Objetivo: Determinar a evidência do efeito do exercício aeróbico no controlo das crises de enxaqueca. Fontes de dados: PubMed, National Institute of Health and Care Excellence (NICE), The Cochrane Library, British Medical Journal (BMJ), Canadian Medical Association Infobase e Centre for Reviews and Dissemination. Métodos: Foram pesquisados artigos de revisão sistemática (RS), meta-análises (MA) e normas de orientação clínica (NOC), em português, inglês e espanhol, sem limite de data de publicação, utilizando os termos MeSH migraine disorders e exercise. Foram também pesquisados estudos originais (EO) publicados nos últimos cinco anos. Incluíram-se os artigos que avaliavam o efeito do exercício aeróbico na frequência, duração e intensidade das crises de enxaqueca. A atribuição do nível de evidência (NE) e força de recomendação (FR) foi realizada com base na escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians. Resultados: Da pesquisa efetuada obtiveram-se 69 artigos, tendo sido selecionados seis que cumpriam os critérios de inclusão: três RS com MA, uma RS e dois EO. Todos os artigos apresentaram NE 2. A maioria dos estudos incluídos favorece a prática de exercício físico como medida profilática das crises de enxaqueca; contudo, apresentam amostras pequenas, curtos períodos de intervenção e de follow-up e intervenções heterogéneas. Conclusão: Apesar de se considerar necessária a realização de mais ensaios clínicos para definir concretamente os efeitos a curto e longo prazo do exercício aeróbico na enxaqueca conclui-se que é possível recomendar a sua inclusão na abordagem profilática destes doentes (FR B).