scholarly journals FEIRAS LIVRES: UM ESTUDO DE CASO RELACIONADO À DISPONIBILIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES

2020 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Samuel Tadeu Tonin ◽  
Deyze Cristina Lucas ◽  
Amanda Fabres Oliveira Radunz ◽  
Ítalo Kael Gilson ◽  
Jacir Dal Magro ◽  
...  

Objetivou-se avaliar a organização social das feiras livres frente a disponibilidade de mudas e partes secas vegetais de plantas medicinais, aromáticas e condimentares (MAC), ofertadas aos consumidores em feiras livres do município de Chapecó-SC. Os dados foram coletados visualmente através de visitas às feiras livres, em dois diferentes momentos. Os resultados demonstram que as feiras livres do município estão disposta em 10 espaços distintos dentro da área urbana, totalizando 16 momentos de realização distribuídos entre os dias da semana. De maneira geral, os espaços ofertam diversos produtos aos consumidores, entre os quais estão as espécies MAC tano na forma de mudas quanto de partes secas, esta última representando, em média, 72% do total. A oferta da maioria das espécies não foi influenciada pela data de avaliação, sendo as mais recorrentes a Ruta graveolens, Matricaria chamomilla, Rosmarinus officinalis, Aloysia citriodora, Mentha pulegium, Plectranthus barbatus, Citrus sinensis, Mikania glomerata, Helichysum italicum, Mentha sp., Artemisia absinthium, Salvia officinalis, Ocimum basilicum, Origanum majorana, Achyrocline satureioides, Malva sylvestris, sendo encontradas tanto em mudas como partes secas.

2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
Author(s):  
Luciara Sartori Riboldi ◽  
Marinês Pérsigo Morais Rigo

O uso de plantas medicinais pela população é um hábito muito comum repassado de geração em geração entre as famílias desde à antiguidade, porém algumas plantas se usadas de forma incorreta podem causar interações medicamentosas, reações adversas e efeitos toxicológicos no organismo. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar as interações entre plantas medicinais e medicamentos no município de Capitão/RS. Para isso, foi aplicado um questionário sobre plantas medicinais e medicamentos, com perguntas objetivas e descritivas à usuários que frequentam o Posto de Saúde da cidade de Capitão. A pesquisa contou com 50 participantes de ambos os sexos, onde a predominância foi do sexo feminino, a idade média dos entrevistados foi entre 61 a 70 anos, sendo a maioria aposentados e com ensino fundamental incompleto. No geral, quase todos disseram utilizar plantas medicinais, que este hábito foi repassado pela família e que normalmente são cultivadas no quintal de casa. As plantas mais citadas foram camomila (Matricaria recutita), marcela (Achyrocline satureioides), capim-limão (Cymbopogon citratus), boldo (Plectranthus barbatus), funcho (Foeniculum vulgare), malva (Malva sylvestris), laranjeira (Citrus sinensis), poejo (Mentha pulegium) e losna (Artemisia absinthium). A forma de preparo mais utilizada foi a infusão e as partes mais usadas foram as folhas. Os medicamentos mais citados foram os que agem no sistema cardiovascular, seguido dos medicamentos que atuam no aparelho digestivo, betabloqueadores, antidepressivos, anti-hipertensivos e diuréticos. Em relação às interações encontradas, várias plantas medicinais podem provocar interações ou alterar a absorção dos fármacos, como a camomila (Matricaria recutita) que possui interação com anticoagulantes, fazendo com que aumentem as chances de hemorragias, assim como o capim-limão (Cymbopogon citratus) que interage com medicamentos sedativos, podendo aumentar seus efeitos. O fato da população achar que o que é natural não faz mal, deve ser visto com maior atenção pelos profissionais da área de saúde em relação ao uso de medicamentos associados às plantas medicinais, visando garantir maior segurança, diminuindo as interações e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.


