Álvaro Valls. Martins Fontes: São Paulo, 2003._______. Diário Íntimo. Tradução de Maria Angélica Bosco. Santiago Rueda: Buenos Aires, 1989MARTINS, J.S.; VALLS, A. L. M. (orgs.). Kierkegaard no nosso tempo. Nova Harmonia: São Leopoldo: 2010. 

Revista Prumo ◽  
2019 ◽  
Vol 4 (7) ◽  
pp. 166-181
Author(s):  
Mariana Lydia Bertoche

The present article traces relations between three objects of analysis: some works from the photographic series “Buena Memória” by the Argentinian Marcelo Brodsky, the Memorial da Resistencia de São Paulo and the Ocupa DOPS movement in Rio de Janeiro; evidencing the importance of having institutional spaces which promote exhibitions with artistic productions about memory in the Fluminense capital. The text analyses the photograph “La Clase” and its “Puente de La Memória” with the city of Buenos Aires, relating its reflections with the history and potential of these two places of memory in Brazil as possible spaces of an art educational non-hegemonic and freeing narrative.


2018 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 93-123
Author(s):  
Jorge Miranda Almeida

Resumo: Esse artigo apresenta uma abordagem existencial e ética entre o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard e o educador brasileiro Paulo Freire. Partindo dessas duas referências, tratamos a possibilidade de uma educação ético-existencial de forma crítica diante do debate pela liberdade do indivíduo tendo como perspectiva a existência-ética no engajamento e no compromisso para com a pessoa humana. A abordagem deste artigo envolve ainda a educação diante da subjetividade e sua recepção social, cultural e política, tendo em vista o contexto de nosso tempo.Palavras-chave: Educação. Subjetividade. Liberdade. Kierkegaard. Paulo Freire. Abstract: This article presents an existential and ethical approach between the Danish philosopher Søren Kierkegaard and the Brazilian educator Paulo Freire. Starting from these two references, we deal with the possibility of an ethical-existential education in a critical way before the debate for the freedom of the individual, taking into account ethical existence in the engagement and commitment to the human person. The approach of this article also involves the education before the subjectivity and its social, cultural and political reception, taking into account the context of our time.Keywords: Education. Subjectivity. Freedom.  Kierkegaard. Paulo Freire. REFERÊNCIASAZEVEDO, Jose Andrade. Fundamentos filosóficos da pedagogia de Paulo Freire. Akrópolis, Umuarama, v. 18, n. 1, p. 37-47, jan./mar. 2010.FERNET-BETANCOURT, Raúl. Ética intercultural. (Re) leituras do pensamento latino-americano. São Leopoldo, RS: Nova Harmonia, 2010.FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967._______. Educação e mudança. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979._______. Ação cultural para a liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981._______. Pedagogia do Oprimido. 45. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005._______. Pedagogia da autonomia. 37. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996._______. Política e educação: ensaios. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001._______. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros ensaios. São Paulo: Editora UNESP, 2000.FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.KIERKEGAARD, Søren. A doença para a morte. In: Os pensadores. São Paulo: Editora Abril, 1974._______. Diário. Brescia: Morcelliana, 1980. 12 volumes._______. Gli Atti dell’amore. Milano: Rusconi, 1983._______. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discurso. Tradução de Álvaro Valls. Petrópolis: Vozes, 2005._______. La dialetica della comunicazione etica ed etico-religiosa. Roma: Edizioni Logos, 1979._______. Due epoche. Roma: Parrini, 1994._______. O conceito de angústia: uma simples reflexão psicológico-demonstrativa direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de Vigilius Haufniensis. Petrópolis: Vozes, 2010._______. Migalhas filosóficas: ou um bocadinho de filosofia de João Climacus. Tradução de Álvaro Valls, e Ernani Reichmann. Petrópolis: Vozes, 1995._______. Post-scriptum conclusivo não cientifico. In: Opere. Milano: Sansoni Editori, 1993._______.  Enten-eller. 6. ed. Milano: Adeplhi Edizioni, 2001_______. Três discursos edificantes de 1849. 3a edição. Traduzido e editado por Henri Nicolay Levinspuhl. Rio de Janeiro: Edição do autor, 2001b. _______. O Instante. Genova: Casa Editrice Marietti, 2001c.LEVINAS, Emmanuel. Liberté et Commandement. Paris: Fata Morgana, 1994.LEVINAS, Emmanuel. Entre nós: ensaios sobre a subjetividade. Petrópolis: Vozes, 1997._______.  Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 2000._______. De Deus que vem à idéia. Petrópolis: Vozes, 2002._______. Autrement qu’être ou au-delá de l’essence. Paris: LGF, 2008.REDIN, Euclides; STRECK Danilo; ZITKOSKI, Jaime Jose. Dicionário Paulo Freire. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.REICH, Wilhelm. Psicologia de massa do fascismo. Porto: Publicações Escorpião, 1974.RICOUER, Paul. O si-mesmo como um outro. Campinas, SP: Papirus, 1991.SIDEKUM, Antonio. Interpelação ética. São Leopoldo, RS: Nova Harmonia, 2003. 


