AMBIENTES: Revista de Geografia e Ecologia Política
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

70
(FIVE YEARS 70)

H-INDEX

0
(FIVE YEARS 0)

Published By Universidade Estadual Do Oeste Do Parana - UNIOESTE

2674-6816

2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 07-12
Author(s):  
Luciano Zanetti Pessôa Candiotto

Editorial V. 3, N. 2


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 107-161
Author(s):  
Klemens Augustinus Laschefski

Setores do extrativismo brasileiro têm sido criticados em virtude da expansão agrícola e minerária na floresta amazônica e nos territórios das comunidades indígenas e tradicionais, que assume cada vez mais o caráter de invasões violentas. Em decorrência das críticas, a implementação de padrões ambientais e sociais para estes setores tem sido debatida em nível internacional, sobretudo no contexto do acordo comercial UE-Mercosul e das conferências sobre o clima global. Neste estudo, analisamos as relações de poder que permeiam a governança ambiental em nível nacional e as iniciativas Global Tailings Review (iniciada pelo ICMM – International Council on Mining and Metals) e seu modelo FSC (Forest Stewardship Council) em nível internacional. Nossas observações empíricas estão focadas nas experiências de gestão ambiental e de catástrofes colocadas em prática após a ruptura das barragens de Mariana (2015) e de Brumadinho (2019) – que desencadearam os maiores desastres sociotécnicos do Brasil – e as certificações de plantações de eucalipto em Minas Gerais e no extremo sul da Bahia. Os resultados mostram que nos órgãos aparentemente participativos, a reprodução dos mecanismos de poder guarda similitudes com práticas autoritárias características dos tempos do coronelismo durante a República Velha (1889 – 1930). Neste sentido, identificaremos o sistema ambiental em Minas Gerais como um “regime ambiental coro­nelista”. De forma surpreendente, a práxis das iniciativas internacionais de certificação ocorre em moldes similares, assim como suas estratégias em relação às pessoas afetadas pelos projetos certificados e seus apoiadores. Em meio a esse contexto, está em curso a 4ª revolução industrial em ambos os setores, le­vando à digitalização e à automação completa dos processos de produção. Já é evidente que não se gera trabalho nem renda, tampouco se pode esperar receitas estatais devido aos privilégios fiscais concedidos aos dois setores. Portanto, o extrativismo modernizado representa um crescimento sem desenvolvimento.  As áreas de produção caraterizadas por um vazio demográfico, simbolizam, portanto, a perfeição de um modelo de desenvolvimento permeado pela lógica colonial, da qual apenas uma pequena elite se benefi­cia, enquanto as classes mais pobres anteriormente exploradas já não são mais necessárias. Esse cenário nos faz questionar a contribuição de fato do extrativismo certificado 4.0 para uma maior justiça ambien­tal. Palavras-chave: extrativismo; governança ambiental; coronelismo; mineração; agronegócio.   Abstract The Brazilian sectors of extractivism have come under criticism in light of the expansion of the Amazon Forest and the territories of indigenous and traditional communities by the agribusiness and mining fronts, which increasingly adopts the character of violent invasions. As a result, environmental and social standards for these sectors are increasingly being discussed at the international level in the context of the EU-Mercosur free trade agreement and global climate change conferences. In this study, we analysed the power relations in environmental administration at the national level and the initiatives of the Global Tailings Review (initiated by the ICMM (International Council on Mining and Metals)) and its forerunner FSC (Forest Stewardship Council) at the international level. For this purpose, the empirical experiences regarding environmental and disaster management after the Mariana (2015) and Brumadinho (2019) dam failures, which triggered the largest sociotechnical disasters in Brazil, and certifications of eucalyptus plantations in Minas Gerais and extreme southern Bahia were considered. The results show that in these seemingly participatory bodies, the reproduction of power is similarly authoritarian to that of the times of the coronels República Velha (1889 – 1930), hence we refer to the environmental administration in Minas Gerais as the “coronelist environmental regime”. Surprisingly, the praxis of international certification initiatives is similar, as well as their strategies towards affected people and their supporters.   