2012 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 311-320 ◽  
Author(s):  
E.R Oliveira ◽  
L Menini Neto

O objetivo deste estudo foi o levantamento etnobotânico de plantas medicinais utilizadas pela população do povoado de Manejo, Lima Duarte (MG). O estudo foi realizado mediante visitas às casas dos moradores que responderam a questionário relacionado às espécies de plantas que são cultivadas, respectivas partes utilizadas, bem como as formas de preparo e quais doenças são tratadas com as plantas. Foram realizadas 41 visitas resultando em citações de 100 diferentes espécies medicinais, sendo a maioria cultivada nos quintais e outras nativas da região, as quais também são utilizadas pelos moradores. Exemplares foram coletados e depositados no herbário CESJ, da Universidade Federal de Juiz de Fora. As espécies mais citadas foram Mentha sp., Lippia alba (Mill.) N. E. Brown, Foeniculum vulgare Mill., Achyrocline satureioides (Lam.) DC., Bidens pilosa L., Mentha pulegium L., Mikania glomerata Spreng., Rosa sp. e Plantago major L. As doenças mais tratadas com as plantas medicinais em Manejo são gripes e resfriados, problemas estomacais, cólicas menstruais e infecções no útero, verminose, problemas renais, ansiedade e estresse. As partes mais utilizadas são as folhas, e a forma de preparo mais comum das plantas são os chás por infusão. A construção de horta comunitária no povoado pode valorizar o emprego das plantas medicinais, sobretudo pelos mais jovens, mantendo a tradição do uso pelas futuras gerações.


2012 ◽  
Vol 14 (3) ◽  
pp. 537-547 ◽  
Author(s):  
R. Bochner ◽  
J.T. Fiszon ◽  
M.A. Assis ◽  
K.E.S. Avelar

O uso de plantas medicinais pela população brasileira é prática tradicional, sendo muitas vezes o único recurso utilizado na atenção básica de saúde. O uso terapêutico dessas plantas envolve várias etapas da cadeia produtiva, sendo a procedência, coleta, secagem, armazenamento, comércio, modo de preparo pelo usuário e uso. O objetivo desse trabalho documental, de caráter exploratório, foi levantar a produção científica existente sobre os problemas associados a cada uma dessas etapas e discutir as questões relacionadas à carência de estudos para comprovar a eficácia farmacológica e a ausência de riscos toxicológicos, bem como a prática de autodiagnóstico. As vinte plantas mais comercializadas em grande mercado do município do Rio de Janeiro em agosto de 2007 serviram de base para o levantamento documental do presente estudo. Dessas, seis apresentaram propriedades tóxicas comprovadas dependendo do preparo e uso, a arnica (Solidago chilensis Meyen), aroeira (Shinus terebinthifolius Raddi.), arruda (Ruta graveolens L.), babosa (Aloe vera L.), confrei (Symphytum officinale L.) e poejo (Mentha pulegium Lam. & DC.). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aponta contra indicações para boldo-do-Chile (Peumus boldus Molina), chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus Micheli), erva-cidreira (Lippia alba N.E.Br.), erva-de-bicho (Polygonum spp.), espinheira-santa (Maytenus spp.), picão (Bidens pilosa L.), poejo (Mentha pulegium Lam.) e tanchagem (Plantago major L.). O abajerú, arnica, boldo-do-Chile, confrei, erva-de-bicho e espinheira-santa tiveram relato de problemas de identificação na coleta e comercialização frente a outras morfologicamente semelhantes. Plantas cultivadas e silvestres apresentam variabilidade de princípios ativos influenciados por fatores ambientais e genéticos, como chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus Micheli), erva-cidreira (Lippia alba N.E.Br.) e erva-de-bicho (Polygonum spp.). A contaminação e o comprometimento da preservação dos princípios ativos pela secagem e armazenamento inadequados foram relatados para o guaco (Mikania glomerata Sprengel), camomila (Chamomilla recutita L.), erva-cidreira, chapéu-de-couro e boldo-do-Chile (Peumus boldus Molina). Pode-se constatar que todas as etapas da cadeia produtiva das plantas medicinais apresentam desafios para que se possa garantir identificação da espécie, disponibilidade, qualidade, segurança e eficácia de uso.


Author(s):  
Elisangela Dorigon ◽  
Danieli Tomazi ◽  
Marluci Bedin ◽  
Silvia Mara Zanela Almeida

