A relação do comportamento alimentar com a autopercepção da imagem corporal

2020 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 21-32
Author(s):  
Gabriela Maria Teixeira Ribeiro ◽  
Letícia Celestino Sales Pereira ◽  
Ana Paula Queiroz Mello

O Nutricionista tem papel fundamental no auxílio do controle de doenças crônicas não transmissíveis por meio da promoção da mudança do estilo de vida e de uma alimentação saudável, ressaltando as particularidades de cada indivíduo. É de extrema importância o entendimento do comportamento alimentar de um indivíduo e seus fatores correlacionados. Objetivo foi avaliar a relação do comportamento alimentar com a percepção de imagem corporal de indivíduos. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e LILACS com os descritores “feeding behaviour”, “body image”, “diet”, “nutritionists” e “nutritional status”, utilizando a técnica booleana “AND” e “OR” de artigos publicados entre 2013-2019. No total foram utilizados 32 artigos. A pesquisa dos artigos foi feita no período de junho-setembro de 2019. Os instrumentos mais utilizados para avaliação de comportamento alimentar e imagem corporal foram o Eating Attitude Test-26 e o Body Shape Questionnaire. Na maioria dos estudos foi possível observar a insatisfação corporal em indivíduos eutróficos. Entre crianças e adolescentes, os meninos apresentam maior satisfação com a aparência. Em relação à avaliação da autoimagem, a maioria das adolescentes desejava uma silhueta menor. O comportamento alimentar inadequado e a insatisfação corporal foram observados nestes indivíduos e estão fortemente associados à restrição alimentar. Entre universitários, a insatisfação corporal foi encontrada sobretudo nas mulheres. Aproximadamente, metade das mulheres almeja pesar menos ou sentem-se acima do peso e estão mais susceptíveis à idealização do “corpo perfeito”. Atletas buscam demasiadamente um corpo que condiz com a sua prática esportiva para terem sempre melhor desempenho físico. Aqueles que se percebem acima do peso apresentam um comportamento alimentar mais restritivo. Estes fatores são destacados em crianças e adolescentes, universitários, mulheres e praticantes de exercícios físicos. A autopercepção de imagem corporal está diretamente relacionada com comportamento alimentar e pode até ser considerada um determinante do mesmo.

2018 ◽  
Vol 12 (5) ◽  
pp. 1746-1758 ◽  
Author(s):  
Aslı Devrim ◽  
Pelin Bilgic ◽  
Nobuko Hongu

Bodybuilding has increasingly become popular between males since male body shape has become a subject of interest in the last decades. Bodybuilders have desired to gain more muscle and paid attention to their body shape. Based on this purpose, they have string rules that include restrictive eating and excessive exercise program. Recent research has demonstrated that desiring more muscular body shape exhibits eating behavior problems and body dissatisfaction issues in bodybuilders. Limited research exists on the relationship between body dissatisfaction and eating disorders in male bodybuilders. The aim of this study was to determine the relationship between body image disturbance and eating disorders in 120 male bodybuilders. The Eating Attitude Test (EAT-40) was used to determine eating disorders, the Muscle Dysmorphia Disorder Inventory was used to determine bigorexia symptoms, and Bodybuilder Image Grid-Original (BIG O) and Scaled (BIG S) forms were used to detect the factors associated with body dissatisfaction. There was a positive relationship between Eating Attitude Test and Muscle Dysmorphia Disorder Inventory total scores. Eating Attitude Test was positively correlated with both fat and muscle dissatisfaction. Our results indicated that eating disorder psychopathology is positively related to body dissatisfaction and body dysmorphic disorders in male bodybuilders.


2005 ◽  
Vol 100 (2) ◽  
pp. 463-472 ◽  
Author(s):  
Zalilah Mohd Shariff ◽  
Zaidah Mohamed Yasin

A total of 107 Malay primary school girls (8–9 yr. old) completed a set of measurements on eating behavior (ChEAT, food neophobia scales, and dieting experience), the Rosenberg Self-Esteem Scale, body shape satisfaction, dietary intake, weight, and height. About 38% of the girls scored 20 and more on the ChEAT, and 46% of them reported dieting by reducing sugar and sweets (73%), skipping meals (67%), reducing fat foods (60%) and snacks (53%) as the most frequent methods practiced. In general, those girls with higher ChEAT scores tended to have lower self-esteem ( r = .39), indicating they were more unwilling to try new foods (food neophobic) ( r = .29), chose a smaller figure for desired body size ( r = −.25), and were more dissatisfied with their body size ( r = .31).