Author(s):  
Carlos Eduardo Comas

Abstract: The inhabitable viaduct is one of the most intriguing design proposals of Le Corbusier. Scholarly attention has focused upon the curvilinear megastructures designed for Rio de Janeiro and Algiers and their connection to the Ville Radieuse, downplaying the introduction of the inhabitable viaduct in São Paulo, and its connection with earlier proposals for Montevideo and Buenos Aires, the Plan Voisin and Ville Contemporaine, when Le Corbusier himself suggested that all these designs make up a sequence. The inhabitable viaduct has been understood as a reaction to non-European landscape and the airplane view, standing for a new sense of the organic in Le Corbusier’s work. A closer inspection of these designs along with Le Corbusier’s pertinent texts and imagery suggests that his architecture from 1929 onwards changes in degree rather than nature. The genesis of the inhabitable viaduct is seen as part of a sequence of topological transformations, informed by specific but generalizable site conditions and a host of precedents, but also, and primarily, as an alternative in Le Corbusier's controversial quest for monumentalizing the modern metropolis. Resumen: El viaducto habitable es una de las propuestas más intrigantes de Le Corbusier. Los estudiosos han concentrado su atención en las mega-estructuras curvilíneas proyectadas para Río de Janeiro y Argelia y en sus conexiones con la Ville Radieuse, menospreciando la introducción del viaducto habitable en São Paulo, y su conexión con las propuestas anteriores para Montevideo y Buenos Aires, el Plan Voisin y Ville Contemporaine, cuando Le Corbusier mismo sugirió que todos eses proyectos forman una secuencia. El viaducto habitable ha sido entendido como una reacción al paisaje no-europeo y a la vista del avión, indicando un sentido nuevo de lo orgánico en la obra de Le Corbusier. Una inspección mas detenida de eses proyectos a la luz de textos e imágenes pertinentes del arquitecto sugiere que su arquitectura del 1929 en adelante sufre un cambio de énfasis y no de naturaleza. La génesis del viaducto habitable se ve aquí como parte de una secuencia de transformaciones topológica, que son informadas tanto por condiciones de situación a la vez específicas y susceptible de generalización cuanto por un conjunto de precedentes, pero también, y primariamente, como una alternativa en la búsqueda controvertida de Le Corbusier por monumentalizar la metrópolis moderna.  Keywords: Inhabitable viaduct/ South America/ Algiers/ Monumentality/ Landscape/ Urbanism. Palabras clave: Viaducto habitable/ Suramerica/ Argelia/ Monumentalidad/ Paisaje/ Urbanismo. DOI: http://dx.doi.org/10.4995/LC2015.2015.949 