As plantas medicinais sempre fascinaram a humanidade, tanto pela sua composição que pode trazer benefícios significativos à saúde quanto pela sua diversidade. Em relação a diversidade, a quantificação do seu valor nas comunidades, mede­se através da fórmula de “ valor de uso”. A qual está relacionado à adaptação que cada espécie possui para desenvolver­se no ambiente cultivado. O objetivo da pesquisa foi verificar o valor de uso das espécies medicinais utilizadas na região oeste de Santa Catarina, nativas da Mata Atlântica Para obtenção dos dados, foi realizada uma entrevista com 190 pessoas da região oeste catarinense, por meio de um questionário on­line, mediante aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Com os dados planilhados no Excel, o cálculo do valor de uso das espécies nativas da região foi realizado a partir da fórmula de Phillips (1993) UVis=∑Usi/nis, considerando o mínimo de informantes em relação a cada espécie dividido pelo total de informantes, caracterizado pelo escore de 0 a 1. Entre os resultados destacaram­se as espécies com maiores valores de uso na região Oeste de Santa Catarina são: Matricaria chamomilla (0,421), Achyrocline satureioides (0,326), Melissa officinalis (0,305), Mentha piperita (0,237), Peumus boldus molina (0,174), Maytenus ilicifolia (0,126), Zingiber officinalis (0,084), Malva silvestres (0,079), Rosmarinus officinalis (0,068) e Salvia officinalis (0,068). Dessas, destacam­se como nativas da mata Atlântica a Achyrocline satureioides e a Maytenus ilicifolia, mais conhecidas como “marcela” e “espinheira­santa”, respectivamente. Ainda, conforme o valor de uso e pertencente aos nativos da mata Atlântica, destaca­se o “guaco”, Mikania glomerata (0,032). Conclui­-se que o conhecimento sobre o valor de uso reforça a importância de discutir a exploração das espécies nativas. O resgate do conhecimento local das espécies vegetais pode contribui para a conservação e manejo dos recursos naturais.


2021 ◽  
Author(s):  
Elisangela Bini Dorigon ◽  
Danieli Tomazi ◽  
Marluci Bedin ◽  
Silvia Mara Zanela Almeida

Introdução: Desde os primórdios até o presente momento observa-se que a utilização de plantas medicinais como forma alternativa para tratamentos, traz benefícios significativos à saúde. Assim, o valor de uso das plantas medicinais é relacionado à adaptação que cada espécie possui para desenvolver-se no ambiente cultivado. Objetivo: Logo, o objetivo é verificar o valor de uso das espécies medicinais utilizadas na região oeste catarinense, nativas da mata Atlântica. Material e Métodos: A entrevista com 190 coletas válidas ocorreu por meio de um questionário on-line, disponibilizado nas redes sociais à população, mediante a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Com os dados planilhados no Excel, o cálculo do valor de uso das espécies nativas da região foi realizado a partir da fórmula de Phillips (1993) UVis=∑Usi/nis, considerando o mínimo de informantes em relação a cada espécie dividido pelo total de informantes, caracterizado pelo escore de 0 a 1. Resultados: Os resultados apresentaram que as espécies com maiores valores de uso na região oeste de Santa Catarina são: Matricaria chamomilla (0,421), Achyrocline satureioides (0,326), Melissa officinalis (0,305), Mentha piperita (0,237), Peumus boldus molina (0,174), Maytenus ilicifolia (0,126), Zingiber officinalis (0,084), Malva silvestres (0,079), Rosmarinus officinalis (0,068) e Salvia officinalis (0,068). Dessas, destacam-se como nativas da mata Atlântica a Achyrocline satureioides e a Maytenus ilicifolia, mais conhecidas como “marcela” e “espinheira-santa”, respectivamente. Ainda, conforme o valor de uso e pertencente aos nativos da mata Atlântica, destaca-se o “guaco”, Mikania glomerata (0,032). A mata Atlântica tem domínio em todo o estado catarinense e por isso, abriga uma diversidade exuberante de recursos vegetais. A “marcela” é uma planta herbácea consagrada principalmente na região Sul do Brasil com o amplo uso na medicina tradicional devido às crenças locais. a “espinheira-santa” bastante explorada para fins de tratamentos alternativos pela sua numerosidade em terreno brasileiro. Conclusão: Portanto, o estudo sobre as plantas medicinais nativas da mata Atlântica e o valor de uso de cada espécie na região oeste catarinense, proporciona conhecimento quanto a eficácia do cultivo proposital para possíveis tratamentos alternativos à saúde humana.