Furthermore, the 4th industrial revolution is taking place in both sectors, which is supposed to lead to digitalization and complete automation of production processes. It is already apparent that labor and income are not being generated, nor can government revenues be expected due to the tax benefits of the two sectors. Thus, modernized extrativism stands for growth without development. The depopulated production areas thus symbolize the perfection of a development model steeped in a colonial logic, where only a small elite is benefiting, while previously exploited poorer classes are now no longer needed at all. Hence, there is little hope that certified extrativism 4.0 will contribute to more environmental justice. Keywords: extractivism; environmental governance; coronelism; mining; agribusiness.   Extraktivismus 4.0 und das „regime des Umwelt-Coronelismus“: Die Verknüpfung der brasilianischen Umweltsysteme mit globalen Multistakeholder-Governance-Systemen   Zusammenfassung Die brasilianischen Sektoren des Extraktivismus sind angesichts der Expansion der Agrar- und Bergbaufronten in den Amazonas-Wald und in die Territorien indigener und traditioneller Gemeinden, die immer öfter den Charakter von gewaltsamen Invasionen einnehmen, in die Kritik geraten. Daher werden auf internationaler Ebene im Rahmen des Freihandelsabkommens EU-Mercosur und der globalen Klimakonferenzen verstärkt Umwelt- und Sozialstandards für diese Wirtschaftszweige diskutiert. In dieser Studie analysierten wir die Machtbeziehungen in der Umweltverwaltungen auf nationaler und den Initiativen Global Tailings Review (initiiert durch den ICMM (International Council on Mining and Metals)) und dessen Vorbild FSC (Forest Stewardship Council) auf internationaler Ebene. Hierbei wurden die empirischen Erfahrungen bezüglich des Umwelt- und Desastermanagement nach den Dammbrüchen von Mariana (2015) und Brumadinho (2019), die die größten soziotechnischen Desaster in Brasilien auslösten, und Zertifizierungen von Eukalyptusplantagen in Minas Gerais und im extremen Süden Bahias einbezogen. Die Resultate zeigen, dass in den scheinbar partizipativen Gremien die Reproduktion von Macht ähnlich autoritär abläuft wie zu Zeiten der Coronels in der República Velha (1889 – 1930), weshalb wir die Umeltverwaltung in Minas Gerais als „Coronelistisches Umweltregime” bezeichnen. Überraschenderweise ist die Praxis in den internationalen Zertifizierungsintiativen sowie deren Strategien gegenüber Betroffenen und ihrer Unterstützer ähnlich. Ferner findet in beiden Sektoren die 4. industrielle Revolution statt, die zur Digitalisierung und vollständige Automatisierung der Produktionsprozesse führen soll. Schon jetzt zeigt sich, dass weder Arbeit und Einkommen generiert werden, noch staatliche Einnahmen wegen der Steuerbegünstigungen der beiden Sektoren zu erwarten sind. Der modernisierte Extrativismus steht also für Wachstum ohne Entwicklung. Die menschenleeren Produktionsflächen symbolisieren daher die Perfektionierung eines von der kolonialen Logik durchdrungen Entwicklungsmodells, von dem nur eine kleine Elite profitiert, während früher ausgebeutete ärmere Schichten nun gar nicht mehr gebraucht werden. Es besteht daher wenig Hoffnung, dass der zertifizierte Extrativismus 4.0 zu mehr Umweltgerechtigkeit beiträgt. Schlüsselworte: Extraktivismus; Umwelt-Governance; Coronelismo; Bergbau; Agrobusiness.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 330-359
Author(s):  
Fabio Henrique Gomes Pontes ◽  
Fabiano De Oliveira Bringel