2018 ◽  
Vol 21 (21-22) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Carlos Eduardo Vilela Gaudioso ◽  
José Carlos Souza ◽  
Luis Alberto Magna ◽  
Heloísa Nunes Botelho

Este estudo avaliou a imagem corporal e as atitudes alimentares de uma amostra de estudantes universitárias de uma faculdade do Mato Grosso do Sul, Brasil. Método: quantitativo, exploratório, descritivo e de corte transversal. Participaram da pesquisa 106 alunas. Foram aplicados três instrumentos, sendo um questionário sócio-demográfico; para avaliar a insatisfação com a imagem corporal foi utilizado o Questionário de Imagem Corporal (Body Shape Questionnaire-BSQ) e para a identificação da presença de distúrbios de atitudes alimentares foi utilizado o Teste de Atitudes Alimentares (Eating Attitude Test-EAT-26). Resultados indicaram, pelo EAT26, que 15,2% das alunas tinham escore sugestivo de distúrbio alimentar (acima de 21) e 84,8% escore igual ou inferior a 21, portanto indicativo de ausência de distúrbio alimentar. Tanto a idade quanto o IMC e a frequência semanal de atividade física são semelhantes nos grupos identificados pelo EAT26 como sem distúrbio ou com provável distúrbio alimentar. As médias para a idade em cada grupo foram 24,86 e 25,44 anos; IMC médio de 21,78 e 22,77; e média de 3,83 e 3,33 de vezes/semana de prática de atividade física. Em relação ao BSQ, seu resultado foi conclusivo para 95 alunas, as quais se distribuíram em 74,7% sem transtorno, 11,6% com transtorno leve, 8,4% com transtorno moderado e 5,3% com transtorno grave. 


Author(s):  
Ailton Paranaíba Vilela Neto ◽  
Bárbara Pacheco de Assis ◽  
Jade Souza Ferreira Pinto ◽  
Leda Marília Fonseca Lucinda ◽  
Márcio Heitor Stelmo da Silva ◽  
...  

Introdução. A insatisfação corporal aumentou nos últimos anos, devido à busca de se enquadrar em um padrão definido, o que pode levar os jovens a se submeterem a medidas drásticas, como o uso de substâncias anabolizantes ou anorexígenas, além do maior risco de atitudes alimentares patológicas. Objetivo. Avaliar a satisfação corporal de acadêmicos matriculados em faculdades em uma cidade do interior de Minas Gerais, dividindo-os em cursos de área “saúde” e “não saúde”, e buscar a prevalência de atitudes alimentares patológicas, uso de medicamentos anorexígenos e anabolizantes. Materiais e Métodos. Pesquisa de corte transversal, baseada na aplicação de questionários preenchidos por estudantes de faculdades de Barbacena, MG. Foram incluídos apenas maiores de 18 anos que consentiram em participar do estudo e foram aplicados os questionários Body Shape Questionaire (“BSQ”)`, e Eating Attitude Test(“EAT-26”). Resultados. O grupo não “saúde” apresentou maior média de IMC [23,4(DP±4,35) x22,69(DP±3,34)]. Já o grupo “saúde” apresentou maior prática de atividade física (44,04%x32,40%), insatisfação corporal (46,79%x31,77%), presença de atitudes alimentares patológicas (17,25%x9,03%), e uso de substâncias anorexígenas e anabolizantes (16,88%x10,18%).Conclusão. Os universitários estão, na maioria, satisfeitos com a imagem corporal e não apresentam atitudes alimentares patológicas, entretanto dentre aqueles que as apresentam, os do grupo “saúde” tiveram maior prevalência de insatisfação corporal e atitudes alimentares patológicas, e fazem maior uso de substâncias anorexígenas e anabolizantes, mesmo com o maior conhecimento repassado pelas disciplinas de graduação de estudantes da saúde, que abordam mais sobre os efeitos e riscos do uso indiscriminado de tais substâncias e da importância de uma alimentação saudável.


2010 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 47
Author(s):  
Marle Dos Santos Alvarenga ◽  
Fernanda Baeza Scagliusi ◽  
Sonia Tucunduva Philippi

<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;"><span style="color: black; mso-ansi-language: ES-MX;" lang="ES-MX">Las actitudes alimentarias pueden ser definidas como creencias, pensamientos, sentimientos, comportamientos y relación con la comida. Conductas alimentarias disfuncionales y comportamientos de riesgo para trastornos de la alimentación pueden presentarse en la población joven femenina – como en estudiantes universitarios - y ambos pueden impactar su calidad de vida. Objetivo: Este estudio evaluó las actitudes alimentarias en una muestra de estudiantes universitarias en Brasil con comportamientos de riesgo para trastornos alimentarios y examino la correlación entre actitudes alimentarias y comportamientos de riesgo para trastornos de la conducta alimentaria. Método: Estudiantes en Brasil del sexo femenino, 2489, respondieron al “</span><span style="color: black;">Disordered Eating Attitude Scale</span><span style="color: black; mso-ansi-language: ES-MX;" lang="ES-MX"> (DEAS) - para evaluar actitudes alimentarías - y al “</span><span style="color: black;">Eating Attitude Test</span><span style="color: black; mso-ansi-language: ES-MX;" lang="ES-MX">” (EAT-26). Aquellas que tuvieron puntuación ≥ 21 en el EAT-26 fueron definidas como EAT+ (con comportamientos de riesgo para trastornos alimentarios). Las puntuaciones de DEAS (totales y sus cinco sub-escalas) de estudiantes EAT+ fueron comparados con las puntuaciones de DEAS con estudiantes con EAT- (sin comportamientos de riesgo para trastornos alimentarios) utilizando la prueba “<em style="mso-bidi-font-style: normal;">t</em> Student”.  La correlación de los DEAS (total y sus cinco sub-escalas) y las puntuaciones EAT-26 fueron evaluadas utilizando el coeficiente de correlación de Pearson. Resultados: De la muestra total 26.1% presentó comportamiento de riesgo para trastornos de alimentación y los estudiantes EAT+ presentaron peores actitudes alimentarías (puntuación DEAS 80.2 <span style="text-decoration: underline;">+</span> 18.4) que los estudiantes EAT- (puntuación DEAS 59.0 <span style="text-decoration: underline;">+</span> 11.8). Puntuaciones EAT-26 estuvieron correlacionadas positivamente con las puntuaciones DEAS. Conclusión: La población de estudiantes femeninas Brasileñas con riesgo de desarrollo de un trastorno de la alimentación presentó peores creencias, sentimientos, comportamientos y relación con la comida. Se puede decir que evaluar actitudes alimentarías e intervenir apropiadamente en intervenciones nutricionales y de salud pueden ayudar a prevenir comportamientos de trastornos alimentarios.</span></span></span></p>


