scholarly journals Decifrando a cidade: a visão melancólica de Mário Quintana

2006 ◽  
Vol 2 (2) ◽  
Author(s):  
Anna Faedrich Martins

Este trabalho tem por objetivo a análise de elementos como a melancolia, a cidade e a modernidade na obra de Mario Quintana. O enfoque escolhido consiste em observar o sentimento do poeta em relação ao passado irrecuperável e a sua perplexidade face às transformações da cidade, revelando suas inquietações a respeito da temporalidade e do misterioso. O trabalho visa discutir questões relativas à modernidade, às suas conseqüências e à presença da melancolia. Entre os autores consultados para fundamentação, estão Sigmund Freud, Eduardo Lourenço, Susan Sontag, Hugo Friedrich, Walter Benjamin, Sandra Pesavento e Moacyr Scliar. Palavras-chave: cidade; flâneur; melancolia.

Ícone ◽  
2018 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
pp. 210-224
Author(s):  
Marina Feldhues

Este trabalho procura refletir sobre se é possível pensar sobre a realidade do mundo, procurar compreender a realidade, por meio da fotografia. Para tanto, parte das proposições levantadas por Susan Sontag sobre o assunto. Na sequência, faz uma revisão teórica das proposições de Sontag à luz das reflexões trazidas por Jacques Rancière sobre imagem, operações de arte e montagem; Walter Benjamin sobre o ato de narrar; Gerry Badger e László Moholy-Nagy sobre narrar como fotos; e Gilles Deleuze sobre o pensamento como experiência.  Por último, procuramos analisar, com base nas reflexões trazidas pelos autores mencionados, como as operações artísticas da instalação Truth Study Center de Wolfgang Tillmans, contribuem para refletirmos sobre a experiência de pensar a realidade do mundo a partir de fotografias.


2014 ◽  
Vol V.12 (12) ◽  
pp. 57
Author(s):  
Alessandra Affortunati Martins Parente

MODOS ◽  
2020 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
Author(s):  
Stéphane Huchet

Os livros de Georges Didi-Huberman articulam um denso saber para produzir o que ele propôs chamar de “antropologia do visual”. É uma posição de caráter neo-warburguiano, embora, no início de sua trajetória, Didi-Huberman não se apoiasse em Aby Warburg, que ele ainda não tinha integrado ao seu panthéeon. Antropologia que não representa mais um risco, mas uma chance para a História da arte. As imagens artísticas, observadas e analisadas com grande atenção crítica, revelam processos que seu conhecimento aprofundado da filosofia o legitimam a qualificar como “dialéticos”. Suas primeiras ideias e argumentações, disseminadas em vários livros que se sucederam em um ritmo anual, encontraram em Aby Warburg, por volta do ano 2000, um modelo de confirmação e consolidação. A historiografia e a filosofia da arte de Didi-Huberman foram construídas por meio de livros que privilegiam artistas, pensadores, críticos (Fra Angelico, Giorgio Vasari, Sigmund Freud, Erwin Panofsky, Georges Bataille, Carl Einstein, Aby Warburg, Alberto Giacometti, Marcel Duchamp, Walter Benjamin, Bertold Brecht, os minimalistas, Pier-Paolo Pasolini, Giorgio Agamben), que instigam uma História da arte que é uma filosofia prática da imagem e do tempo.


Author(s):  
Nilay Kaya

This paper aims to analyse Elena Ferrante’s use of the metaphor of playing with dolls in her novel, La figlia oscura (The Lost Daughter). With a view of shedding a light on this issue, the first part of the paper will review the prominent essays of Sigmund Freud, Ernst Jentsch, Walter Benjamin, Rainer Maria Rilke and Charles Baudelaire that question the nature of playing with dolls in terms of psychology with various focuses. These essays generally agree on the fact that playing with dolls is a strong threshold to come to terms with the self, as well as on the fact that this coming to terms with the self is by nature not guaranteed. The second part will examine Elena Ferrante’s dealing with the problem of playing with dolls and her character’s journey to death and a possible psychological resurrection.