Desvendar a relação de poder assimétrica entre Neoextrativismo e o Campesinato na região mineradora de Carajás, é nesse viés em que consiste o esforço de pesquisa demonstrado, parcialmente, neste artigo. Destacamos para isso, ser necessário a relação entre a dimensão ambiental da Questão Agrária na Amazônia. No primeiro semestre de 2021 adentramos na Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado, APA do Gelado, localizada na Floresta Nacional de Carajás – FLONACA, no Sudeste do Pará, l0cus do nosso estudo. Para a coleta de dados, utilizamos documentos institucionais (IBAMA, ICMBio e Vale/SA). Contudo, a etapa principal da nossa pesquisa foi o trabalho de campo. Utilizamos como técnica de pesquisa, gravações de áudio e entrevistas semiestruturadas, a qual busca dialogar entre o momento da conquista da terra e a relação estabelecida entre a Vale e as famílias camponesas. Além disso, utilizamos fotografias para aproximar o leitor da realidade imagética de nossa pesquisa. Em outros momentos, o uso do diário de campo foi imprescindível. Percorremos os lotes dos colonos que ainda resistem no território. Discorremos sobre isso porque muitas famílias sofreram impactos profundos em seu modo de vida e de produção e, logicamente, em sua reprodução social camponesa. Barragens, vigilância e uso restrito ao território na APA são alguns dos elementos constrangedores às territorialidades dessas unidades familiares. Os dados nos induzem a problematizar a ação da prática mineradora, promovida principalmente pela Vale, que reforça as contradições próprias da sua atividade, causando problemas ambientais ao converter os bens comuns em uma lógica de acumulação permanente. Como consequência, intensifica-se os conflitos territoriais e, contraditoriamente, se abrem possibilidades para a permanência das famílias camponesas que têm resistido no território e construindo sua liberdade tecidas no trabalho diário com a terra. Palavras-chave: Unidades de Conservação; Neoextrativismo; Vale; Direitos Territoriais; Campesinato.   Abstract Our research efforts involve revealing the asymmetrical power relations between neo-extractivism and the peasantry in the mining region of Carajás, as demonstrated in part in this article. In the first semester of 2021, we entered the Carajás Environmental Protection Area FLONACA in the southeast of Pará, the main site of our study. We used institutional documents from IBAMA, ICMBio and Vale/SA to collect data. However, the principal phase of our research was fieldwork. Our research techniques included using audio recordings and semi-structured interviews about the moment of winning land and about the relation between Vale and the peasant families. In addition, we used photography to bring the reader closer to the visual reality of our research. In other moments, the use of field notes was essential. We say this because many families suffered profound impacts to their livelihoods and their production and, logically, in their social reproduction as peasantry. Dams, security, and restrictions to land use in the environmental protection area are some of the elements constraining the territoriality of these family units. The data leads us to problematize the mining activity promoted primarily by Vale, which reinforces the very contradictions of its own activity, causing environmental problems upon converting common goods into a permanent logic of accumulation. As a result, territorial conflicts intensify and, paradoxically, possibilities to remain emerge for families who have resisted within the territory and built their freedom through daily labor with the land. Keywords: Conservation Areas; Neo-Extractivism; Vale; Land Rights; Peasantry.   ¿Para quién es la protección del ambiente? Disputas territoriales entre Vale y comunidades campesinas: El caso de la APA Rio Gelado en Carajás (PA)   Resumen Develar la relación asimétrica de poder entre neoextractivismo y campesinato en la región minera de Carajás fue lo que nuestro esfuerzo de investigación quedó parcialmente demostrado en este artículo. Para ello, destacamos la necesidad de una relación entre la dimensión ambiental de la Cuestión Agraria en la Amazonía. En el primer semestre de 2021 ingresamos al Área de Protección Ambiental Igarapé Gelado, APA do Gelado, ubicada en el Bosque Nacional Carajás – FLONACA, en el Sureste de Pará, el lugar de nuestro estudio. Para la recolección de datos utilizamos documentos institucionales (IBAMA, ICMBio y Vale/SA). Sin embargo, la etapa principal de nuestra investigación fue el trabajo de campo. Utilizamos como técnica de investigación, grabaciones de audio y entrevistas semiestructuradas, dialogando entre el momento de la conquista de la tierra y la relación entre Vale y las familias campesinas. Además, utilizamos fotografías para acercar al lector a la realidad imaginaria de nuestra investigación. En otras ocasiones, el uso del diario de campo fue fundamental. Recorrimos los lotes de colonos que aún resisten en el territorio. Decimos esto porque muchas familias han sufrido impactos profundos en su forma de vida y producción y, por supuesto, en su reproducción social campesina. Represas, vigilancia y uso restringido al territorio en la APA son algunos de los elementos que limitan la territorialidad de estas unidades familiares. Los datos nos llevan a problematizar la acción de la práctica minera impulsada, principalmente por Vale, que refuerza las contradicciones inherentes a su actividad, provocando problemas ambientales al convertir los bienes comunes en una lógica de acumulación permanente. Como consecuencia, se intensifican los conflictos territoriales y, contradictoriamente, se abren posibilidades para la permanencia de las familias campesinas, que han resistido en el territorio y construido su libertad entretejida en el trabajo diario con la tierra. Palabras clave: Unidades de conservación; Neoextractivismo; Vale; Derechos territoriales; Campesinado.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 206-250
Author(s):  
Lucila Paula Melendi ◽  
Rafael Martins Lopo

