As implicações do uso do álcool gel na microbiota das mãos durante a pandemia.
A superfície epitelial da pele é colonizada por diversos microrganismos que coletivamente são chamados de microbioma. As bactérias presentes normalmente nesse ambiente são necessárias para aumentar a imunidade e resistência a infecção por outros microrganismos. Quando há um desequilíbrio nessa microbiota em questão, outros microrganismos, patogênicos ou não, podem se proliferar e ocasionar doenças. Inúmeros fatores podem ser elencados como contribuintes para gerar esse desequilíbrio e, um deles, seria o uso de agentes químicos durante a higienização. O presente estudo teve como objetivo avaliar alterações no microbioma das mãos decorrentes do uso frequente do álcool gel e verificar com outros estudos para saber se tem semelhança com profissionais da saúde. Como resultados mais importantes, a presença de Staphylococcus coagulase -, Staphylococcus aureus, Corynebacterium sp.,Micrococcus sp., Escherichia coli e Bastonetes Gram +, coincidindo com outras pesquisas de relevância. Com a pandemia de COVID-19, muito se discute sobre a utilização do álcool gel e, sendo ele um componente químico, é importante investigar os danos que pode trazer à microbiota natural da pele, porém o álcool é um componente químico e como tal, pode causar danos no futuro.