2011 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. 342-348
Author(s):  
F. Rodrigues ◽  
H.H.C. Carvalho ◽  
J.M. Wiest

A partir da atividade antibacteriana in vitro, predeterminada em doze plantas com indicativo etnográfico condimentar, testou-se este atributo in loco no modelo caldo com frango cozido. Primeiramente, procedeu-se ao treinamento de 10 avaliadores, segundo a legislação vigente quanto ao Consentimento Livre e Esclarecido, oportunizando conhecimentos prévios sobre as plantas salsa (Petroselinum sativum), manjerona branca (Origanum X aplii), manjerona preta (Origanum majorana), manjericão (Ocimum basilicum), sálvia (Salvia officinalis), tomilho (Thymus vulgaris), anis verde (Ocimum selloi), alfavaca (Ocimum gratissimum), alho nirá (Allium tuberosum), alho poró (Allium porrum), cúrcuma (Curcuma longa) e pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum). Realizou-se, através da adição individualizada desses condimentos ao caldo com frango cozido, um Teste de Aceitação tipo escala hedônica, selecionando, dentre os doze condimentos, quatro deles que se destacaram sensorialmente, a pimenta dedo-de-moça, o alho nirá, o alho poró e o tomilho. Foi feito, então, um Teste de Aceitação de concentrações denominadas pequena, média e grande destes quatro condimentos, para determinação da intensidade sensorialmente melhor aceita. As quantidades eleitas (0,5 g de pimenta dedo-de-moça, 15 g de alho nirá, 15 g de alho poró e 5 g de tomilho) foram acrescidas ao caldo com frango cozido, sendo estes desafiados frente a Escherichia coli (ATCC 11229) em concentração final de 10 UFC mL-1, limite tolerado pela legislação, tendo como grupo-controle o caldo com frango cozido sem condimentos. O crescimento bacteriano foi aferido a cada duas horas após a inoculação, até completar 24 horas de confronto, utilizando-se meio seletivo para coliformes termo-resistentes e incubação constante a 25ºC em DBO, sendo atribuídos valores arbitrários às variações logarítmicas de crescimento. Comparados ao controle, todos os tratamentos condimentados apresentaram, individualmente, atividade antibacteriana significativa, mesmo que sem significância quando comparados entre si. Contudo, em relação ao tempo de início da atividade antibacteriana, destacou-se a pimenta dedo-de-moça, enquanto que, em relação ao prolongamento dessa ação no tempo, destacou-se o alho nirá. As 12 plantas condimentares em estudo tiveram atestada a sensorialidade, sendo que as quatro plantas com destaque tiveram a atividade anti-coliforme termo-resistente comprovada in loco. Diferentes condimentos vegetais foram capazes de fornecer qualificação sensorial e sanitária em caldo com frango cozido, em condições domésticas de manuseio.


2020 ◽  
Vol 10 (10) ◽  
pp. 3468 ◽  
Author(s):  
Ewelina Hallmann ◽  
Piotr Sabała

The aim of this work was to determine the bioactive compounds concentration in herbs from organic and conventional production. In 2017 and 2018, herbs of four species, including basil (Ocimum basilicum L.), bear’s garlic (Allium ursinum L.), marjoram (Origanum majorana L.), and oregano (Origanum vulgare L.), were examined. The concentrations of polyphenols, phenolic acids, flavonoids, carotenoids, and chlorophylls were measured. Next, separation and identification of the individual bioactive compounds were completed. The obtained results show that organic herbs contained significantly higher concentrations of total polyphenols, flavonoids, and phenolic acids compared to conventional herbs in both investigation years. On the other hand, conventional herbs contained significantly higher concentrations of chlorophylls and carotenoids, including beta-carotene.


2009 ◽  
Vol 35 (3) ◽  
pp. 196-201 ◽  
Author(s):  
Taís Ferreira Almeida ◽  
Margarete Camargo ◽  
Rita de Cássia Panizzi

A flor preta do morangueiro, causada por Colletotrichum acutatum, acarreta sérios problemas à cultura. Com o objetivo de verificar a utilização de extratos vegetais no controle da doença, testes "in vitro" foram realizados com 11 extratos vegetais hidroalcoólicos produzidos de plantas utilizadas na medicina popular. Os extratos foram preparados a partir de diferentes partes da planta, de acordo com a espécie, utilizando água e álcool no processo de extração por maceração. Foi verificada a influência dos extratos no crescimento micelial, esporulação e germinação de esporos de C. acutatum, e também no controle do patógeno em folhas e frutos destacados. De acordo com a metodologia utilizada, os extratos vegetais que apresentaram maior eficiência foram os de folha e ramos de Ruta graveolens, Artemisia absinthium e bulbos de Allium sativum, indicando ter essas plantas potencial fungitóxico para o controle de C. acutatum.


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