O dia 5 de novembro marcou a vida de comunidades inteiras. O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, uma joint-venture entre Vale e BHP Billiton, causou mortes e danos ao longo dos mais de 600 km percorridos pelo mar de lama no curso do leito do rio Doce, de Mariana ao litoral do Espírito Santo. Para gerenciar a crise e lidar com o processo de reparação as empresas responsáveis pelo desastre, em parceria com alguns órgãos do Estado brasileiro, criaram uma figura aparentemente inédita sob a lógica de uma fundação corporativa, chamada de Fundação Renova. O tratamento institucional dado ao desastre reestruturou relações de poder entre órgãos públicos, judiciário, e entidades da socie­dade civil e movimentos sociais. A partir de observações etnográficas e análise de documentos que ver­sam sobre os acordos e arranjos institucionais vinculados à fundação, neste artigo nos perguntamos so­bre a dita autonomia desta, analisando sua posição no sistema de governança do desastre, assim como elementos de sua criação, estrutura interna e trajetória de alguns de seus conselheiros e diretores. Qual o nível de envolvimento da Renova com as empresas? Como ela se apresenta diante do debate acerca dos processos reparatórios? O que ela pode nos dizer sobre as estratégias corporativas envolvendo con­flitos neoextrativistas? Como as populações atingidas lidam com a Fundação nas arenas de discussão? Através de algumas respostas a essas perguntas, sugerimos aqui que a Fundação Renova pode ser consi­derada como uma forma corporativa que oferece versatilidade às intervenções das mineradoras para ge­renciar a crise. Palavras-chave: neoextrativismo; governança; desastre da Samarco; Fundação Renova.   Abstract November 5th marked the life of entire communities. The failure of the Fundão dam, operated by Samarco, a joint venture between Vale and BHP Billiton, caused deaths and damages along the 600 km traversed by the sea of mud in the course of the Doce river basin, from Mariana to the coast of Espírito Santo. To manage the crisis and deal with the repair process, the companies responsible for the disaster, in partnership with some agencies of the Brazilian State, created an apparently unprecedented figure under the logic of a corporate foundation presented as autonomous, called the Renova Foundation. The institutional treatment given to the disaster restructured power relations between public agencies, the judiciary, and civil society entities and social movements. Based on ethnographic observations and analysis of documents dealing with institutional agreements linked to the foundation, in this article we ask ourselves about its said autonomy, analyzing its position in the disaster governance system, as well as elements of its creation, internal structure and trajectory of some of its directors. What is Renova's level of involvement with companies? How does it present itself in the face of the debate about reparatory processes? What can it tell us about corporate strategies involving neoextractive conflicts? How do affected populations deal with the Foundation in the discussion arenas? Through some answers to these questions, we suggest here that the Renova Foundation can be considered a corporate form that offers versatility to the interventions of mining companies to manage the crisis. Keywords: neoextrativism; governance; Samarco disaster; Renova Foundation.   La Fundación Renova como forma corporativa: Estrategias empresariales y arreglos institucionales del desastre de Samarco/Vale/BHP Billiton en el rio Doce, Mariana (MG)   Resumen El 5 de noviembre marcó la vida de comunidades enteras. El colapso del dique Fundão, operado por Sa­marco – una joint venture entre Vale y BHP Billiton –, provocó muertes y daños a lo largo de los más de 600 km que atravesó el mar de lama siguiendo el cauce del río Doce, desde Mariana hasta alcanzar la costa de Espíritu Santo. Para gestionar la crisis y afrontar el proceso de reparación, las empresas respon­sables del desastre, en alianza con algunas agencias del Estado brasileño, crearon una figura aparente­mente inédita bajo la lógica de una fundación corporativa presentada como autónoma, denominada Fun­dación Renova. El tratamiento institucional dado al desastre reestructuró las relaciones de poder entre los organismos públicos, el poder judicial y las entidades de la sociedad civil y movimientos sociales. Con base en observaciones etnográficas y análisis de documentos que tratan de acuerdos y arreglos institu­cionales vinculados a la fundación, en este artículo nos preguntamos sobre su mentada autonomía, ana­lizando su posición en el sistema de gobernanza del desastre, así como aspectos de su creación, estruc­tura interna y trayectoria de algunos de sus directores y funcionarios. ¿Cuál es la relación de la Renova con las empresas? ¿Cómo se presenta en el proceso de reparación? ¿Qué puede decirnos sobre las estra­tegias corporativas desplegadas en conflictos neoextractivistas? ¿Cómo lidian las victimas con la Funda­ción en los foros de discusión? A través de algunas respuestas a estas preguntas, sugerimos aquí que la Fundación Renova puede ser considerada una forma corporativa que ofrece versatilidad a las interven­ciones de las empresas mineras para gestionar la crisis. Palabras clave: neoextractivismo; gobernanza; desastre de Samarco; Fundación Renova.  