Author(s):  
Roberta Guimarães ◽  
Vanessa Marx

A apresentação do Dossiê “Espaços, simbolismos e relações de poder” expõe e comenta sete textos que debatem os processos de produção e simbolização dos espaços, sejam eles classificados como urbano, rural, popular, étnico-racial, de gênero etc. Com o objetivo de intercruzar olhares e fomentar um amplo diálogo, selecionamos pesquisas realizadas em Lisboa, Buenos Aires, Cariri cearense, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. O resultado foi a formação de um corpo de artigos que analisa traços marcantes do tempo presente, como a crescente mercantilização dos espaços, a onda de políticas governamentais de viés conservador e a disseminação de iniciativas de reconhecimento de memórias coletivas. Foram ainda observados como indivíduos e coletividades percebem os locais que habitam, quais ações impetram para garantir seus interesses ou provocar mudanças na ordem social e como determinadas intervenções reificam ou desestabilizam ordenamentos territoriais, diferenças culturais e desigualdades sociais. A partir dos textos, desenhamos um itinerário de leitura dividido em dois grandes eixos. O primeiro composto por análises que privilegiam a compreensão dos processos de financeirização e explorações fundiária, imobiliária, turística e securitária, bem como a operação da máquina política e burocrática do Estado pelos entes privados e seus interesses. E o segundo com estudos que se voltam de forma mais acentuada para o entendimento dos dissensos e conflitos em torno dos modos de ocupação dos espaços e dos pleitos de reconhecimento social de segmentos subalternizados e minoritários.


2019 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 159-169
Author(s):  
Fernanda Roberta Rodrigues Queiroz ◽  
Thales Nascimento Buzan

Este artigo tem como finalidade abordar questões relacionadas à autoria feminina na Literatura Infantil, como a trajetória histórica dessa escrita, a abertura para debates, a desconstrução de estereótipos, a escrita feminina infantil do século XIX e a literatura infantil escrita por mulheres negras. Buscamos abordar, nesse contexto, a representação social da mulher e os caminhos para a escrita infantil junto com uma bagagem ideológica que proporcionou uma grande mudança desse campo literário. Palavras-chave: Literatura Infantil. Autoria feminina. Gênero. Raça. Referências AVANCI, Patrícia. Retratos da mulher na literatura infantil: desigualdades de gênero em uma pré-escola. Monografia (Pedagogia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2004. DUARTE, Cônstancia L. Nísia Floresta. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, 2010. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 16 maio 2019. hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013. HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. São Paulo: Cosac Naify, 2010. LAJOLO, M.; ZILBERMAN, R. Literatura infantil brasileira: história e histórias. 2. ed. São Paulo: Ática, 1985. LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, Campinas, v. 19, n. 2, maio/ago. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf. Acesso em: 24 abr. 2019. MENDONÇA, Simone Cristina. Mulheres e educação no Brasil do Século XIX. Polifonia, Cuiabá, v. 21, n. 30, p. 228-241, jul-dez, 2014. OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. A bonequinha preta. São Paulo: Lê,1938. PINTO, Neusa Baptista. Cabelo ruim?: a história de três meninas aprendendo a se aceitar. Cuiabá: Tanta Tinta, 2007. SANTOS, A. do N. Pátria, nação, povo brasileiro na produção didática de Manoel Bonfim e Olavo Bilac: Livro de leitura (1899) e Atravez do Brasil (1910). São Paulo, 2010. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2010. SANTOS, Salete Rosa Pezzi dos. Literatura infantil e gênero: subjetividade e autoconhecimento. Conjectura, Caxias do Sul, v. 14, n. 2, jul./dez. 2009. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/21. Acesso em: 18 abr. 2019. SANTOS, Shirlene Almeida dos. Do silêncio à caneta: a escrita da mulher negra na literatura negro-brasileira. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. SCHMIDT, Aline Van Der. Entre, coelhos, tranças e guerras: dilemas contemporâneos na literatura infantil de Angola de Ondjaki. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014. SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 23-57. SOARES, Lívia Maria Rosa; CARVALHO, Diógenes Buenos Aires. A representação da menina e da mulher no conto de fadas moderno: novos destinos em “Além do bastidor” e “A moça tecelã” de Marina Colasanti. Teresina: Signo, 2014. TATAR, Maria. Introdução. In: ______. Contos de fadas: edição comentada e ilustrada. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. TELES, N. Escritoras, escritas, escrituras. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das mulheres no Brasil. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2008. p. 401-442. TENKA, Lia Zatz. Preta pretinha. São Paulo: Biruta, 2007. ZILBERMAN, Regina (org.). A produção cultural para a criança. 4. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990. (Novas Perspectivas, 3).