1997 ◽  
Vol 80 (2) ◽  
pp. 387-394 ◽  
Author(s):  
A. Morosin ◽  
G. Riva

The purpose was to examine the rate of alexithymia as measured by the Toronto Alexithymia Scale in a clinical sample of obese women without Binge Eating Disorder. Subjects included 165 inpatients in an eating disorder unit and 135 normal-weight individuals (comparison group). The obese subjects also completed a series of tests including the Minnesota Multiphasic Personality Inventory, the Anxiety Scale Questionnaire, and the Eating Attitude Test. Analysis showed that the subgroups of obese persons differ in important ways and cannot necessarily be treated, studied, or understood through a single paradigm. Alexithymic behaviour, too, was not characteristic of obesity, but it was present only in the subgroup of subjects with psychopathological characteristics.


2009 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 331-338 ◽  
Author(s):  
Maria Aparecida Conti ◽  
Táki Athanássios Cordás ◽  
Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre

OBJECTIVES: to produce evidence of the validity and reliability of the Body Shape Questionnaire (BSQ) - a tool for measuring an individual's attitude towards his or her body image. METHODS: the study covered 386 young people of both sexes aged between 10 and 18 from a private school and used self-applied questionnaires and anthropometric evaluation. It evaluated the internal consistency, the discriminant validity for differences from the means, according to nutritional status (underweight, eutrophic, overweight and obese), the concurrent validity by way of Spearman's correlation coefficient between the scale and the Body Mass Index (BMI), the waist-hip circumference ratio (WHR) and the waist circumference (WC). Reliability was tested using Wilcoxon's Test, the intraclass correlation coefficient and the Bland-Altman figures. RESULTS: the BSQ displayed good internal consistency (±=0.96) and was capable of discriminating among the total population, boys and girls, according to nutritional status (p<0.001). It correlated with the BMI (r=0.41; p<0.001), WHR (r=-0.10; p=0.043) and WC (r=0.24; p<0.001) and its reliability was confirmed by intraclass correlation (r=0.91; p<0.001) for the total population. The questionnaire was easy to understand and could be completed quickly. CONCLUSIONS: the BSQ presented good results, thereby providing evidence of its validity and reliability. It is therefore recommended for evaluation of body image attitudes among adolescents.


2013 ◽  
Vol 3 (2) ◽  
pp. 73-79
Author(s):  
Róbert Osaďan ◽  
Erika Drgoňová

Abstract The purpose of this study is to evaluate children in Bratislava, Slovakia. The survey sample consisted of 276 children aged 9 -12 who were tested using the Children’s Eating Attitude Test as a diagnostic tool for testing young people, who show a proclivity towards having eating issues, a possibility of anorexia, or a possible problem with bulimic tendencies. The study analyses the components of the test and the scores of children to whom it was administered, and come to conclusions as to its usefulness in diagnosing eating issues in children between grades 4 and 6. It also examines the comparisons between the children in Slovakia and the children in Australian studies in order to see if the scores correlate and what similarities and differences are present between the two groups studied.


1983 ◽  
Vol 142 (3) ◽  
pp. 299-304 ◽  
Author(s):  
M. G. Clarke ◽  
R. L. Palmer

SummaryA postal survey of male and female university students is reported, using the Eating Attitude Test (EAT) and the Crown Crisp Experiential Index (CCEI). Eleven per cent of the 156 female respondents but none of 120 males scored above 30 on the EAT, thereby declaring eating attitudes comparable to anorexic subjects. Of those interviewed, none fulfilled diagnostic criteria for anorexia nervosa, but half showed eating disorder of clinical severity. There was a clear association between high EAT scores and higher scores on all the subscales of the CCEI except the phobic scale. The results are discussed in relation to ideas about the possible origins of clinical eating disorders.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document