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 395-428
Author(s):  
Mayany Soares Salgado ◽  
Maria Antonia Soares Salgado

O presente artigo discute os aspectos da territorialidade ribeirinha de Abaetetuba, no estado do Pará, com foco na produção do açaí (Euterpe oleracea) no município de Abaetetuba, considerando a importân­cia do açaí como base alimentar dos ribeirinhos do município, assim como o consumo em várias escalas. A pesquisa objetiva analisar a territorialidade ribeirinha na inserção do açaí na lógica de reprimarização da economia no município. Foram realizadas quinze entrevistas com pessoas que atuam diariamente nos elos da cadeia produtiva do açaí, realizadas nos meses de julho e agosto de 2021, com intuito de identificar a realidade atual produtiva do produto, frente o aumento da demanda e consequentemente a pressão exercida na várzea para garantir a oferta. A pesquisa mostra que a conscientização ambiental não alcança de maneira homogênea os agentes que atuam nos elos das cadeias, mas sim que há um distanciamento significativo por parte de quem não mora nas ilhas. Já os ribeirinhos em si possuem esta consciência, porém há uma apropriação das relações de ancestralidade que existem entorno do açaí, pelo neoextrati­vismo e que mantém a tendência monucultural do açaí, considerando que essa estratégia tende minimi­zar as possibilidades de conflito pelo uso do território ribeirinho, em função de ter sido implantado por meio de uma atividade produtiva de cunho ancestral, com isso se mantém as relações desiguais que a reprimarização necessita para se consolidar na várzea de Abaetetuba. Palavras-chave: Território; ribeirinho; açaí; reprimarização da economia; Abaetetuba.   Abstract This paper discusses the aspects of ribeirinho territoriality of Abaetetuba in the Brazilian state of Pará, focusing on the production of açaí (Euterpe oleracea) in Abaetetuba municipality, considering the importance of açaí as the food base of the ribeirinho dwellers, as well as its consumption at various scale levels. The research aims to analyze the municipality’s ribeirinho territoriality in terms of the insertion of açaí in the logic of reprimarization of the local economy. Fifteen interviews were conducted with people who work daily in the links of the açaí production chain in the months of July and August 2021, in order to identify the current productive reality of the fruit, in face of the trend of incrementing both the demand and the pressure exerted on the floodplain to guarantee supply. The research shows that the environmental awareness does not reach homogeneously the agents that act in the links of the chains, but that there is a significant distancing on the part of those who do not live on the local space. The ribeirinho dwellers themselves show this awareness, but there is an appropriation of açaí’s ancestral relations by neoextractivism, and this maintains the monocultural trend of the fruit, considering that this strategy tends to minimize the possibilities of conflict for the use of ribeirinho territory, because it was implemented through a productive activity of ancestral nature, thus maintaining the unequal relations that reprimarization needs to consolidate itself in the floodplain of Abaetetuba. Keywords: Territory; ribeirinhos; açaí; reprimarization of the economy; Abaetetuba.   El territorio ribereño y la reprimarización del açaí: El caso de la llanura de inundación de Abaetetuba (PA)   Resumen Este trabajo discute los aspectos de la territorialidad ribereña de Abaetetuba, en el estado brasileño de Pará, centrándose en la producción delaçaí (Euterpe oleracea) en el municipio de Abaetetuba, conside­rando la importancia del açaí como base alimenticia de los ribereños delaciudad, así como el consumo de ello en diversas escalas. La investigaciónpretendeanalizar la territorialidad ribereña en la inserción del açaí en la lógica de reprimarización de la economía en el municipio. Se realizaron 15 entrevistas a personas que trabajan diariamente en posiciones de la cadena productiva del açaí, realizadas en los meses de julio y agosto de 2021, con el fin de identificar la realidad productiva actual del fruto, frente al aumento de la demanda y, en consecuencia, de la presión ejercida sobre la llanura de inundación para garantizar el su­ministro. La investigación muestra que la concienciación medioambiental no llega de forma homogénea a los agentes que actúan en los anillos de la cadena, sino que hay un distanciamiento significativo por parte de los que no viven en el espacio. Los propios ribereños tienen esta conciencia, pero hay una apro­piación de las relaciones ancestrales que existen en torno al açaí, por parte del neoextractivismo,lo que mantiene la tendencia monocultural del açaí, considerando que esta estrategia tiende a minimizar las po­sibilidades de conflicto por el uso del territorio ribereño, debido a que se han desplegado a través de una actividad productiva de carácter ancestral, con esto se mantienen las relaciones desiguales que la repri­marización necesita para consolidarse en la llanura de inundación de Abaetetuba. Palabras clave: Territorio; Ribereño; Açaí; Reprimarización de la economía; Abaetetuba.  


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 251-296
Author(s):  
Júlio Picon Alt ◽  
Mauren Buzzatti ◽  
Ana Monteiro Costa ◽  
Saritha Denardi Vattathara