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Andre Rezende Benatti

Este artigo tem como objetivo uma apreciação de alguns aspectos que envolvem o realismo e a violência na Literatura, para tal tomamos como objetos de estudo que nos auxiliarão na compreensão dos conceitos contos da escritora hispano-paraguaia Josefina Plá, a saber “La pierna de Severina”, “La Vitrola”, “Sisé” e “Siesta”. Para tal, nos valeremos dos estudos sobre real e o realismo de Roman Jakobson, Roland Barthes e Tânia Pellegrini, entre outros, assim como dos estudos da violência de Hannah Arendt, Xavier Crittiez e Karl Erik Schollhammer. A RENDT, Hannah. Sobre a violência. Trad. André Duarte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.ARISTÓTELES. Poética. Tradução de: SOUZA, Eudoro de. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.BAKHTIN, Mikhail Mikhailovich. Cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais – 7ª edição. Trad. Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 2010.BARTHES, Roland. O efeito de real. In: _______. O rumor da língua. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Cultrix, 2004. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2014. CRITTIEZ, Xavier. As formas da violência. Tradução de Lara Christina de Malimpensa e Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha. São Paulo: Edições Loyola, 2011. GALEANO, Eduardo. Las venas abiertas de América Latina. Barcelona: Siglo Veintiuno Editores, 2011. GRAMUGLIO, Maria Teresa. El imperio realista. Tomo 6. Noé Jitrik (Dir.) Historia crítica de la literatura argentina. Buenos Aires: Emecé, 2002. GOMES, Renato Cordeiro.  Por um realismo brutal e cruel. In: MARGATO, Izabel; _______. (Org.). Novos Realismos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. JAKOBSON, Roman. Do realismo na arte. In: TODOROV, Tzvetan. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Editora UNESP, 2013. LEENHARDT, Jacques. O que se pode dizer da violência? In.: LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. LINS, Ronaldo Lima. Violência e literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. PELLEGRINI, Tânia. Realismo: modos de usar. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n.39, p. 11-17, 5 jun. 2012. PLÁ, Josefina. Cuentos completos. Miguel Ángel Fernández. Asunción (org.), Asunción: El Lector, 1996. SCHOLLHAMMER, Karl Erik. A cena do crime: violência e realismo no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. WELLEK, René; WARREN, Austin. Teoria da literatura. 4. ed. Lisboa: Europa-América, s.d.


Trama ◽  
2018 ◽  
Vol 14 (33) ◽  
pp. 15-24
Author(s):  
Camila Maria BORTOT ◽  
Angela Mara de Barros LARA

