Síntese: O trabalho de pesquisa que aqui apresentamos busca oferecer interpelações teológicas e pastorais daquilo que se pode definir e compreender de uma Igreja que se configura a partir do pobre. Temos por base que esta argumentação não se dá por um viés sociológico, mas teológico, pois vai ao encontro do princípio maior da fé cristã, que é a encarnação: Deus que se faz humano o faz na totalidade e se revela em magnitude na vulnerabilidade de toda a existência, assumindo e vivendo a nossa pobreza. Ele assume toda a nossa condição e esperança, caminhando aos limites da vida e da história. De frente a este fato é que se pode contemplar a amplitude do mistério que em Cristo se revela e de onde nasce a Igreja, de sua pessoa e de sua missão. Este trabalho está dividido em quatro partes, sendo que as duas primeiras têm a intenção de fundamentar a nossa intenção, e as duas últimas num caráter mais conclusivo: na primeira traremos algumas perguntas que nos interpelam na fé, é onde aparecerão as inquietações e as fundamentações do tema que estamos apresentando. Na segunda parte, destacaremos os apontamentos que estão sendo realizados pelo Papa Francisco que, em seus discursos e atitudes tem conclamado a Igreja a ser a casa dos pobres. Já na terceira e na última parte, traremos algumas teses que nos conduzem a refletir sobre o tema proposto e uma breve conclusão, declarando bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça.Palavras-chave: Igreja. Pobres. Igreja dos Pobres. Papa Francisco.Abstract: The research which we present here intends to provide theological and pastoral interpellations of what may be defined and understood from a Church that configures itself out of the poor. We believe this argumentation does not take place through a sociological bias, but through a theological one. For it corresponds to the major principle of the Christian faith, which is the incarnation: God who became human performs it in its fullness, and reveals himself mightily in the vulnerability of the entire existence. He lives our poverty and assumes our poverty. He assumes our condition and our hope completely, walking until the limits of life and history. It is through this vision that we can contemplate the breadth of the mystery which in Christ reveals itself and from where the Church was born, from his person and mission. This work is divided into four parts: the first two intend to support our goal, and the last two have a more conclusive character. At the first part, we are going to bring some questions that challenge us in faith; it is where the uneasinesses and the groundings of the issue that we present are going to appear. In the second part, we are going to highlight the indications which Pope Francis has been doing. Through his speeches and attitudes, he has been calling the Church to be the house of the poor. In the third and last part, we are going to bring some arguments that lead us to reflect on the proposed theme and a brief conclusion, declaring blessed those who are hunger and thirst for justice.Keywords: Church. Poor. Church of the Poor. Pope Francis.
Reconciliation as the functional integration of complex systems