Neste trabalho, compreendemos a expansão da fronteira extrativista minerária no Rio Grande do Sul à luz do movimento atual do capital, vinculando a crise de sobreacumulação do capitalismo à decorrente intensificação da acumulação por despossessão, tendo o land grabbing como um dos seus principais ajus­tes tempo-espaço. Nosso objetivo consistiu em apontar as contradições e ameaças sobre os territórios dos agricultores assentados em Hulha Negra e Candiota-RS, considerando os sujeitos diretamente atingi­dos pelo empreendimento, bem como o impacto sobre o processo de reterritorialização como um todo na região, levando em consideração a dinâmica de mobilização e desmobilização de mão-de-obra e os impactos nas estruturas públicas dos municípios. Por meio de revisão teórica marxista e demais fontes secundárias, analisamos criticamente o EIA/RIMA (2020) apresentado pela empresa proponente. Para subsidiar a pesquisa, também foram realizadas entrevistas por ligações e reuniões virtuais com morado­res e representantes das organizações locais, levando em conta i) a Geração de expectativas e incertezas na população; ii) Mobilização e desmobilização de mão-de-obra; iii) Pressão e interferências sobre infra­estruturas e serviços públicos; iv) Dinamismo na economia; v) Aumento/diminuição de arrecadação mu­nicipal, entre outros. Considerando os impactos sobre os assentamentos, a geração de energia por meio de matéria-prima já rejeitada e os danos ambientais já encontrados na região causados pela mineração do carvão pretérita, identificamos que esse empreendimento não se vincula ao desenvolvimento susten­tável local, mas ao land grabbing tão importante à acumulação por despossessão. Palavras-chave: extrativismo; crise de valor do capital; acumulação por despossessão; Assentamentos rurais; Land grabbing.   Abstract In this paper, we understand the expansion of the mining extractive industry’s frontier in Rio Grande do Sul (the southernmost state in Brazil) in light of the current movement of the capital, linking the overaccumulation crisis in capitalism to the resulting intensification of accumulation by dispossession, where land grabbing plays a major role in its time-space adjustments. Our goal is to point out the contradictions and threats on the territories of the peasants settled in two municipalities (Hulha Negra and Candiota), considering the subjects directly affected by the undertaking, as well as the impact on the re-territorialization process as a whole in the region, taking into consideration the dynamics of mobilizing and demobilizing labor force and the impacts in the public structures of the municipalities. Through a Marxist Theoretical review and secondary sources, we critically analyze the EIA/RIMA (2020) presented by the proposing company. To support the research, interviews were also conducted through calls and virtual meetings with residents and representatives of local organizations, taking into account i) the generation of expectations and uncertainties in the population; ii) Mobilization and demobilization of labor; iii) Pressure and interference on infrastructure and public services; iv) Dynamism in the economy; v) Increase/decrease in municipal collection; between others. Considering the impacts on the settlements, the generation of energy through raw material that has already been rejected and the environmental damage already found in the region caused by past coal mining, we identified that this undertaking is not linked to local sustainable development, but to land grabbing that is so important to the accumulation by dispossession. Keywords: extractivism; capital value crisis; accumulation by dispossession; rural settlements; land grabbing.   L'espansione delle miniere di carbone minerale nel Rio Grande do Sul e la crisi del capitalismo contemporaneo: Un’analisi socioeconomica dello EIA/RIMA della centrale termoelettrica Nova Seival negli insediamenti di riforma agraria in Candiota e Hulha Negra   Astratto In questo articolo analisiamo l'espansione della frontiera estrattiva mineraria nel Rio Grande do Sul alla luce dell’attuale movimento di capitale, congiungendo la crisi di sovraaccumulazione del capitalismo alla conseguente intensificazione dell'accumulazione per espropriazione, avendo il fenomeno land grabbing come uno dei suoi principali aggiustamenti spazio-temporali. Il nostro obiettivo era di evidenziare le contraddizioni e le minacce sui territori degli agricoltori insediati nei lotti in Hulha Negra e Candiota-RS, considerando i soggetti direttamente impattati dall'impresa, nonché l'impatto sull’intero processo di ri-territorializzazione nella regione, portando a considerare le dinamiche di coinvolgimento e smobilitazione del lavoro e gli impatti sulle strutture pubbliche nei comuni. Con una rassegna teorica marxista e altri dati di campo, analizziamo criticamente lo EIA/RIMA (2020) presentata dall’impresa proponente. A supporto della ricerca sono state realizzate interviste tramite call e incontri virtuali con residenti e rappresentanti delle organizzazioni locali, tenendo conto i) della generazione di aspettative e incertezze nella popolazione; ii) Surgimento e smobilitazione del lavoro; iii) pressioni e interferenze su infrastrutture e servizi pubblici; iv) Dinamicità nell'economia; v) Aumento/diminuzione della riccetta comunale; tra altri. Considerando gli impatti nei lotti di riforma agraria, la generazione di energia attraverso materie prime già scartate e i danni ambientali già riscontrati nella regione causati dalle attività estrattive del carbone fossile passate, abbiamo identificato che questo progetto non è coerente allo sviluppo sostenibile locale, ma al land grabbing che è il fenoeno importante per l’accumulazione per espropriazione. Parole-chiave: estrattivismo; crisi del valore del capitale; accumulazione per espropriazione; lotti agricoli; land grabbing.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 25-67
Author(s):  
Francisco Astudillo Pizarro