Tivemos por objetivo compreender como se estabelecem as relações entre Estado e Sociedade Civil na Terceira Via, em relação aos mecanismos de participação social e econômica na educação e suas intencionalidades. A reconfiguração da relação entre Estado e sociedade civil ativa a partir dos anos 2000, cujo Estado, estrategicamente, chamou a sociedade para atuar em conjunto, procurou relações consensuais. Com um Estado Catalisador, voltado ao empreendedorismo e à colaboração, o Terceiro Setor e as Redes atuam como parceiros, fazendo com que o Governo não atue unicamente na prestação direta da educação. As intencionalidades desse movimento de sociabilidade apontam à privatização do ensino público, cuja colaboração se direciona a descentralização da educação.REFERÊNCIAS BALL, S. J. Educação global S. A.: novas redes políticas e o imaginário neoliberal. Tradução de Janete Bridon. Ponta Grossa: UEPG, 2014.CASTELO, R. O Social-liberalismo: auge e crise da supremacia burguesa na era neoliberal. 1. ed. São Paulo: Expressão popular, 2013.FALLEIROS, V. P. A política social no Estado capitalista. SP: Cortez, 2005.GIDDENS, A. A terceira via e seus críticos. Rio de Janeiro: Record, 2001.GIDDENS, A. A Terceira Via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da socialdemocracia. Rio de Janeiro: Record, 1999.GRAMSCI, A. Caderno 12 (1932): Apontamentos e notas dispersas para um grupo de ensaios sobre a história dos intelectuais. Cadernos do Cárcere, vol. 2. Edição e tradução Carlos Nelson Coutinho, co-edicação Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira. 7ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.LIMA, J. Á. Redes na educação: questões políticas e conceptuais. Revista Portuguesa de Educação, Lisboa, Portugal: Universidade do Minho, v. 20, n. 2, p. 151-181, 2007.MARTINS, A. S.; NEVES, L. M. W.; MELO, A. A. S. et al. Educação Básica: tragédia anunciada? São Paulo: Xamã, 2015.NEVES, L. M. W. A sociedade civil como espaço estratégico de difusão da nova pedagogia da hegemonia de difusão da nova pedagogia da hegemonia. In: NEVES, L. M. W. (Org.). A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. São Paulo: Xamã, 2005. p. 85-126.OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público. Brasília: MH Comunicação, 1994.OSZLAK, O.; O'DONNELL, G. Estado y políticas estatales en América Latina: hacia una estrategia de investigación. Centro de Estudios de Estado y Sociedad (CEDES), Documento G.E. CLACSO, 1995: Buenos Aires, Argentina. p. 11-23.PAULO NETTO, J.; BRAZ, M. Economia Política: uma introdução crítica. SP: Cortez, 2011.PERONI, V.; OLIVEIRA, R.; FERNANDEZ, M.; Estado e Terceiro Setor: as novas regulações entre o público e o privado na gestão da educação básica brasileira. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 108, p. 761-778, out. 2009.SCHNEIDER, V. Redes de políticas públicas e a condução de sociedades complexas. Civitas – Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 5. n. 1, p. 29-58, jan./jun. 2005.THOMPSON, E. Desencanto ou apostasia? In: THOMPSON, E. Os românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 49-101.__________. Costumes em comum. São Paulo: Cia das Letras, 1998.WILLIAMS, R. Palabras claves. Buenos Aires: Nueva Vision, 2003.Recebido em 10-04-2018 e aceito em 10-08-2018.


Author(s):  
Guilhermo Aderaldo

Neste artigo, busco demonstrar o modo pelo qual uma diversidade de integrantes de coletivos dedicados a diferentes modalidades de ativismo cultural em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires, tem se valido do uso “tático” de ferramentas tecnológicas, gráficas e comunicativas, com o propósito de produzir referenciais simbólicos que se mostrem capazes de, por um lado, interpelar crítica e publicamente determinados imaginários hegemônicos sobre territórios e populações marginalizadas e, por outro, formular teorias originais, que sirvam de alternativa epistêmica para o entendimento das relações de poder que modulam o governo dos espaços e das populações nas cidades sul-americanas contemporâneas. Para isso, valer-me-ei de um conjunto de dados produzidos no decorrer de duas pesquisas etnográficas recentes, envolvendo o tema da relação entre juventudes, ativismos culturais e novas mobilidades.


2020 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
Author(s):  
Ieda Lourdes Gomes de Assumpção ◽  
Maicon Farias Vieira ◽  
Leticia Fonseca Richthofen de Freitas

