CAPACIDADE DE VISITAÇÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: REVISÃO SOBRE AS METODOLOGIAS DE ESTIMAÇÃO
As áreas naturais protegidas são reconhecidas como a melhor estratégia para a preservação dos recursos naturais e também para a manutenção dos processos ecológicos, capazes de gerar inúmeras contribuições à sociedade, dentre elas o bem-estar. A partir do aumento do turismo em Unidades de Conservação (UCs) e dos impactos negativos causados por esta atividade, tornou-se necessário um planejamento que ordene a visitação e promova a sustentabilidade do ecossistema, conciliando assim o desenvolvimento e a conservação do ambiente. Deste modo, os objetivos do estudo foram levantar e caracterizar diferentes metodologias de estimação da capacidade de visitação em UCs apresentadas pela literatura. Foram levantadas oito principais metodologias, Limits of Acceptable Change (LAC), Visitor Impact Management (VIM), Visitor Activity Management Process (VAMP), Método Cifuentes, Visitor Experience and Resource Protection (VERP), Tourism Optimization Management Model (TOMM), Sustainable Recreation and Tourism (SRT) e Rol de Oportunidades de Visitação em Unidades de Conservação (ROVUC). O SRT foi identificado, mas não discutido em função de carência de informações. Os resultados apontaram que não é possível apontar uma metodologia mais eficiente ou adequada, visto que a adoção e aplicação destas metodologias levam em conta as características do meio, como o contexto da localidade, o acesso às áreas de preservação, a caracterização das atividades desenvolvidas por visitantes, entre outros fatores. Entretanto, este estudo apresenta um orientativo a respeito das metodologias de visitação existentes e que podem ser adotadas em UCs.