Resumen En este artículo, y desde un abordaje regional situado en el valle de Copiapó en la Región de Atacama en el norte de Chile, efectuamos un análisis del periodo de desarrollo del neoliberalismo en clave ambiental como una coyuntura histórica, en la que nos concentramos en el metabolismo económico, material y po­lítico institucional entre sociedad y medioambiente. Específicamente, analizaremos como el agua, es so­metida a un proceso de privatización y mercantilización, constituyendo las silenciosas bases del metabo­lismo extractivo en el marco del desarrollo y transformación de la industria minera y agroindustrial, que implicó una intensificación radical del consumo industrial de agua, paralelo a un aumento exponencial de la acumulación capitalista y a una simultánea hiper-desertificación artificial de una zona ya naturalmente desértica. Hipotetizamos que la acumulación por desposesión hídrica solo fue posible teniendo como condiciones de posibilidad y origen re fundacional, a las transformaciones institucionales radicales reali­zadas sin posibilidad de discusión democrática y en un contexto de represión y violencia política, con lo que el análisis de la dimensión ambiental del presente no puede disociarse de los contextos políticos sub­yacentes y sus trayectorias en términos de un abordaje de análisis de procesos de duración media en términos braudelianos. Palabras clave: hidropolítica; secuestro hídrico; coyuntura; violencia; neoliberalismo.   Resumo Neste trabalho, a partir de uma abordagem regional localizada no vale de Copiapó, Região do Atacama, norte do Chile, realizamos uma análise ambiental no período histórico de desenvolvimento do neolibera­lismo no Chile, na qual enfocamos o metabolismo econômico, material e político-institucional entre soci­edade e meio ambiente. Especificamente, analisamos como a água está submetida a um processo de pri­vatização e comercialização, constituindo as bases silenciosas do metabolismo extrativo no quadro do desenvolvimento e transformação da indústria mineira e agroindustrial, o que implicou uma intensifica­ção radical do consumo industrial de água, paralelo a um aumento exponencial da acumulação capitalista e a uma simultânea hiperdesertificação artificial de uma área já naturalmente deserta. Hipotetizamos que o acúmulo por expropriação da água só foi possível tendo como condições de possibilidade e origem refundacional, as radicais transformações institucionais realizadas iniciadas na ditadura e consolidadas nos governos pós-ditatoriais, com as quais a análise da dimensão ambiental do presente não pode ser dissociada dos contextos políticos subjacentes e de suas trajetórias em termos de uma abordagem de análise de processo de média duração em termos braudelianos. Para isso, analisamos o fenómeno desta­cando duas ordens distintas, mas ligadas: 1) uma, relativa às trajetórias político-institucionais sob uma perspectiva histórica, considerando dimensões escalares em dimensiones políticas, econômicas e ambi­entais; 2) outra, sociopolítica e narrativa, ao abordar discursos e narrativas promovidos pelo capital, como formas ideológicas de despolitização da crise, Por outro lado, a emergência de narrativas de contestação desde as comunidades e atores locais, que vão da narrativa do desaparecimento do rio à do sequestro da água. Finalmente, destacamos que, ainda que não haja relação causal entre o sentido semântico obser­vado, tanto o desaparecimento como o sequestro são narrativas que podem estar vinculadas à violência política originária da ditadura y a luta pelos Direitos Humanos, com o desaparecimento e sequestro de pessoas no âmbito da repressão política, paralela aos processos de transformação económica que leva­ram à reconfiguração silenciosa entre capital e meio ambiente no Chile. Em termos de periodização da conjuntura estudada, apesar de não estar estruturada de forma sequencial, se incluem eventos e proces­sos que envolvem o desenvolvimento da conjuntura neoliberal desde a execução do golpe de Estado contra Salvador Allende em 1973, do desenvolvimento de transformações jurídicas e econômicas da dita­dura militar e da consolidação neoliberal na transição pós-ditatorial, até o denominado estallido social de outubro de 2019 e o posterior processo constituinte em 2020/2021 Palavras-chave: hidropolítica; sequestro de água; conjuntura; violência; neoliberalismo.   Neoliberal hydropolitics in Chile and the water kidnapping in Copiapó Valley: Trajectories, dynamics and narratives in tension, an historical conjuncture approach Abstract In this work and from a regional approach located in the Copiapó valley in the Atacama Region in northern Chile, we carry out an analysis of the period of development of neoliberalism in an environmental key as a historical conjuncture, in which we focus on metabolism economic, material and institutional political between society and environment. Specifically, we will analyze how water is subjected to a process of privatization and commercialization, constituting the silent bases of the extractive metabolism in the framework of the development and transformation of the mining and agro-industrial industry, which implied a radical intensification of the industrial consumption of water, parallel to an exponential increase in capitalist accumulation and to a simultaneous artificial hyper-desertification of an already naturally desert area. We hypothesize that the accumulation by water dispossession was only possible having as conditions of possibility and re-foundational origin, the radical institutional transformations carried out initiated in the dictatorship and consolidated in the post-dictatorial governments, with which the analysis of the environmental dimension of the present does not it can be dissociated from the underlying political contexts and their trajectories in terms of a medium-duration process analysis approach in Braudelian terms. Keywords: hydro-politics; water kidnapping; conjuncture; violence; neoliberalism.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 297-329
Author(s):  
Estefania Momm ◽  
Guilherme Cavicchioli Uchimura ◽  
Karina Oliveira Leitão