Este trabalho tem como objetivo investigar como licenciandos de um curso de letras entendem a didática e a didatização como prática pedagógica na perspectiva decolonial. Pretende investigar, também, como a didática pode fomentar uma prática educativa de vanguarda a partir da análise de narrativas sobre como alunos de uma universidade privada lidam com tais conceitos, passam a operar com eles e constroem suas identidades docentes a partir da(s) linguagem(ns). Para tanto, nos embasamos no campo da Linguística Aplicada Indisciplinar, em sintonia com os estudos culturais, tendo como argumento a relação entre a linguagem e a produção de identidades, considerando a função que as narrativas desempenham no processo de construção identitária, no sentido de propor uma organização dos discursos nos espaços sociais. Sendo assim, a metodologia que se propõe está pautada na análise das narrativas dos licenciandos no processo de construção de conhecimentos a partir da utilização da didática. O resultado desta investigação quanto à formação de professores aponta indícios para refletir sobre a perspectiva da decolonialidade e sobre as identidades docentes como reflexo das performances narrativas da formação, das propostas e das estratégias formativas vivenciadas por meio das mediações didáticas promovidas ao longo do curso de formação dos sujeitos de pesquisa. ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: Dilemas da subjetividade contemporânea. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.BAPTISTA, Lívia Márcia Tiba Rádis. (De)Colonialidade da linguagem, lócus enunciativo e constituição identitária em Gloria Anzaldúa: uma “new mestiza”. Polifonia, Cuiabá: PPGEL/UFMT, v. 26, n. 44, p. 123-145, out./dez. 2019.BASTOS, Liliana Cabral; SANTOS, William Soares. A entrevista na pesquisa qualitativa: perspectiva em análise da narrativa e da interação. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2013.CANDAU, Vera Maria. A didática e a formação de educadores – Da exaltação à negação: a busca da relevância. In: _________(Org.). A didática em questão. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 13-24.FABRICIO, Branca Falabella. Linguística aplicada como espaço de “desaprendizagem”: redescrições em curso. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 45-65.HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2015.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Contemporaneidade e construção de conhecimento na área de estudos linguísticos. SCRIPTA, Belo Horizonte: PPGL/PUC Minas, v. 7, n. 14, p. 159-171, 1º sem. 2004.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Linguística aplicada e vida contemporânea: Problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: _________ (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 85-107.MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Práticas narrativas como espaço de construção das identidades sociais: uma abordagem socioconstrucionista. In: RIBEIRO, Branca Telles; LIMA, Cristina Costa; DANTAS, Maria Tereza Lopes(orgs.). Narrativa, Identidade e Clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Edições IPUB/CUCA, 2001. p. 55-71.NÓVOA, António (org.). Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 1995.OLIVEIRA, Luiz Fernandes. O que é uma educação decolonial? Nuevamérica – La revista de la patria grande, Buenos Aires, v. 149, p. 35-39, jan./mar. 2016.OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia Decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte: Fae/UFMG, v. 26, n. 1, p. 15-40, abr. 2010.PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Manual de pesquisa em estudos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2019.PENNYCOOK, Alastair. Uma linguística aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma linguística aplicada INdisciplinar. 1. ed. São Paulo: Parábola, 2006. p. 67-84.RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.VEIGA NETO, Alfredo. A Didática e as experiências de sala de aula: uma visão pós-estruturalista.  Revista Educação e Realidade, Porto Alegre: FaE/UFRGS, v. 21, n. 2, p. 161-175, jul./dez. 1996WALSH, Catherine. Pedagogía decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re) existir y (re) vivir. Tomo I. Quito : Ediciones Abya-Yala, 2013.WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. In: Viaña, Jorge Uzieda; Tapia Luis Mealla & ________ (Eds.). Construyendo Interculturalidad Crítica . 1. ed. Bolivia: Instituto Internacional de Integración del Convenio Andrés Bello, 2009. p. 75-96.


Author(s):  
Augusto A. Monjaraz Pacheco

Recientemente el Perú ha recibido dos noticias de gran importancia, la primera es la incorporación de la Bolsa de Valores de México al MILA (Mercados Integrados Latinoamericanos) al que pertenecen ya las Bolsa de Valores de Santiago, Lima y la de Caracas y la segunda de la publicación internacional especializada en turismo MASTER CARD 2014 GLOBAL DESTINATIONCITIES INDEX que, en su cuarta edición, ubica a Lima entre las 20 ciudades receptoras de turismo más importantes del mundo. La incorporación de la Bolsa de Valores de México al MILA, el pasado 18 de agosto, abre grandes posibilidades para el flujo de capitales a nuestro país provenientes de México y de Estados Unidos, a través de este último. El mercado de México es casi del mismo tamaño que todo el MILA agregado y tener acceso a un mercado que crece al doble propone enormes posibilidades para incrementar el ritmo de nuestro crecimiento en los próximos años. Por otra parte las publicación de las TOP 20 Ciudades Destinos del Mundo, en la que Lima aparece por primera vez, con 5,1 millones de visitantes, muy cerca de Tokio y por encima de importantes ciudades latinoamericanas como Rio de Janeiro, Sao Paulo o Buenos Aires, significa un tácito reconocimiento internacional a la dinámica presencia de nuestro país en el mundo globalizado del siglo XXI.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document