2021 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 121-131
Author(s):  
Nathalia Freire de Oliveira Barbosa

Pensando no papel da fotografia na construção e reforço de múltiplos discursos, este artigo busca expandir a análise de Walter Benjamin em Pequena história da fotografia sobre a foto de atelier do escritor Franz Kafka. A consideração sobre o olhar triste e desolado de Kafka contrastando com o cenário planejado, para proporcionar uma imagem de aura luxuosa e enfeitada, trouxe um questionamento ampliado que este artigo busca responder: analisando pessoas que escreveram sobre si mesmas, quais são os pontos de contato e de divergência entre autorrepresentação por meio da escrita e pelo olhar dos outros por meio da câmera e das fotografias? Por ser de caráter ainda obscuro, o foco da investigação são autoras de diferentes épocas com estilos distintos entre si: Anne Frank e suas fotografias familiares, Sylvia Plath e o estabelecimento de um ideal feminino por meio das aparências e, por fim, a artista punk Patti Smith e os Estados Unidos como cenário mutável e de “refugo”. Para discorrer sobre os relatos dessas mulheres sobre si mesmas e suas imagens estabelecidas na história, este artigo recorre aos ensaios de Susan Sontag, relacionando fotografia, contexto histórico e literatura.


Diversitas ◽  
2013 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 361
Author(s):  
José César Coimbra

<p style="text-align: justify;">Basado en investigación bibliográfica, este trabajo analiza las relaciones entre testimonio y memoria de Giorgio Agamben, Sigmund Freud, Walter Benjamin y verifica el lugar, en esas relaciones, de las nociones de olvido, de restos, de ruinas y el <em>a posteriori. </em>Se constata la sinergia de las elaboraciones de esos autores, las cuales destacan las posibilidades de desplazamiento de las posiciones subjetivas del testimonio frente al deber de la memoria. En el momento en que Brasil instala en primer plano su Comisión de la Verdad, la discusión abierta por el pasado revisitado resalta la importancia de comprender los límites de la expresión de la memoria que el testimonio proporciona.</p><p style="text-align: justify;"><strong>Palabras clave: </strong>Testimonio, memoria, historia, <em>a posteriori, </em> comisión de la verdad, psicoanálisis.</p>


Antíteses ◽  
2019 ◽  
Vol 12 (23) ◽  
pp. 487
Author(s):  
Augusto Bruno De Carvalho Dias Leite

Através da exposição inicial do significado da tradição para Martin Heidegger, Sigmund Freud e Walter Benjamin, proponho-me a analisar as implicações ontológicas e epistemológicas que a tradição identificada com a transmissão cultural produz para a compreensão histórica. Para tanto, a impessoalidade (Heidegger), a estrutura super-egoica (Freud) e a transmissibilidade (Benjamin) serão examinadas por este artigo à luz do conceito de passado como o limite-critivo do tempo em conexão com a tradição – apresentada como condição existencial.


Author(s):  
Cristina Dulce Souza Costa

Este trabalho discute as metamorfoses do olhar do narrador do romance Extraña Forma de Vida, de Enrique Vila-Matas. Trata-se de um sujeito-escritor que, ao ter a visão transformada em uma câmera fotográfica, muda a sua forma de observar e escrever. Tomando a fotografia como ponto de partida, é possível notar na obra alguns lampejos de caráter teórico, ajustáveis a um possível diálogo com outros textos que versam sobre o advento da imagem fotográfica e suas repercussões na maneira de ler e apreender o que se vê. Desse modo, foram selecionados trabalhos cujo pendor comparativo permite uma aproximação de alguns aspectos ressaltantes na obra de Vila-Matas. São evocados Walter Benjamin, Susan Sontag, Jacques Aumont e Paul Virilio para a abordagem do problema da influência do objeto fotográfico na contínua mudança das formas de percepção do olhar, que consequentemente tece novos rumos sociais, refletindo na maneira de pensar e fazer literatura. Discute-se também, uma possível representação do leitor frente a essas mutações dentro da narrativa da obra analisada. A partir das reflexões de Ricardo Piglia sobre as possíveis configurações do “último leitor”, torna-se praticamente inevitável falar do olhar dos que se encontram diante dessa “estranha forma de literatura”.


2017 ◽  
Vol 1 (21) ◽  
pp. 177
Author(s):  
Rafael Alonso

http://dx.doi.org/10.5007/2176-8552.2016n21p177A proposta central do ensaio é ler A câmara clara (1980), de Roland Barthes,em contraposição à Filosofia da caixa preta (1983), de Vilém Flusser. Esteencontro, porém, ocorre apenas na parte final do texto. Antes, este trabalhojulgou interessante ler criticamente outros conhecidos ensaios sobre a fotografia,como os de Walter Benjamin, Siegfried Kracauer e Susan Sontag. Tambémé conferida atenção especial a O imaginário (1940), de Jean-Paul Sartre, obraà qual Barthes dedica seu livro sobre a fotografia. O objetivo deste ensaio,no geral, é refletir sobre como os teóricos acima lidam com o referente, bemcomo com um possível “fora” da imagem. O caminho escolhido tende a anulara problemática separação entre o “mundo real” e o “mundo da imagem”. 


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