Os rompimentos das barragens nas bacias do Rio Doce e do Rio Paraopeba, respectivamente em novem­bro de 2015 e janeiro de 2019, para além das 300 mortes resultantes diretamente das duas catástrofes e da assustadora destruição ecológica por elas produzida, desencadearam a produção de um tecido de re­lações jurídico-econômicas de magnitude colossal orbitando em torno do processo de reparação. Para os argumentos apresentados neste artigo, recorre-se a dois instrumentos de análise: a aproximação meta­fórica às características das expressões artísticas distópicas e ao correlato efeito de estranhamento pro­vocado ao público, buscando a partir deles desenvolver argumentos e análises com o objetivo de desna­turalizar processos e práticas jurídicas e econômicas observadas neste contexto. Da mesma forma, bus­camos entender a relação de forças assimétricas dos atores envolvidos, atendo-nos contrastivamente às estratégias corporativas e às situações de resistência, mobilização e engajamento popular no contexto conflitual da luta por reparação integral. Discutimos de que modo as empresas violadoras constituem estratégias de poder que pressionam a desconstituição de saberes e práticas populares nos territórios atingidos e apresentamos a crítica ao uso da forma da violação do direito, oculta nas práticas de planeja­mento destas empresas. Por fim, são analisadas algumas das possibilidades de organização popular no contexto de uma reparação integral, balizadora das lutas mobilizadas contra a naturalização e a legitima­ção, da distópica violência dos desastres-crimes da mineração no Brasil. Palavras-chave: mineração; desastres-crimes; neoextrativismo; atingidos por barragens; reparação de danos.   Abstract The dams bursts in the Doce River and Paraopeba River basins, respectively in November 2015 and January 2019, in addition to the 300 deaths resulting directly from the two catastrophes and the overwhelming ecological destruction they produced, triggered the production of a fabric of legal-economic relations of colossal magnitude orbiting around the reparation process. For the arguments presented in this article, two analysis arguments are used: the metaphorical convergence to the characteristics of dystopian artistic expressions, and the correlated effect of estrangement evoked, seeking to develop further arguments and analyses with the purpose of deconstruct established legal and economic processes and practices observed in this context. Similarly, we seek to understand the asymmetrical power relations of the actors involved, contrasting corporate strategies with situations of resistance, mobilization, and popular engagement in the conflictual context of the struggle for full reparation. We discuss how the violating companies constitute strategies of power that pressure for the deconstitution of popular knowledge and practices in the affected territories, and we present a critique of the use of rights violation hidden in the planning practices of these companies. Finally, some of the possibilities of popular organization in the context of full damage compensation are reviewed, underpinning the struggles mobilized against naturalization and legitimation, of the dystopian violence of the mining disasters-crimes in Brazil. Keywords: mining; disasters crimes; neoextractivism; affected by dams; damage repair.   Tierras devastadas, escenarios distópicos: Violencia y resistencia en desastres-crímenes mineros en Brasil   Resumen Las fallas de las represas en las cuencas de Río Doce y Río Paraopeba, respectivamente, en noviembre de 2015 y enero de 2019, además de las 300 muertes directamente resultantes de las dos catástrofes y la espantosa destrucción ecológica provocada por ellas, desencadenaron la producción de un tejido de re­laciones jurídico-económicas de colosal magnitud en torno al proceso de reparación. Para los argumentos presentados en este artículo, recurrimos a dos instrumentos de análisis: la aproximación metafórica a las características de las expresiones artísticas distópicas y el relacionado efecto de extrañamiento provo­cado en el público, buscando desarrollar argumentos y análisis con el objetivo de desnaturalizar procesos y practicas jurídicas y económicas observadas en este contexto. Asimismo, buscamos comprender la re­lación de fuerzas asimétricas de los actores involucrados, enfocándonos en estrategias corporativas y situaciones de resistencia, movilización y compromiso popular en el contexto conflictivo de la lucha por la reparación integral. Discutimos cómo las empresas violadoras constituyen estrategias de poder que presionan la desconstitución de saberes y prácticas populares en los territorios afectados y presentamos la crítica al uso de la forma de violación del derecho, escondida en las prácticas de planificación de estas empresas. Finalmente, se analizan algunas de las posibilidades de organización popular en el contexto de la reparación integral, que sustenta las luchas movilizadas contra la naturalización y legitimación, de la violencia distópica de los desastres-crímenes mineros en Brasil. Palabras-clave: minería; desastres-crímenes; neoextractivismo; afectados por represas; reparación de da­ños.


2021 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 68-76
Author(s):  
Eduardo Alvares da Silva Barcelos

O Infomapa da Mineração: Cartografias e convergências temáticas é um esforço de sistematização de temas relevantes que compõem a questão mineral brasileira. O objetivo deste material é popularizar alguns ele­mentos que constituem a geografia da mineração no país e ampliar o debate público a partir de uma linguagem acessível que possibilite uma visão de conjunto sobre as dinâmicas da atividade mineral no Brasil. O material está dividido em quatro seções. A primeira seção apresenta a evolução dos processos minerários em todo território nacional em quatro recortes temporais. A segunda seção mostra a distri­buição das barragens de mineração segundo o dano potencial associado. A terceira seção traz a distribui­ção das minas ativas a céu aberto e as localidades com garimpo ilegal. E a quarta seção representa a densidade de conflitos no campo envolvendo a mineração. Palavras-chave: Mineração; cartografia; Brasil; conflitos.   Abstract The Mining Infomap: cartographies and thematic convergences is an effort to systematize relevant subjects that make up the Brazilian mineral issue. The aim of this material is to popularize some elements that constitute the geography of mining in the country, and to broaden the public debate based on an accessible language that allows an overall view of the dynamics of mineral activity in Brazil. The material is divided into four sections. The first section presents the evolution of mining processes throughout the country in four time periods. The second section shows the distribution of mining dams according to their associated potential damage. The third section shows the distribution of active open-pit mines and the locations of illegal mining. And the fourth section represents the density of conflicts in the countryside involving mining. Keywords: Mining; cartography; Brazil; conflicts.   Infomapa de la minería: Cartografías y convergencias temáticas Resumen El Infomapa de la Minería: cartografías y convergencias temáticas es un esfuerzo por sistematizar temas relevantes que componen el tema mineral brasileño. El objetivo de este material es popularizar algunos elementos que constituyen la geografía de la minería en el país y ampliar el debate público a partir de un lenguaje accesible que permita una visión global de la dinámica de la actividad minera en Brasil. El material se divide en cuatro secciones. La primera sección presenta la evolución de los procesos mineros en todo el territorio nacional en cuatro períodos de tiempo. La segunda sección muestra la distribución de las presas mineras según el daño potencial asociado. La tercera sección presenta la distribución de minas a cielo abierto activas y los lugares con minería ilegal. Y la cuarta sección representa la densidad de los conflictos rurales relacionados con la minería. Palabras clave: Minería; cartografía; Brasil; conflictos.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document