Uma das características mais evidentes das cidades contemporâneas é a sua diversidade. Podemos afirmar que atualmente não há um tipo de cidade hegemônica. O espectro de possibilidades vai desde a consideração de aspectos ditos locais ou regionais, à total globalização dos processos urbanos constituintes, passando inclusive por práticas revisionistas na proposição dos espaços públicos e as infinitas possibilidades propiciadas pelo uso da informática no equacionamento das variantes urbanas envolvidas. Parte destas características reside em um aspecto implícito à cidade, que é a sua multi, inter e transdisciplinaridade, pois o projeto de espaços públicos deve ser uma síntese do equacionamento de variáveis provenientes de várias áreas do conhecimento humano, como a Geografia, Tecnologia, História e Arte, por exemplo. Tendo em vista este cenário, o presente artigo, tem como questão norteadora: Quais devem ser as premissas preliminares a serem consideradas para o desenvolvimento e regeneração de espaços públicos e os princípios utilizados para o design destes espaços, frente ao contexto contemporâneo? Este artigo tem como objetivo contribuir para a reflexão sobre os espaços públicos e o quanto uma visão transdisciplinar ou holística sobre esses locais, podem fomentar espaços mais qualitativos para a coletividade. Através do estudo do caso londrino utilizado por uma das principais referências abordada, Principles for public space design, planning to do better, de M. Carmona, inserindo-o inicialmente no âmbito das premissas preliminares consideradas para o desenvolvimento e regeneração de espaços públicos e posteriormente, extraindo os princípios para o design destes espaços presentes no estudo. Espaços públicos variam em forma de esquinas informais a grandes cenários cívicos e nesse contexto, é de vital importância projetar bem estes espaços, embora a experiência sugira que, muitas vezes, nossa ambição não é satisfeita pela realidade.